De euronews com Lusa, RecordTv • Últimas notícias: 22/03/2022 Show tv record - Direitos de autor AP Photo Pelo menos cinco pessoas morreram e quatro estão desaparecidas na cidade brasileira de Petrópolis, que voltou a ser atingida por fortes chuvas no domingo, segundo a Defesa Civil do estado do Rio de Janeiro e o Corpo de Bombeiros. O último boletim divulgado nesta madrugada pelos ‘media’ locais informa que Petrópolis registou mais de 95 ocorrências entre deslizamentos e inundações desde a tarde de domingo e a previsão é que a chuva forte pode se estender até à noite de hoje. Esta é a segunda tragédia consecutiva provocada pela chuva neste município brasileiro em 2022. Na tarde do dia 15 de fevereiro, a cidade foi atingida por um grande temporal que provocou deslizamentos de terra e alagamentos em vários pontos destruindo edifícios, casas e veículos que foram arrastados pela força das águas para dentro dos rios. O desastre deixou 233 mortos e quatro desaparecidos e mobilizou o país. A cidade não se recuperou daquela chuva e ainda procura pelos corpos dos desaparecidos e tenta encaminhar as centenas de desalojados. Petrópolis, uma estância turística com muitos monumentos que remontam à época em que era a residência de verão da corte imperial brasileira no século XIX, já tinha sofrido tragédias semelhantes em 1988 (171 mortos) e 2013 (33 mortos). Em 2011, fortes tempestades mataram mais de 900 pessoas em toda a região montanhosa a norte do Rio de Janeiro, que inclui Petrópolis, mas também Teresópolis, Itaipava e Nova Friburgo. A chuva extrema também afetou outras partes do Brasil nos últimos meses, com dezenas de mortes nos estados da Bahia (nordeste), Minas Gerais (sudeste) e São Paulo (sudeste). Band Rio Há relatos de localidades em risco iminente de novos desmoronamentos; temporais de fevereiro deixaram 233 mortosChuva volta a preocupar moradores de Petrópolis, 7 meses depois de tragédia Reprodução Na madrugada da última terça-feira (27), uma casa foi interditada depois de ter sido atingida por uma pedra, no bairro Nova Cascatinha. A rocha atingiu a garagem do imóvel e dois veículos foram danificados. Ninguém ficou ferido. De acordo com o meteorologista Marcio Cataldi, em Petrópolis, as chuvas não serão tão fortes como foram em fevereiro. Ele afirmou que os riscos de deslizamentos são menores, pois o solo não está tão úmido, mas há chances de inundações. Segundo o meteorologista, as chuvas mais preocupantes começam em novembro. O Instituto Nacional de Meteorologia publicou um aviso na última terça-feira (27) anunciando que as chuvas vão ficar entre 30 a 60 mm/h ou 50 a 100 mm/dia. Além disso, informou que há risco de alagamentos, deslizamentos de encostas e transbordamentos de rios, em cidades com tais áreas de risco. O Ministério Público vai pedir uma segunda opinião à equipe de peritos e ao Departamento de Recursos Minerais do Estado do Rio sobre a reavaliação da região. O orgão lembra do mapa de risco feito pela Defesa Civil em que contemplava o bairro Alto da Serra e questiona o fato de nenhuma obra de mitigação ter sido realizada na área.
*Sob supervisão de Natashi Franco Como ficou Petrópolis depois da tragédia?Seis meses após a tragédia que deixou 241 mortos, pouca coisa mudou em Petrópolis, na Região Serrana do Rio. Mais de 7 mil imóveis continuam interditados. Obras consideradas essenciais não saíram do papel e, sem o pagamento do aluguel social, muitas pessoas voltaram a morar em áreas de risco.
Quando aconteceu a tragédia de Petrópolis 2022?As enchentes e deslizamentos de terra em Petrópolis, cidade localizada na Região Serrana no estado do Rio de Janeiro, Brasil, ocorreram no fim da tarde e na noite de 15 de fevereiro de 2022. Foram 775 deslizamentos de terra em toda a cidade, além de diversas ruas alagadas.
|