Como o cristianismo contribuiu para o fim do Império Romano explique?

Como o cristianismo contribuiu para o fim do Império Romano explique?

Nesta quinta(14) a Band exibe mais um episódio da série ROMA. Um verdadeiro sucesso de público e crítica em todo o mundo.

Hoje considerada a religião com o maior número de adeptos no mundo, o cristianismo teve sua origem no meio do império romano. A região da Judeia (corresponde a Israel e Palestina hoje) era um dos territórios ocupados pelos romanos, fora conquistada por Pompeu em 63 a.C.

Durante muitos anos essa terra foi pretendida por muitas pessoas, vários grupos judaicos moravam na região. E nesse ambiente, durante o reinado de Augusto, nasceu Jesus, um judeu que se dizia filho de Deus e que com os anos ganhou muitos seguidores.

Depois da sua morte, o número de devotos desse Messias foi aumentando cada vez mais com o passar dos anos.

O cristianismo era proibido no início do império romano. Vários imperadores, como Marco Aurélio, Décio, Valeriano e Diocleciano, ordenavam perseguições aos cristãos que eram assassinados de diversas maneiras.

Com o passar dos anos, a elite romana foi tomando o gosto da religião. Depois de três séculos de perseguição, o primeiro imperador cristão foi Constantino, que assumiu o cargo no ano 306. Constantino deu o primeiro passo a aceitação dos cristãos em 313, com o Édito de Milão, que instituía uma tolerância religiosa no império.

A religião se tornou oficial no império anos depois, com o imperador Teodósio I, em 380. E com o passar do tempo a igreja foi se tornando mais poderosa, conseguindo até acabar, séculos depois, com as tão populares lutas de gladiadores, famosas desde o início de Roma.

A série ROMA vai ao ar nesta quinta(14) as 00h25. Confira a sinopse do episódio.

Ano II / Episódio 07
A MÁSCARA DA MORTE
(Death Mask)

Antonio coloca em risco sua aliança com Otaviano. Timão e Levi decidem-se quanto aos planos de Herodes. Enquanto isso, Voreno suspeita do repentino interesse de Pullo por sua filha.

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Como o cristianismo contribuiu para o fim do Império Romano explique?

Heitor Neves

Desagregação é o termo que os historiadores utilizam para explicar a queda do Império Romano, que aconteceu em 476 d.C., quando o último imperador romano, Rômulo Augusto, foi destituído por Odoacro, rei do povo germânico hérulo. A parte ocidental do império foi ocupada pelos germânicos, e a parte oriental continuou existindo sob o nome de Império Bizantino.

Crise do Império Romano

A crise do Império Romano iniciou-se a partir do século II-III d.C. Marcaram esse período a crise econômica, a corrupção, os sucessivos golpes e assassinatos realizados contra imperadores e, como elemento final, as invasões germânicas.

O século III foi marcado por uma grande sucessão de imperadores, o que evidenciou a instabilidade desse período, pois, em um período aproximado de 50 anos, o Império Romano teve cerca de 16 imperadores – muitos deles mortos após conspirações.

Além disso, o fim da expansão territorial romana afetou fortemente a economia. A partir do século II, o Império Romano passou a priorizar a manutenção do gigantesco território conquistado. Isso afetou diretamente o sistema escravista, que era sustentado a partir dos prisioneiros de guerra levados ao Império como escravos. A crise do sistema escravista foi ampliada na medida em que os povos conquistados recebiam o direito à cidadania romana.

Esse contexto desencadeou uma crise econômica em razão da diminuição da produção agrícola e do encarecimento dos alimentos. O encarecimento dos alimentos gerou fome, e revoltas aconteceram em determinadas regiões. Além disso, essa crise econômica afetou diretamente a manutenção dos exércitos localizados nos limes, as fronteiras do Império Romano.

Germânicos

A crise econômica resultou na diminuição do contingente militar romano e, assim, as fronteiras tornaram-se vulneráveis aos ataques estrangeiros. As fronteiras sempre foram ameaçadas por povos estrangeiros, mas, a partir do século II, essa ameaça acentuou-se e, no século V, tornou-se insustentável com o fluxo migratório dos germânicos.

Os povos germânicos eram chamados de “bárbaros” pelos romanos por não compartilharem a mesma cultura e por não falarem latim. Eles habitavam regiões ao norte e leste das fronteiras do império, que eram chamadas de Germânia pelos romanos. Além disso, parte dos povos germânicos – em sua maioria, pagãos – converteram-se ao cristianismo arianista, que havia sido condenado pela Igreja Católica como heresia. Isso contribuiu para que a rivalidade entre romanos e germânicos aumentasse. O arianismo era uma interpretação teológica do Cristianismo que negava a divindade de Jesus Cristo.

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As invasões germânicas, em geral, são explicadas pelo resfriamento climático e pelo aumento populacional, o que criou uma necessidade por melhores terras para garantir a sobrevivência. Por essa razão, partes do Império Romano (Gália e Península Ibérica) já haviam sido invadidas desde o século III.

O principal motivo levantado pelos historiadores para explicar a grande migração germânica do século V foi a chegada dos hunos – um povo nômade que havia migrado desde as estepes da Ásia Central. Por onde chegavam, os hunos traziam pânico, e muitos povos escolhiam fugir da presença huna. A chegada dos hunos causou a migração de dois povos para as terras ocidentais do Império Romano: ostrogodos e burgúndios.

Em 410, a cidade de Roma foi saqueada pelos visigodos e, a partir daí, uma sucessão de povos invadiu as terras romanas: alanos, suevos, vândalos, alamanos, jutos, anglos, saxões, hunos, francos etc. Todos esses povos, ao perceberem o enfraquecimento da parte ocidental do Império Romano, instalaram-se nas terras e criaram novos reinos. Muitos deles foram absorvidos por outros a partir da guerra.

O Império Romano do Ocidente agonizou até 476, quando a cidade de Roma foi invadida pelos hérulos e o último imperador romano foi destituído. O estabelecimento dos povos germânicos nas antigas terras romanas levou ao surgimento de novos reinos, que originaram as nações modernas da Europa. As transformações que aconteceram nesse processo resultaram na formação das características que definiram a Europa no auge do período medieval.


Por Daniel Neves
Graduado em História

Qual o papel do cristianismo para o fim do Império Romano?

5. Crescimento do cristianismo. O surgimento do cristianismo, uma religião monoteísta, aumentou a crise de identidade pela qual passava o Império Romano. Os cristãos foram considerados ilegais até o em 313 d.C. o Édito de Milão, quando o Imperador Constantino decretou o fim da perseguição.

Qual foi a importância do cristianismo no Império Romano?

Essa crença foi a responsável pela formulação de uma nova religião, que, embora tenha sido perseguida e oprimida, garantiu aos poucos, e com o passar do tempo, a adesão de muitos fiéis e se espalhou por todo e Império Romano e, posteriormente, por todo o Ocidente.

Quais foram os motivos que levaram à queda do Império Romano?

A extensão do Império romano, o enfraquecimento do poder militar, problemas económicos, corrupção e instabilidade política e social e as invasões bárbaras, foram as principais causas da queda do Império Romano do Ocidente. O império romano foi substituído por uma nova realidade política, económica e social.

Qual é a relação entre o cristianismo e a crise do Império Romano?

O cristianismo também pode ser levantado como razão para explicar a crise do Império Romano, pois, à medida que o número de fiéis cristãos aumentava, a figura do imperador enfraquecia e deixava de receber a adoração religiosa que possuía anteriormente.