Em que consiste a revolução copernicana de Kant na teoria do conhecimento

A revolu��o copernicana de Immanuel Kant � um marco na filosofia moderna, sobretudo na teoria do conhecimento. Tal revolu��o � uma resposta ao antagonismo presente nas proposi��es elaboradas pelos racionalistas, que s�o anal�ticas a priori, e nas elaboradas pelos empiristas, sint�ticas a posteriori. Com o ju�zo sint�tico a priori, Kant desloca o sujeito da periferia do conhecimento para coloc�-lo em seu lugar: o centro. � esse deslocamento que o fil�sofo denominar� de revolu��o copernicana que permitiu o nascimento das ci�ncias e os seus fundamentos.


Anderson Rodrigo
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Em que consiste a revolução copernicana de Kant na teoria do conhecimento


 

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Por: Adams

A Revolução Copernica na Teoria do Conhecimento: o sujeito transcendental em Kant

I. Contextualização do período do pensamento de Kant.

Immanuel Kant viveu em um contexto filosófico e científico moderno, uma época em que há uma redescoberta do homem e das suas capacidades. A partir de Descartes, vê-se a sujectividade como fundamento do conhecimento; com os empiristas têm-se o valor da experiência e a negação da universalidade dos conhecimentos e, com os que seguiam a mesma linhagem que a de Descartes (racionalistas) têm-se como força a razão na busca do conhecimento seguro.

Segundo Mondim (1981: 199) os racionalistas ensinam que a única fonte do conhecimento verdadeiro é a razão, que é dotada de ideias inatas de toda a realidade, desvalorizando assim o papel da experiência; os empiristas, por sua vez, vêm a experiência como sendo a fonte do conhecimento, não dando-a valor de origem à razão.

O racionalismo  sustenta que o conhecimento procede apenas do sujeito, isto é, o sujeito (acto) tem uma participação activa na busca do conhecimento  sobre o objecto; o empirismo toma o sujeito como passivo e o objecto passa receber o estatuto que o sujeito recebeu pela corrente anterior, mas assim, a ciência torna-se impossível, pois o objecto só pode fornecer a novidade (conhecimento) e o sujeito só a universalidade. O conhecimento não é fruto nem de um e nem de outro, porém da combinação da acção destes dois elementos (sujeito e objecto).

Segundo Mondim (idem, p, 172), Kant nasce em Konigsberg na Prússia Oriental em 2 de Abril de 1724, de família pobre, pertencente a seita protestante dos pietistas da qual recebeu profunda educação religiosa e morre no ano de 1804. Na sua obra Crítica da Razão Pura, tinha um problema a resolver: como se pode obter um conhecimento seguro e verdadeiro sobre as coisas do mundo? A resposta de Kant iria mudar o rumo da Filosofia Ocidental.

Duas escolas filosóficas, tradicionalmente, respondiam de formas diversas ao problema do conhecimento. Para os filósofos racionalistas (Platão, Descartes, Leibniz e Espinosa), todo conhecimento provém da razão, enquanto, para os empiristas (Aristóteles, Hobbes, Locke, Berkeley e Hume), ao contrário, somente os dados da experiência sensível forneceriam as bases para o conhecimento humano.

Kant observa em seguida que a raiz última dos erros do racionalismo e do empirismo é a concepção errónea do conhecimento humano. O racionalismo sustenta que o conhecimento procede só do sujeito; e o empirismo afirma que ele vem só do objecto; como o objecto pode fornecer só a novidade e o sujeito, só a universalidade, a ciência torna-se impossível. Ora o conhecimento não é fruto nem do sujeito e nem do objecto, mas é síntese de acção combinada do sujeito e objecto (idem, p. 174).

É por causa destes problemas e erros cometidos pelo racionalismo e o empirismo, por um lado a valorização do sujeito e a desvalorização do objecto, por outro lado a valorização do objecto e a desvalorização do sujeito em detrimento de um conhecimento que a sua validade era questionada, que Kant decide fazer uma revolução semelhante à que Copérnico[1] fizera no mundo dos astros.

II. A Revolução Copernicana na Teoria do Conhecimentool

A Idade Moderna foi uma época de grandes desenvolvimentos, inovações e revoluções que abrangeram diversos campos da vida, e da ciência sem excepção, uma vez que nessa mesma época conheceu uma grande evolução ou progresso, com destaque para a matemática e a física. Entretanto, este progresso não foi uniforme e algumas ciências simplesmente não se desenvolveram, tendo como exemplo a filosofia e a metafísica.

