Doenças que impedem a atividade física

Doenças que impedem a atividade física

Saiba que pacientes podem ter limitações.

Bom funcionamento do organismo, manutenção da massa muscular, diminuição da fadiga e melhora na autoestima. São muitos os benefícios que a atividade física proporciona para pacientes oncológicos. Mas existem certas situações em que até exercícios podem ser contraindicados. Dependendo da localização do câncer e de algumas condições do estado de saúde do paciente, os exercícios devem ser restritos ou mesmo evitados.

Um exemplo é quando há anemia acentuada ou quando o nível de plaquetas está baixo. Nesses casos, a atividade física não é recomendada porque a deficiência no transporte de oxigênio para os pulmões e outras células reduz drasticamente o desempenho da atividade física, gerando cansaço extremo.

Pacientes que apresentam metástases ósseas também devem tomar cuidado, especialmente em relação a exercícios que envolvam impactos, já que em muitos casos ossos ficam comprometidos e o risco de fratura aumenta. Nesse caso, a preferência deve ser por atividades de baixo impacto, como caminhadas ou pilates.

Também há algum risco para pacientes que apresentam baixa contagem de leucócitos. Eles devem evitar praticar atividades físicas em locais públicos, já que com a baixa imunidade, aumenta o risco de contaminação por micro-organismos, quadro que é uma emergência quando se trata de pacientes oncológicos.

A princípio, a recomendação para esses e outros casos é evitar atividade física e aguardar orientações do oncologista responsável. Entretanto, vale lembrar que a atividade física moderada é quase sempre indicada devido aos benefícios que traz à saúde do paciente. Mesmo quando há alguma restrição, é possível buscar alternativas de baixo impacto, da hidroginástica ao mero alongamento, que podem parecer pouco, mas contribuem muito para o tratamento. Vale sempre consultar seu médico especificamente sobre uma rotina de exercícios.

Pesquisas indicam que praticamente metade da população brasileira tem hábitos sedentários e não pratica o mínimo necessário de atividade física para se manter saudável.

Ainda não existem estudos específicos, mas tudo indica que esse percentual ficou ainda maior depois da pandemia de Covid-19, que acabou fazendo com que muita gente interrompesse o hábito de praticar exercícios físicos regularmente.

Por isso mesmo, sua operadora de saúde precisa reforçar as ações para incentivar as pessoas a não interromper a prática de atividade física, informando-os a respeito das medidas de segurança necessárias e sugerindo alternativas para se manter ativo respeitando o distanciamento social.

Outra forma importante de conscientização é informar os beneficiários a respeito dos riscos do sedentarismo para o desenvolvimento de diversas doenças.

Neste artigo, vamos entender melhor quais são essas doenças e como a falta de atividade física pode contribuir para o seu surgimento ou agravamento.

Doenças que impedem a atividade física

O sedentarismo como fator de risco

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o sedentarismo é hoje o quarto maior fator de risco de mortalidade global, sendo responsável por cerca de 3,2 milhões de mortes por ano.

E mais: não são apenas as pessoas obesas que sofrem os males da inatividade física. Um estudo da Universidade de Cambridge já demonstrou que a relação entre sedentarismo e mortalidade prematura independe do peso do indivíduo.

De acordo com especialistas, a diminuição da atividade física interfere diretamente em vários sistemas metabólicos, elevando consideravelmente a propensão a doenças crônicas, como diabetes, hipertensão, certos tipos de câncer, osteoporose e depressão.

Mais recentemente, o sedentarismo vem sendo apontado como um fator de risco importante também para a Covid-19, conforme veremos a seguir.

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Sedentarismo e diabetes tipo 2

Em 2012, uma pesquisa da Universidade de Leicester, na Inglaterra, concluiu que pessoas sedentárias têm até duas vezes mais chances de desenvolver diabetes do tipo 2.

O desenvolvimento do diabetes tipo 2 está relacionado a problemas na produção de insulina e ao consequente acúmulo de glicose no sangue.

O sedentarismo agrava esse quadro justamente por dificultar que o organismo encontre um equilíbrio entre a produção e o consumo de insulina, sendo necessário controlar a doença por meio de medicamentos.

Outro aspecto importante é o fato de que o sedentarismo costuma ser acompanhado por maus hábitos alimentares, como o consumo excessivo de doces, o que também contribui para o desenvolvimento da doença.

Sedentarismo, hipertensão e doenças cardiovasculares

Já é de conhecimento geral dos profissionais de saúde que os hábitos sedentários e a hipertensão estão estreitamente relacionados.

A falta de atividade física gera uma sequência de condições adversas para a saúde do indivíduo, que acaba causando uma elevação da pressão arterial e um aumento nos riscos para diversas doenças cardiovasculares.

