Quais incentivos existem para implementar a SST?

Em tempos difíceis do ponto de vista económico, importa ter presente que uma segurança e saúde no trabalho deficiente custa dinheiro. Mais ainda, diversos estudos de caso mostram que existe uma relação direta entre uma boa gestão da SST na empresa e a melhoria do desempenho e da rentabilidade.

Todos ficam a perder quando a SST é negligenciada, desde os trabalhadores a nível individual até aos sistemas nacionais de saúde. Contudo, isto significa que todos podem beneficiar de melhores políticas e práticas.

Os países que possuem sistemas deficientes de segurança e saúde no trabalho acabam por despender recursos consideráveis com lesões e doenças evitáveis. Uma estratégia nacional forte gera inúmeros benefícios, tais como:

  • Mais produtividade graças a menos tempo de ausência por motivo de doença
  • Menos despesas de saúde
  • Manter no ativo os trabalhadores mais velhos
  • Promover tecnologias e métodos de trabalho mais eficientes
  • Reduzir o número de pessoas obrigadas a reduzir as suas horas de trabalho para tomar conta de um familiar

Custos de lesões, doenças e mortes relacionadas com o trabalho

Quais são os impactos económicos de uma boa ou de uma má gestão da SST? É crucial que os decisores políticos, os investigadores e os intermediários entendam a resposta a esta pergunta, mas isso exige dados de boa qualidade. A EU-OSHA visa, assim, atender a essa necessidade com o seu projeto geral em duas fases «Custos e benefícios da segurança e saúde no trabalho», o qual tem como objetivo desenvolver um modelo económico de cálculo de custos com vista a estabelecer estimativas fiáveis dos custos.

Fase 1: estudo em grande escala destinado a identificar e avaliar os dados disponíveis em cada Estado-Membro e que podem ser usados para desenvolver um modelo de cálculo de custos.

Resultado: um relatório de síntese Estimar os custos dos acidentes e problemas de saúde relacionados com o trabalho: uma análise das fontes de dados europeias (2017).

Fase 2a: produzir um modelo de estimativa de custos baseado em dados internacionais disponíveis, em colaboração com a Organização Internacional do Trabalho, a Comissão Internacional de Saúde no Trabalho, e instituições da Finlândia e de Singapura.

Resultado: uma ferramenta de visualização de dados que apresente as conclusões do modelo de estimativa de custos (2017).

As lesões, doenças e mortes relacionadas com o trabalho resultam em elevados custos económicos para indivíduos, empregadores, estado e sociedade. Os efeitos negativos da má gestão da SST incluem reformas antecipadas onerosas, a perda de pessoal qualificado, absentismo e presentismo (quando os trabalhadores vão trabalhar doentes, aumentando a probabilidade de erros), bem como custos médicos e prémios de seguros elevados. Estima-se que o custo societal das lesões e doenças relacionadas com o trabalho represente 3,9 % do PIB mundial e 3,3 % do PIB da UE (ver visualização de dados). A percentagem varia amplamente entre países, em particular entre os países ocidentais e não ocidentais, dependendo das características da indústria, do contexto legislativo e dos incentivos à prevenção.

Fase 2b: desenvolver um modelo económico de cálculo de custos mais sofisticado com base em fontes de dados nacionais.

Resultado:

  • um relatório e um resumo intitulados O valor da segurança e saúde no trabalho e os custos societais das lesões e doenças relacionadas com o trabalho (2019)
  • uma apresentação O valor da SST - Estimar os custos societais das lesões e doenças relacionadas com o trabalho (2019)

As lesões, doenças e mortes estão associadas a vários tipos de custos. Em primeiro lugar, existem custos diretos, como os custos dos cuidados de saúde. Há também custos resultantes das perdas de produtividade e da redução da produção. Depois há custos associados ao impacto no bem-estar humano — ou seja, o impacto na vida e na saúde das pessoas — que podem ser quantificados e incluídos numa estimativa dos encargos. Estes elementos estão presentes em todos os casos de lesões ou doenças relacionadas com o trabalho, pelo que a soma dos custos de todos os casos produziria uma estimativa do encargo total das lesões e doenças. Esta forma de chegar a uma estimativa de custos, ou seja, somando os diversos custos acima mencionados para produzir uma estimativa dos custos totais, é frequentemente conhecida como abordagem ascendente.

