O Renascimento foi um movimento cultural que ocorreu na Europa entre os séculos XIV e XVI. Marcou a transição da Idade Média para a
Idade Moderna. É considerado um movimento de transição porque conservou características da Idade Média ao mesmo tempo em que procurou estabelecer novos paradigmas e romper com a tradição medieval. Embora tenha se manifestado, sobretudo, no campo cultural, o Renascimento teve impacto sobre a política, economia, religião
e mentalidade da sociedade europeia. O movimento renascentista recebeu esse nome posteriormente, em razão da valorização da Antiguidade Clássica - em especial a cultura greco-romana -, uma de suas principais características. Ou seja, para os que o denominaram, os renascentistas teriam resgatado a cultura do período Clássico, em oposição ao período de “trevas” medieval. Esse movimento, contudo, não pode ser entendido como uma ruptura radical com
a Idade Média, mas sim como algo gradual. Da mesma forma que a Idade Média não rompeu plenamente com a Antiguidade, preservando algumas de suas características que se modificaram e se adaptaram a um novo contexto, o Renascimento modificou certas características do período medieval, ao mesmo tempo que manteve outras. Dessa forma, devemos entender o Renascimento como um processo que deu início a uma nova fase da História, e não uma ruptura radical com o período
anterior. 📚 Você vai prestar o Enem? Estude de graça com o Plano de Estudo Enem De Boa 📚 O período da Baixa Idade Média, que se estendeu dos séculos XI ao XV, foi marcado por um renascimento urbano e pelo
declínio da sociedade feudal na Europa. O feudalismo, predominante durante a Alta Idade Média, começou a entrar em crise, entre outros motivos, pela dinamização do comércio nas cidades. O crescimento da atividade comercial, por sua vez, guarda relação com as Cruzadas -
expedições de caráter religioso, militar e econômico, ocorridas entre os séculos XI e XIII que, entre outros objetivos, visavam recuperar o domínio cristão sobre Jerusalém. As Cruzadas causaram profundos efeitos econômicos, abrindo novas rotas comerciais e recuperando o domínio ocidental sobre antigos territórios, contribuindo com a recuperação comercial vivida pela Europa. Esse processo resultou no Renascimento, um movimento cultural muito
influenciado pela Antiguidade Clássica e que marcava uma nova maneira com que a sociedade europeia passou a ver o papel do homem no mundo. Esse movimento se manifestou em diversas áreas, mas principalmente nas artes. O berço do movimento foi a Itália: cidades como Gênova, Veneza, Florença e Roma se beneficiaram com a reabertura do Mediterrâneo para o comércio com o Ocidente, tornando-se o principal palco do Renascimento. Posteriormente
o movimento se espalhou por outras regiões da Europa. 🎓 Você ainda não sabe qual curso fazer? Tire suas dúvidas com o Teste Vocacional Grátis do Quero Bolsa 🎓 “Escola de Atenas”, pintada durante o Renascimento por Raphael. A Antiguidade Clássica foi uma das principais inspirações do período renascentista. 🎯 Simulador de Notas de Corte Enem: Descubra em quais faculdades você pode entrar pelo Sisu, Prouni
ou Fies 🎯 Índice
Introdução
Contexto histórico
Características
Exercício de fixação
ENEM/2012
Não ignoro a opinião antiga e muito difundida de que o que acontece no mundo é decidido por Deus e pelo acaso. Essa opinião é muito aceita em nossos dias, devido às grandes transformações ocorridas, e que ocorrem diariamente, as quais escapam à conjectura humana. Não obstante, para não ignorar inteiramente o nosso livre-arbítrio, creio que se pode aceitar que a sorte decida metade dos nossos atos, mas [o livre-arbítrio] nos permite o controle sobre a outra metade.
(MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Brasília: EdUnB, 1979 (adaptado))
Em “O Príncipe”, Maquiavel refletiu sobre o exercício do poder em seu tempo. No trecho citado, o autor demonstra o vínculo entre o seu pensamento político e o humanismo renascentista ao
A valorizar a interferência divina nos acontecimentos definidores do seu tempo.
B rejeitar a intervenção do acaso nos processos políticos.
C afirmar a confiança na razão autônoma como fundamento da ação humana.
D romper com a tradição que valorizava o passado como fonte de aprendizagem.
E redefinir a ação política com base na unidade entre fé e razão.