No campo filosófico, discutia-se sem que se chegasse a algum consenso, não se apresentavam respostas satisfatórias para os problemas levantados, como exemplo, questão da origem do conhecimento que dividia esta área do saber em duas correntes antagónicas, nomeadamente, o racionalismo que defende que a única fonte do conhecimento verdadeiro é a razão e que “as novas verdades são expressas em juízos analíticos puramente explicativos que não acrescentam nada ao conteúdo do conhecimento não o ampliam, nem lhe trazem qualquer aumento” (MONDIN,1926:199), e o empirismo, que defende ser a única fonte do conhecimento, a experiência, não tendo a razão nenhum valor inventivo e que

os conhecimentos adquiridos são expressos em juízos sintéticos a posterior, os quais são extensivos e ampliam o conteúdo do conhecimento mas não tem nunca valor universal” (idem, 200)

E quanto a metafísica também não conseguia encontrar um caminho para o progresso e muito menos conseguia solucionar as questões aqui levantadas, como o problema da alma, Deus, a imortalidade, etc., o que fez com que Kant levanta-se ou formula-se questões a metafísica, onde procurava saber sobre a (im)possibilidade da mesma ser tomada como ciência e ainda das razões que fazem com que os seres humanos se preocupassem com os problemas metafísicos.

É na tentativa de resolver problemas existentes entre a filosofia, a metafísica e as outras ciências que progrediam, que Kant vê a necessidade de fazer uma revolução no processo cognitivo ou teoria de conhecimento, a luz da revolução feita por Nicolau Copérnicona na física. Segundo Kant:

Admite-se […] que todo nosso conhecimento deve conformar-se aos objectos; mas todas as tentativas de estabelecer em torno deles alguma coisa a priori por meio de conceitos, com os quais se pudesse ampliar o nosso conhecimento, aceitando-se tal pressuposto, não levaram a nada. Experimentemos […] nos problemas da metafísica, aceitando a hipótese […]: isto se harmoniza […] a possibilidade de um conhecimento a priori, que estabeleça alguma coisa em relação aos objectos antes que eles nos apresentem. Aqui sucede o mesmo que com a primeira ideia de Copérnico, que não podendo explicar os momentos celestes nem admitir que o observador gira e que os astros estão parados. Na metafísica pode se fazer uma tentativa semelhante em relação à intuição dos objectos (KANT apud op.cit, 202).

Se a intuição se vê conformada com a natureza dos objectos então não nada relativamente a priori, porém se o objecto enquanto objecto de sentido for que se conforma á natureza da faculdade intuitiva do sujeito pode-se então representar está esta possibilidade.

Contudo, a revolução copernicana contradiz a tradição filosófica que vigorava até aquela altura e propõe uma mudança na relação sujeito-objecto. Passando o sujeito para o centro do processo cognitivo e o objecto passando para a orbitar em torno desse mesmo sujeito. O conhecimento não origina de forma exclusiva da experiência e nem da razão, porém da conjugação de ambos, isto é,

todo o conhecimento provém da experiência sensorial, mas os dados avulsos que esta nos oferece são regulados, organizados e avaliados por formas mentais, que os enquadram a priori, operando-se assim uma síntese entre o sujeito que conhece e o objecto que é conhecido” (CHAMBISSE et all, 2004: 77).

A partir desta concepção os conceitos gnoseológicos sujeito e objecto deixam se ser visto de forma separada, porque eles só existem como fonte de verdade se estiverem correlacionados, pois o objecto não é um dado à representação de forma “pura” e o sujeito é que intervêm sobre esse dado (objecto) de forma consciente e activa. Deste modo o objecto é resultado da produção da realidade que o sujeito efectua por meio das suas faculdades intelectuais. O sujeito é que regula os objectos; o espírito humano é que dá as suas formas à natureza, obtendo-se assim um sujeito legislador.

Com esta revolução Kant consegue explicar como é possível que o homem não conheça alguns objectos; onde segundo Kant esses mesmos objectos são incognoscíveis para o homem, na medida em que não se adaptam a natureza do intelecto humano e por isso o homem não os conhece. Contado Ferreira (2012:146) salienta que o falo de Kant admitir a existência de uma limitação no conhecimento, isso não significa que seja impossível de alcançar um conhecimento seguro referente a certos objectos.

