Como se faz o passe espiritual?

O passe espírita é a transmissão de energias utilizando a imposição das mãos para realizá-las. As pessoas que realizam essa passagem de energia, são chamadas de “passistas”. Para  exercer tal ação geralmente participam de um estudo aprofundado que é ofertado nas Casas Espíritas.

Mas será que todos podem exercer essa função? Será que existe algum tipo de restrição para que alguém se torne passista? Selecionamos algumas questões para ajudar a sanar as dúvidas à respeito deste tema.

Passe espírita e passista: dúvidas frequentes

1 –  A higiene pessoal influencia no passe espírita?

Sim. Podemos destacar duas razões básicas: (1) os desequilíbrios a que submetemos o corpo físico são refletidos nos outros corpos do indivíduo, contribuindo para a piora dos fluidos que formam tais corpos. Sendo esses fluidos doados no momento do passe, é natural esperarmos que tal parcela deletéria seja também transferida ao paciente.

(2) Tanto o passista quanto o paciente necessitam de concentração mental para que se alcance maior eficácia no passe. Portanto, a falta de higiene provoca muitas vezes odores fétidos que desarticulam a capacidade de concentração, afetando inclusive quem esteja localizado no mesmo ambiente físico, prejudicando assim todos.

2 –  O vestuário do passista influencia na tarefa?

Sim. A grande maioria das pessoas encarnadas ainda enfrenta problemas relacionados à área sexual. Assim, nesse sentido, muitas vezes o uso de roupas mais curtas e justas funciona como catalisador de pensamentos abusivos que destoam completamente da serenidade requerida na câmara do passe. 

3 – O passista precisa fazer tratamento de desobsessão antes de ingressar na tarefa?

Não. Freqüentemente a falta de trabalho em benefício do semelhante é o ponto de apoio de variada gama de processos obsessivos. Em relação ao passista, apenas os casos de subjugação (Livro dos Médiuns, item 240, cap. 23) deverão merecer tratamento antecipado.

4 – Estou fazendo uso de remédios. Posso ser passista?

Depende. Há medicamentos que podem ser ditos “simples”, tais como remédios para dor de cabeça, cólica, azia, resfriado e coisas afins. Há casos raros na literatura espírita relacionada aos passes que acusem esses fatos. No entanto,mesmo que a transferência ocorra, cremos que para os remédios ditos “simples” a parcela transferida chega a ser desprezível.

Assim, o único problema aqui encontrado é a classificação exata de um remédio como sendo “simples” ou não. Por isso, na dúvida, talvez o melhor seja abster- se de participar da tarefa pelo período de uso do remédio. No rol dos medicamentos impeditivos da participação na tarefa, caso o passista os use, estão enquadrados todos aqueles que afetem o Sistema Nervoso Central.

5 – E se o passista estiver doente?

Em geral um organismo adoentado apresenta maior dispêndio de energia para sua manutenção e/ ou maior dificuldade em absorção desta. Excetuando- se os casos em que as observações acima não se verifiquem, tal como ocorre em algumas doenças que acompanham o indivíduo durante toda a vida, assim, o passista deverá se afastar da tarefa até o restabelecimento adequado.

6 –  Estou cheio de preocupações. Posso dar o passe assim mesmo?

Se o passista já aprendeu que amparar o semelhante é a melhor forma de auxiliar a si mesmo, compreenderá então que principalmente nesses casos sua presença se faz mais útil.

7 – Faço uso de tóxicos. Posso ser passista?

Não. O usuário de tóxicos não deverá participar de tarefas de doação de fluidos.

8 – O passista é médium?

Nas casas espíritas geralmente pratica- se o passe misto. Nesse tipo de passe, o passista atua como mediador entre o Espírito responsável pelo passe e o paciente. Dessa forma, o passista pode ser considerado médium, ou melhor, médium passista.

9 – O passista absorve os fluidos negativos dos pacientes?

Na tarefa de passe realizada dentro da casa espírita, com a observância dos critérios de segurança e disciplina conhecidos, a coordenação da tarefa ocorre a nível espiritual, embora se tenha sempre um coordenador encarnado. Assim, é lícito pensar- se que a Espiritualidade procura sempre resguardar os tarefeiros durante o trabalho.

10 -Devo dar conselhos durante a aplicação do passe?

Não. A tarefa é de aplicação de passes, e não de sugestões e conselhos. Não que os conselhos e as sugestões embasadas na vivência do Evangelho sejam incorretas, mas no momento da tarefa do passe, tal prática não deve ser permitida, por melhor que seja a intenção.

Embora tal prática seja adotada nas respeitáveis religiões africanistas, ela não encontra suporte na Doutrina dos Espíritos. O passe praticado nas casas espíritas, exige concentração tanto do paciente como do passista.

11- Tenho problemas com o paciente que acabou de se sentar à minha frente. Devo dar o passe?

Sim.  Devemos entender tal fato como oportunidade que Deus oferece ao passista de renovar suas concepções com base no perdão e na amizade. Assim, nesse particular, devemos entender que um “inimigo” é sempre um amigo perdido, de forma que tal amizade é sempre passível de ser recuperada.

Em suma, devemos compreender que exercer o trabalho de passista é uma enorme responsabilidade e devemos nos ore

*Respostas elaboradas por Eugênio Lysei Junior.Leia o texto na íntegra no Portal do Espírito

 Para complementar sua leitura assista: Passe espiritual, para que serve?

Como se faz o passe espiritual?

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O que mentalizar na hora do passe?

2 – Mentalizar que está a transmitir os fluidos que o paciente necessita. 3 – Caso seja necessário impor uma das mãos sobre o Centro Vital e a outra sobre o local onde deseja agir. onde deseja agir. Pode ser em qualquer parte do corpo ou nos centros vitais.

Quais os efeitos do passe espiritual?

Houve redução da ansiedade, da tensão muscular, da depressão e aumento da sensação de bem estar. Ainda houve uma alteração importante nos cardiopatas que foi o aumento da oxigenação periférica", completou.