Qual foi o primeiro país da África a conquistar sua independência no ano de 1957?

Kwame Nkrumah, chefe do governo da Costa do Ouro (colônia britânica), declara a independência de seu país, que passa a se chamar Gana e terá capital em Acra. É o fim de um longo processo que inclui revoltas, a formação de uma assembleia local amplamente favorável, prolongadas negociações com o Reino Unido e a unificação de diversos protetorados.

A vitória dos Aliados havia alimentado as esperanças dos nacionalistas de diversas colônias europeias na África. A doutrina do nazifascismo era contrária à autonomia dos povos do continente; por outro lado, o Reino Unido e os Estados Unidos haviam assinado, em 1941, a Carta do Atlântico, que reconhecia o direito de autodeterminação dos povos como um dos princípios básicos das relações internacionais.

Após a guerra, os britânicos introduziram algumas reformas que aumentaram a autonomia da colônia, como a possibilidade de eleger uma Assembleia Legislativa local, como forma de inibir os reclamos de independência. Essas mudanças limitadas, porém, não satisfizeram as aspirações locais. Em 1948, uma revolta anticolonialista deixou dezenas de mortos e centenas de feridos no sul da Costa do Ouro.

Pressionado, o Reino Unido apresentou uma proposta de autonomia gradual, que foi aceita por todos os líderes nacionalistas, exceto Nkrumah, que passou a defender a independência imediata do país e a promover, inspirado em Mahatma Gandhi, atos de desobediência civil. Nkrumah dizia que “a liberdade não é algo que um povo pode conceder a outro: ela é reivindicada por um povo e nenhum outro pode tirá-la”.

Nkrumah foi preso pelos britânicos em 1951, mas isso só contribuiu para torná-lo ainda mais popular. Seu partido, a Convenção do Partido Popular, acabou preenchendo 34 das 38 cadeiras da Assembleia Legislativa. A partir daí, o Ministério das Colônias do Reino Unido teve de ceder: o novo governador britânico enviado para a Costa do Ouro abriu negociações com Nkrumah para a construção de um governo que possibilitasse o fim do regime colonial.

Assim, em março de 1957, a Costa do Ouro se tornou o primeiro país da África Ocidental a conquistar a independência e o primeiro da África Subsaariana após a Segunda Guerra. Deixou o Reino da Comunidade de Nações Britânicas e foi rebatizado como Gana, numa referência ao antigo reino que ocupou a região entre os séculos 10 e 15. Três anos depois, adotaria o nome definitivo de República de Gana.

Após a independência, Kwame Nkrumah tomou posse como primeiro-ministro. Pan-africanista, ele tentou formar uma união de Estados africanos. A proposta, nunca se concretizou, mas a Conferência dos Povos Africanos, realizada em 1958 na cidade de Acra, foi um importante momento para a articulação das forças políticas pró-independência das diferentes regiões do continente. Nos oito anos seguintes, trinta novos países surgiriam no mapa africano.

Assim como a América do Sul e Central e Ásia, a África também foi colonizada pelos europeus, fato comum entre os citados é que todos foram colônias de exploração. A divisão do continente para exploração ocorreu na Conferência de Berlim, na Alemanha em 1885, nessa fizeram parte Inglaterra, França, Bélgica, Alemanha, Itália, Portugal e Espanha.

A partir dessa conferência ficou definida a divisão geográfica dos respectivos territórios a serem explorados. O processo de exploração das colônias africanas durou muito tempo, as conseqüências atuais são derivadas de vários fatos históricos, sobretudo, da exploração.

No início do século XX, somente a Libéria havia alcançado a independência política em todo continente, isso prova o grau de dependência em relação às metrópoles e também o nível de atraso em desenvolvimento tecnológico, industrial e econômico em comparação aos outros continentes. O processo de independência das colônias em relação às metrópoles européias é denominado historicamente como descolonização.

Doravante a esse período, teve início uma modesta iniciativa de instaurar a independência e autonomia política das colônias, os primeiros a contemplar tal feito foi o Egito nos anos 20, além da África do Sul e Etiópia, ambos nos anos 40.

Um dos fatos que mais favoreceu o processo de descolonização da África foi sem dúvida a Segunda Guerra Mundial que ocorreu na Europa entre 1939 e 1945. Como esse conflito armado que aconteceu no continente europeu o mesmo sofreu com a destruição e o declínio econômico.

O enfraquecimento econômico e político de grande parte dos países europeus, especialmente aqueles que detinham colônias na África, foram aos poucos perdendo o controle sobre os territórios de sua administração.

Esse fato deixa explícito que a perda de territórios se desenvolveu somente pelo motivo de reconstrução que muitos países necessitavam executar, assim não podendo designar forças e recursos para o controle das metrópoles.

Aliado à questão da guerra, surgiram grupos e movimentos que lutavam em busca da independência política, essa onde libertaria se dispersou por todo o continente e perdurou por vários anos. Posteriormente, o resultado foi a restituição dos territórios e surgimento de pelo menos 49 novas nações africanas.

Porém, a luta pela independência se intensificou na década de 60, sempre marcada pelo derramamento de sangue, uma vez que nunca havia atos pacíficos.

Mesmo com todas as adversidades, os países foram alcançando sua independência política, no entanto, a divisão dos territórios ficou definida a partir da concepção européia que não levou em consideração as questões de ordem étnicas e culturais, desatenção que desencadeia uma série de conflitos em distintos lugares da África, isso por que antes dos europeus as tribos tinham suas próprias fronteiras e todos se respeitavam. Com a instauração das novas fronteiras algumas tribos foram separadas, grupos rivais agrupados, entre outros fatos que colocaram em risco a estabilidade política na região.

Depois de longas décadas de lutas para alcançar a autonomia política e econômica, hoje a África conta com 53 territórios independentes, salvo o Saara Ocidental, que é um território de domínio do Marrocos.

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Qual foi o primeiro país independente da África?

O primeiro país africano a ser independente foi a Libéria, em 1847; e o último, a Eritreia, em 1993.

Quando de sua independência em 1957?

A República de Gana obteve sua independência em março de 1957 e converteu-se no primeiro país africano a ganhar seu próprio estado frente as forças colonizadoras européias.

Qual foi a independência da África?

O processo de descolonização da África começou a ganhar força após a Segunda Guerra Mundial. O continente africano foi colônia de potências europeias até a segunda metade do século XX. Sua independência se deu pela ocorrência da Segunda Guerra Mundial, que aconteceu na Europa entre 1939 e 1945.

Quais os países da África que conseguiram sua independência no período da Guerra Fria?

O Egito consegue sua independência em 1922, mas será na década de 50 que vários estados conseguem sua autonomia como a Líbia (1951), Marrocos e Tunísia (1956) e Gana (1957).

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