Como ocorre o processo de transformação dos alimentos no organismo?

Você já parou para imaginar o que acontece com o alimento que ingerimos depois que ele passa pela garganta? Como nosso corpo aproveita esse alimento? Dois processos devem ocorrer perfeitamente para que nosso organismo utilize os nutrientes da melhor maneira possível: a digestão e o metabolismo. Leia este ARTIGO e saiba mais.

Digestão

A digestão é a transformação do alimento que ingerimos em algo que seja assimilável pelo nosso organismo. O processo consiste em duas etapas: a digestão mecânica e a digestão química.

Digestão Mecânica

Na digestão mecânica, o alimento é mastigado e reduzido a pequenos pedaços que, com o auxílio da língua e dos dentes e facilitado pelo contato com a saliva, passa pelo tubo digestivo.

Ao chegar ao esôfago, já na forma de bolo alimentar, o alimento é conduzido mediante movimentos involuntários deste órgão para o estômago, onde irá começar seu processo de digestão química.

Digestão Química

É nessa etapa que enzimas presentes no suco digestivo irão transformar a composição química do alimento, reduzindo-os a partículas menores (alguns alimentos como a água, sais minerais e vitaminas, exceto a B12, não sofrem alteração).

No entanto, macromoléculas como os lipídios, as proteínas e os carboidratos devem ser transformados em moléculas menores e menos complexas.

  • Proteínas são transformadas em péptidos, polipéptidos e aminoácidos;
  • Lipídios em ácidos gordos e glicerina;
  • Carboidratos em açúcares simples (glicose, frutose e galactose).

Metabolismo

Muitas pessoas relacionam o metabolismo somente com as ações de engordar ou emagrecer. No entanto, é muito mais do que isso. Podemos dizer que metabolismo é o conjunto de transformações moleculares que ocorrem no nosso organismo.

Logo, a relação que se faz com o ganho e a perda de peso não é de todo errada, pois se refere a capacidade e a velocidade que o corpo tem de, entre outras coisas, queimar gordura. Dividimos as reações metabólicas em dois tipos:

Catabolismo

A reação catabólica é a que ocorre a quebra ou desconstrução de moléculas. A energia resultante da quebra de glicose ou de gordura é aproveitada pelo nosso organismo. Outro exemplo desse tipo de reação é a transformação de proteínas em aminoácidos.

Anabolismo

A reação anabólica é, ao contrário da catabólica, a que que sintetiza moléculas maiores a partir de percursoras menores. Para que ocorra, essa reação gasta energia e pode ser caracterizada pelo acúmulo de gordura e pela própria síntese de proteínas a partir de aminoácidos.

Potássio

O potássio é uma substância que tem papel fundamental na manutenção de uma boa digestão e de um bom metabolismo. O déficit ou o acúmulo de potássio no organismo pode causar uma série de complicações para a saúde, por isso, é recomendado que se faça um exame de sangue que calcule os níveis de potássio com certa frequência para manter as funções do corpo atuando normalmente.

Referências

http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/digestao-passo-passo

https://www.infoescola.com/bioquimica/metabolismo/

http://anaterranutri.blogspot.com/2012/08/metabolismo-e-digestao.html

https://www.todamateria.com.br/digestao/

A digestão é o conjunto das transformações químicas e físicas que os alimentos orgânicos sofrem ao longo de um sistema digestivo, para se converterem em compostos menores hidrossolúveis e absorvíveis. Por isso, a digestão inclui processos mecânicos, químicos e absortivos.

O início do processo digestivo se dá na boca, com a mastigação. Trata-se da acção mecânica da digestão que se inicia com a trituração dos alimentos na boca, e continua através de todo o tracto intestinal, por meio dos diversos movimentos peristálticos.

Nesta altura, através da acção de mastigação e da humidificação (com a ajuda da ptialina, enzima contida na saliva), os alimentos transformam-se em bolo alimentar. Dá-se de seguida a deglutição (acto de engolir) através da faringe e daí para o estômago, através do esófago. O bolo alimentar é empurrado pelo esófago por meio dos movimentos peristálticos, que nada mais são que contracções musculares.

Quando o bolo alimentar chega ao estômago sofre a acção química do suco gástrico (que contem pepsina), transformando-se em quimo. O quimo segue então para a região pilórica, atravessa o duodeno onde recebe os sucos intestinais e o suco pancreático que, com a ajuda de enzimas, decomporão ainda mais a massa alimentar, transformando-a em quilo, e entra no intestino delgado. Aqui, pelo efeito dos movimentos peristálticos do intestino, o quilo vai sendo empurrado em direcção ao intestino grosso, enquanto vai ocorrendo a absorção dos nutrientes, com a ajuda das vilosidades intestinais. A parte que não é aproveitada do quilo é, finalmente, evacuada pelo ânus sob a forma de fezes e chegamos ao final do processo digestivo.

A transformação dos alimentos

Ao longo do tubo e processo digestivo os alimentos são transformados por acção de fenómenos mecânicos e químicos que, no seu conjunto, constituem a digestão. Para executar estas transformações, o aparelho digestivo realiza três tipos distintos de actividades, que tornam máximo o aproveitamento dos nutrientes: secreção, movimento e absorção.

