Qual a diferença de neurologista para psiquiatra

Imagine uma pessoa que se sente triste, muito triste, e por isso não tem se alimentado direito, ficando constantemente doente. Imagine também que ela tem na família um caso de um parente que sofre ataques convulsivos e tentou suicídio.

Num caso como esses, que profissional essa pessoa deve procurar para auxiliá-la? Um clínico geral, por causa da falta de apetite e doenças? Um psicólogo, por causa da angústia? Ou talvez um psiquiatra, já que possui histórico na família de doenças neurológicas?

Neste texto, vamos explicar o papel de cada um desses profissionais e te ajudar a saber a quem buscar, de acordo com seus sintomas.

Logo abaixo, você vai aprender:

  • O que faz um clínico geral;
  • O que faz um psiquiatra;
  • O faz um neurologista;
  • O que faz um psicólogo;
  • Diferenças entre psiquiatra e psicólogo;
  • Qual profissional devo procurar primeiro?

1. O que faz um clínico geral

O clinico geral é um médico que trabalha com uma visão ampla de todo o organismo do paciente. Ele tem como função fazer uma avaliação integrada dos sintomas apresentados pelo paciente, inferindo suas possíveis causas.

Após essa avaliação inicial, ele tem a possibilidade de solicitar exames e testes laboratoriais, exames de diagnósticos e assim oferecer o tratamento mais adequado. Em alguns casos, julgando necessário, ele é que encaminha o paciente para uma especialidade que ao seu ver é mais indicada para o tratamento, como por exemplo o neurologista ou o psiquiatra.

Por ter uma visão global do organismo, ele é o profissional mais indicado para realizar encaminhamentos precisos de acordo com cada patologia. Ele também é de suma importância para pacientes complexos, que necessitam do acompanhamento de distintos especialistas, integrando assim as demais especialidades em um único programa de atendimento.

2. O que um psiquiatra faz?

O psiquiatra é um médico especializado em psiquiatria, campo que requer estudos de no mínimo oito anos. Em sua grande maioria, esse profissional foca a parte orgânica dos transtornos mentais. Isso significa que o psiquiatra irá confrontar informações com os sintomas apresentados, entre eles, o histórico médico familiar e outros fatores necessários para encontrar um diagnóstico.

É comum que os médicos psiquiatras solicitem aos pacientes exames laboratoriais e testes neurológicos para assim obter uma avaliação completa. Como se trata de um médico, o psiquiatra é capaz de receitar medicamentos para o paciente.

2.1 Casos nos quais o psiquiatra é importante:

    • Esquizofrenia
    • Dependência
    • Depressão
    • Bipolaridade
  • Transtornos de Ansiedade

3. O que faz um neurologista

O neurologista também é um médico. Neste caso, aquele que estuda e trata dos distúrbios estruturais do sistema nervoso: cérebro, medula, nervos e músculos. É sua responsabilidade fornecer diagnóstico e tratamento de todas as categorias de doenças que envolvem os sistemas nervoso.

As doenças mais comuns tratadas por ele são as dores de cabeça, problemas de memória, distúrbios dos movimentos, crises convulsivas e epilepsia.

Por se especializar em um sistema amplo, o neurologista cuida de funções que vão muito além dos neurônios, ao contrário do que muitos podem supor. Por isso, é importante não negligenciar sintomas supostamente banais, ainda que eles não pareçam relacionados a doenças neurológicas, e procurar ajuda médica especializada aos primeiros sinais de que algo não anda bem no organismo.

Principais sintomas de problemas neurológicos

    • Dor de cabeça
    • Confusão mental e perda de memória
    • Distúrbios do sono
  • Fraqueza muscular

4. O que faz um psicólogo

Esse é o profissional com formação em psicologia, ciência tem como foco o estudo do comportamento humano e seus processos mentais, ou seja, seu objetivo é compreender e decifrar os pensamentos, emoções e sentimentos humanos.

Assim, o psicólogo é aquele que irá utilizar a terapia como uma ferramenta para investigar questões ligadas aos problemas psicológicos e comportamentais. Para obter seu título, é necessário passar por uma graduação que tem duração de cinco anos, podendo então atuar em diversos campos, como clínico, esportivo, organizacional, escolar e até jurídico.

O acompanhamento psicológico é realizado através de conversas técnicas e testes psicológicos e, diferentemente do que muitos acreditam, as conversas não são meros “desabafos”. Vale ressaltar que todos os testes psicológicos são de uso exclusivo do psicólogo, sendo o único profissional autorizado a estudá-los e consequentemente aplicá-los.

O psicólogo, também chamado psicoterapeuta, irá utilizar de diferentes técnicas para chegar à raiz dos problemas, explorando também dimensões sociais e biológicas do indivíduo para uma melhor compreensão da situação.

Algumas situações indicadas para procurar um psicólogo:

    • Processo de luto pela perda de um ente querido
    • Ansiedade
    • Depressão
    • Dificuldade em relacionamentos
    • Crises existenciais
    • Perda de emprego
    • Mudança de carreira
    • Aconselhamento matrimonial
  • Teste vocacional

Recentemente, em meados de 2018, foi aprovado o tratamento psicológico online. Desde então, ficou autorizado ao psicólogo realizar consultas e acompanhamentos psicológicos através de meios tecnológicos.

