O que é a contextualização é qual a sua importância para a aprendizagem?

De forma geral, é o ato de vincular o conhecimento à sua origem e à sua aplicação.

A idéia de contextualização entrou em pauta com a reforma do ensino médio, a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, que orienta para a compreensão dos conhecimentos para uso cotidiano. Tem origem nas diretrizes que estão definidas nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), que são guias para orientar a escola e os professores na aplicação do novo modelo. De acordo com esses documentos, orienta-se para uma organização curricular que, entre outras coisas, trate os conteúdos de ensino de modo contextualizado, aproveitando sempre as relações entre conteúdos e contexto para dar significado ao aprendido, estimular o protagonismo do aluno e estimulá-lo a ter autonomia intelectual.

Portanto, o novo currículo, segundo orientação do Ministério da Educação (MEC), está estruturado sobre os eixos da interdisciplinaridade e da contextualização, sendo que esta última vai exigir que “todo conhecimento tenha como ponto de partida a experiência do estudante, o contexto onde está inserido e onde ele vai atuar como trabalhador, cidadão, um agente ativo de sua comunidade”. A contextualização também pode ser entendida como um tipo de interdisciplinaridade, na medida em que aponta para o tratamento de certos conteúdos como contexto de outros.

A idéia da contextualização requer a intervenção do estudante em todo o processo de aprendizagem, fazendo as conexões entre os conhecimentos. De acordo com o MEC, “esse aluno que estará na vanguarda não será nunca um expectador, um acumulador de conhecimentos, mas um agente transformador de si mesmo e do mundo”.

Trabalhando contextos que tenham significado para o aluno e possam mobilizá-lo a aprender, num processo ativo, em que ele é protagonista, acredita-se que o aluno tenha um envolvimento não só intelectual mas também afetivo. Isso, de acordo com o novo currículo, seria educar para a vida.

COMO CITAR ESTE CONTEÚDO:
MENEZES, Ebenezer Takuno de. Verbete contextualização. Dicionário Interativo da Educação Brasileira - EducaBrasil. São Paulo: Midiamix Editora, 2001. Disponível em <//www.educabrasil.com.br/contextualizacao/>. Acesso em 14 ago 2022.

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Por que o termo contextualização, tomado como um conceito na área de educação, é recorrentemente aludido na Base Nacional Comum Curricular? Qual a importância desse conceito? Por que diferentes componentes e a Base de uma forma geral recorrem a ele para se referir a algo relevante às práticas de ensino-aprendizagem? Neste nosso espaço, buscaremos responder a essas questões.

Um dos marcos legais que embasam a BNCC são as novas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica (DCN), de 2010. Nelas, salienta-se que as práticas educacionais precisam ter tratamento metodológico que evidencie a interdisciplinaridade ea contextualização. Dessa forma, as DCN determinam que, para ser interdisciplinar, o currículo deve realizar o entrecruzamento de saberes disciplinares e, para ser contextualizado, ele deve desenvolver projetos que se pautem na realidade dos alunos e, portanto, propulsionem uma aprendizagem de fato significativa.

Destacando a contextualização e as proporções que ela ganha em uma realidade como a brasileira, tê-la apenas como a premissa de um estudo pautado na realidade concreta é reducionista. Nesses termos, as próprias DCN ampliam esse conceito e, conforme cita a Base, passam a tomá-lo como:

“A valorização das diferenças e o atendimento à pluralidade e à diversidade cultural, resgatando e respeitando os direitos humanos, individuais e coletivos e as várias manifestações de cada comunidade.”

Se, de acordo com o dicionário, o termo significa a ação de inserir algo em seu devido tempo/espaço e a vinculação do conhecimento à sua origem e aplicação, essa definição elucida bem mais que uma afinidade com o conceito proposto no meio educacional, pois elucida também o potencial de ampliação e de expressividade que a contextualização assume na realidade brasileira.

Nosso caráter marcadamente diverso em termos etnoculturais intensifica a necessidade de um compromisso sério e contínuo da Educação Básica com a representatividade desse múltiplo e multifacetado contexto. Negligenciar o compromisso com a valorização e a disseminação de nossa pluralidade e diversidade etnocultural denota uma grave violência simbólica contra quem de fato somos enquanto povo, violência esta cuja consequência seria a homogeneização de um contexto conjuntural e enraizadamente heterogêneo.

Por conseguinte, ante a premissa de uma educação para os direitos humanos, já contemplada em nossos documentos legais e normativos, tais como a Constituição Federal, a LDB e as DCN, justifica-se a importância da contextualização na BNCC como um tratamento metodológico transversal a todas as áreas e aos componentes curriculares. O conceito é, inclusive, explicitamente mencionado e explicado nas seções destinadas à Língua Portuguesa, Arte e Ciências Humanas na Base.

E quais seriam, então, as justificativas e os impactos de uma abordagem contextualizada nos termos definidos pela BNCC? Ela se justifica porque todos temos o direito de ser quem somos e de nos sentir contemplados e valorizados em nossas comunidades e fora delas; porque nossas manifestações culturais precisam ser perpetuadas como o registro de nossa constitutividade e como memória e herança às futuras gerações; porque é também nosso direito, para além de integrar determinado grupo sociocultural, conhecer e conviver respeitosa e harmoniosamente com a diversidade e pluralidade de nosso país. Essa abordagem contextualizada impacta a formação dos brasileiros, contribuindo para a construção de uma concomitante consciência de si e do outro, bem como de direitos e deveres inalienáveis a todo cidadão; contribuindo, ademais, para a construção e consolidação de uma sociedade que se paute no respeito à pluralidade cultural e que reconheça nela a bela expressão do país que somos.

De acordo com o que nos aponta a definição do dicionário, e ampliando-a para a acepção que ganhou nas DCN e na BNCC, a contextualização como um tratamento metodológico se afirma, portanto, como a vinculação dos conhecimentos, habilidades e atitudes a que todos os brasileiros têm direito com a realidade sociocultural diversa e plural em que estamos inseridos.

O que é a contextualização é qual a sua importância para a aprendizagem?

De forma geral, contextualização é o ato de vincular o conhecimento à sua origem e à sua aplicação. A ideia de contextualização entrou em pauta com a reforma do ensino médio, a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB nº 9.394/96), que acredita na compreensão dos conhecimentos para uso cotidiano.

Qual a importância da contextualização?

Desse modo, o papel da contextualização nos processos de ensino e de aprendizagem é, além de contribuir para a compreensão de fenômenos e conhecimentos científicos, estabelecer relações desses aspectos com o contexto em que vive, com criticidade, com vistas a compreender esse contexto, superando o senso comum.

Qual a importância da contextualização dos conteúdos?

Ao contextualizar um conteúdo específico é que o conhecimento ganhará significado real para o aluno. Do contrário, ele poderá se perguntar: “Para que estou aprendendo isso?” ou “Quando eu usarei isso em minha vida?”.

O que é aprendizagem contextualizada?

Como já referimos, uma das ideias-chave da aprendizagem contextualizada é a de que são os alunos que vão descobrindo e construindo o seu conhecimento, por meio da observação e da participação em atividades autênticas. Resolvendo problemas, os alunos aprenderiam skills complexos, sem necessidade de instruções formais.

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