A digestão recebe o contributo de agentes que são produzidos por alguns dos órgãos que constituem o aparelho digestivo, ou então segregados por glândulas secretoras que lhes estão associadas e que, pela sua natureza, auxiliam a transformação dos alimentos em entidades químicas mais simples (secreção). A esta acção de ataque químicos também se associam, ao longo do trajecto do tubo digestivo, vários outros efeitos mecânicos que resultam da contracção das paredes de alguns órgãos que o constituem. Por exemplo, o estômago, ao contrair-se de forma própria, mistura o seu conteúdo com grande eficiência, e o esófago e o intestino delgado contribuem, com as suas contracções, para o avanço dos materiais ao longo do percurso (movimento).

As substâncias simples da nossa dieta, como a água, os sais minerais e as vitaminas (excepto a vitamina B12), podem ser absorvidas ao longo do tubo digestivo sem sofrerem transformações. Contudo, as macromoléculas, como proteínas, gorduras e hidratos de carbono, têm de ser transformadas em moléculas pequenas e menos complexas para serem absorvidas.

Por isso, as proteínas são desdobradas em polipéptidos, péptidos e aminoácidos. Os hidratos de carbono são transformados em açúcares simples (monossacarídeos) como a glicose, a frutose e a galactose, entre outros. As gorduras são parcialmente separadas em ácidos gordos e glicerinas.

Todo o tubo digestivo se encontra revestido internamente por muco em todo o seu comprimento. Este muco actua como lubrificante (facilitando o movimento dos alimentos) e ao mesmo tempo protege o epitélio do tubo digestivo contra lesões mecânicas produzidas pelos alimentos.

Por outro lado, o estômago secreta um ácido (clorídrico e pepsinogénio) cuja principal função é fornecer protecção contra colonizações de bacterianas indesejáveis e activar o pepsinogénio .

Sabia que:
- O comprimento dos intestinos é de pelo menos 7,5 metros nos adultos;
- Mastigar comida demora entre 5 e 30 segundos;
- Engolir demora cerca de 10 segundos;
- A comida pode andar às voltas no estômago durante 3 a 4 horas;
- A comida demora 3 horas a atravessar o intestino;
- Durante uma vida, o sistema digestivo aguenta com 50 toneladas de comida.

Conselhos para uma melhor digestão

1. Escolha alimentos "leves"

Certos alimentos são mais fáceis de digerir que outros. Quanto mais rica em gorduras for uma refeição, mais demorada será a sua digestão. As refeições ditas "pesadas" requerem uma maior produção de suco gástrico para a digestão, o que pode provocar ardor em pessoas mais sensíveis. Além disso, é frequente sentirmo-nos cheios, sonolentos e pouco activos, após este tipo de refeições.

2. Mastigar bem os alimentos

Quanto melhor mastigarmos os alimentos, mais facilitada estará a digestão no estômago. Se pelo contrário, o estômago receber pedaços de alimentos demasiado grandes, este necessitará de produzir maior quantidade de ácido gástrico e de mais tempo para digerir os alimentos, antes de seguirem para o intestino. Por isso, uma boa mastigação limita a produção de ácido gástrico e estimula os receptores sensoriais, que dão o sinal de arranque para a produção das secreções digestivas - preparando o tubo digestivo para a recepção dos alimentos.

3. Beber água suficiente

Recomenda-se entre 1,5 L a 2 L ou 8 a 10 copos de água por dia. Uma hidratação adequada, além de manter o equilíbrio de todas as reacções físicas e químicas do nosso organismo, facilita a eliminação de toxinas pelos rins e ajuda a prevenir a prisão de ventre.

As águas minerais com gás podem ajudar a digestão, em caso de estômago "pesado". O chá e as infusões também podem estimular a digestão. Tenha atenção ao café muito forte ou em excesso, pois este pode provocar irritação das mucosas gástricas em pessoas mais sensíveis.

4. Preserve a sua flora intestinal

O nosso intestino é habitado por milhões de bactérias de várias espécies - a que se dá o nome de flora intestinal. Esta é indispensável ao funcionamento do intestino e à manutenção de um trânsito intestinal normal. Desta forma, prefira os alimentos que têm um melhor impacto na flora intestinal São exemplo, as fibras que se encontram naturalmente em frutas, vegetais e cereais, tais como, bananas, cebolas, alho, espargos, alho-francês, tomate, trigo e cevada.

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Como ocorre a transformação dos alimentos em nosso organismo?

No sistema digestivo humano, o alimento ingerido percorre vários órgãos, como a boca, a faringe, o esôfago, o estômago, os intestinos delgado e grosso e, por fim, o ânus. Nesse processo, a comida sofre transformações mecânicas e químicas até que esteja preparada para ser absorvida pelas células.

Onde começa o processo de transformação dos alimentos?

O nosso sistema digestivo é formado pela boca, esôfago, estômago, intestino e ânus. Nossa digestão começa na boca, pois nela há alguns elementos que auxiliam na digestão, como a língua, os dentes e as glândulas salivares.