Com número elevado de mão de obra e dinheiro em caixa, devido ao lucro da cafeicultura, a Região Sudeste logo se tornou a área mais industrializada e de maior concentração de população do país. Região Sudeste - a mais industrializada do país A construção da Rodovia Anchieta e a existência da Estrada de Ferro Santos - Jundiaí, que já em 1938 ligava São Paulo ao Porto de Santos, agilizou as importações e exportações. Rodovia Anchieta, inaugurada em 1947 Rodovia Anchieta, dias atuais Atualmente, o Porto de Santos é o maior porto do país. Imagem aérea do Porto de Santos Ao longo dessas importantes vias, surgiu o chamado o ABCD paulista. A sigla vem das quatro cidades que originalmente formavam a região, sendo: Santo André (A), São Bernardo do Campo (B), São Caetano do Sul (C) e Diadema (D). Atualmente é chamado de Região do Grande ABC. Mapa dos municípios da Região do Grande ABC As indústrias instaladas nas três maiores cidades do país, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, são bastante diversificadas. Como em várias outras cidades da Região Sudeste, fabricam alimentos, aviões, equipamentos elétricos, eletrônicos, navios, automóveis, etc. Indústrias automobilísticas na Região Sudeste do Brasil O Estado do Espírito Santo é o segundo maior produtor nacional de petróleo Como referenciar: "Industrialização da Região Sudeste" em Só Geografia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2007-2022. Consultado em 15/11/2022 às 02:37. Disponível na Internet em http://www.sogeografia.com.br/Conteudos/GeografiaFisica/Brasil/regiaosudeste_historia2.php :: Atrelada ao contexto histórico do Brasil, a atividade cafeeira pode ser considerada "a primeira atividade mercantil não colonial" , implantada no seio de um Estado nacional recém-criado. Essa atividade assistiu o processo de diversificação da estrutura social, acompanhada do surgimento da vida urbana em razão do desenvolvimento, bem como as transições nas relações de trabalho e impetração de leis.
A transposição da mão-de-obra negra que até então representava um custo nulo para o latifúndio, para a mão-de-obra imigrante que exigiu grande volume de capital de giro para a sua sustentação, colaborou para a consolidação do Sistema Financeiro Nacional, implantado pela Família Real Portuguesa em 1808. A necessidade de um sistema que financiasse a produção e toda a sua infra-estrutura, passou a ser ainda mais importante quando a figura do comissário perdeu sua importância e a do exportador, geralmente agente de grandes empresas estrangeiras, passou a ter nas mãos, o poder de comprimir os preços do produto. Os recursos, em sua maioria oriundos de empréstimos realizados junto à bancos estrangeiros, foram fundamentais para a instalação de ferrovias, modernização dos portos brasileiros, abertura de estradas, pontos de beneficiamento. Entretanto, trouxe consigo, a ilusão do "dinheiro fácil" , que culminou em problemas que vão desde a desorganização do sistema bancário - que permitia a emissão de moeda em cada casa bancária sem a existência de lastro, aliada aos déficits orçamentários, deflagrando assim a endemia chamada inflação, até o abandono das lavouras de subsistência e aumento da importação de alimentos, já que os agricultores visando os lucros atrativos do café, deixaram de lado as demais culturas. ----------------------------------------------------------- 2LANNA, Ana Lúcia Duarte. O Café e o Trabalho "livre" em Minas Gerais - 1870/1920. Revista Brasileira
de História: São Paulo. V. 6, p. 73-88, 1986. :: Graças aos recursos das exportações, que no final do século XIX respondia por cerca de 80% das receitas de nossa balança comercial, importância essa que manteve seu auge até o final da Segunda Guerra Mundial (1938-1945), o café proporcionou a sustentação do aparelho político e administrativo do Regime Republicano, além de ter sido o fornecedor de recursos para a instalação do parque industrial nacional. O café sem dúvidas atuou "como elemento dinamizador da economia na medida em que gerou um capital excedente investido em outros setores que não o agrícola, e na medida, ainda, em que criou um mercado consumidor para novos produtos" , mesmo que nesse caso alguns estudiosos considerem que essa transferência de recursos tenha ocorrido em razão da necessidade de frear a sua expansão, evitando-se assim o risco da superprodução.
Como a cultura cafeeira contribuiu para o desenvolvimento industrial da região Sudeste?A produção cafeeira tornou-se o carro-chefe da economia nacional e impulsionou a estruturação econômica, política e social do estado de São Paulo, com o desenvolvimento da malha ferroviária, melhoramento de portos, configuração do comércio regional e proporcionando acúmulo de capitais.
Como a cafeicultura contribuiu para a industrialização?O Café contribuiu no processo de Industrialização no Brasil ao promover o desenvolvimento econômico, a infraestrutura e a urbanização da região Sudeste, possibilitando a implementação das Indústrias durante a Era Vargas.
Qual a importância da cafeicultura para a produção do espaço geográfico da região Sudeste?O café modificou profundamente o espaço geográfico da Região Sudeste, dinamizando a economia, promovendo o crescimento das cidades (intensificando a urbanização), estimulando a construção de ferrovias para escoar a produção, ampliando as migrações internas e de estrangeiros e as casas comerciais.
Quais fatores históricos contribuíram para o desenvolvimento econômico da região Sudeste?Aspectos históricos e geográficos favoreceram o posicionamento da Região Sudeste na economia nacional, pois a área foi povoada desde o início do processo colonial. O Rio de Janeiro, por exemplo, foi capital do País de 1763 a 1960, atraindo funcionários públicos e instituições para esta cidade.
|