Como surgiu a Feira de São Cristóvão?

Band Rio

Essa é uma oportunidade para retomar o turismo no local

Um bolo foi feito para comemorar o aniversário da feira

Gustavo Sleman

“Fazer a gestão da Feira é um desafio diário, uma grande responsabilidade que todos os membros da Comissão encaram de frente. Estamos trabalhando e nos preparando para a retomada dos eventos maiores, que feirantes e visitantes aguardam com muita esperança de dias melhores para toda a população", comentou o diretor da comissão, Luiz Carlos dos Santos.

A história da Feira começou ainda nos anos 40, quando retirantes chegaram a então capital do Brasil para trabalhar no setor de construção civil. Os encontros com amigos e parentes da mesma região, sempre regados de música e comidas típicas, começou a se tornar frequente.

Desde então, a feira foi crescendo, se tornou legalizada e passou em mais de um local. A sede atual, em São Cristóvão, abriga vários quiosques em mais de 34mil m². A última reforma, em 2003, fez com que os feirantes não precisassem mais montar e desmontar as barracas a cada final de semana, elas passaram ser de alvenaria.

Há 11 anos, a feira é considerada patrimônio cultural imaterial do Brasil por uma determinação legislativa federal.

Serviço:

O espaço funciona de terça à sexta das 10h às 18h, no sábado das 10h às 23h e no domingo de 10h às 22h e está aberto ao público.

Entrada: R$ 6 reais.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Centro Luiz Gonzaga de Tradições NordestinasGeografia

Tipo centro cultural
Página oficial (Website)
Coordenadas 22° 53' 50.84" S 43° 13' 13.16" O

Localização Rio de Janeiro - Brasil

[edite no Wikidata]

O Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, também conhecido como Feira de São Cristóvão, é um pavilhão que promove a cultura e o comércio de produtos nordestinos.[1] Localiza-se na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. Foi criado em homenagem a Luiz Gonzaga, o «Rei do Baião».[1]

O prédio, inaugurado em 1962, foi construído no final dos anos 50 e concebido para abrigar a Exposição Internacional de Indústria e Comércio durante o governo Juscelino Kubitschek. A obra foi um empreendimento do empresário Joaquim Rolla.

Estrutura ousada e premiação internacional[editar | editar código-fonte]

Projetado pelo arquiteto Sérgio Bernardes[2], o Pavilhão, originalmente, já foi uma das maiores áreas cobertas sem viga do mundo, com 156.000m². Para cobrir o Pavilhão desprezando o auxílio de colunas, as paredes tiveram de ser projetadas no sentido de ancorar os cabos de aço, compondo a superfície elíptica curvada em dois sentidos, tal qual a conheciam.

A cobertura original era plástica e tinha ventilação natural. A água era bombeada para os pontos mais altos e escorria para os mais baixos terminando numa espécie de cascata sobre dois lagos laterais, um sistema que ajudava a diminuir a temperatura ambiente nos dias mais quentes, bastante arrojado para a época. O projeto arquitetônico recebeu em 1958 o primeiro prêmio na categoria "arquitetura e estrutura" da Exposição Internacional de Bruxelas, na Bélgica, devido suas características inovadoras.[3]

O Palácio das exposições e o seu declínio[editar | editar código-fonte]

A finalidade inicial da construção era ser o chamado Palácio das Exposições, para abrigar feiras e exposições e durante muitos anos esta foi a sua principal caracterísitica. Nas décadas de 1960 e 1970 ele foi usado para as exposições anuais do Exército Brasileiro, festivais de chope, feiras de animais; até uma exposição organizada pela União Soviética ocorreu no local.[3]

Anos mais tarde, devido à falência do empresário Joaquim Rolla, o pavilhão passou para a administração pública, todavia permaneceu sem maiores obras de conservação e manutenção. O espaço perdeu prestígio para outros centros de exposições e lazer. Além do mais, o sistema de refrigeração do telhado não mais funcionou e o material do telhado, feito em alumínio, acabou por maximizar a temperatura dentro do pavilhão em dias mais quentes.[3]

