Que escolhas ele fez para superar as dificuldades encontradas no caminho Amyr Klink?

Considerado um dos maiores aventureiros brasileiros, a primeira pessoa a cruzar o espaço entre Brasil e África num remo, em 1984, o navegante e escritor brasileiro, Amyr Klink, marcou presença na Bett Educar, maior feira de educação da América Latina, e promoveu reflexões sobre a importância da educação na superação dos desafios da vida. A feira aconteceu entre os dias 10 e 13 de maio e a palestra foi gratuita. 

Nascido em São Paulo, mas filho de imigrantes, mãe sueca e pai libanês, desde cedo Amyr aprendeu a lidar com as dificuldades para conseguir atingir seus objetivos. “Eu gosto de me inspirar pelos erros, seja dos outros ou os meus”, disse.

Amyr considera essa determinação crucial para ter conseguido cruzar o Atlântico Sul, em 1984, sozinho, ele navegou mais de sete mil quilômetros entre a Bahia e a Namíbia, país do continente africano. Ao longo de mais de três meses, remou por mais de dez horas por dia num pequeno barco. 

“Se eu quisesse conhecer a Antártica, teria que fazer por conta própria”, com esse pensamento que, em dezembro de 1989, Amyr realizou a sua primeira viagem ao local, que durou cerca de um ano e envolveu a construção do primeiro barco, Paratti. Daí em diante, o continente se tornou uma espécie de segunda casa para a família Klink. 

Em paralelo com a sua vida e conquistas, o navegante ressaltou a importância do comprometimento e dedicação para ter conseguido atingir seus objetivos.“A educação é um processo, cuja prática é dolorosa”, com essas práticas e filosofia de vida, Amyr conseguiu passar por inúmeras adversidades em alto mar.

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“O impossível só é impossível porque ninguém fez”, quem diz é Amyr Klink, que neste 25 de setembro completa 67 anos.

Em homenagem a data relembramos a entrevista do navegador ao Do Zero Ao Topo que com suas vivências, mostra como navegar tem muito o que ensinar tanto para os que querem empreender, quanto para os que já são versados no ramo.

Quando as ondas da navegação se encontram as do empreendedorismo

Problemas burocráticos, financeiros e técnico: o trio parece comum a quem já tem ou busca ter um negócio próprio. Mas esses não são elementos da história do dono de uma empresa, mas algumas das dificuldades enfrentadas por Amyr Klink.

Nascido em 1955, na cidade de São Paulo, o navegador, escritor e empreendedor, foi a primeira pessoa a atravessar o oceano Atlântico em um barco a remo, em 1984. A travessia levou 100 dias, partindo da Namíbia, na África, até Salvador, na Bahia, com direito a ondas de aproximadamente 9 metros e ventos incessantes ao longo do caminho.

O feito pode parecer grande por si só, mas ainda deve ser somado a uma viagem até a Antártida, com duração de 13 meses (com sete deles com o barco imobilizado no meio do gelo), e, para completar, uma volta ao mundo da maneira mais curta, mas também mais difícil: por meio da circunavegação polar. E esses são apenas alguns dos episódios da vida do navegador.

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Por mais aventureiras que sejam as histórias de Amyr Klink, o navegador atribui cada uma delas ao seu árduo planejamento e foco para tirá-las do papel. Até que a sua primeira travessia se concretizasse, por exemplo, foram quatro anos de preparação.

Durante a espera, Klink reconhece que a ansiedade se fez presente, mas mas relembra a todos que, quando se tem um foco maior no horizonte, aprende-se a ser resiliente. “Eu entendi que no mar não há como você encurtar o caminho, é preciso abraçar a jornada”, afirma em entrevista ao episódio 113 do Do Zero Ao Topo.

Planeje-se, mas esteja pronto para replanejar-se

Para Klink, é essencial lembrar que mesmo quando se tem tudo estruturado, o mar, tal como o mundo, permanece em movimento, e é preciso – rapidamente – se adaptar.

Até iniciar sua rota, foram diversas as dificuldades burocráticas, diplomáticas e financeiras. Durante o trajeto, a natureza, o cansaço físico e mental se encarregaram de deixar o caminho ainda mais complexo e incerto. Mas o navegador tinha algo muito claro em mente: “Fui muito persistente porque percebi que não estava sozinho. Eu era o último elo de uma cadeia muito longa de pessoas que colaboraram para que a experiência desse certo”.

