Quem faz a quebra do glicogênio?

Glicogênio (C6H10O5)n é uma reserva de energia produzida e armazenada pelo nosso corpo através da transformação dos carboidratos que ingerimos em glicose.

A principal fonte de energia dos seres vivos é a glicose, que é um carboidrato simples. Acontece que quando comemos, as nossas células ficam com bastante glicose, de modo que a taxa de glicemia aumenta.

Nesse momento, o nosso organismo aproveita para guardar energia na forma de glicogênio, também conhecido como “amido animal”, que consiste em uma reserva alimentar. Essa reserva é estocada no fígado e nos músculos, onde permanecem até que o nosso organismo precise dela.

Metabolismo do glicogênio

O glicogênio pode ser encontrado principalmente no fígado e nos miócitos, que são as células musculares.

O que é estocado pelo fígado pode ser usado por outros órgãos e células do corpo, mas o mesmo não acontece com o glicogênio estocado pelos músculos, utilizado apenas por eles próprios.

Síntese

A síntese do glicogênio, ou glicogênese, acontece mediante a ação da regulação da insulina.

Depois de comermos, a taxa de glicose no nosso sangue aumenta. Na sequência, o pâncreas libera insulina, ativando o glicogênio sintetase. Essa é uma enzima que permite que a glicose excedente seja transformada em glicogênio.

Degradação

A degradação do glicogênio, ou glicogenólise, acontece mediante a ação da regulação do glucagon.

Em períodos de jejum, quando a taxa de glicose está baixa, a secreção do glucagon aumenta indicando a necessidade de usufruir da reserva de energia estocada no organismo. Esse processo é possível graças à participação do glicogênio fosforilase.

Estrutura do glicogênio

O glicogênio é um polímero natural ramificado e compacto constituído por moléculas de glicose.

Qual a função do glicogênio?

O glicogênio atua como uma fonte de energia, pelo fornecimento de glicose para o corpo, sendo encontrado principalmente nas células hepáticas e musculares.

Nas células hepáticas, o glicogênio é responsável por normalizar os níveis de açúcar no sangue. A diminuição de glicose na corrente sanguínea faz com que o glicogênio seja decomposto e se converta em glicose. Da mesma forma, quando os níveis estão altos, a glicose é armazenada na forma de glicogênio.

Já nas células musculares, o glicogênio é responsável por fornecer energia durante a realização do trabalho muscular. A glicose é liberada na corrente sanguínea como resposta à realização de exercícios físicos ou em situação de estresse.

A reserva energética de glicogênio no útero é também responsável por fornecer a energia necessária ao desenvolvimento do embrião durante a gravidez. Além dos exemplos citados, o glicogênio é armazenado, em menor quantidade, em outros locais do corpo, como nos astrócitos do cérebro.

Leia também:

  • Glicose
  • Carboidratos ou glicídios
  • Polímeros

Bacharela em Química Tecnológica e Industrial pela Universidade Federal de Alagoas (2018) e Técnica em Química pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (2011).

Recursos do assunto

  • As doenças de armazenamento do glicogênio são causadas pela falta de uma enzima necessária para transformar a glicose em glicogênio e decompor o glicogênio em glicose.

  • Os sintomas normalmente incluem fraqueza, sudorese, confusão, cálculos renais, aumento do fígado, níveis baixos de glicose no sangue e crescimento comprometido.

  • O diagnóstico é feito por meio de exames de sangue, ao examinar um fragmento de tecido sob o microscópio (biópsia) e por meio de exames de ressonância magnética.

  • O tratamento depende do tipo de doença devido ao acúmulo de glicogênio e em geral envolve regulação da ingestão de carboidratos.

O glicogênio (um tipo de carboidrato Carboidratos leia mais ) é composto por muitas moléculas de glicose ligadas entre si. O açúcar denominado glicose é a principal fonte corporal de energia para os músculos (incluindo o coração) e para o cérebro. Qualquer glicose que não seja utilizada de imediato para produzir energia fica armazenada como reserva no fígado, nos músculos e nos rins sob a forma de glicogênio, e é liberada quando o corpo precisa dela.