III. Concepção do conhecimento em Kant

O conhecimento segundo Kant (2001: 62) começa com a experiência, por um lado os objectos servem de exercício dos sentidos, por outro impulsionam a inteligência a compará-los entre si, reunindo-os ou separando-os, fazendo assim a matéria das impressões sensíveis da experiência. Isto é, os objectos afectam os sentidos que produzem por si as representações  e põe em movimento a faculdade intelectual do sujeito submetendo a comparação os separação entre elas, criando matéria bruta das impressões sensíveis na experiência.

Neste sentido, eliminam-se as dúvidas de que o conhecimento provém da experiência, porém existe uma questão que está directamente ligada ao conhecimento que não provém da experiência de forma mediata, o conhecimento a priori.

A experiência não produz juízos universais verdadeiros e rigorosa, apenas dá universalidades supostas e comparativas usando a indução. se um juízo e pensado com rigorosa universalidade, isto significa que, se admite que nenhuma excepção é possível, não é derivado da experiência, mas é absolutamente válido a priori.

A universalidade empírica é uma extensão arbitrária da validade, através da qual, transfere-se para a totalidade dos casos, a validade da maioria, por exemplo, “todos os corpos são pesados”, - sempre que um juízo pertence a uma rigorosa universalidade provém de uma fonte particular do conhecimento – a faculdade de conhecimento a priori. Os sinais seguros para um conhecimento a priori são a necessidade e a rigorosa universalidade, que por sua vez são inseparáveis uma da outra[2].

Os juízos (conhecimentos) a priori (puros e impuros) são analíticos e os juízos a posteriori são sintéticos e, os juízos sintéticos a priori, os que possibilitam ao sujeito nonos conhecimentos. Os primeiros (a priori) são aqueles que não adicionam nenhum conhecimento novo, só dão a entender no predicado aquilo que o sujeito contém, são obtidos independentemente da experiência (puros) e os impuros, aqueles que se baseiam na experiência, pode-se como exemplo para explicar o juízo puro a seguinte proposição:

O corpo é extenso” – uma vez que se parte do conceito (sujeito) – o corpo (ideia de extensão) por si só possua a ideia de extensão, sem necessariamente precisar do predicado; para o juízo impuro podemos ter “O carro é branco” – este facto só se pode verificar após a experiência e não é necessário nem universal, na medida em que casas podem ter várias cores. Por fim encontramos os juízos sintéticos a priori, que ter consigo a experiencia dela não depende, é a partir deste juízo que é acrescentado no sujeito algo de novo, com estes juízos garante-se a universalidade a necessidade.

IV. O Sujeito Transcendental kantiano

Na Crítica da Razão Pura Kant reflecte sobre os limites da razão e sobre as bases para a construção de um conhecimento seguro. Para ele, a razão humana é que tem a possibilidade de construir um conhecimento seguro acerca da natureza. Deleuze (2009:9) afirma que, os fins da razão, não são julgáveis nem pela experiência, nem pelas outras instâncias que permaneçam exteriores ou superiores à razão. Neste sentido, com Kant, as condições dadas pelo empirismo bem como os dogmas teológicos são recusadas. A razão não está a serviço de nada, não é um meio, mas apresenta seus princípios e fins.

Como proposta para sustentar essa ideia uma filosofia transcendental realizou a Revolução Copernicana no conhecimento, estabelecendo a relação entre o sujeito e objecto. O conhecimento transcendental como aquele que em geral se ocupa menos dos objectos do que da forma do conhecimento, na medida em que este deve ser possível a priori.

Chamo ‘transcendental’ todo o conhecimento que não se relaciona com os objectos, enquanto possível a priori” (KANT apud ANTISERI e REALE, 1990: 877).

Pretende-se, inicialmente, estabelecer a diferença entre conhecimento sensível e o inteligível. O Conhecimento sensível representa, na concepção de Antiseri e Reale (ibidem) a reciprocidade do sujeito pela presença do objecto. Representa as coisas como elas aparecem para o sujeito não como são em si, por isso fala-se de fe-nómenos, que são as coisas tal como elas, se manifestam ou aparecem.

O conhecimento intelectivo é produzido pela capacidade de representar as coisas que, pela sua natureza não podem serem captados pelos sentidos e pelo intelecto como o caso do nomeno, que significa pensar.

