4/10/22 às 12:53
De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (12) na PNAD Contínua Trimestral, a desocupação no Distrito Federal caiu de 12,6% para 11,5% no segundo trimestre de 2022
Adriana Izel, da Agência Brasília | Edição: Claudio Fernandes
- IPEDF
Brasília, 12 de agosto de 2022 – O desemprego está em queda no Distrito Federal. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (PNADCT), divulgada nesta sexta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que a taxa de desocupação na capital federal caiu de 12,6% no primeiro trimestre de 2022 para 11,5% no segundo trimestre, período referente aos meses de abril, maio e junho.
“Se compararmos o período do auge da pandemia da covid-19, em julho de 2020, com os dados atuais, foram geradas 80 mil novas ocupações, em todos os segmentos da economia – serviços, comércio, indústria e construção civil” Jean Charles, presidente do Instituto de Pesquisa e Estatística do DF
Ainda segundo os dados do IBGE, a população desocupada – que é composta por pessoas temporariamente sem trabalho e em busca de ocupação – estimada do DF é de 205 mil pessoas. O número diminuiu 5,5% em relação ao trimestre anterior e 12,8% comparativamente ao mesmo período do ano passado.
“Os dados da PNADCT sobre o índice de desemprego no segundo trimestre de 2022, divulgados hoje pelo IBGE, corroboram com o que temos observado na Pesquisa de Emprego e Desemprego do DF (PED), realizada pelo IPEDF em parceria com o Dieese. O índice de desemprego é o menor dos últimos seis anos, ou seja, desde 2016”, destaca o diretor presidente do Instituto de Pesquisa e Estatísticas do DF (IPEDF), Jean Charles.
“Se compararmos o período do auge da pandemia da covid-19, em julho de 2020, com os dados atuais, foram geradas 80 mil novas ocupações, em todos os segmentos da economia – serviços, comércio, indústria e construção civil”, complementa.
A PNADT também fundamenta a informação antecipada na PED ao revelar o aumento no número de pessoas empregadas no Distrito Federal. Das 2,52 milhões de pessoas com idade para trabalhar (de 14 anos ou mais), 70,6% estão inseridas na força de trabalho. Houve um aumento de 4,5 pontos percentuais.
O setor de indústria geral teve a maior alta no número de empregos no segundo trimestre de 2022, com aumento de 47,9% em relação ao mesmo período de 2021 e de 31,5% em comparação com o primeiro trimestre do mesmo ano
Na estimativa da pesquisa do IBGE, o DF conta com uma população ocupada estimada em 1,57 milhão de pessoas no segundo trimestre. Ou seja, inclusão de 60 mil pessoas em relação ao trimestre anterior e de 166 mil se comparado com o mesmo período de 2021. Já o nível da ocupação (proporção de ocupados entre as pessoas de 14 anos ou mais de idade) foi estimado em 62,4%, tendo aumentado em 5,8 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2021 e 2,1% com relação ao primeiro trimestre de 2022.
Os setores de indústria geral, comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas impulsionaram o crescimento dos empregos no DF. A indústria geral corresponde à maior alta, com aumento de 47,9% em relação ao mesmo período de 2021 e de 31,5% em comparação com o primeiro trimestre do mesmo ano. Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas cresceram 26,6% em um ano.
O setor que mais emprega os moradores do DF é o da administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, com 442 mil pessoas no segundo trimestre de 2022.
A pesquisa ainda revela que o rendimento médio real habitual de todos os trabalhos das pessoas ocupadas no Distrito Federal foi estimado em R$ 4.446, tendo apresentado um pequeno aumento em relação ao trimestre anterior, quando era de R$ 4.373.
Sumário executivo
Taxa de Desocupação - No trimestre de novembro a janeiro de 2022, a taxa de desocupação no Brasil foi estimada em 11.2%, abaixo da mediana das expectativas de mercado (intervalo de 11% a 11.8%, mediana de 11.3%). Esta estimativa apresentou queda em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (14.5%).
Comparação Interanual - A taxa de participação (PEA/PIA) apresentou alta, passando de 59.7% em janeiro de 2021 para 62.3% em janeiro de 2022. A evolução da PIA apresentou elevação de 0.9%, a PEA teve alta de 5.4%, já a PO registrou alta de 9.4%.
O rendimento médio real habitual de todos os trabalhos foi de R$2.489 no período de referência, queda de 9.7%.
Considerando apenas o trabalho principal, o rendimento médio real habitual foi de R$2.420, enquanto o efetivo ficou em R$2.690.
A taxa de subutilização ficou em 23.9% com queda em comparação ao mesmo período de 2021 (29%).
Tabelas
Distribuição da População Ocupada por categoria de ocupação
População Economicamente Ativa | 0.6 | 5.4 | 5.1 | 107476 |
População Ocupada | 1.6 | 9.4 | 6.4 | 95428 |
Empregado no setor privado com carteira | 2.0 | 9.3 | 4.2 | 34556 |
Empregado no setor privado sem carteira | 3.6 | 19.8 | 14.0 | 12383 |
Trabalhador doméstico | 2.0 | 19.9 | 10.6 | 5621 |
Empregado no Setor Público | 1.9 | -1.9 | -2.3 | 11362 |
Empregador | 3.9 | 5.4 | -2.5 | 4008 |
Conta-própria | -0.2 | 10.3 | 11.8 | 25576 |
(*) variação calculada pela SPE
Fonte: IBGE/SPE
Rendimento Médio Real do trabalho, segundo a categoria de ocupação
Rendimento habitual de todos os trabalhos | -1.1 | -9.7 | -7.7 | 2489 |
Rendimento habitual do trabalho principal | -0.9 | -9.5 | -7.8 | 2420 |
Empregado no setor privado com carteira | -0.8 | -7.1 | -5.6 | 2392 |
Empregado no setor privado sem carteira | 1.4 | -9.1 | -7.8 | 1594 |
Trabalhador doméstico | 1.1 | -3.1 | -5.7 | 966 |
Empregado no Setor Público | -1.9 | -11.6 | -5.7 | 3915 |
Empregador | -5.0 | -11.6 | -11.4 | 6013 |
Conta-própria | 0.1 | -2.7 | -3.0 | 1947 |
(*) variação calculada pela SPE
Fonte: IBGE/SPE
Gráficos
Taxa de desocupação
Fonte: IBGE
–
População Ocupada - Milhares de pessoas
Fonte: IBGE
–
População Desocupada - Milhares de pessoas
Fonte: IBGE
–
População Economicamente Ativa - Milhares de pessoas
Fonte: IBGE
Demais Gráficos
Taxa de Participação - PEA/PIA
Fonte: IBGE
–
Nível de Ocupação - PO/PIA
Fonte: IBGE
–
Contingente Populacional - Variação em relação ao mesmo trimestre do ano anterior
Fonte: IBGE
–
Rendimento real habitual de todos os trabalhos - Valores em R$
Fonte: IBGE
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Componentes da massa salarial real total - Variação em relação ao mesmo trimestre do ano anterior
Fonte: IBGE
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