Que argumentos foram utilizados pelas potências europeias para justificarem o neocolonialismo na África?

O primeiro fator que podemos destacar é a Revolução Industrial na Europa a partir do século XVIII e XIX. A Revolução Industrial contribuiu para o aumento da produção dos produtos maquinofaturados, pois a tecnologia propiciava uma maior produção em menos tempo. Porém, com a produção em larga escala, houve a necessidade de novos mercados consumidores. A solução encontrada foi globalizar a economia e o capitalismo, tendo por objetivo aumentar o consumismo. Assim, os países periféricos passaram a ser vistos como mercados consumidores dos produtos industrializados dos países europeus.

Outro fator que podemos mencionar foi a busca por matéria-prima e mão de obra barata para alavancar a produção industrial. Além do mercado consumidor, era necessária também a aquisição de matéria-prima e mão de obra, como o ferro e o petróleo para a produção fabril e a força de trabalho para o sistema de produção. Trabalhadores africanos e asiáticos eram requisitados para esse trabalho, pois a mão de obra nos países periféricos tinha menor custo para as empresas. Assim, o desenvolvimento das indústrias buscava sempre gastar menos com o seu sistema de produção para ganhar mais com a comercialização dos produtos.

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100
minutos

Objetivos

Refletir sobre o próprio processo colonização, buscando relacioná-los ao contexto deste período.

Compreender o processo de colonização da África e a consequência desta para os africanos;

Analisar a disseminação de uma visão racista que considera África como um continente atrasado e primitivo;

Considerar os aspectos culturais dos povos africanos analisando como se deu o processo negação desta cultura pelos europeus;

Analisar criticamente as fontes apresentadas;

Promover valores como respeito às diferenças étnicas, raciais e culturais.

A partir das fontes analisadas é possível perceber o discurso civilizador utilizado pelos dominadores para justificar suas ações.Assim, promovendo a reflexão sobre o processo de colonização que desconsiderou a cultura e a organização social destes povos. Além disso, é essencial compreender como este processo contribuiu para a disseminação de uma visão racista que propagou conceitos deturpados sobre África tais como: considerar seus habitantes como atrasados e primitivos compreendendo seu espaço como exótico e selvagem. Esta análise será o ponto de partida para discutir a historiografia que está centrada em uma visão eurocêntrica sendo, portanto, parcial e tendenciosa no que se refere à História da África e dos africanos.

O plano acima se direciona aos finais do Ensino Médio, pois nesta etapa da aprendizagem, os alunos já possuem conhecimento acerca do colonianismo do século XVI e das consequências da revolução Industrial. Este processo culminará na Conferência de Berlim (1885) dividindo os territórios entre os países europeus. Esta divisão desconsiderará as características e especificidades de cada lugar sendo marcada pelos interesses econômicos e que se utilizará do discurso civilizador para legitimar a dominação.

As justificativas também estavam baseadas nas teorias raciais e no darwinismo social, estas estavam alinhadas ao desenvolvimento cientifico da época e da apropriação de teorias que afirmassem a superioridade dos “povos brancos e civilizados” opondo-os ao conceito dos “negros e primitivos”. Portanto, a compreensão destes conceitos são essenciais para a compreensão do neocolonialismo e imperialismo e suas consequências para o continente, em especial, para a perpetuação de valores distorcidos e preconceituosos sobre a África e os africanos.

Requisitos

Cópias de excertos que demonstram o discurso “civilizador”, tais como trechos da Ata Final do Congresso de Berlim, discursos e frases de Cecil Rhodes e Joseph Conrad que afirmavam a superioridade dos povos europeus opondo-os aos povos dominados;

Análise de mapas do continente africano: antes e depois da Conferência de Berlim, e de charges do período.

Materiais: Cópias dos textos e retroprojetor.

Avaliação

A avaliação será organizada m duas etapas e totalizaram 2,5 pontos (considerando um total ao final do bimestre de 10,0 pontos)

1- Avaliação na participação no debate e nas discussões em sala. (0,5 pontos)

Critérios:

Comentários e questionamentos pertinentes ao tema apresentado.

