No homem e nos demais mamíferos a ventilação pulmonar depende dos músculos intercostais (situados entre as costelas) e do diafragma. A entrada de ar nos pulmões, a inspiração, se da pela contração da musculatura do diafragma e dos músculos intercostais. O diafragma abaixa e as costelas se elevam, o que aumenta o
volume da caixa torácica, forçando o ar a entrar nos pulmões.Ventilação pulmonar humana: a ação do diafragma
A saída de ar dos pulmões, a expiração, se dá pelo relaxamento da musculatura do diafragma e dos músculos intercostais. O diafragma se eleva e as costelas abaixam, o que diminui o volume da caixa torácica, forçando o ar a sair dos pulmões.
Capacidade pulmonar
A cada movimento respiratório, um homem jovem inala e exala, em média, cerca de meio litro de ar; esse valor é um pouco menor para a média das mulheres.
O volume máximo de ar que pode ser inalado e exalado em uma respiração forçada é denominado capacidade vital, algo em torno de 4 a 5 L, para um homem jovem. Os pulmões, no entanto, contêm mais ar que a sua capacidade vital, pois é impossível expirar a totalidade de ar contido nos alvéolos. Mesmo quando se força ao máximo a expiração, ainda resta cerca de 1,5 L de ar nos pulmões; esse é o ar residual.
Mais de 10 mil litros de ar entram e saem de nossos pulmões, a cada 24 horas. Nesse período os pulmões absorvem entre 450 e 500 L de gás oxigênio e expelem entre 400 e 450 L de gás carbônico.
Controle da respiração
O que aconteceria a uma pessoa se ela tentasse segurar a respiração voluntariamente por algum tempo?
Imediatamente, um comando localizado no bulbo – ou medula oblonga (um órgão componente do nosso sistema nervoso central) enviaria a mensagem aos músculos respiratórios, fazendo com que se contraíssem. Esse centro de comando, conhecido como centro respiratório bulbar, é altamente sensível ao aumento de CO2 no sangue e à diminuição do pH sanguíneo decorrente do acúmulo desse gás.
Lembre-se que o CO2 em solução aquosa forma H2CO3, ácido carbônico, que se ioniza em H+ e H2CO3-. O aumento da acidez e o próprio CO2 em solução física no plasma estimulam os neurônios do centro respiratório.
Consequentemente, impulsos nervosos seguem pelo nervo que inerva o diafragma e a musculatura intercostal, promovendo a sua contração e a realização involuntária dos movimentos respiratórios.
De início, ocorre uma hiperventilação, ou seja, o ritmo dos movimentos respiratórios aumenta na tentativa de expulsar o excesso de gás carbônico. Lentamente, porém, a situação se normaliza e a respiração volta aos níveis habituais.
Como referenciar: "Diafragma" em Só Biologia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2022. Consultado em 24/11/2022 às 17:33. Disponível na Internet em //www.sobiologia.com.br/conteudos/FisiologiaAnimal/respiracao6.php
Recursos do assunto A respiração é normalmente automática, controlada inconscientemente pelo centro respiratório localizado na base do cérebro. A respiração continua durante o sono e, normalmente, mesmo quando a pessoa está inconsciente. As pessoas também conseguem controlar a respiração quando querem, por exemplo, durante a
fala, ao cantar ou simplesmente prendendo voluntariamente a respiração. Órgãos sensoriais localizados no cérebro, na aorta e nas artérias carótidas monitoram o sangue e verificam os níveis de oxigênio e dióxido de carbono. Normalmente, uma elevada concentração de dióxido de carbono é o estímulo mais forte para se respirar mais profundamente e com maior frequência. Por outro lado, quando a concentração de dióxido de carbono no sangue é baixa, o cérebro diminui a frequência e a profundidade das
respirações. Durante a respiração em repouso, um adulto normal inspira e expira cerca de 15 vezes por minuto. Os pulmões não possuem músculos esqueléticos próprios. O trabalho da respiração é realizado pelo diafragma, pelos músculos entre as costelas (músculos intercostais), pelos músculos do pescoço e pelos músculos abdominais. O diafragma, uma bainha muscular em forma de sino que separa a cavidade torácica do abdômen, é o músculo mais importante usado
na inspiração (ou inalação). O diafragma está preso à base do esterno, às partes inferiores da caixa torácica e à coluna vertebral. Quando se contrai, o diafragma aumenta o comprimento e o diâmetro da cavidade torácica, expandindo os pulmões. Os músculos intercostais ajudam a mover a caixa torácica, auxiliando a respiração. Em condições normais, o processo de expiração (ou exalação) geralmente é passivo quando uma pessoa não está fazendo exercício. A elasticidade dos pulmões e da parede
torácica, que são ativamente distendidos durante a inspiração, faz com que retornem ao formato de repouso e expulsem o ar para fora dos pulmões quando os músculos inspiratórios são relaxados. Assim, quando uma pessoa está em repouso, não é necessário nenhum esforço para expirar. No entanto, durante exercícios intensos, vários músculos participam da expiração. Entre eles, os músculos abdominais são os mais importantes. Os músculos abdominais se contraem, aumentam a pressão abdominal e empurram o
diafragma relaxado contra os pulmões, empurrando o ar para fora. Quando o diafragma se contrai e se move para baixo, a cavidade torácica se expande, reduzindo a pressão dentro dos pulmões. Para equilibrar a pressão, o ar entra nos pulmões. Quando o diafragma relaxa e volta para o lugar, a elasticidade dos pulmões e da parede torácica empurra o
ar para fora dos pulmões.
VISUALIZAR A VERSÃO PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE Função do diafragma na respiração
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