Como estava a economia Rússia antes da revolução de 1917?

A Rússia, até os primeiros anos do século XX, era controlada pelo absolutismo czarista. Próximo aos moldes do absolutismo, o governo russo atrelou a economia nacional aos moldes do feudalismo e não promoveu condições necessárias para o estabelecimento de um parque industrial desenvolvido. Dessa maneira, o atraso econômico foi uma das primeiras delicadas questões que contribuíram para a deflagração do processo revolucionário.

No governo do czar Alexandre II (1855 – 1881) começou a implementação de medidas que buscavam modernizar a Rússia. Ele deu fim aos laços feudais e formou uma classe de pequenos camponeses proprietários de terras. Nos governos do fim do século XIX, outras medidas foram responsáveis por abrir a economia russa ao investimento industrialista de nações estrangeiras. Dessa forma, o campesinato, burguesia industrial e o proletariado russo surgiam nesse conjunto de reformas econômicas.

Mesmo buscando a renovação de suas práticas econômicas, os czares russos não foram suficientemente hábeis para conduzir esse processo de mudanças. A agricultura nacional sofreu fortes variações responsáveis pelo empobrecimento e a carestia de alimentos à população. Ao mesmo tempo, os operários sofriam com as péssimas condições de vida e salário. Por fim, podemos também salientar a insatisfação da burguesia nacional frente às ações do governo czarista.

Na entrada do século XX, o operariado russo passou a organizar greves e revoltas contra o governo. Representados pelo Partido Operário Social-Democrata, os trabalhadores começaram a entrar em contato pelo ideário socialista proposto, principalmente, pelos pensadores alemães Karl Marx e Friedrich Engles. Em contrapartida, o governo russo reprimiu tais instituições político-partidárias por meio da “Okrana”, um destacamento policial criado para conter esse tipo de agitação social.

Em meio a tantos problemas, o conflito da Rússia contra o Japão (1904-1905) piorou a imagem do governo frente a vários grupos da sociedade russa. Em janeiro de 1905, um grupo de populares realizou uma manifestação em frente ao palácio monárquico de São Petersburgo. Exageradamente, as tropas imperiais abriram fogo contra os manifestantes. O episódio, que ficou conhecido como Domingo Sangrento, potencializou as pressões contra a monarquia russa.

No ano seguinte, cedendo a tantas pressões, o czar Nicolau II transformou seu governo em uma monarquia constitucional. De acordo com as novas regras, o país teria um parlamento (Duma) onde seus representantes discutiriam os problemas da nação russa. Tais mudanças incentivaram o surgimento de agremiações de discussão política formada por trabalhadores do campo e da cidade. Os chamados sovietes tornaram-se um espaço de discussão sobre o futuro e os problemas da Rússia.

Apesar de oferecer essa abertura, o governo czarista não aceitava a diminuição de seus poderes. Com isso, a Duma teve sua existência constantemente ameaçada pelos hábitos totalitários de Nicolau II. Em 1914, a entrada da Rússia nos conflitos da Primeira Guerra Mundial ficou marcada como o último desgaste entre o poder do czar e as reivindicações da população russa. Os gastos e derrotas militares nesse conflito inviabilizaram a sustentação do absolutismo russo.

Por Rainer Sousa
Mestre em História

No inicio do século XX, o Império Russo ainda era imenso constituído e por diferentes povos com diversas línguas e tradições diferentes. Governada por um Czar, o Czar Nicolau II, um imperador que contava com poderes absolutos e se dizia governante por vontade de Deus. Sofreu pequenos avanços industriais no século XIX, mas mesmo assim o Império Russo continuou a ser completamente agrário e arcaico.

Essa pequena industrialização fez com que diversos camponeses saíssem do meio rural e viessem tentar a vida nos centros urbanos, após a abolição da servidão em 1861. O campesinato procurava por melhores condições de trabalho e de vida, mas esse povo fruto da miserabilidade agrária acabou sofrendo nos centros urbanos, com a carga excessiva de trabalho, baixos salários, a fome e a marginalização. Nesse contexto a Rússia ainda era dependente financeiramente da Inglaterra e França.

Em 1904 começaram as greves nos centros industriais, as quais eram apoiadas por jovens estudantes universitários, da aristocracia, por meio de manifestações, juntamente com um movimento de oposição que pressionava o governo czarista pedindo reformas na atrasada estrutura social russa.

Tentando contornar a crise que se agravava, Nicolau II anunciou a concessão de liberdade de imprensa, independência do poder judiciário e tolerância religiosa. Quase nada comparado à sofrida vida dos agora então operários. Logo os trabalhadores se organizaram através da construção de projetos políticos, montaram sindicatos e fizeram reivindicações através deles.

No dia 22 de janeiro de 1905, trabalhadores marcharam em direção ao Palácio de inverno com a intenção de apresentar as reivindicações por melhores salários e condições de trabalho. Na frente do Palácio, havia uma multidão de homens, mulheres, crianças, e simpatizantes do movimento, era uma manifestação pacífica por parte do operariado, mas a autoridade militar russa resolveu covardemente, dispersar os manifestantes a bala quando eles não quiseram se afastar dos arredores do Palácio. O resultado foram corpos massacrados e feridos sobre a neve.

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Os trabalhadores, apesar de estarem sofridos e miseráveis tinham na figura do Czar Nicolau II a figura de um pai, mas a partir desse dia eles passaram a enxergá-lo como o pior inimigo do povo russo. Esse dia ficou marcado em toda a História como o Domingo Sangrento. Depois da tragédia uma onda de greves tomou conta de todo o Império, a repressão do governo foi violenta e numerosas sentenças de morte foram executadas.

No mesmo ano foi convocada a Duma, ou seja, uma assembleia na qual estariam representadas as mais diversas tendências políticas. Com isso o império Russo cedeu ao regime constitucional e parlamentar que outros governos de outros países aderiram no século XIX. Na verdade, muito pouco foi feito, o Czar Nicolau II queria era tempo, pois ele não cumpriu nenhuma promessa feita depois do massacre, assim o movimento operário voltou com força e com o suporte das ideias socialistas.

Como era a situação econômica da Rússia antes da Revolução Russa?

- A Rússia entrou no século XX com uma economia baseada quase exclusivamente na produção agrícola. Havia elevado índice de pobreza e miséria na zona rural da Rússia. A condição de vida dos camponeses (mujiques) era precária. Havia forte concentração das terras nas mãos dos boiardos (aristocracia rural russa).

Como estava a situação da Rússia antes de 1917?

As condições dos camponeses eram péssimas, a maioria eram analfabetos, nas cidades a vida não era muito diferente que a do campo, a economia Russa era essencialmente agrária, poucas indústrias, a maioria pertencia a estrangeiros, Franceses, Ingleses, Alemães e Belgas.

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