Schelling apud Antiseri e Reale (2005: 82) explica que o programa da filosofia transcendental põe  o objecto em primeiro lugar, e dele extrai o subjectivo, que é função da filosofia da natureza; ora o caminho da filosofia transcendental (filosofia do espírito) parte do subjectivo como primeiro e absoluto e dele faz derivar o objecto. Assim sendo, o conhecimento transcendental não é um olhar para o objecto puro e simples, mas para as capacidades da razão conhecer tal objecto. É a razão que regulará e validará o conhecimento.

Na perspectiva kantiana, não é o sujeito que conhecendo descobre as leis do objecto, mas o contrário, é o objecto que, quando conhecido, adapta-se as leis do sujeito que o recebe cognitivamente.

O conhecimento humano não é a reprodução passiva de um objecto por parte do sujeito, mas construção activa do objecto por parte do sujeito” (MONDIM, 1981: 199).

Não é apenas o objecto que se deixa conhecer pelo sujeito mas é o sujeito que tem a capacidade de conhecer o objecto. Para que haja conhecimento o objecto (enquanto objecto do sentido) deve formar-se à natureza da faculdade intuitiva do sujeito, por exemplo: Não conheço a natureza de Deus, mas enquanto objecto de sentido posso representá-lo na minha consciência, pela possibilidade de Deus se adequar a natureza da minha faculdade intuitiva.

Não posso conhecer Deus, mas posso pensá-lo enquanto objecto de sentido. Verifica-se aqui uma mudança nos polos da cognição, antes era o sujeito que deveria se ajustar ao objecto, o conhecimento verdadeiro seria descrição do objecto exterior, agora o objecto é que deve ser regulado pelas capacidades cognitivas do sujeito. Por exemplo, não posso imaginar o espírito à priori, mas, se pelo contrário, o espírito enquanto objecto dos sentidos for imaginável posso conhecê-lo.

O objecto pode existir, mas enquanto o homem não o captar ele não é conhecido; logo não podem ser considerados como independentes ou fins em si mesmos, mas como fenómenos. Os objectos são captados pelo entendimento humano, mas não na sua totalidade, vendo-se neste sentido, os limites do conhecimento humano, isto é, o homem não pode ser capaz de esgotar o conhecimento total do objecto. Porém, o facto do conhecimento humano ser limitado, não significa que ele seja impossível  de ser alcançado através da razão, ou que se chegue ao conhecimento seguro por via da racionalidade.

Na secção da estética transcendental da Crítica da Razão Pura, a capacidade de captar a imagem do objecto chama-se sensibilidade[3], estes objectos fornecem intuições, mas é a razão que pensa estes objectos e é a partir dela que chegamos aos conceitos

Todo o conhecimento sensível ocorre no ‘espaço’ e no ‘tempo’, posto que não é possível dar alguma representação sensível senão espacial e temporalmente determinada” (idem, p. 871).

Os fenómenos são representados pelo sujeito por meio das formas puras de sensibilidade, o tempo e o espaço. ...fora existe a coisa (objecto) que estimula os sentidos. Os sentidos recebem os estímulos sob forma de espaço, de modo que toda a sensação externa aparece sob forma de tempo, pelo que toda a sensação ocupa um lugar no tempo. Destas duas sensações resultam o fenómeno” (idem, p. 204) o espaço é relativo àquilo que e externo ao sujeito, enquanto que o tempo e relativo aos sentido internos.

O homem no processo do conhecimento recebe os fenómenos e representa-os, depois são pensados e organizados através das formas puras do entendimento, ou seja, as categorias que são: quantidade – unidade, pluralidade e totalidade; qualidade – realidade, negação e limitação: relação – inércia e substancia, causalidade e dependência e comunidade; e modalidade – (im) possibilidade, existência e necessidade. É aplicando as categorias que o homem atribui significado às percepções, e tem a partir dos mesmos a possibilidade de criar conceitos derivados.

A imagem é construção da faculdade sensitiva externa que resulta da capacidade de imaginação. O esquema dos significados sensíveis é resultado da capacidade pura a priori da imaginação, onde as imagens tornam-se possíveis, porém é feita de acordo com o seu esquema. As categorias formam um esquemático no entendimento do sujeito, fazem parte de um acto oculto  nas profundezas do ser humano de onde, apesar do verdadeiro uso dificilmente colocará o ser humano satisfeito algum dia à natureza.