O sedentarismo gera sobrepeso, que frequentemente evolui para um quadro de obesidade. A obesidade, por sua vez, aumenta a taxa de triglicerídeos, reduz o HDL (“colesterol bom”) e provoca o aumento da circunferência abdominal.

Nessas circunstâncias, é comum o desenvolvimento de síndrome metabólica e resistência à insulina, que acabam culminando na elevação da pressão arterial sistêmica.

Sendo assim, as alterações vasculares, cardíacas e metabólicas causadas pelo sedentarismo podem aumentar o risco de problemas cardiovasculares, incluindo angina, infarto agudo do miocárdio e tromboses.

Sedentarismo, estresse e ansiedade

A prática de atividade física estimula o organismo a produzir hormônios relacionados à sensação de prazer e bem-estar, como endorfina, serotonina, dopamina e ocitocina.

Fazer exercícios de forma regular também contribui para reduzir a produção de hormônios ligados ao estresse, como o cortisol.

Por isso, indivíduos fisicamente ativos têm menores riscos de desenvolver distúrbios relacionados à saúde mental.

Por outro lado, pessoas que levam uma vida sedentária podem ter a produção desses hormônios desregulada e acabar desenvolvendo sintomas de estresse e ansiedade.

É o que indica uma revisão de pesquisas feita por pesquisadores da Universidade Deakin, na Austrália, que apontou ligações entre o estresse emocional e as longas horas que as pessoas passam em posições quase imóveis.

Ou seja: quanto mais sedentária uma pessoa é, mais chance ela terá de se sentir estressada ou ansiosa, podendo desenvolver até mesmo um quadro depressivo ao longo do tempo.

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Sedentarismo e câncer de mama

Quadros de obesidade causados pelo sedentarismo estão diretamente ligados ao surgimento de alguns tipos de neoplasias, em especial o câncer de mama.

Isso ocorre porque o organismo de uma pessoa com excesso de peso acaba produzindo mais radicais livres, responsáveis por causar pequenas inflamações que podem evoluir para um tumor.

De fato, um grande número de estudos já demonstrou a relação entre o sedentarismo e aumento de risco de câncer de mama, especialmente após a menopausa.

Segundo a Agência Internacional de Pesquisas em Câncer, cerca de 25% dos tumores de mama em todo o mundo são decorrentes da obesidade causada pelo sedentarismo.

Um artigo publicado pela revista Nature em 2018 mostrou que, no Brasil, uma em cada dez mortes por câncer de mama poderia ter sido evitada com a prática regular de atividade física.

Segundo os resultados, o sedentarismo foi responsável por cerca de 12% das mortes entre a população avaliada pelo estudo, em comparação com 5% causadas por outros fatores de risco modificáveis.

Sedentarismo e osteoporose

Quem leva uma vida sedentária tende a chegar a uma idade avançada com maior perda de massa óssea, o que aumenta o risco de desenvolver osteoporose.

Como os músculos não são requisitados em uma base regular, a ausência de estímulo sobre o esqueleto torna o corpo mais propício à doença, já que é a tração dos músculos sobre os ossos que determina a taxa de remodelação e reabsorção óssea.

Com a prática de atividades físicas rotineiras, os músculos que estão inseridos nos ossos provocam uma força de tração que os torna mais fortes. Dessa forma, o exercício contribui para aumentar a produção de tecido ósseo e para manter as articulações saudáveis, além de ajudar na fixação do cálcio.

Sedentarismo e Covid-19

Um estudo publicado recentemente no periódico científico British Journal of Sports Medicine indicou que o sedentarismo está associado a um maior risco de desenvolver formas graves da Covid-19 e morrer em decorrência da doença.

A pesquisa, que envolveu mais de 48 mil pacientes infectados com vírus SARS-CoV-2, mostrou que aqueles que mantiveram hábitos sedentários por pelo menos dois anos antes da pandemia tinham mais chances de serem hospitalizados, de necessitar de cuidados intensivos e de morrer do que aqueles que praticavam atividades físicas.

Além de ter mais que o dobro de chances de serem internadas, as pessoas sedentárias com Covid-19 apresentaram uma probabilidade 73% maior de precisar de reanimação e eram 2,5 vezes mais suscetíveis a morrer por causa da infecção.

Doenças que impedem a atividade física

Quais doenças não podem fazer atividade física?

Quando a atividade física não é indicada.
Cardiopatias. ... .
Crianças e idosos. ... .
Pré-eclâmpsia. ... .
Após maratonas. ... .
Gripe e resfriado. ... .
Após cirurgias..

Quando não é recomendado a prática de atividade física?

Quando a atividade física não é recomendada Pessoas com problemas cardiovasculares ou que foram submetidas a procedimentos cirúrgicos, por exemplo, não devem realizar exercício sem a liberação do médico, uma vez que pode haver complicações durante o exercício.