Quais são as doenças causadas pela falta de saneamento básico

20 municípios com maior percentual da população atendida por redes de água e esgoto

Município UF % da população com acesso a água % da população com acesso a esgoto
Santos SP 100
99,93
Uberlândia MG 100 98,22
São José dos Pinhais PR 99,99 81,96
São Paulo SP 99,3 96,3
Franca SP 100 99,6
Limeira SP 97,02 97,02
Piracicaba SP 100 100
Cascavel PR 99,99 99,99
São José do Rio Preto SP 96,03 93,49
Maringá PR 99,99 99,98
Ponta Grossa PR 99,99 99,98
Curitiba PR 100 99,98
Vitória da Conquista BA 97,66 82,96
Suzano SP 100 93,09
Brasília DF 99 90,9
Campina Grande PB 99,73 91,98
Taubaté SP 100 99,7
Londrina PR 99,99 99,98
Goiânia GO 99,07 92,71
Montes Claros MG 83,71 84,92

20 municípios com menor percentual da população atendida por redes de água e esgoto

Município UF % da população com acesso a água % da população com acesso a esgoto
Macapá AP 37,56 10,78
Porto Velho RO 32,87 5,88
Santarém PA 50,9 4,14
Rio Branco AC 53,16 21,29
Belém PA 73,41 17,14
Ananindeua PA 33,8 30,18
São Gonçalo RJ 90,12 33,49
Várzea Grande MT 96,71 29,88
Gravataí RS 95,24 38,17
Maceió AL 89,61 43,03
Duque de Caxias RJ 88,72 37,47
Manaus AM 97,5 21,95
Jaboatão dos Guararapes PE 79,76 21,78
São João do Meriti RJ 100 60,38
Cariacica ES 84,67 34,69
São Luís MA 85,73 49,78
Teresina PI 96,23 35,74
Recife PE 89,45 44,01
Belford Roxo RJ 100 43,23
Canoas RS 100 46,66

Fonte: 14ª edição do Ranking do Saneamento, do Instituto Trata Brasil, com base em informações do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS)

Foto: planetasustentavel

A falta de higiene e saneamento básico, além da poluição são a causa direta de dezenas de doenças que acometem pessoas no mundo todo. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), todos os anos 3,5 milhões de pessoas morrem por problemas relacionados ao fornecimento inadequado de água, à falta de redes de esgoto e políticas de higiene.

As carências e precariedades infraestruturais, que ainda são realidade em diversas regiões do país e do mundo, oferecem as condições necessárias para a proliferação destes males, que fazem parte do grupo de doenças ambientais. Entre as principais doenças que se enquadram neste grupo estão: esquistossomose, febre amarela, amebíase, ancilostomíase, ascaridíase, cisticercose, cólera, dengue, disenterias, malária, poliomielite, teníase e tricuríase, febre tifóide, hepatite, infecções na pele e nos olhos e leptospirose.

Além de seu peso nos índices de mortalidade, essas doenças têm efeitos diretos na qualidade de vida e no desenvolvimento dos países. Apesar disso, elas ainda não têm recebido a devida atenção das políticas públicas. Segundo relatório sobre Desenvolvimento dos Recursos Hídricos elaborado pela ONU-Água, quase 10% destas doenças poderiam ser evitadas se houvesse mais investimentos em medidas estruturais de higiene, como saneamento básico e rede de esgoto. Vale ressaltar, ainda, que os investimentos necessários para a prevenção são menores do que os gastos que se tem anualmente com o tratamento e com as mortes provocadas por elas.

Foto: wurzel

No Brasil, essas enfermidades que poderiam ser evitadas com medidas simples ainda lotam os hospitais. O problema é reflexo da falta de estruturas básicas de higiene, que apresenta dados alarmantes. Segundo levantamento do Ministério das Cidades, a distribuição de água no país não alcança 20% da população e o saneamento básico chega a apenas 46,2% dos brasileiros.

As doenças causadas por falta de higiene são normalmente transmitidas pela ingestão de água e alimentos contaminados ou contato da pele com solo contaminado. Condições estruturais precárias, como a formação de esgotos a céu aberto, presença de água parada e resíduos sólidos também podem contribuir para o surgimento de insetos e parasitas transmissores destas doenças.

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