Provas do Atletismo
Há provas de corrida, saltos, lançamentos e arremessos, tanto no feminino quanto no masculino. Cada uma, conta com suas disputas específicas.
Pista
Velocidade: 100m, 200m, 400m, rev. 4x400m e rev. 4x100m
Meio fundo: 800m, 1.500m
Fundo: 5.000m, 10.000m
Rua
Maratona (42km)
Meia-maratona (21km)
Campo
Lançamento de disco e club
Lançamento de dardo
Arremesso de peso
Salto em distância
Salto em altura
Salto Triplo
Classes no Atletismo
Os competidores são divididos em grupos de acordo com o grau de deficiência constatado pela classificação funcional. Os que disputam provas de pista e de rua (velocidade, meio-fundo, fundo e maratona) e salto em distância, levam a letra T (de track) em sua classe
T | Track (pista) |
T11 a T3 | Deficiências visuais |
T20 | Deficiências intelectuais |
T31 a T38 | Paralisados cerebrais (31 a 34 para cadeirantes; 35 a 38 para andantes) |
T40 a T41 | Anões |
T42 a T44 | Deficiência nos membros inferiores |
T45 a T47 | Deficiência nos membros superiores |
T51 a T57 | Copetem em cadeiras de rodas |
T61 a T64 | Amputados de membros inferiores com prótese |
Já os atletas que fazem provas de campo (arremessos, lançamentos e salto em altura) são identificados com a letra letra F (field) na classificação.
F | Field (campo) |
F11 a F13 | Deficiências visuais |
F20 | Deficiências intelectuais |
F31 a F38 | Paralisados cerebrais (31 a 34 para cadeirantes; 35 a 38 para andantes) |
F40 a F41 | Anões |
F41 a F46 | mputados ou deficiência nos membros superiores ou inferiores (F42 a F44 para membros inferiores e F45 a F46 para membros superiores) |
F51 a F57 | Competem em cadeiras de rodas (sequelas de poliomielite, lesões medulares |
Para os atletas deficientes visuais, as regras de utilização de atletas-guia e de apoio variam de acordo com a classe funcional. Nas provas de 5000m, de 10.000m e na maratona, os atletas das classes T11 e T12 podem ser auxiliados por até dois atletas-guia durante o percurso (a troca é feita durante a disputa). No caso de pódio, o atleta-guia que terminar a prova recebe medalha. O outro, não. Há, também, situações específicas em que um guia que não estava inscrito inicialmente em determinada prova tenha de correr. Neste cenário, ele não recebe medalha, caso suba ao pódio.
Atleta-guia e apoio
T11 | Corre ao lado do atleta-guia e usa o cordão de ligação. No salto em distância, é auxiliado por um apoio. |
T12 | Atleta-guia e apoio, no salto, são opcionais. |
T13 | Não pode usar atleta-guia e nem ser auxiliado por um apoio |
Modalidade é dividida entre pessoas que tenham limitações, físico-motores, visuais e intelectuais
Quando se fala em natação paralímpica é comum ver inúmeras classes seguidas de uma numeração. Muitos ainda não sabem o que significa essa numeração e nem por que todas as categorias dessa modalidade são divididas pela letra S.
Como o inglês é uma língua universal, o S é de swimming, natação em português. Todos os quatro estilos (livre, costas, peito e borboleta) são divididos por deficiências. Do S1 ao S10, competem atletas com limitações físico-motoras. Do S11 ao S13, nadadores com deficiência visual. E, no S14, nadam os esportistas com deficiência intelectual. Quanto maior o grau de deficiência, menor o número da classe.
Já o caso do nado peito, a sigla é SB, de swimming breast traduzido para o português. Assim como nos demais estilos, a numeração varia de acordo com a deficiência de cada atleta, sendo que o número aumenta quando o tipo de deficiência é menor.
Classificação do atleta na categoria
Mas de que forma um competidor é classificado em cada categoria? O atleta é submetido à equipe de classificação, que procederá a análise de resíduos musculares por meio de testes de força muscular; mobilidade articular e testes motores, todos realizados dentro da água. Vale a regra de que, quanto maior a deficiência, menor o número da classe.
Essa análise é feita em determinados períodos, geralmente antes dos jogos. E, dependendo dos testes, um atleta pode mudar de categoria. Uma das situações mais conhecidas aconteceu às vésperas das Paralímpiadas de Pequim, em 2018, com o nadador brasileiro Clodoaldo Silva.
Na ocasião, o nadador foi reclassificado para classe S5 após ser submetido a testes de avaliação funcional. O atleta pertencia à classe S4, onde conquistou seis medalhas de ouro e uma de prata na Paraolimpíada de Atenas, em 2004, quando foi carinhosamente chamado de “Michael Phelps brasileiro”.
O Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB) chegou a protestar da decisão do Comitê Paraolímpico Internacional e entregou um documento baseado em questões técnicas, com laudos que comprovariam que o atleta brasileiro deveria continuar na classe S4. Entretanto, o IPC rejeitou o recurso que defendia o brasileiro, nascido com paralisia cerebral e que, por isso, não movimentava as pernas.
Foto: Miriam Jeske/CPB