Conceituação
A palavra “sustentável” provém do latim sustentare (sustentar; defender; favorecer, apoiar; conservar, cuidar). Sustentabilidade nos dicionários está definida como a habilidade, no sentido de capacidade, de sustentar ou suportar uma ou mais condições, exibida por algo ou alguém.
É uma característica ou condição de um processo ou de um sistema que permite a sua permanência, em certo nível, por um determinado prazo.
Mesmo parecendo redundante, em tempos mais recentes esta palavra tornou-se conceito e princípio. O conceito de sustentabilidade começou a ser delineado na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano (United Nations Conference on the Human Environment – UNCHE), realizada em Estocolmo em 1972, e cunhado pela norueguesa Gro Brundtland no Relatório “Nosso Futuro Comum” (1987). De acordo com essa definição, o uso sustentável dos recursos naturais deve “suprir as necessidades da geração presente sem afetar a possibilidade das gerações futuras de suprir as suas”.
Mas afinal, o que é sustentabilidade?
Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos processos econômicos, sociais, culturais e ambientais globais.
Propõe-se uma outra maneira de configurar a civilização e a atividade humana, de tal maneira que as sociedades e as suas economias possam satisfazer as suas necessidades e expressar o seu maior potencial no presente e ao mesmo tempo preservar a biodiversidade, os ecossistemas naturais e a qualidade de vida das pessoas. A ideia é beneficiar e/ou reduzir o impacto em todas as partes envolvidas, através de processos que se mantenham ao longo do tempo por prazo indefinido.
A sustentabilidade abrange vários níveis de organização, desde o local até o planetário e permite que se mude a forma de se relacionar com o meio. Dessa forma, princípios de sustentabilidade podem ser aplicados em um empreendimento, uma pequena comunidade ou até no planeta como um todo.
O termo sustentabilidade rapidamente foi implantado no vocabulário politicamente correto de empresas, organizações da sociedade civil, meios de comunicação de massa, etc. Entretanto, é realmente importante estar atento se o seu uso está de acordo com a sua definição e seus pilares: a atenção às questões sociais, ambientais e econômicas de qualquer empreendimento, comunidade e socidade, como citamos acima.
Existem também diversos artigos acadêmicos relacionados à pertinência da palavra “sustentabilidade” para a difusão de seu conceito. Contudo, nós do LASSU seguimos usando a palavra como parte de nosso posicionamento. Acreditamos ser um ganho a ampla difusão desse conceito nos últimos anos. Contaremos com inovação e cooperação para criar e estimular soluções ainda impensadas. Precisamos ter consistência e coerência para que a prática da Sustentabilidade convença e atraia cada vez mais pessoas. Valorizamos, porém, qualquer estudo e pesquisa relacionada à semântica do tema da sustentabilidade.
A palavra “Sustentabilidade” é relativamente nova. Esse termo surgiu em 1992, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) colocou oficialmente a sustentabilidade na agenda global – e de uma maneira nunca feita antes. Em outras palavras, significa que pela primeira vez foi criado um programa detalhado direcionado aos governos de todo o mundo, com uma lista de atividades que visavam a proteção e renovação dos recursos ambientais.
A conta é simples: a sociedade precisa se
desenvolver e é necessário haver recursos naturais suficientes para isso.
O termo pode ser recente, mas a prática é antiga. O conceito de desenvolvimento sustentável faz parte de uma história que começou no final do século XVII, onde países europeus que faziam uso intenso da madeira para construir os navios, passaram a inventar maneiras de gerenciar esses recursos, resguardando a matéria-prima pra usos futuros.
Apesar do assunto estar em pauta há mais de 200 anos, foi somente com a “Agenda 21” em 1992, termo oficial que colocou sustentabilidade entre as prioridades da ONU, que a discussão em torno das ações sustentáveis ganhou novos cenários, chegando finalmente nas salas de reuniões corporativas.
O sociólogo e escritor britânico John Elkington foi o primeiro a falar de sustentabilidade no âmbito dos negócios e a considerá-la como parte de um tripé, adicionando às discussões ambientais o viés econômico e social. O “Triple Bottom Line”, expressão que traduz a teoria de Elkington, define que, para ser sustentável, uma organização ou um negócio deve ser financeiramente viável, socialmente justo e ambientalmente responsável.
Crédito para foto: Ilustração
Para ser sustentável, uma organização ou um negócio deve ser financeiramente viável, socialmente justo e ambientalmente responsável.
O avanço tecnológico, a facilidade em estabelecer conexões e a rapidez da informação, também contribuíram para formar um quadro onde a sustentabilidade deixasse de estar ligada única e exclusivamente às questões ambientais. O bombardeio diário de informações sobre taxas, índices, participações, alianças, etc. que associam as empresas à ações sustentáveis, faz com que o consumidor fique atento aos detalhes mais subjetivos no momento de optar pela empresa que irá atendê-lo. A relação da companhia com o meio ambiente, com a economia e, especialmente, com o próximo, tem uma importância ímpar para a sociedade.
Esse novo cenário exigiu uma nova forma de fazer negócio. Antes de comprar o que você vende, as pessoas precisam acima de tudo acreditar no que você tem a dizer.
Foi o caso da TOMS, marca argentina de alpargatas criada pelo americano Blake Mycoskie, que trabalha sob o lema “One for One” (um por um): para cada alpargata vendida, uma é distribuída a uma criança com
necessidades. A filosofia de Blake é simples: ao incorporar uma ação sustentável em seu próprio negócio, os seus consumidores se tornam mais leais, porque querem compartilhar a história e fazer parte de uma missão. Com mais de dois milhões de sapatos distribuídos a crianças com necessidades por todo o mundo, a empresa fez história e dobrou seu faturamento, aumentando a sua linha para sapatos de salto alto, bailarinas, botas e óculos de sol.
Crédito para foto: Blog TOMS SHOES
(www.toms.com/stories)
TOMS SHOES e o “One for One” (um por um): para cada alpargata vendida, uma é distribuída a uma criança com necessidades.
Com objetivo de promover a acessibilidade e desenvolver projetos em prol de um futuro mais justo, a UNIPRIME NORTE DO PARANÁ lançou recentemente as Linhas de Crédito Socioambientais Uniprime, com vantagens financeiras para o cooperado que planeja iniciar ou ampliar sua atuação em projetos responsáveis com ênfase Ambiental e Social. "As novas linhas de crédito é a contribuição da Uniprime para os cooperados que planejam crescer sem abrir mão do compromisso com as pessoas e com o meio ambiente", explica Dr. Jayr Paula Gomes Gonçalves, Diretor Financeiro da Uniprime.
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