Publicidade Publicidade O palito queima porque sua cabeça é feita de substâncias que fazem a faísca do atrito com a caixinha virar chama. Aí, o fogo consome a madeira do palito por uns 10 segundos. O processo é bem conhecido: a gente risca o palito na caixa e produz uma faísca, que faz as substâncias inflamáveis do palito entrar em combustão. Quem descobriu essas propriedades químicas
foi o físico inglês Robert Boyle, em 1669. Mas o palito de fósforo só foi criado em 1826, quando surgiram uns palitões de 8 centímetros apresentados pelo químico inglês John Walker – tirando o nome, ele não tem nada a ver com o escocês que inventou o famoso uísque no século 19. Mas esses fósforos grandões tinham um grande inconveniente: todas as substâncias necessárias para a queima ficavam na cabeça do artefato. Aí, qualquer raspada dos palitos na calça fazia o troço pegar fogo. A solução
surgiu em 1855, quando o industrial sueco Johan Edvard Lundstrom inventou os chamados “fósforos de segurança” que a gente usa até hoje. A sacada de Lundstrom foi colocar uma parte das substâncias para a queima no fósforo e outra na caixinha. É por isso que os palitos não se incendeiam quando você os raspa em qualquer lugar! – Como é feito o papel? – Como funcionam os fogos de artifício? Cabeça quente Potássio e parafina alimentam a chama1 – Um fósforo começa a queimar pela cabeça por causa do mix de substâncias que ela tem: a parte vermelha é o clorato de potássio, que libera bastante oxigênio para manter a chama acesa. Revestindo a cabeça, uma camada de parafina serve como combustível para
alimentar a chama 2 – A caixinha, por sua vez, tem areia e pó de vidro, para gerar atrito, e fósforo (sim, o fósforo fica na caixa e não no palito!) para produzir calor intenso. Quando a gente risca o palito na caixinha, esse trio de substâncias ajuda a produzir uma pequena faísca 3 – Em contato com o palito, a faísca queima o clorato de potássio, que libera uma grande quantidade de oxigênio. Esse oxigênio reage com a parafina que reveste o palito. Essa combinação gera uma chama que
consome a madeira do palito por mais ou menos 10 segundos Faça Você Mesmo: Fogueira de bolso Bom para quando você for deixado numa ilha deserta!1 – Arrume dois pedaços de madeira – um plano e parecido com uma tábua e outro em forma de graveto – e um pouco de palha seca para pegar fogo 2 – Apóie o graveto na tábua e, com as mãos, comece a friccioná-lo sobre a tábua até gerar uma faísca. A fagulha vai aparecer se a fricção for bem
rápida 3 – A palha vai ser a primeira a se incendiar. Quando ela estiver pegando fogo, leve-a até uma fogueira maior, com bastante palha para gerar uma grande chama Continua após a publicidade
Como funciona o palito de fósforo?
Potássio e parafina alimentam a chama
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Nós compartilhamos por aqui, há algum tempo, o vídeo de um fósforo queimando em câmera lenta a 4.000 quadros por segundo. A American Chemical Society pegou este vídeo para explicar o que acontece em nível molecular quando você acende um palito.
Vamos lá: a cabeça do palito possui um combustível (trissulfeto de antimônio), uma substância para ajudar esse combustível a pegar fogo (clorato de potássio), e outro composto para evitar que a combustão gere muita fumaça (fosfato de amônio).
A cera de parafina ajuda a chama a viajar para baixo no palito, e uma cola mantém tudo isso junto. Há também um corante para deixar o fósforo mais bonito.
Na caixinha, há uma superfície de vidro em pó (para a fricção) e fósforo vermelho (para acender o fogo). Quando você raspa a cabeça do fósforo na caixa, isso cria fricção e emite calor. Essa energia converte o fósforo vermelho em fósforo branco, que é extremamente volátil e reage com o oxigênio do ar, causando a ignição.
Todo esse calor também faz o clorato de potássio – presente na cabeça do fósforo – pegar fogo. Por ser um agente oxidante, ele fornece mais oxigênio à reação. Esse oxigênio se combina ao combustível (trissulfeto de antimônio) para criar uma chama duradoura.
Essa reação cria óxidos de enxofre, que possuem aquele cheiro de algo queimando. Há também a fumaça, composta de pequenas partículas que escaparam da combustão, mais vapor d’água.
A ACS levou quase um minuto e meio para descrever, no vídeo, o que acontece em apenas um décimo de segundo. Como eles próprios lembram, “a química é rápida”.
Foto por Rob Howard/Flickr