CONCLUSÃO

Na Revolução Copernicana na teoria do conhecimento o sujeito transcendental é o ponto central do processo do conhecimento, porém é importante salientar que Kant percebe que existem limitações por detrás daquilo que a razão humana pode conhecer.

Kant ao trazer as formas puras de sensibilidade e de entendimento pretende explicar de que maneira o homem pode conhecer. Todavia, a razão humana só pode conhecer os fenómenos, é a partir deste pressuposto que ele estabelece os limites de construção do conhecimento transcendental, ou seja, conhecimento seguro. Ao revolucionar a forma de cogitação é importante olhar para a relação sujeito – objecto a partir de uma perspectiva em que o sujeito não é visto como agente passivo processo de conhecimento, mas como activo.

A Revolução Copernicana não é uma selecção daquilo que é positivo, ou ainda uma simples sistematização daquilo que o racionalismo ou empirismo trouxeram para a teoria do conhecimento, ou repetição das mesmas, mas a tentativa crítico-analítica, resultado da analise das insuficiências das duas correntes, procurando superá-las buscando novas respostas para os problemas da teoria do conhecimento. Nesta revolução o sujeito não se limita a registar o real, mas intervém de forma activa na elaboração do conhecimento fruto de uma construção sem o real.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANTISERI, Dario e REALE, Giovanni. (2005). História da Filosofia. São Paulo, Paulus, v. 5.

______. (2005). História da Filosofia: de Spinoza à Kant. São Paulo, Paulus, v. 4..

______. (1990). História da Filosofia: do humanismo à Kant. São Paulo, Paulus, v. 2.

CHAMBISSE, Ernesto Daniel et all. (2004). Manuel de Filosofia: emergência de filosofar. Maputo, Moçambique.

DELEUZE, Gilles. (2009). A Filosofia Critica de Kant. Trad. Germiniano Franco, Lisboa, 70.

FERREIRA, Adelino. (2012). Kant e a Revolução Copernicana do conhecimento: uma introdução. São Paulo, [s. n.]

KANT, Immanuel. (2001). Crítica da Razão Pura. Trad. Manuel Pinto dos Santos. Ed. 5, Lisboa, Cassirer.

MONDIM, Battista. (1981). Curso de Filosofia. São Paulo, Paulus, v. 1.


[2] (ibidem)

[3]É a faculdade que temos de receber as sensações, ou seja, a faculdade através da qual somos susceptíveis de sermos modificados pelos objectos (ANTISERI e REALE, 1990: 879).


[1] Nicolau Copérnico foi um astrónomo e matemático pólenes, nascido aos 19 de Fevereiro de 1473 em Frauenburgo (Torum, na Prusia Real) e morreu aos 24 de Maio de 1543. Cónego da Igreja Católica, governador e administrador, jurista, astrónomo e médico. Ele desenvolveu a teoria heliocêntrica do sistema Solar contrariando a teoria geocêntrica vigente na sua altura, é considerada de ser das mais importantes hipóteses científicas de todos os tempos, sendo o ponto crucial da astronomia (Cf. https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Nicolau_cop%C3A9rnico).

O que é a Revolução Copernicana do conhecimento proposta por Kant?

A revolução copernicana de Kant significa que os objetos do conhecimento não aparecem por si mesmos, eles devem ser trazidos à luz pelo sujeito (transcendental). Por isso eles não podem mais ser considerados como coisas que existem em si, mas como fenômenos.

Qual é a proposta de Kant para a teoria do conhecimento?

Kant mostrou que apesar de o conhecimento se fundamentar na experiência, esta nunca se dá de maneira neutra, pois a ela são impostas as formas a priori da sensibilidade e do entendimento, características da cognição humana.

O que é a teoria do conhecimento de Kant?

A teoria do conhecimento de Kant a filosofia transcendental ou idea- lismo transcendental teve como objetivo justificar a possibilidade do conhecimento científico do século XVIII. Ela partiu da constatação de que nem o empirismo britânico, nem o racionalismo continental explica- vam satisfatoriamente a ciência.

O quê questiona a Revolução Copernicana?

A Revolução Copernicana foi um processo de análise da Terra, que resultou na mudança do sistema geocêntrico pelo heliocêntrico, ou seja, acabou com a teoria de que a Terra seria o centro do Sistema Solar e validou a teoria de que o Sol seria o centro do universo, uma alegação do astrônomo Nicolau Copérnico.