A sustentabilidade nunca esteve tão em pauta como nos últimos anos. E a agricultura sustentável vem para somar quando o assunto é preservar o meio ambiente.
Cuidar do planeta passou de ser um ideal para uma necessidade nos últimos anos. Caso contrário, a sobrevivência do homem corre um sério risco. Neste aspecto, a agricultura sustentável vem para somar à pauta de preservação ambiental.
Esta prática beneficia tanto o planeta quanto o produtor, uma vez que reduz custos e eleva a produtividade. Ficou interessado em saber mais sobre o tema? Confira o que preparamos para você!
O que é e como funciona a agricultura sustentável?
De maneira resumida, a agricultura sustentável é aquela que respeita o meio ambiente e consegue ser economicamente viável do ponto de vista social.
Um exemplo disso está no sistema de plantio direto. A técnica se baseia em não arar o solo antes do plantio, mantendo-o coberto por folhagens secas. Essa camada contribui para a proteção do solo de erosões e outras condições desfavoráveis.
Outra característica bastante forte desta prática é a diminuição do uso de adubos químicos, fertilizantes e pesticidas nos alimentos. Além disso, a agricultura sustentável também procura alternativas de fontes de energia limpa e formas para a reutilização da água.
Por causa dos ganhos obtidos com a produtividade gerada pela agricultura sustentável, o agronegócio brasileiro já vinha adotando práticas ecológicas. Com o aumento da busca por alimentos mais saudáveis, a demanda por melhores métodos de produção também cresce.
Quais são os benefícios e como colocar em prática?
É possível listar vários benefícios para quem adota a prática de agricultura sustentável na sua produção. Um deles é a conquista de mercados exigentes e engajados em causas ambientais, como a União Europeia.
Além da questão financeira, também está a melhoria da qualidade do solo e da vida no campo. Podemos citar ainda o aumento do valor agregado do produto e da diversidade nas lavouras. E, por fim, a diversificação da biodiversidade local.
Agricultura sustentável na prática
Algumas ações devem ser adotadas para trazer mais sustentabilidade ao seu negócio:
Redução do uso de adubos químicos;
Uso de pesticidas naturais para o controle de pragas. Quando não é possível eliminá-lo, pode se fazer o uso racional, já que pesticidas contaminam o solo e colocam a saúde dos consumidores em risco;
Uso de fontes de energia renováveis, como biometano, eólica, solar etc;
Rotação de culturas, alternando o plantio de determinadas espécies em um mesmo terreno. Isso garante maior qualidade de solo e do próprio produto que será colhido naquele local;
Uso de sistemas de captação de água das chuvas para a irrigação. O sistema é relativamente simples de ser implementado, bastando a instalação de alguns materiais para a coleta, como calhas, canos de PVC, bambu etc;
Adoção de soluções tecnológicas para um melhor gerenciamento e otimização do plantio. A coleta de dados, obtidos através de GPS e drones, por exemplo, pode ajudá-lo no monitoramento da qualidade do solo.
Quer saber mais sobre novas práticas na agricultura? Aqui no nosso blog, você confere outros materiais sobre o assunto! Até a próxima.
A agricultura sustentável define-se em oposição à agricultura convencional/ industrializada/ dependente de aditivos exógenos. O critério principal que permite identificar a agricultura sustentável é a integração dos bens e serviços dos ecossistemas no processo de produção. A agricultura depende de condições e processos naturais alheias à vontade e ao controlo humano, tal como o clima, o solo, as interacções entre cultivares e outros
seres vivos. A agricultura industrializada tenta maximizar o controlo sobre todos os fatores que afetam a produção, criando um sistema uniforme, com baixa biodiversidade, e altamente dependente de energia externa.
Ao contrário, a agricultura sustentável tenta fazer o melhor uso das condições existentes, adaptando as culturas ao clima e ao solo e beneficiando de sinergias entre os seres vivos que compõem o sistema agrícola. Deste modo, a agricultura sustentável pode reduzir o uso de aditivos externos (factores de produção que provêm de fora da exploração, tal como fertilizantes, pesticidas, sementes), economizando energia e afectando os ciclos biogeoquímicos minimamente.
A agricultura sustentável não deve ser vista apenas como uma forma de produzir alimentos com um impacto ambiental mínimo, mas as dimensões sociais e económicas são fulcrais para que uma agricultura adaptada às condições locais (em alteração contínua, e portanto exigindo mudanças) possa ser mantida a médio/longo prazo. A agricultura industrializada mede o seu sucesso apenas em termos de aumento da produtividade e da rentabilidade. A agricultura sustentável pretende produzir alimentos saudáveis, por pessoas saudáveis, num ambiente saudável.
Por isso considera o desenvolvimento simultâneo de cinco tipos de capitais:
Capital natural – corresponde a todos os seres vivos e não-vivos e processos naturais, que podem ser valorizados na agricultura sustentável;
Capital social – corresponde às normas, valores e regras que permitem a coesão social; a cooperação efectiva. Na agricultura sustentável a interacção entre produtores e e outros agentes geralmente é melhorada, visando a justiça social;
Capital humano – corresponde às capacidades físicas e intelectuais de cada indíviduo. Como a agricultura sustentável exige aprendizagem e adaptação o capital humano é aumentado;
Capital
físico – corresponde a todas as infraestruturas, que permitem melhorar a actividade agrícola;
Capital financeiro – corresponde aos valores monetários. Uma agricultura sustentável tem que ser economicamente viável.
A ciência que investiga agroecossistemas sustentáveis chama-se agroecologia.