Crianças com uma doença de armazenamento do glicogênio apresentam

  • Falta de uma das enzimas que é essencial para transformar glicose em glicogênio

  • Falta de uma das enzimas que é essencial para decompor (metabolizar) glicogênio em glicose

Cerca de um em cada 25.000 bebês tem algum tipo de doença de armazenamento do glicogênio.

Existem vários tipos de doenças de armazenamento do glicogênio (também denominadas glicogenoses). Cada uma delas é identificada por um número romano.

Algumas dessas doenças causam poucos sintomas. Outras são fatais. Os sintomas específicos, a idade em que os sintomas se manifestam e a gravidade variam muito entre essas doenças. Nos tipos II, V e VII, o principal sintoma costuma ser fraqueza (miopatia). Nos tipos I, III e VI, os sintomas incluem níveis baixos de glicose no sangue (hipoglicemia Hipoglicemia A hipoglicemia é a presença de níveis excepcionalmente baixos de açúcar (glicose) no sangue. A causa mais comum da hipoglicemia são os medicamentos tomados para controlar o diabetes. Causas... leia mais ) e protrusão do abdômen (uma vez que o excesso de glicogênio ou o glicogênio anormal podem aumentar o tamanho do fígado). A ocorrência de níveis baixos de glicose no sangue causa sudorese, confusão e, por vezes, convulsões e coma. Outras possíveis consequências em crianças incluem crescimento insuficiente, infecções frequentes e feridas na boca e no intestino.

  • Exames de sangue, biópsia e ressonância magnética

  • Dieta rica em carboidratos

  • Prevenção de níveis baixos de glicose no sangue ao alimentar-se com frequência ou quase continuamente

  • Tratamentos para complicações específicas

O tratamento depende do tipo de doença de armazenamento do glicogênio.

Na maioria dos tipos, comer muitas refeições pequenas ricas em carboidratos todos os dias ajuda a impedir uma queda dos níveis de glicose no sangue.

Nas pessoas com doenças de armazenamento do glicogênio que causam níveis baixos de glicose no sangue, os níveis são mantidos com a administração de amido de milho cru a cada quatro a seis horas durante todo o dia, inclusive à noite.

Em outras, às vezes é necessário administrar soluções de carboidratos através de um tubo no estômago por toda a noite para impedir a ocorrência de níveis baixos de glicose no sangue durante a noite.

A pessoa que tem a doença de armazenamento do glicogênio que afeta os músculos deve evitar exercitar-se em excesso.

Seguem alguns recursos em inglês que podem ser úteis. Vale ressaltar que O MANUAL não é responsável pelo conteúdo desses recursos.

  • National Organization for Rare Disorders (NORD): Este recurso fornece informações sobre doenças raras aos pais e familiares, incluindo uma lista de doenças raras, grupos de apoio e recursos de estudos clínicos.

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Quem quebra o glicogênio?

De forma contrária, o glucagon é responsável pela quebra do glicogênio e liberação de glicose, quando o corpo está hipoglicêmico, entre as refeições, para manter o nível de glicose e fornecer energia para as células.

O que quebra o glicogênio?

O glicogênio é degradado por duas enzimas: a glicogênio-fosforilase e a enzima desramificadora. A primeira enzima quebra os resíduos glicosil, liberando glicose-1-fosfato. Já a enzima desramificadora remove os resíduos glicosil próximos das ramificações.

Onde ocorre a quebra do glicogênio?

GLICOGENÓLISE E GLICOGÊNESE. Processo bioquímico que transforma a glicose em glicogênio. Ocorre virtualmente em todos os tecidos animais, mas é proeminente no fígado e músculos. O músculo armazena apenas para o consumo próprio e só utiliza durante o exercício, quando há necessidade de energia rápida.

Como ocorre a quebra do glicogênio muscular?

O glicogénio é degradado pela acção conjunta de três enzimas: glicogénio fosforilase, que cliva uma ligação a(1-4) com fosfato inorgânico (Pi). Esta enzima só cliva resíduos de glucose que estejam a mais de 4 resíduos de distância de uma ramificação. Utiliza piridoxal, um derivado da vitamina B6, como cofactor.

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