Atenção às explicações

Respeito ao professor e aos colegas

Participação na leitura dirigida

2- Avaliação escrita, cujas questões abordam a temática da aula. (2,0 pontos)

Critérios:

Respostas que contenham uma argumentação coerente e pertinente ao tema da questão.

Coerência e consistência da argumentação apresentada.

As questões de múltipla escolha possuem uma única assertiva correta.

1

10
min

Exposição Oral por parte do professor

O plano de aula a seguir destina-se ao 3° ano do Ensino Médio.

Apresentação sobre o tema a ser abordado, resgatando aspectos estudados anteriormente, em especial os impactos da industrialização e do cientificismo do período. Nesse sentido, as justificativas do Imperialismo estão atreladas às especificidades deste período. Nessa etapa, o professor deve deixar espaço para que os exponham suas expectativas e os seus conhecimentos sobre o assunto, partindo dos conhecimentos prévios é possível agregar ou desmitificar determinados conceitos.

2

20
min

Vídeo/Música/Imagem

Apresentação de charges sobre o Imperialismo, a Conferência de Berlim e mapas da África.

A análise de imagens possibilita que o aluno possa refletir sobre o tema estudado a partir de várias fontes, em especial as charges. As charges também propiciam o questionamento do aluno sobre as personagens retratadas e os objetivos do autor da mesma.

A análise de mapas é essencial para a compreensão do processo de colonização e como os territórios ficaram divididos pós Conferência d Berlim. Assim, a percepção da dominação espacial é um meio efetivo para promover a aprendizagem .

3

20
min

Leitura de texto em sala de aula

Leitura dirigida dos textos de apoio. Os excertos possibilitam que o aluno identifique o discurso civilizador presentes nos textos. Confrontando os diferentes textos é possível encontrar as semelhanças entre estes e como a ideologia eurocêntrica era disseminada. A Ata final do Congresso de Berlim oferece um rico panorama sobre a visão dos europeus sobre o continente africano, em especial, por tratar-se de um documento oficial.

Arquivos e links

4

20
min

Vídeo/Música/Imagem

Exibição de trechos de documentário sobre o livro "Coração das Trevas" de Joseph Conrad. O livro, publicado em 1902, faz referência à dominação belga sobre a atual região do Congo. A obra é considerada uma das importantes publicações inglesas do século XX e tornou-se referência mundial sobre o Imperialismo.

A África nesta obra é abordada a partir de uma visão um eurocêntrica recriando a ideia de um continente selvagem primitivo.

Arquivos e links

4.1

5

10
min

Atividade oral envolvendo a classe (perguntas/respostas/debate)

Comentários finais. Debate sobre o filme e a análise dos documentos apresentados.

6

20
min

Produção escrita em grupo (alunos)

Organizados em duplas os alunos irão dissertar sobre o tema. Para tanto, deverão redigir seus comentários a partir das questões propostas.

Arquivos e links

Como os europeus justificaram o neocolonialismo?

Durante esse processo de conquista, os países europeus justificavam sua ação por meio de um discurso civilizatório. Eles alegavam que a dominação do continente africano visava levar o modo de vida “desenvolvido” do ocidente, com o advento das tecnologias que haviam surgido.

Qual a justificativa usada pelos países europeus para ocupar a África no neocolonialismo?

O grande interesse dessas nações europeias era explorar os recursos que o continente africano oferecia, como também aproveitar as possibilidades econômicas que esses novos mercados consumidores obtidos à força trariam. A conquista da África foi relativamente fácil para as nações europeias.

Quais foram as justificativas dos europeus para partilhar a África?

Utilizavam a África como fornecedor de mão de obra escrava, num comércio lucrativo em que participavam Inglaterra, Espanha, França e Dinamarca. A expansão europeia para o continente africano, no século XIX, foi justificada para a opinião pública como a necessidade de “civilizar” este território.

Quais foram os fatores que motivaram o neocolonialismo?

Os motivos do neocolonialismo durante o século XIX foram os mais variados. Basicamente, relacionam-se ao desenvolvimento econômico europeu na difusão da Revolução Industrial. A necessidade de mercados é uma constante na economia capitalista, tanto para o consumidor quanto para o fornecedor de produtos.

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