1 – Todos os profissionais de saúde devem higienizar suas mãos seguindo a técnica correta. 2 – Manter paciente em decúbito elevado (30-45 graus). 3 – Adequar diariamente o nível de sedação e realizar teste de respiração espontânea 4 – Aspirar a secreção subglótica rotineiramente. 5 – Realizar a higiene oral do paciente com antissépticos 6 – Fazer uso criterioso de bloqueadores neuromusculares 7 – Dar preferência por
utilizar ventilação mecânica não-invasiva 8 – Atentar para os períodos de troca do circuito do ventilador 9 – Observar a indicação e os cuidados com os umidificadores e sistemas de aspiração 10 – Evitar extubação não programada (acidental) e reintubação do paciente.
11 – Monitorizar a pressão do cuff do tubo.
12 – Dar preferência à intubação orotraqueal.
*Texto originalmente publicado pelo Instituto Brasileiro de Segurança do Paciente (IBSP). Acesse.
Conteúdo
- 1 Broncoaspiração em idosos: o problema
- 2 Como evitar a broncoaspiração em idosos
- 2.1 O que fazer em caso de broncoaspiração em idosos
- 3 Sintomas de broncoaspiração em idosos
A broncoaspiração em idosos (aspiração involuntária de alimentos pelas vias respiratórias) é capaz de levar a quadros graves, como uma pneumonia por aspiração. Como familiares e cuidadores podem reconhecer e evitar tal situação, que pode se iniciar de forma assintomática?
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A aspiração involuntária de líquidos e sólidos pode ocorrer com qualquer pessoa a qualquer momento. Mas são nas doenças que levam às disfagias, como as demências, que se concentram os maiores riscos.
Isso porque idosos com demência podem perder a sensibilidade e o reflexo de deglutição, e assim tornarem-se incapazes de reagir antes que a situação evolua. O que seria um engasgo breve num indivíduo saudável, seguido por tosse para expelir o causador do problema, pode passar despercebido num idoso com disfagia.
“Esses indivíduos (idosos em quadros demenciais) passam a aspirar pequenas quantidades de alimentos de forma involuntária, assim como saliva e líquidos que se encontram na boca, fazendo com que esse conteúdo possa parar nos pulmões ocasionando infecções (pneumonias).“
Dr. Thales Gonçalves, geriatra
A broncoaspiração em idosos pode se tornar recorrente na ausência de medidas de proteção por parte de cuidadores e familiares.
Como a pneumonia aspirativa causa uma inflamação nos pulmões que danificam as paredes dos brônquios e alvéolos (tecido pulmonar), reduzindo a capacidade do corpo de combater vírus, bactérias e fungos, as infecções também podem se tornar perigosamente recorrentes.
Quadros como estes aumentam a possibilidade de complicações, e atentam contra a qualidade e a expectativa de vida da pessoa assistida.
Como evitar a broncoaspiração em idosos
A geriatra Anne Cardoso (@geriatraemcasadf) dá 5 dicas para evitar o problema:
- Manter decúbito elevado (30 a 45 graus) no caso de acamados;
- Fazer a higiene oral adequadamente, inclusive com uso de antissépticos bucais (Clorexidina 0,12%), conforme prescrição de médico ou odontólogo;
- Manter o corpo hidratado e fazer a ingestão de líquidos com espessantes, sempre com orientação de médico, nutricionista ou fonoaudiólogo;
- Atenção e calma na hora de ofertar a alimentação: rápido demais pode causar dificuldades ao idoso;
- Sobre o cuidador que fará a oferta da alimentação: a pessoa que auxiliará o idoso a se alimentar deve ter feito sua refeição primeiro para ter a paciência necessária nesse cuidado.
O que fazer em caso de broncoaspiração em idosos
Primeiro, mantenha a calma: cuidadores e familiares que lidam diretamente com idosos dependentes não devem transparecer agitação ou ansiedade. Como a broncoaspiração é paulatina (lenta), e não sendo o caso de um engasto agudo (que pode gerar asfixia imediata), o melhor a fazer é procurar um médico logo que possível.
Para mais detalhes, além da entrevista completa com a Dra. Anne, confira nosso artigo sobre a pneumonia em idosos.
Sintomas de broncoaspiração em idosos
Engasgos frequentes e tosses recorrentes podem ser sinais de disfagia e broncoaspiração em idosos, assim como pneumonias de repetição. Uma avaliação médica e fonoaudiológica pode ser útil nesses casos, explica a geriatra Cristiane Hottz.
A Dra. Cristiane pontua que a broncoaspiração é mais perigosa em quadros de baixa imunidade. Por isso, é essencial ao cuidador reconhecer quando a imunidade pode estar baixa, por exemplo:
- Se ocorrem infecções recorrentes, como amigdalite ou herpes;
- Se doenças simples demoram a passar ou se agravam facilmente, como gripes;
- Se há episódios de febre frequente e calafrios;
- Se os olhos estão frequentemente secos;
- Cansaço excessivo ou falta de disposição para atividades cotidianas, assim como náuseas e vômitos frequentes, são indicativo de alerta;
- Quadros de diarreia persistente também podem indicar problemas de imunidade sistêmicos;
- A erupção de manchas vermelhas ou brancas na pele carece de atenção médica;
- A queda acentuada de cabelo também pode ser sinal de baixa imunidade;
A queda da imunidade do idoso, prossegue a geriatra, se manifesta com infecções recorrentes principalmente de vias respiratórias, urina e pele, Herpes Zoster e Herpes simplex. O surgimento de diversos tipos de câncer também está associado a baixa imunidade, pois o nosso sistema de defesa destrói as células defeituosas que podem se tornam um câncer.
O cuidado com a imunidade passa pelo cuidado com todo o corpo, que inclui o hábito alimentar regular com horários estabelecidos, dieta variada utilizando alimentos frescos e preparados em casa, evitar o consumo de cigarros, bebidas alcoólicas e alimentos industrializados, e manter-se bem hidratado.
Para mais informações sobre a imunidade do idoso, confira nosso artigo sobre o tema.