A especialista Sheila Leal ensina a diferença entre distúrbio e dificuldade de aprendizagem. De acordo com a psicopedagoga, fonoaudióloga especialista Sheila Leal, porta-voz do blog Filhos Brilhantes, existem muitos pais que não compreendem a diferença entre dificuldade de aprendizagem e distúrbios. “Enquanto a dificuldade
de aprendizagem pode ser um problema passageiro, talvez até gerado pela forma como o professor ensina ou pelas relações com os amigos na escola, o distúrbio é uma questão intrínseca ligada a problemas neurológicos”. “Os distúrbios são muitas vezes genéticos, o que pode ser visto no histórico familiar”. Alguns transtornos comuns, como o transtorno de déficit de atenção (TDA), que não chega a ser caracterizado como um distúrbio, mas gera diversas dificuldades. Para a especialista há algumas
diferenças que podem ser sutis, como também há algumas confusões, mesmo entre os pesquisadores, entre os termos utilizados. Sheila Leal aponta as grandes diferenças entre distúrbio e dificuldade e maneiras de agir para lidar com o problema. A grande diferença entre uma dificuldade e um transtorno está no grau. “Uma criança com o transtorno da disortografia não consegue nem mesmo compreender a ligação letra com o som que ela representa, enquanto que uma dificuldade
de aprender a escrita vai resultar em alguns erros que aos poucos podem ser superados.” Crianças que apresentam dificuldade de aprendizado costumam agir com uma demora exagerada, ou seja, agem com lentidão quando precisam se arrumar antes de ir à escola, também levam um tempo excessivo para fazer lição. “Uma criança com distúrbio provavelmente não consegue finalizar a lição, mas uma com dificuldade pode apenas demorar mais”. Os pais precisam observar se os
filhos choram sobre todas as circunstâncias difíceis, ou fazem xixi na cama. Atentar-se para as dificuldades emocionais dos filhos é um papel importante dos pais. Se eles estiverem passando por isso, precisam de ajuda, porque esses são uns dos muitos sinais de dificuldades emocionais. A dificuldade emocional é um problema que pode ser tratado com atendimento psicológico. Os pais precisam atentar-se para atividades e detalhes da rotina da criança, essa é uma
atitude favorável para auxiliar e identificar se há um distúrbio ou apenas uma dificuldade. “A partir dos 4 anos, a criança passa a ter dominância sobre os números, letras e traços”. Entretanto, os pais precisam observar se a criança aos 5 anos é capaz de utilizar o lápis ou giz de cera, caso ela não seja é sinal de distúrbio. Outro fator importante é a capacidade de concentração. “Crianças com dificuldade de aprendizado podem apresentar falta de concentração nas horas de
estudar e fazer a lição de casa, enquanto as que apresentam distúrbio também não conseguem se concentrar em uma brincadeira com muitas regras e jogos eletrônicos”. Independentemente de ter uma dificuldade ou um distúrbio, para a especialista é importante os pais tomarem cuidados com os rótulos, porque não se deve rotular um filho com o diagnóstico que foi dado a ele, ou seja, determinar para uma criança que ela tem certas limitações, ou acreditar que ela nunca será
capaz de algo específico. Não importa qual tenha sido o diagnóstico do filho, se os pais agirem dessa forma estarão escolhendo o pior posicionamento diante dos filhos. Os filhos só serão capazes de superar seus desafios se os pais estiverem prontos para lidar com a situação de forma positiva. A melhor forma dos pais agirem é buscando ajuda nos profissionais especializados para lidar com a situação.Grau
Lentidão
Como identificar
O peso do rótulo
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Roberta Preto
Roberta Preto, 33. Formada como tradutora e intérprete, escritora, mãe. Apaixonada pela vida, em uma eterna busca por conhecimento. Espero que minhas palavras possam ser uma luz na vida das pessoas. Sonho em ajudar a humanidade a tornar-se livre da escravidão da ignorância.
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Os distúrbios de aprendizagem envolvem uma incapacidade de adquirir, reter ou usar habilidades ou informações gerais, o que resulta de dificuldades com a atenção, com a memória ou com o raciocínio e afeta o desempenho acadêmico. As crianças afetadas
podem ser lentas para aprender os nomes das cores ou das letras, para contar ou para aprender a ler e escrever. As crianças fazem uma série de testes acadêmicos e de inteligência administrados por especialistas em aprendizagem e médicos podem aplicar critérios estabelecidos para fazer o diagnóstico. O tratamento envolve um plano de aprendizagem feito sob medida para as habilidades da criança.