Também se pode seguir uma abordagem descendente: os custos totais são estimados calculando o encargo total das lesões e das doenças, e estimando a parte deste total que se deve a fatores profissionais. É então possível estimar os custos associados ao encargo das lesões e doenças profissionais. Estes custos são frequentemente expressos em termos de medidas de saúde existentes, tais como anos de vida ajustados pela incapacidade (AVAI).

No projeto atual, ambas as abordagens são seguidas:

  • Um modelo ascendente tendo em conta os custos diretos, os custos indiretos e os custos intangíveis (efeitos na qualidade de vida e na saúde);
  • Um modelo descendente baseado no valor monetário dos AVAI relacionados com o trabalho.

Na recolha de dados para ambos os modelos, tomou-se 2015 como o ano de referência para permitir comparações entre países e entre as abordagens.

 

As vantagens para o negócio

Uma segurança e saúde no trabalho deficiente custa dinheiro às empresas, mas um bom nível de SST traz vantagens. As empresas com padrões mais elevados em matéria de segurança e saúde no trabalho são mais bem-sucedidas e mais sustentáveis.

Diversos estudos mostram que, por cada euro investido em SST, existe um retorno de 2,2 euros , e que a relação custo-benefício do reforço da segurança e da saúde no trabalho é favorável.

Os benefícios económicos para as empresas, tanto grandes como pequenas, de uma boa SST são significativos. Para dar apenas alguns exemplos, uma boa segurança e saúde no trabalho:

  • Aumenta a produtividade dos trabalhadores
  • Reduz o absentismo
  • Reduz as indemnizações
  • Cumpre os requisitos dos contratantes dos setores tanto público como privado

Tomar medidas nesta matéria pode trazer benefícios significativos para a sua empresa. Saiba mais sobre a introdução de melhorias e a gestão de riscos aqui .

Incentivos económicos

Artigos publicados na OSHwiki

External economic incentives for prevention

Daniela Treutlein, TNO, the Netherlands

Economic incentives in occupational safety and health (OSH) describe processes that reward organisations for safe and healthy workplaces. From a European perspective, incentives are seen as an effective tool complementary to OSH regulation aimed at encouraging businesses at the management level to provide good OSH. Tax or insurance premium reductions are common examples. A range of economic incentive schemes can be classified along two lines: First, according to the source issuing the incentive, i.e., public governmental authorities or workers’ compensation insurers, and second, according to the mode of operation, i.e., result-based or effort-based incentives. Below, the most commonly applied external financial incentive schemes are explained in further detail.

The economic dimension of occupational safety and health management

Guy Ahonen, Finnish Institute of Occupational Health

[[What are occupational safety and health management systems and why do companies implement them?|Occupational safety and health management]] is basically concerned with the principles of how to organise this activity in companies and other organisations. The economic dimension adds an optimization approach to the organisational and principal perspectives. The non-economic approach typically assumes that health and safety have an intrinsic value of their own, which for instance forms the basis for the zero-accident-principle is based. The economic approach takes a more relative stance, stressing that resources are always limited and must always be rationed. From this point of view, even life and health must be compared to other values, and resources must be allocated accordingly. This chapter describes the principles of how to conduct this type of analysis.

Como os programas podem promover saúde e segurança do trabalhador?

Os programas legais são voltados à saúde e segurança do trabalhador com medidas educativas, preventivas e de conscientização, que apontam a eliminação ou neutralização dos riscos existentes no ambiente de trabalho, tais como físicos, químicos e biológicos, acidente e ergonômico.

Quais os benefícios da SST?

Benefícios da SST Aumento da produtividade: o trabalhador tem a tranquilidade de exercer suas funções em um ambiente totalmente seguro e propício para suas tarefas do dia a dia. Redução de custos operacionais: o ambiente de trabalho seguro diminui o risco de acidentes de trabalho e o surgimento de doenças ocupacionais.

Como implantar o SST?

A seguir, confira 7 dicas para implantação dos eventos da SST no eSocial da sua empresa!.
Integração entre os Setores de Trabalho. ... .
Treinamento de Equipes de Trabalho para Utilização do eSocial. ... .
Qualificação Cadastral dos Funcionários. ... .
Atualização de Documentação. ... .
Monitoramento da Saúde Ocupacional. ... .
Gestão de SST..

Quais as principais finalidades das ações preventivas em SST?

O objetivo é educar os trabalhadores sobre as atitudes preventivas que todos devem ter para reduzir os riscos durante as atividades realizadas nas indústrias. Todas essas ações preventivas são essenciais para reduzir os riscos e os custos relacionados a acidentes de trabalho.

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