Os transgênicos são alimentos geneticamente modificados, ou seja, eles recebem genes provenientes de outros organismos – como plantas, animais e até micro-organismos – para fornecer novas características ao produto. Esse processo é feito por meio de técnicas de bioengenharia realizadas em laboratório, uma vez que essa transferência não ocorre naturalmente.
Depois da fase laboratorial, são implantados na agricultura ou na pecuária, buscando aumentar a produção e diminuir os custos.
Segundo o IDEC (Instituto de Defesa do Consumidor), o Brasil tem uma das maiores produções de transgênicos do mundo. Em 2012, cerca de 89% da soja, 76% do milho e 50% do algodão plantados em território nacional possuíam essa característica. Além disso, estão presentes em diversos alimentos ultraprocessados, muito comuns em nossa alimentação, como bolachas, biscoitos, bolos, salgadinhos de pacote etc.
Nas embalagens de alimentos, os transgênicos são indicados pelo tradicional “T” sinalizado por um triângulo amarelo, e ainda que haja muitos efeitos a curto e longo prazo para a saúde dos seres humanos e dos animais falta conscientização e conhecimento sobre o assunto.
Confira os principais malefícios desse tipo de alimento à saúde e ao meio ambiente:
– Aumento das alergias: se os novos compostos formados, como proteínas e aminoácidos, estiverem presente em um alimento, seu consumo pode provocar alergias em parcelas significativas da população.
– Resistência aos antibióticos: para ter certeza de que a modificação genética obteve êxito, são inseridos genes (marcadores) de bactérias resistentes a antibióticos. O consumo de alimentos com esses elementos pode proporcionar a mesma resistência em seres humanos.
– Aumento das substâncias tóxicas: algumas plantas e micróbios possuem substâncias tóxicas para defesa de seus inimigos naturais – os insetos, por exemplo. Na maioria das vezes, não fazem mal aos seres humanos, mas pode causar efeito em outros animais essenciais para o equilíbrio de ecossistemas, como os polinizadores (abelhas e borboletas).
– Maior quantidade de resíduos de agrotóxicos: a inserção de genes de resistência a agrotóxicos pode acarretar consequências opostas às esperadas, garantindo essa mesma resistência a pragas.
Por outro lado, entre os aspectos positivos dos alimentos transgênicos estão:
– Diminuição de agrotóxicos
– Economia de água na irrigação
– Aumento do conteúdo nutricional
– Aumento da produção de alimentos e combate à fome
– Maior resistência às pragas (bactérias, fungos, vírus e insetos)
– Maior resistência, durabilidade e tempo de estocagem e armazenamento, principalmente em solos e climas pouco produtivos
Existem benefícios e malefícios para a nossa saúde, entretanto, esse processo biotecnológico deve ser acompanhado bem de perto, com segurança e investimentos, para se evitar danos tanto ao meio ambiente quanto à qualidade de vida das pessoas e animais, garantindo o melhor aproveitamento dos transgênicos.