Os três tipos comuns de distúrbios de aprendizagem são
Distúrbios da leitura
Distúrbios da expressão escrita
Distúrbios envolvendo a capacidade matemática
As crianças podem nascer com um distúrbio de aprendizagem ou desenvolver um à medida que crescem. Ainda que as causas dos distúrbios de
aprendizagem não sejam completamente conhecidas, elas incluem anomalias dos processos básicos envolvidos na compreensão ou no uso da linguagem falada ou escrita ou do raciocínio numérico ou espacial. As possíveis causas incluem doença da mãe ou
uso de drogas tóxicas pela mãe durante a gravidez
Uso de medicamentos durante a gravidez Mais de 50% das gestantes toma medicamentos com ou sem receita (de venda livre) ou usa drogas sociais (por exemplo, tabaco e álcool) ou entorpecentes em algum momento durante a gestação; além... leia mais , complicações
durante a gravidez ou parto (por exemplo, pré-eclâmpsia
Pré-eclâmpsia e eclâmpsia A pré-eclâmpsia é um novo diagnóstico de hipertensão arterial ou da piora de hipertensão arterial preexistente, que é acompanhada de um excesso de proteína na urina e que surge após a 20ª semana... leia mais ou trabalho de parto prolongado)
e problemas com o recém-nascido no momento do parto (por exemplo, prematuridade
Recém-nascido prematuro O recém-nascido prematuro é aquele bebê que nasceu antes de 37 semanas de gravidez. Dependendo de quando ele nasça, o recém-nascido prematuro terá órgãos subdesenvolvidos que podem não estar... leia mais , baixo peso ao nascimento, icterícia
Icterícia no recém-nascido Icterícia é uma coloração amarela da pele e/ou olhos, causada por um aumento da bilirrubina na corrente sanguínea. A bilirrubina é uma substância amarela formada quando a hemoglobina (a parte... leia mais
Embora o número total de crianças nos Estados Unidos com distúrbios de aprendizagem seja desconhecido, no ano escolar de 2019–2020, 7,3 milhões de estudantes (ou 14% de todos os estudantes de escola pública) entre 3 e 21 anos de idade nos EUA receberam serviços de educação especial sob a Lei federal sobre educação para indivíduos com deficiências (Individuals with Disabilities Education Act, IDEA). Dentre os estudantes que receberam esses serviços de educação especial, 33% (ou cerca de 5% de todos os estudantes) tinham deficiências específicas de aprendizagem. Os meninos com distúrbios de aprendizagem podem superar em número as meninas em uma proporção de cinco para uma, mas as meninas com frequência não são reconhecidas ou diagnosticadas como sofrendo de distúrbios de aprendizagem.
Muitas crianças, principalmente aquelas com problemas de comportamento, se saem mal na escola e são testadas por psicólogos educacionais em termos de distúrbios de aprendizagem. Contudo, algumas crianças com determinados tipos de distúrbios de aprendizagem ocultam bem suas deficiências, evitando um diagnóstico e, por consequência, um tratamento, por muito tempo.
Avaliações educacionais, médicas e psicológicas
Critérios estabelecidos
Crianças que não conseguem ler ou aprender no nível esperado para sua idade devem ser avaliadas. Os médicos examinam as crianças para quaisquer distúrbios físicos capazes de interferir na aprendizagem, incluindo testes de audição e visão. Distúrbios da audição e da visão não devem ser confundidos com distúrbios de aprendizagem.
As crianças fazem uma série de testes de inteligência, tanto verbais quanto não verbais, e testes acadêmicos de leitura, escrita e habilidades matemáticas. Esses testes podem com frequência ser feitos por especialistas na escola da criança a pedido dos pais. Nos Estados Unidos e em outros países, as escolas são obrigadas por lei a aplicar os testes e a oferecer as acomodações adequadas.
Uma avaliação psicológica é feita para determinar se a criança tem problemas emocionais, como ansiedade ou depressão, ou um distúrbio do desenvolvimento, como TDAH, porque esses distúrbios coexistem frequentemente com um distúrbio de aprendizagem e podem piorar a deficiência. Psicólogos perguntam sobre a atitude da criança em relação à escola e relacionamentos e avaliam a autoestima e autoconfiança da criança.
As seguintes áreas são avaliadas, e esses critérios são usados para ajudar a determinar se uma criança tem um distúrbio de aprendizagem:
Leitura
Compreensão do significado de material escrito
Capacidade de soletrar
Escrita (por exemplo, uso apropriado da gramática e pontuação, expressar ideias com clareza)
Entender o que os números significam e a relação entre os números (em crianças mais velhas, fazer cálculos simples)
Raciocínio matemático (por exemplo, uso de conceitos matemáticos para resolver problemas)
Gestão educacional
Às vezes, medicamentos psicoestimulantes
O tratamento mais útil para um distúrbio de aprendizagem é uma educação feita cuidadosamente sob medida para a criança individual.
A lei federal dos EUA sobre educação para indivíduos com deficiências (Individuals with Disabilities Education Act, IDEA) exige que as escolas públicas ofereçam educação gratuita e apropriada para crianças e adolescentes com distúrbios de aprendizagem. A educação deve ser fornecida no ambiente menos restritivo e mais inclusivo possível, ou seja, em um ambiente no qual a criança tenha todas as oportunidades para interagir com outras crianças não afetadas e tenha igual acesso aos recursos da comunidade. A Americans with Disability Act e a Seção 504 da Rehabilitation Act também fornecem acomodações em escolas e outros ambientes públicos.
Medidas como eliminar aditivos alimentares, tomar doses altas de vitaminas e examinar o sistema da criança em busca de traços de minerais foram com frequência tentadas, mas não comprovadas.
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