Como saber se um sentimento é recíproco?

Entenda verdadeiramente o que significa amor recíproco e qual a sua importância para os nossos relacionamentos.

Reciprocidade, uma palavra que representa muito bem a retribuição, o devolver o bem com o bem. Quando se trata de relações humanas, o amor recíproco se mostra como a base fundamental para a criação de laços poderosos, em que há cumplicidade, entrega, apoio, compartilhamento.

Sem reciprocidade os relacionamentos entram em desequilíbrio, porque é exatamente o doar e o receber que os torna equilibrados e sólidos. Continue a leitura para prosseguir com a reflexão e entender melhor o que é o amor recíproco e qual a sua importância.

O amor recíproco é a base dos relacionamentos

Os relacionamentos prosperam quando as pessoas envolvidas se doam uma à outra, demonstrando o que sentem, oferecendo apoio, enfim, compartilhando tanto os momentos de alegria quanto os desafiadores. É essa a essência do amor recíproco, compartilhar, trocar, agregar.

Pense bem, se nunca viveu isso, talvez já tenha presenciado com pessoas conhecidas relacionamentos em que apenas uma parte está realmente disposta a fazer as coisas darem certo. E isso não se aplica apenas a namoros ou casamentos, mas também às amizades.

Quando apenas uma pessoa se doa, sem receber qualquer retribuição, ela se frustra e sente como se estivesse vivendo o relacionamento sozinha, o que, de alguma forma, está. Afinal, mesmo que conte com uma companhia física, emocionalmente está só. E nenhum ser humano merece viver algo assim, se dedicar a uma relação em que não há reciprocidade.

John Lennon, que costumava falar muito sobre o amor em suas composições, comparou o sentimento a uma planta preciosa, que não pode ser simplesmente deixada de lado, mas sim que precisa ser regada, cuidada, nutrida. E o amor é realmente isso, é um sentimento vivo porque é humano e, assim como nós, precisa de certos cuidados.

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5 Perguntas sobre amor recíproco para fazer a si mesmo

O autoquestionamento é uma ferramenta poderosa para se conhecer melhor e entender diversas áreas da vida, como, por exemplo, verificar se há reciprocidade nos seus relacionamentos. Leia cada uma das perguntas a seguir a responda-as a si mesmo com total sinceridade, considerando a relação que deseja analisar.

1 – Essa pessoa o apoia emocionalmente? Seja ajudando a superar um momento delicado ou encorajando você a realizar algo que gostaria?

2 – Ela está ao seu lado em momentos marcantes da sua vida?

3 – Você sente que pode ser totalmente honesto com essa pessoa, mesmo que o que disser possa gerar um conflito?

4 – Ela inspira você de alguma maneira, seja por suas palavras ou atitudes?

5 – Você sente que essa pessoa se preocupa contigo e deseja o seu bem?

Não há pontuação para as perguntas e nem um resultado padrão, porque a intenção é apenas gerar reflexão. Também é preciso consultar a intuição, que é um importante termômetro quando se trata de sentimentos, afinal, costumamos sentir de alguma forma quando nos doamos e a retribuição não vem.

O que fazer quando o amor não é recíproco?

A reciprocidade é muito bonita, mas precisamos falar de quando ela não acontece e é importante dizer que isso é muito comum. Entretanto, o fato de ser comum não torna a situação menos dolorosa, porque é sofrido para nós, seres humanos, não sermos correspondidos. O sentimento de rejeição dói tanto que, em alguns casos, se torna uma dor física.

A boa notícia é que, como tudo na vida, isso passa, porque a vida é feita de ciclos, nada permanece igual para sempre. Por mais que pareça que o sofrimento de um amor não correspondido nunca irá passar, ele vai. A dor se transforma, se torna aprendizado e nos deixa mais fortes.

Entretanto, para que isso aconteça, é preciso reconhecer que está em uma relação em que não há equilíbrio, em que se está doando sem receber nada. Existem pessoas que mentem para si mesmas por medo de perderem quem ama, se submetendo a algo doloroso por medo de sofrerem uma dor que consideram maior.

Fazendo isso, abrem mão de um remédio que dói, mas resolve o problema, como uma injeção, preferindo sofrer pequenas dores diárias, sem perspectiva de melhora. Por esse motivo, o melhor a fazer ao perceber que um sentimento não é recíproco, é resolver a situação, o que, na grande maioria dos casos, significa colocar um ponto final.

É preciso destacar que não há problema algum em não conseguir retribuir o amor do outro. Afinal de contas, não escolhemos por quem nos apaixonamos, entretanto, devemos tomar cuidado para não brincarmos com os sentimentos do outro e não o submeter a uma relação em que ele apenas doa e não recebe nada em troca.

Falar sobre reciprocidade é preciso

A reciprocidade é um assunto que deve fazer parte das conversas entre amigos e casais, até mesmo para que acertem as expectativas que um possui em relação ao outro e se evite a frustração. Ninguém consegue fingir por muito tempo que ama, que se importa, que deseja retribuir todo o sentimento que recebe.

Existem casos em que a pessoa que não consegue retribuir sente medo de magoar a outra e, por isso, prefere seguir como está. Mas a realidade é que, fingindo, já irá magoá-la, mesmo que ela demore um pouco a perceber, isso já estará acontecendo.

Quando não conseguir sustentar a reciprocidade, use a empatia, se coloque no lugar da outra pessoa e seja sincera com ela. Evite que o medo de magoar alguém te leve a tornar a mágoa ainda maior, porque, quanto mais tempo passar, mais ela irá amar, se doar, se acostumar com a sua presença. A sinceridade é a maior prova de respeito e consideração que se pode dar a alguém, lembre-se sempre disso.

Se você é a pessoa que não teve seu amor retribuído, acalme-se, em algum momento isso irá acontecer com outro alguém. Até lá, cuide de você, alimente sua alma, valorize quem está sempre do seu lado, desfrute de cada instante e seja feliz. Quando menos esperar o amor recíproco irá surgir em sua vida e virá para agregar ao que já é muito bom e não para preencher vazios.

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Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.

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