Nesse sentido, ainda que com um longo planejamento, Klink esteve sempre preparado para mudar o curso quando fosse necessário e fala sobre a necessidade de observar o contexto para refazer as rotas: “A capacidade de entender o contexto e ver para onde as coisas vão é essencial para todo mundo”, afirma.

Ventos contrários também nos movimentam

Outra de suas lições foi aprender a conviver com os problemas. Uma das maiores dificuldades do navegador no planejamento de sua viagem foi na construção de um barco que não capotasse.

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Com o tempo, esforço empreendido, acrescidos a visão de um engenheiro que o acompanhava, percebeu que não adiantava correr do impasse, era preciso abraçá-lo.

O empecilho era o capotamento? Portanto, a solução foi construir um barco antifrágil, que capotasse mas logo voltasse ao seu eixo.

O medo é companheiro, mas não pode ser impeditivo

Um longo tempo de planejamento até que o projeto saísse do papel e rumasse ao Atlântico não livrou o navegador do medo e das incertezas. Muito pelo contrário: quando partiu para sua aventura de 100 dias, Klink relembra que estava apavorado. “Eu estava em pânico. No primeiro dia, me afastando da África, lembrava que ainda havia mais 7 mil km até o Brasil”, conta.

Aos poucos, o medo foi dando lugar à certeza de estar rumando seu próprio caminho, o que dava força e clareza para cumprir o trajeto. “Foi a primeira vez em anos que finalmente assumi o protagonismo do meu projeto”. Para ele, a sensação de colocar em prática aquilo que se comprometeu, foi e segue sendo o maior combustível possível.

“Quando você se tornar protagonista de um projeto não tem outra alternativa senão ir às até às últimas consequências”, afirma.

Para conhecer mais a fundo a história do maior navegador brasileiro, confira episódio #113 do Do Zero Ao Topo, disponível em vídeo no YouTube . O programa está disponível em áudio em ApplePodcasts, Spotify, Deezer, Spreaker, Google Podcast, Castbox e Amazon Music.

Sobre o Do Zero ao Topo

A cada episódio, o podcast Do Zero ao Topo conta a história de uma personalidade de destaque no mercado brasileiro. O programa já recebeu nomes como José Galló, executivo responsável pela ascensão da Renner; Guilherme Benchimol, fundador da XP Investimentos; Rony Meisler, da Reserva; o empresário Abílio Diniz; Alcione Albanesi, do Amigos do Bem, Stelleo Tolda, um dos fundadores do Mercado Livre, e Sérgio Zimerman, da Petz.

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Que escolhas Amyr Klink fez para superar as dificuldades encontradas no caminho?

Analisando o período difícil que a humanidade enfrenta com a pandemia, Amyr Klink afirmou que as dificuldades e a escassez de recursos provocam a criatividade, a busca de novas soluções e ideias. “Quando a gente não tem pressão, crise, tensão, a gente se torna pouco eficiente, relapso.

Que escolhas foram importantes para a realização dos Objetivos de Amyr Klink?

Aprender a conviver com o medo, ter consistência no trabalho e aproveitar cada experiência são algumas dicas do navegador, escritor e empreendedor. “Sempre sonhei em fazer com o que eu faço hoje, mas nunca achei que fosse dar certo.

Que escolhas feitas por ele impactaram a vida de outras pessoas Amyr Klink?

Podemos afirmar que o que teria levado Amyr Klink a relatar sua experiência de viagem, transformando a mesma em um livro (Cem Dias entre o Céu e o Mar) foi o caráter transformador que esse evento proporcionou em sua vida, pois ele atravessou da Namíbia o Oceano Atlântico, até chegar na Bahia, sozinho, em um pequeno ...

Qual era o objetivo da viagem de Amyr Klink?

A viagem começou em 31 de outubro de 1998, na baía de Jurumirim, em Paraty. Objetivo: dar a volta ao mundo pela sua rota mais curta, rápida e difícil. O navegador Amyr Klink conduz mais uma vez seu veleiro Paratii – reformado e com mastro novo – para os mares gelados do sul.

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