* respondido por Vivien Chivalski, facilitadora do Instituto PassadoriHá vários ditados populares conhecidos e comuns. Nem todos são sempre bons conselheiros: “na vida, nada se cria, tudo se copia”; “em time que está ganhando, não se mexe”. Quando o assunto é língua portuguesa no ambiente de trabalho, isso pode gerar confusão ou erro. No dia a dia, vemos frases e expressões que, por parecerem bonitas, certas ou fáceis, são usadas e copiadas em e-mails, relatórios. Aí está o problema – essas estruturas costumam ser modismos, vícios ou incorreções. Aqui estão alguns desses maus exemplos: Junto a: é bem comum vermos frases como “Solicite junto à secretaria a segunda via dos documentos”. As locuções “junto a, junto de” são sinônimas e significam "perto de", "ao lado de". Não cabem na frase acima. Prefira: “solicite à secretaria segunda via dos documentos”. Para você lembrar, não desconte cheques junto ao banco e sim com o banco. Não renegocie uma dívida junto aos credores e sim com os credores. Evite empregar a expressão “junto a” em lugar de com, de, em e para. Assim, em lugar de “conseguimos apoio junto à equipe” escreva “conseguimos apoio da equipe”. Dica fácil O mesmo, a mesma: não use a palavra "mesmo" para substituir pronome ou substantivo, como referência a algo ou alguém. A intenção é boa – evitar a repetição de palavras – o resultado, contudo, é uma incorreção gramatical. A frase “O cliente está ciente dos impostos e o mesmo deverá pagá-los em breve” é um exemplo do mau uso da palavra. Escreva apenas “o cliente está ciente dos impostos e deverá pagá-los em breve”. Dica fácil Por conta de: É modismo, invenção. Frases como “brigaram por conta de divergências na administração da empresa” ou “está triste por conta dos últimos problemas” são exemplos do uso indevido da expressão “por conta de”. Trata-se de uma construção um pouco esnobe e forçada. Não há razão para complicar o simples. Há formas conhecidas que a substituem plenamente: “está triste devido aos últimos problemas”, “está triste por causa dos últimos problemas”. Fácil assim. Ao escrever, fique atento para não cair nessas armadilhas. Nem sempre o mais usado ou aquilo que parece bonito é correto. *Vivien Chivalski – facilitadora do Instituto Passadori - Educação Corporativa |