Fonte: Iphan
O Samba de Roda do Recôncavo Baiano é uma expressão musical, coreográfica, poética e festiva das mais importantes e significativas da cultura brasileira.
UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
Nome Atribuído: Samba de Roda do Recôncavo Baiano
Inscrito na Lista Representativa do Patrimônio Imaterial da Humanidade em 2008.
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Descrição: O Samba de Roda
é um acontecimento popular festivo que combina música, dança e poesia. Surgiu no século XVII, na região do Recôncavo no Estado da Bahia, e vem das danças e tradições culturais dos escravos africanos da região. Além disso, contém elementos da cultura portuguesa, como a língua, a poesia e alguns instrumentos musicais.
No princípio, era o principal componente da cultura regional popular entre os brasileiros de origem africana, mas logo o Samba de Roda foi adotado pelos migrantes procedentes do
Rio de Janeiro e influenciou a evolução do samba urbano, que se converteu em símbolo da identidade nacional brasileira no século XX.
A dança congrega pessoas em ocasiões específicas, como as festas católicas populares e os cultos afro-brasileiros, mas às vezes também surge de forma espontânea. Todos os presentes, incluindo os principiantes, são convidados a participar da dança e a aprender por observação e imitação.
Uma das características desse samba é que os participantes se reúnem em
um círculo chamado roda. Geralmente, apenas as mulheres dançam. Uma por uma, elas vão se colocando no centro do círculo formado pelos outros dançarinos, que cantam e batem palmas ao seu redor. Essa coreografia frequentemente improvisada se baseia nos movimentos dos pés, das pernas e dos quadris.
Um dos movimentos mais característicos é a famosa umbigada (movimento de umbigo), de origem banto, pelo qual a dançarina convida quem vai sucedê-la no centro do círculo. Existem outros detalhes
específicos, como canções típicas, o passo de dança chamado miudinho, a utilização de instrumentos raspados e a viola machete, um tipo de viola pequena, originária de Portugal, e canções.
A influência dos meios de comunicação de massa e a competição com a música popular contemporânea contribuíram para que este Samba fosse desvalorizado aos olhos dos jovens. A idade dos praticantes e a redução do número de artesãos capazes de confeccionar alguns dos instrumentos impuseram mais uma ameaça à
transmissão dessa tradição.
Fonte: Unesco.
IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome Atribuído: Samba de Roda do Recôncavo Baiano
Localização: Estado da Bahia
Abrangência: Estadual
Livro de Registro de Forma de Expressão: Inscr. nº 3, de 10/05/2004
Descrição: É uma expressão musical, coreográfica, poética e festiva das
mais importantes e significativas da cultura brasileira. Exerceu influência no samba carioca e até hoje é uma das referências do samba nacional. O Samba de Roda no Recôncavo Baiano foi inscrito do Livro de Registro das Formas de Expressão, em 2004.
Fonte: Iphan.
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Samba de Roda do Recôncavo Baiano
É uma expressão musical, coreográfica, poética e festiva das mais importantes e significativas da cultura brasileira. Exerceu influência no samba carioca e, até hoje, é uma das referências do samba nacional. O Samba de Roda no Recôncavo Baiano foi inscrito do Livro de Registro das Formas de Expressão, em 2004. Está presente em todo o Estado da Bahia e é especialmente forte e mais conhecido na região do Recôncavo, a faixa de terra que se estende em torno da Baía de Todos os Santos.
Em 2005, a Unesco reconheceu esse bem imaterial como Patrimônio Cutural Imaterial da Humanidade, o que motivou o Centro Cultural Cartola a analisar os variados estilos de samba no Rio de Janeiro, originários das reuniões musicais em casa de Tia Ciata, no Estácio, nas escolas de samba, blocos, morros, ruas e quintais.
O samba de roda é uma das joias da cultura brasileira, por suas qualidades intrínsecas de beleza, perfeição técnica, humor e poesia, e pelo papel proeminente que vem desempenhando nas próprias definições da identidade nacional. Além das práticas musicais identificadas pelo termo samba, como o samba de roda do Recôncavo e o samba rural paulista, no panorama musical brasileiro o samba no Rio de Janeiro se destaca por ser um fenômeno cultural pujante que atravessou o século XX, passando de alvo de discriminação e perseguição nas primeiras décadas a ritmo identificado com a própria nação, a ponto de ser um de seus símbolos.
Essa passagem gradual de gênero perseguido a símbolo nacional foi, em parte, uma contingência relacionada ao fato de, nos anos 1930 e 1940, ser o Rio a capital do País, possibilitando o encontro entre as elites do samba, como Donga e João da Baiana, e as elites intelectuais que orientavam as políticas culturais do Estado, como Villa-Lobos e Mário de Andrade. Observa-se que a atuação dos próprios sambistas no sentido da aceitação e do reconhecimento do gênero pelo establishment foi de importância decisiva. Os processos de “oficialização” ou “nacionalização” do samba descritos por estudiosos como Hermano Vianna e Cláudia Matos não conseguiram calar as formas genuínas praticadas no Rio de Janeiro.
Documentos
Parecer do DPI
Parecer do Conselho Consultivo
Certidão
Titulação do Samba de Roda do Recôncavo Baiano
Registro do Samba de Roda do Recôncavo Baiano
Apoio ao Bem Registrado
Leia mais
CD Samba de Roda - Patrimônio da Humanidade (Encarte)
CD Samba de Roda - Patrimônio da Humanidade (Músicas)
Comunidades excluídas e o Samba de Roda
Dossiê do Samba de Roda do Recôncavo Baiano
Plano de Salvaguarda
Vídeo do Registro
Banco de Dados dos Bens Culturais Registrados
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