Desde 1986 passou a ser usado provisoriamente como local de barracão das escolas de samba para a construção das alegorias para os desfiles de carnaval; pois elas haviam sido despejadas dos antigos armazéns do Cais do Porto pela Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ), do Governo Federal. Em 1988 a prefeitura do Rio de Janeiro cogitou vender o pavilhão, mas a ideia não prosperou.[3]

Em maio de 1990 um incêndio de grandes proporções, iniciado no barracão da Unidos do Viradouro, danificou grande parte do telhado.[3] Em abril de 1991, um vendaval veio a destruir grande parte do que restava da cobertura, a qual foi totalmente retirada pela prefeitura nos meses seguintes.[4][5]

Revitalização e espaço cultural nordestino[editar | editar código-fonte]

Mungunzá, iguaria nordestina que pode ser apreciada na feira.

Em 2003 o então prefeito Cesar Maia aproveitou o espaço descoberto do pavilhão para abrigar a céu aberto a «Feira Nordestina», que já há muitos anos funcionava no estacionamento em volta do Campo de São Cristóvão, que era a maior aglomerado de tradições nordestinas fora do Nordeste.

No Pavilhão de São Cristóvão, a cultura nordestina é manifestada nas suas mais diversas formas, destacando-se a música e a culinária[6].

É um local para apresentação de shows musicais de ritmos nordestinos, entre os quais destaca-se o forró, com apresentação de diversos grupos distribuídos em dois grandes palcos. Allém dos artistas locais, periodicamente se apresentam grandes nomes da música e cantores conhecidos como repentistas, que utilizam o talento de improvisar versos para atrair ouvintes que frequentam o local e contribuem voluntariamente em troca de algumas canções e versos, na sua maioria improvisados.

Referências

  1. a b «Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas». Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas. Consultado em 5 de maio de 2019
  2. «Pavilhão São Cristóvão». arqguia.com. Consultado em 2 de maio de 2018
  3. a b c d e «O Pavilhão das Fantasias. Abrigo provisório abriga hoje muitas histórias» 279 ed. Rio de Janeiro: Jornal do Brasil, disponível na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. 14 de janeiro de 1991. p. 6. Consultado em 25 de julho de 2022
  4. Carlos Alberto Taborda (28 de abril de 1991). «Ventos e granizo causam estragos e transtorno no Rio» 20 ed. Rio de Janeiro: Jornal do Brasil, disponível na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. p. 26. Consultado em 25 de julho de 2022
  5. «Uma história arrasada» 108 ed. Rio de Janeiro: Jornal do Brasil, disponível na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. 25 de julho de 1991. p. 6. Consultado em 25 de julho de 2022
  6. «Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas». Riotur. Consultado em 2 de maio de 2018

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

  • Site Feira de São Cristóvão

Quem fundou a Feira de São Cristóvão?

Foi um empreendimento do famoso Joaquim Rolla, criador do Cassino da Urca. Projetado pelo arquiteto Sérgio Bernardes, o Pavilhão foi, originalmente, uma das maiores áreas cobertas sem viga do mundo, com 156.000m².

Quando foi criada a Feira de São Cristóvão?

A Feira, hoje funcionando no interior do Pavilhão de São Cristóvão, surgiu entre os anos 1940 e 1950 na praça onde se situa o referido prédio, em construção na ocasião14.

Quantos anos tem a Feira de São Cristóvão?

Os primeiros movimentos começaram em 1945, quando retirantes se reuniam no Campo de São Cristóvão para ouvir música e saborear suas comidas regionais. Assim foi ao longo de 58 anos, até que o evento, já estruturado, ganhou o espaço que ocupa até hoje.

Em que ano foi construído o Pavilhão de São Cristóvão?

O pavilhão projetado por Sérgio Bernardes, foi inaugurado no início dos anos 1960. Era uma iniciativa particular e a partir dos anos 1980 passou a pertencer à uma empresa estatal de Turismo.

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