5. Diferenças entre psicólogo e psiquiatra

A diferença, de maneira superficial, é que o psicólogo investiga o comportamento humano, buscando as causas pelas desordens cognitivas dos pacientes, enquanto o psiquiatra trabalha o lado orgânico da patologia. Por isso, o que devemos ter claro é que, muitas vezes, esses dois profissionais, juntos, são a receita para garantir uma saúde mental ao paciente.

Enquanto o psiquiatra entra com a medicação para reduzir os sintomas, o psicólogo, através de técnicas exclusivas, realiza a investigação das causas que levaram o paciente até aquele estado. Ou seja, o psicólogo terá o papel de investigar, encontrar e ajudar o paciente a tratar dos pensamentos e comportamentos disfuncionais, possibilitando assim sua cura.

Podemos utilizar a ansiedade como exemplo. Neste caso, o psiquiatra será o responsável por diagnosticar e prescrever a medicação capaz de reduzir os sintomas, diminuindo sua dor. Enquanto isso, o psicólogo trabalhará com o paciente para que ele possa entender os problemas que o estão atormentando e, assim, resolvê-los.

Com essa estratégia e os dois profissionais trabalhando juntos, o tratamento estará presente na vida do paciente de maneira que a pessoa consiga levar uma vida de forma equilibrada e saudável. Com o passar do tempo, o paciente conseguirá viver de forma independente, sem a utilização de remédios.

É importante ressaltar que o trabalho de um não exclui o do outro. Pelo contrário, juntos, eles são responsáveis por mais de 90% de sucesso nos tratamentos. Compreender a importância do trabalho conjunto é fundamental para que, ao procurar ajuda profissional, o paciente saiba que a resposta não está em apenas um lugar.

6. Qual profissional devo procurar primeiro?

Talvez nesse momento você esteja se perguntando: sabendo tudo isso, com qual profissional devo passar primeiro?

Essa não é uma questão simples, mas vamos responder.

Se seus sintomas estão mais ligados ao aspecto orgânico do corpo, envolvendo por exemplo dores de cabeça, na barriga e nos membros, o ideal seria uma primeira consulta com o clínico geral. Com sua visão ampla, ele pode te avaliar corretamente e indicar um profissional mais adequado, se for o caso, por exemplo, um psiquiatra ou um neurologista.

Após isso, tanto o neurologista quanto o psiquiatra podem ainda te encaminhar posteriormente ao psicólogo.

Vale ressaltar que não é necessário passar com um desses especialistas para poder consultar-se com o psicólogo. Isso pode ser feito de maneira independente, pois não existe hierarquia e nem submissão entre essas profissões.

Por isso, se seus sintomas estão mais ligados ao seu lado emocional, aos seus pensamentos, ao comportamento ou questões de relacionamento, procurar diretamente o psicólogo pode ser um bom caminho.

Caso essa seja sua opção, se o psicólogo achar necessário, ele também pode te encaminhar ao psiquiatra, ao neurologista ou até mesmo a um neuropsicólogo, cujo trabalho iremos trabalhar no próximo texto deste blog.

É importante destacar que o paciente pode procurar por conta própria o psiquiatra, o neurologista, o clínico geral e o psicólogo, sem depender dos outros profissionais. Porém, para evitar que você gaste mais do que precisaria, no caso do neurologista e do psiquiatra é interessante passar primeiramente com o clínico geral, que indicará o profissional mais adequado ao seu caso. Lembrando que, juntamente com eles, o psicólogo é de extrema importância para ajudar a entender o que te levou até esse caminho ou ajudar durante o processo com os demais profissionais.

O que é melhor neurologista ou psiquiatra?

De forma simples e resumida, o neurologista se preocupa mais com alterações estruturais, anatômicas, enquanto o psiquiatra foca nos problemas mentais, com manifestações psicológicas.

Quem trata ansiedade neurologista ou psiquiatra?

Neurologista trata ansiedade em casos específicos O profissional especialista em tratar ansiedade, depressão e outras doenças da mente é o psiquiatra, aliado muitas vezes ao psicólogo, psicoterapeuta e outros profissionais.

Quais as doenças que o psiquiatra trata?

A psiquiatria é uma especialidade médica que tem como finalidade o diagnóstico, tratamento, prevenção e reabilitação dos mais variados distúrbios mentais, sejam eles de origem orgânica ou funcional. Algumas doenças tratadas pelo psiquiatra são: depressão, esquizofrenia, transtorno bipolar, TOC, TDAH, entre outros.

Quem trata depressão psiquiatra ou neurologista?

A depressão é tratada principalmente por médicos e psicólogos. No entanto, o ideal é procurar um psiquiatra (médico com foco em transtornos mentais) para que ele diagnostique o problema e sua severidade e, então, recomende os tratamentos mais adequados para cada caso.

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