A velocidade terminal é a máxima velocidade atingida por um objeto em queda livre, e é determinada a partir de características do objeto e do fluido no qual está imerso.
Quando objetos robustos estão em queda livre, existirá sobre eles uma força denominada força de arrasto, produzida pela resistência do ar, dirigida para cima e que aumenta gradativamente seu módulo a partir do aumento da velocidade do corpo. É o que acontece com paraquedistas quando estão em queda livre, e com qualquer outro corpo que se movimente em relação a um fluido. Se o corpo em queda cai por um tempo suficiente, chegará um certo momento em que a força de arrasto se tornará igual à força de atração gravitacional sobre o objeto, ou seja, o arrasto terá o mesmo valor da força peso, quando isto acontecer, como as duas forças são de sentidos opostos, o objeto atingirá seu máximo valor de velocidade possível, determinada como velocidade terminal.
Para determinar a velocidade terminal de um objeto é necessário conhecer a força de arrasto. A determinação dessa força depende da densidade do fluido (ρ) onde ocorre o movimento, da área frontal do objeto que se move (A), da velocidade do objeto (v) e de uma grandeza conhecida como coeficiente de arrasto (C) que depende do formato do corpo em movimento. A equação abaixo nos dá o valor da força de arrasto, denominada aqui de FAR.
FAR = 0,5.C.ρ.A.v2
Esquiadores quando querem maximizar sua velocidade ficam agachados e adotam a “posição de ovo”, assim diminuem a sua área de contato com o fluido, minimizando os efeitos da força de arrasto. Carros de corrida também são projetados em formatos que minimizam ao máximo a atuação dessa força sobre o movimento, podendo assim adquirir velocidades muito altas.
De posse da equação da força de arrasto, podemos determinar o cálculo da velocidade terminal para um objeto em queda livre. No momento em que essa velocidade é atingida, sabemos que a força resultante sobre o objeto se torna nula, já que não haverá mudança de velocidade, portanto, podemos igualar as forças peso e de arrasto que possuem sentidos opostos. Sendo assim, temos:
Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)
FAR = P
0,5.C.ρ.A.v2 = P
v2 = P .C.ρ.A
0,5
v = 2.P.ρ.A
C
VTERMINAL =
√2.P. ρ.A
C
É possível determinar, a partir da equação da força de arrasto, qual é a distância necessária de queda para que um objeto atinja sua velocidade terminal. A tabela abaixo traz alguns exemplos, mostrando o valor da velocidade terminal e a distância de queda necessária para se atingir 95% dessa velocidade.
Em outubro de 2012, o austríaco Felix Baumgartner saltou de uma altura corresponde a 38,97 Km, batendo o recorde de altitude que pertencia a Joseph Kittinger com um salto de 31,30 Km de altura em agosto de 1960. A velocidade terminal de Felix foi de aproximadamente 1363 Km/h, ou 379 m/s, tornando-se a primeira pessoa a romper a berreira do som (a velocidade do som no ar é de 340 m/s) com o próprio corpo. A distância percorrida até atingir a velocidade terminal foi de 11,1 Km e a queda livre durou incríveis 4 min 22s.
Mas o recorde de Felix Baumgartner foi quebrado em outubro de 2014, pelo norte-americano Alan Eustace. O novo recorde foi batido com um salto de aproximadamente 41,4 Km de altura, na região da estratosfera da Terra, que durou 4 min 27s.
Quando lan�amos um corpo verticalmente para cima notamos que ele sobe at� uma certa altura e depois cai porque � atra�do pela Terra, o mesmo acontece quando largamos um corpo de determinada altura (como a menina soltando a bolinha). Os corpos s�o atra�dos pala Terra porque em torno dela h� uma regi�o chamada campo gravitacional exercendo atra��o sobre eles. |
Vamos fazer o seguinte experimento:
Pegue a sua borracha e uma folha de papel e largue as duas de uma mesma altura ao mesmo tempo. Quem chegou primeiro?
Agora amasse bem a folha de papel e repita o experimento. E agora houve muita diferen�a de tempo entre as quedas ou os dois objetos ca�ram praticamente juntos?Se n�o houvesse a resist�ncia do ar, todos os corpos, de qualquer peso ou forma, abandonados da mesma altura, nas proximidades da superf�cie da Terra, levariam o mesmo tempo para atingir o solo. Esse movimento � conhecido como queda livre. O movimento de queda livre � uniformemente acelerado. A trajet�ria � retil�nea, vertical e a acelera��o � a mesma para todos os corpos, a acelera��o da gravidade, cujo valor �, aproximadamente, g=9,8 m/s2 . | |
Aten��o: Denomina-se queda livre o movimento de subida ou descida que os corpos realizam no v�cuo ou quando desprezamos a resist�ncia do ar. | Quando � feito v�cuo no interior do tubo, a pluma e a pedra caem simultaneamente. |
Fun��es do Movimento de Queda Livre
No movimento de queda livre, a trajet�ria � retil�nea e a acelera��o constante. Trata-se portanto de um movimento retil�neo uniformemente variado (MRUV), e as fun��es que descrevem o movimento de queda livre s�o as mesmas que descrevem o MRUV, com a diferen�a que a queda livre ocorre sempre no eixo vertical vamos associar a vari�vel correspondente a posi��o a vari�vel y (que est� associada ao eixo vertical das ordenadas).
Vamos estabelecer um sistema de refer�ncia com o eixo vertical crescente para cima apartir da origem (geralmente fixada no solo). | |
Como a acelera��o da gravidade � orientada verticalmente para baixo (sentido oposto ao sentido positivo do eixo que atribu�mos no nosso sistema de refer�ncia), ter� seu valor sempre negativo.
Velocidade em Rela��o ao tempo | V=V0 � g t |
Posi��o em Rela��o ao tempo | |
Velocidade em Rela��o � posi��o | V2 = V20 -2g(Y-Y0) |
Lan�amento Vertical
Quando atiramos um objeto para cima, ele sobe para sempre ou depois de um tempo ele desce? Costuma-se chamar de lan�amento vertical o lan�amento de um proj�til lan�ado verticalmente para cima,quando desprezamos a resist�ncia do ar ou quando o lan�amento � no v�cuo. Trata-se de um movimento de queda livre. Assumindo o mesmo sistema de refer�ncia que adotamos anteriormente, neste caso a gravidade continua orientada para baixo, podemos usar as mesmas fun��es que descrevem o movimento de queda livre para descrever o lan�amento vertical. Dessa forma a velocidade do proj�til ser� positiva, vai decrescendo em m�dulo at� o objeto parar ( quando inverte o sentido do movimento) onde sua velocidade � zero, mas a acelera��o da gravidade continua sendo a mesma! Depois da invers�o do movimento a velocidade passa a ser negativa (orientada para baixo) e aumenta em m�dulo.