Sabemos que o Sol é fundamental para a existência de vida na Terra. É ele que proporciona uma temperatura agradável ao nosso planeta e fornece energia para os organismos fotossintetizantes. Sem esses organismos, o oxigênio liberado no processo de fotossíntese não existiria e, consequentemente, os seres que necessitam dessa substância para sobreviver também não. Além disso, a falta desses organismos causaria a morte de toda uma cadeia alimentar.
Os organismos fotossintetizantes existentes captam cerca de 2% de toda a energia solar que chega ao planeta. Eles utilizam essa energia para produzir substâncias orgânicas através do processo de fotossíntese, e a energia fica armazenada na forma de energia potencial química. Parte dessas substâncias orgânicas produzidas é utilizada por esses seres para a realização do processo de respiração e a outra parte fica armazenada.
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Quando um consumidor primário alimenta-se dos seres fotossintetizantes, a energia potencial química armazenada nos compostos orgânicos é transferida para ele. Os consumidores, então, utilizam a matéria orgânica ingerida para a produção de energia, que, por sua vez, é usada para a realização de alguns processos importantes para a sua sobrevivência. Outra parte das substâncias ingeridas é perdida nas fezes e urina. Ao servirem de alimento para outro organismo, os consumidores primários transferem sua energia para esse consumidor secundário e assim por diante.
Podemos perceber que a energia é passada para cada organismo da cadeia alimentarde forma unidirecional, seguindo sempre o sentido produtor → decompositor. É importante frisar que, a cada nível trófico, menos energia é passada. Normalmente, apenas 5% a 20% da energia é passada para o próximo nível trófico, sendo esse fenômeno chamado de eficiência ecológica. Diante dessa baixa quantidade de energia transferível, uma cadeia alimentar dificilmente possui mais de cinco níveis tróficos.
A energia pode ser representada através das chamadas pirâmides ecológicas. Uma pirâmide de energia mostra a quantidade de energia química potencial que está disponível em cada um dos níveis tróficos de uma cadeia alimentar. A base da pirâmide sempre é representada pelos organismos produtores seguidos dos consumidores. Esse tipo de pirâmide, assim como os outros, não demonstram os decompositores de um ecossistema.
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Os ciclos biogeoquímicos são processos que ocorrem na natureza para garantir a reciclagem de elementos químicos no meio. São esses ciclos que possibilitam que os elementos interajam com o meio ambiente e com os seres vivos, ou seja, garantem que o elemento flua pela atmosfera, hidrosfera, litosfera e biosfera.
Os principais ciclos biogeoquímicos encontrados na natureza são o ciclo da água, do carbono, do oxigênio e do nitrogênio.
Tópicos deste artigo
- 1 - → Fatores necessários para que ocorra um ciclo biogeoquímico
- 2 - → Classificação dos ciclos biogeoquímicos
- 3 - Mapa Mental: Ciclos Biogeoquímicos
- 4 - → Importância dos ciclos biogeoquímicos
- 5 - → Fatores que influenciam a velocidade de um ciclo biogeoquímico
→ Fatores necessários para que ocorra um ciclo biogeoquímico
Para que um ciclo biogeoquímico aconteça, alguns fatores são essenciais. São eles:
- reservatório do elemento químico (atmosfera, hidrosfera ou crosta terrestre);
- existência de seres vivos;
- movimentação do elemento químico pelo meio ambiente e pelos seres vivos de um ecossistema.
→ Classificação dos ciclos biogeoquímicos
Os ciclos biogeoquímicos podem ser classificados em dois grupos principais: gasosos e sedimentares. O ciclo gasoso é aquele que possui como reservatório principal do elemento a atmosfera. Além disso, os elementos entram e saem da biosfera em sua forma gasosa. Já no ciclo sedimentar, o principal reservatório é a crosta terrestre.
Mapa Mental: Ciclos Biogeoquímicos
*Para baixar o mapa mental em PDF, clique aqui!
→ Importância dos ciclos biogeoquímicos
Os ciclos biogeoquímicos, por promoverem uma ciclagem dos elementos, garantem que eles sejam utilizados e, posteriormente, estejam novamente disponíveis. Esse é um fator extremamente importante, pois, alguns elementos são essenciais para os seres vivos, e seu uso constante, sem reposição, poderia ocasionar a extinção de espécies.
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O ciclo do nitrogênio permite que esse elemento seja constantemente reaproveitado
A circulação dos elementos é fundamental para garantir que um ecossistema funcione adequadamente. Se, por exemplo, a quantidade de oxigênio disponível em um ambiente aquático diminuir, todos os seres vivos daquele ecossistema serão afetados. Avaliar o ciclo biogeoquímico, nesse caso, poderia ser importante para prever um impacto ambiental.
→ Fatores que influenciam a velocidade de um ciclo biogeoquímico
A velocidade em que um elemento circula no meio abiótico e biótico depende de vários fatores. A natureza do elemento que participa do ciclo, por exemplo, pode determinar se a ciclagem ocorrerá de maneira lenta ou rápida. Normalmente um ciclo gasoso é mais rápido que um ciclo sedimentar.
Outro ponto importante para a velocidade da ciclagem dos nutrientes é a taxa de crescimento dos seres vivos e sua decomposição. A taxa de crescimento de uma espécie afeta diretamente a cadeia alimentar e, consequentemente, o fluxo de um elemento nessa cadeia. Já a decomposição, se ocorre lentamente, afeta a liberação dos nutrientes para o meio.
O homem também exerce um importante papel nos ciclos biogeoquímicos. Por meio de certas atividades, como a agropecuária, o homem consegue alterar a dinâmica natural de um ecossistema, modificando as vias seguidas por determinado elemento no ciclo. Além disso, a poluição, extração de minerais e a produção de energia podem afetar a ciclagem dos elementos.
Por Ma. Vanessa dos Santos