Tendo em vista o contexto das Memórias póstumas de Brás Cubas, é correto afirmar que, nesse excerto

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Realismo, aceitando o progresso tecnológico e cultural como elemento integrante de uma grande revolução que faria do porvir um tempo melhor. Questão 20 Se iniciarmos a segunda estrofe pelo pronome tu, os verbos abris e fazei, que aparecem no texto, deverão mudar, respectivamente, para PRIVATE�a) abre; faz. b) abras; faças. c) abres; faze. d) abre; faça. e) abres; fazes. alternativa C vós abris = presente do indicativo; tu abres. fazei vós = imperativo afirmativo; faze tu / faz tu. Texto para as questões de 21 a 23 O senão do livro Começo a arrepender-me deste livro. Não que ele me canse; eu não tenho que fazer; e, realmente, expedir alguns magros capítulos para esse mundo sempre é tarefa que distrai um pouco da eternidade. Mas o livro é enfadonho, cheira a sepulcro, traz certa contração cadavérica; vício grave, e aliás ínfimo, porque o maior defeito deste livro és tu, leitor. Tu tens pressa de envelhecer, e o livro anda devagar; tu amas a narração direita e nutrida, o estilo regular e fluente, e este livro e o meu estilo são como os ébrios, guinam à direita e à esquerda, andam e param, resmungam, urram, gargalham, ameaçam o céu, escorregam e caem... (Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas) Questão 21 O emprego dos pronomes este e esse, no início do texto, a) tem a finalidade de distinguir entre o que já se mencionou (mundo) e o que se vai mencionar (livro). b) marca a oposição entre o concreto (mundo real) e o abstrato (mundo da ficção). c) faz uma distinção decorrente da diferença entre a posição do narrador e a do leitor. d) é conseqüência da oposição entre passado (livro) e presente (mundo). e) é indiferente; assim como hoje, esses pronomes não têm valor distintivo. alternativa C Brás Cubas usa este para referir-se a um objeto próximo (o livro) e esse para um objeto distante, o mundo, do qual, pela morte, ele está distante. Questão 22 A alternativa em que o termo senão apresenta o mesmo valor gramatical expresso em "O senão do livro" é: a) O motivo não pode ser outro senão que a melancólica paisagem. b) Falara como pai, senão como juiz. c) Ninguém senão seu irmão o ouvia. d) Resplandecia aos olhos dos homens, formosa sem senão. e) Não o apanhara senão para ter uma parte na glória e no serviço. alternativa D Senão, antecedido de artigo como no enunciado, é substantivo com o sentido de defeito, falha: "formosa sem senão" mantém o mesmo sentido; significaria, portanto, bela sem qualquer defeito. Questão 23 Tendo em vista o contexto das Memórias póstumas de Brás Cubas, é correto afirmar que, nesse excerto, a) as imagens que se referem ao próprio livro, mesmo exageradas, apontam para características que esse romance de fato apresenta. b) ao ponderar a opinião do leitor, o narrador novamente evidencia o respeito e a consideração que tem por ele. c) o movimento autocrítico põe em relevo, principalmente, a modéstia e a contenção ca-racterísticas do narrador. d) o fato de o narrador dirigir-se diretamente ao leitor configura um momento de exceção no livro. e) a atitude do narrador contradiz a constância e a persistência com que habitualmente executa seus projetos. alternativa A Trata-se do mais famoso segmento metalingüístico da obra. Machado, dirigindo-se ao leitor, comenta características do seu processo narrativo: lentidão, digressão, certo vazio de grandes acontecimentos, etc. Questão 24 Refere-se corretamente a Alguma poesia, de Drummond, a seguinte afirmação: a) A imagem do poeta como "gauche" revela a sua militância na poesia engajada e participante, de esquerda. b) As oposições sujeito-mundo e província-me- trópole são fundamentais em vários poemas. c) A filiação modernista do livro liberou o poe-ta das preocupações com a elaboração formal dos poemas. d) O livro não contém textos metalingüísticos, o que caracteriza a primeira fase do autor. e) A ironia e o humor evitam que o eu-lírico se distancie ou se isole, proporcionando-lhe a comunhão com o mundo exterior. alternativa B Drummond considera-se um "gauche", não se adequando ao mundo, como se lê no famoso verso "Eta vida besta, meu Deus", e oscilando entre a aceitação/negação da província e metrópole, como nos versos "Na roça penso no elevador, no elevador penso na roça". Questão 25 Considere as seguintes afirmações: I. Dirigindo-se a um interlocutor presente, que não fala ou cujas palavras não são registradas, interpelando-o e, muitas vezes, empregando linguagem pretensiosa ou pedante, o narrador põe em questão a identidade do homem e o sentido último da vida. II. Colocando o seu foco na relação entre o letrado e o iletrado, dela o conto extrai efeitos de suspense e humor. I e II referem-se, respectivamente, aos seguintes contos de Primeiras estórias: a) O espelho e Famigerado. b) A terceira margem do rio e Famigerado. c) O espelho e A terceira margem do rio. d) Pirlimpsiquice e A terceira margem do rio. e) Pirlimpsiquice e Famigerado. alternativa A • No conto "O Espelho", através de uma linguagem elaborada, que põe em questão a busca da identidade e o sentido último da vida, o narrador "convida" o leitor a refletir, dirigindo-se a um interlocutor presente, mas não participante. Questão 26 Em Morte e vida severina, no diálogo entre o retirante e a mulher na janela (a "rezadora titular"), indicam-se vários motivos pelos quais Severino não encontrará emprego no local a que chegara. Um desses motivos, de fato presente na obra citada, encontra-se em: a) Ao homem rústico falta competência para enfrentar o meio agreste e desenvolver técnicas necessárias para fazê-lo. b) Os interesses da modernização financeira e industrial tornam ainda mais difícil para o homem rústico a obtenção de emprego. c) Por ser desprovido de cultura religiosa e de vínculos com o Catolicismo, o sertanejo marginaliza-se ao chegar à Zona da Mata. d) A grande fragilidade física a que chegou o retirante torna-o inapto para o trabalho pesado exigido na região. e) Tendo experiência apenas na criação de gado, o sertanejo encontra-se deslocado em meio à cultura da cana-de-açúcar. alternativa B No diálogo com a "rezadora titular", fica claro para o retirante que sua intenção de arrumar um emprego na região até a próxima invernia não seria facilmente realizada. Severino percebe que, para alguém despreparado como ele (rústico como a Serra do Costela, de onde saíra), não há muitas oportunidades de empregos. Naquela região, em que só há lugar "para quem vive de a morte ajudar", alguém que nem as "rezas" sabe, dificilmente conseguiria sobreviver.

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