A África do Sul é um dos poucos países do continente africano de economia diversificada. A economia do país é alicerçada no setor de serviços, indústria, agricultura e extrativismo. Ocupa atualmente a condição de país mais rico e industrializado da África.
O setor de serviços está inserido, majoritariamente, na atividade do turismo. O país tem no safári um dos mais importantes atrativos turísticos. Além de parques nacionais, turismo de negócios e veraneio no litoral.
O parque industrial é diversificado, nele destaca-se a indústria química, petroquímica, alimentícia, equipamentos de transporte, siderúrgica, máquinas, equipamentos agrícolas e metalúrgica.
A África do Sul é um grande produtor agropecuário, isso se deve ao fato de existir extensas terras férteis, o que favorece a produção agrícola. Na agricultura, o país se destaca no cultivo de milho, cana-de-açúcar, uva, laranja, já na pecuária as principais criações são de bovinos, aves, caprinos e ovinos.
No extrativismo, o país destaca-se na exploração de suas jazidas minerais, especialmente de carvão, cobre, manganês, ouro, cromita, urânio, ferro e diamantes.
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Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
África do Sul - Brasil Escola
A África Austral deverá registar uma recuperação económica em 2021 e 2022, desde que a pandemia de Covid-19 se esbata, de acordo com um relatório publicado pelo Banco Africano de Desenvolvimento.
Tal como noutras partes do continente, a pandemia será um fator decisivo no destino económico da região. Se tudo correr bem, e isso inclui uma campanha de vacinação bem-sucedida e medidas sanitárias como o distanciamento social e o uso de máscaras, a África Austral deverá crescer 3,2% em 2021 e 2,4% em 2022, de acordo com as Perspetivas Económicas da África Austral do Banco.
Estas projeções estão muito longe das estimativas de 2020, quando a região sofreu uma contração de 6,3% - de longe a pior em África. A África Central sofreu a segunda pior contração económica regional, com 2,6%.
Leila Mokaddem, Diretora-Geral do Banco para a Região da África Austral, disse que a pandemia tinha deixado uma profunda marca entre as 13 nações abrangidas pelas Perspetivas Económicas da África Austral.
"A magnitude do impacto socioeconómico da pandemia de Covid-19 nos países da África Austral não pode ser sobrevalorizada - aumento da pobreza, da desigualdade e do desemprego, entre outras debilidades económicas", disse Mokaddem no lançamento das Perspetivas Económicas da África Austral, no mês passado.
Mokaddem disse aos funcionários governamentais, economistas e representantes dos parceiros que participaram na sessão: "Apesar das baixas taxas de infeção atuais, a situação permanece fluida devido às ameaças de novas vagas de Covid-19 e variantes virulentas".
Os efeitos induzidos pela pandemia na produção foram mais pronunciados em países que dependem fortemente do turismo, tais como Botswana, Ilhas Maurícias, Namíbia e Zimbabué. O mesmo aplica-se a países que dependem das exportações de matérias-primas, apontou o relatório.
Perspetivas de crescimento são variadas, mas positivas
No futuro, a falta de diversificação económica pode asfixiar a recuperação. As matérias-primas desempenham um papel excessivo em muitas das economias da região, salientam os analistas do Banco, citando Angola, Moçambique e Zâmbia como exemplos.
O Dr. Emmanuel Pinto Moreira, Diretor do Departamento da Economia dos Países do Banco, disse que o desempenho económico da região se enquadra no quadro mais vasto de África e do mundo em geral. Todas as regiões do continente, exceto uma, a África Oriental, registaram um crescimento em 2020. No conjunto, África viveu uma das suas piores recessões em décadas.
"A boa notícia é que há uma recuperação e as perspetivas são positivas... A muito boa notícia é que as três maiores economias - Nigéria, África do Sul e Egipto - estão a recuperar", disse Moreira, autor principal do relatório, que é um dos ramos regionais das Perspetivas Económicas Africanas do Banco.
Três fatores explicaram a recuperação, apontou Moreira: uma recuperação nas matérias-primas, uma retoma no turismo e políticas sólidas.
O lento crescimento na África do Sul - a maior economia da região - repercutiu-se nos seus vizinhos, que dependem deste país para os produtos manufaturados e enquanto mercado para os seus contributos para a produção. No entanto, o relatório observa que a inflação regional deverá moderar de uma estimativa de 14,2% em 2020 para 9,4% em 2021 e 6,5% em 2022, melhorando as perspetivas de crescimento.
As perspetivas sobre a dívida da região apontam para uma preocupação moderada, considerando que as despesas relacionadas com a pandemia conduziram a um aumento da despesa pública. Prevê-se que a dívida pública bruta aumente apenas ligeiramente, segundo as previsões do relatório.
Os peritos do Banco propõem uma série de políticas a curto, médio e longo prazo para cuidar das economias da África Austral de volta à saúde. Estas incluem apoio direcionado a setores gravemente afetados, tais como o turismo, a eliminação dos estrangulamentos ao comércio, e introdução de programas eficientes de proteção social.
No relatório, os 13 países que constituem a África Austral são: Angola, Botsuana, Ilhas Maurícias, Lesoto, Madagáscar, Malaui, Moçambique, Namíbia, São Tomé e Príncipe, África do Sul, eSwatini, Zâmbia e Zimbabué.
Leia o relatório completo aqui