O que é eritroblastose fetal explique qual condição é necessária para ocorrer a eritroblastose?

Graduado em Ciências Biológicas (UNIFESO, 2014)

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A Eritroblastose fetal constitui é uma doença em que o sistema imunológico da mãe ataca o feto por ter o sistema Rh diferente, no caso de a mãe ter o fator Rh negativo e o feto possuir o fator Rh positivo. Nesse caso o feto apresenta uma proteína (Rh+) em suas hemácias (glóbulos vermelhos ou eritrócitos) que o sangue da mãe não possui (Rh-). Isso faz com que o sistema imunológico da mãe enxergue essa proteína como um corpo estranho, como um agente causador de doenças (agente patogênico), e começa a produzir anticorpos para atacar essa proteína e consequentemente as hemácias da criança, causando vários problemas para o bebê e para a mãe, podendo ocasionar até o aborto.

A relação de antígeno (qualquer coisa que estimule a produção de anticorpos) e anticorpos (glicoproteínas que atuam atacando corpos estranhos) se dá geralmente a partir do segundo filho com fator Rh- da mulher com fator Rh+, pois no primeiro filho o tempo não foi suficiente de produzir uma quantidade adequada para expressar um ataque ao feto. Já na segunda gravidez, a mãe possui os anticorpos preparados para atacar essa proteína que torna o sangue Rh+. Esses anticorpos rompem a barreira placentária e atacam com muita agressividade o feto destruindo as suas hemácias. Na tentativa de compensar a falta de hemácias no organismo do bebê, vários eritrócitos jovens, que não terminaram a sua maturação, são jogados na corrente sanguínea. Esses eritroblastos muitas das vezes ainda contém núcleo e não tem o tamanho ideal, que dificulta no transporte de oxigênio para todo o organismo.

A criança pode nascer com vários problemas de saúde, pode apresentar anemia, surdez, edema generalizado (inchado em várias partes do corpo), deficiência e paralisia mental por não ter oxigenação suficiente para o desenvolvimento do sistema nervoso central, insuficiência cardíaca, fígado e baço inchados.

Geralmente o recém nascido nasce com a cor amarelada da pele e dos olhos (icterícia) por conta das hemácias destruídas que se transformam em bilirrubina no fígado. Nesse caso, todo o sangue do recém-nascido precisa ser trocado através de uma transfusão sanguínea.

É indispensável o acompanhamento médico durante toda a gestação, o pré-natal é essencial em especial nesse contexto pois se trata de uma gravidez de alto risco, e a prevenção faz toda a diferença para que a doença tenha um tratamento adequado e seus impactos amenizados. Primeiramente é importante saber a tipagem sanguínea dos pais para saber se há algum risco. Havendo risco o médico solicita o exame Coombs, que vai avaliar a taxa de anticorpos anti-Rh no sangue da mãe; o Coombs deve ser realizado mensalmente. Quando o resultado der positivo a terapia medicamentosa é recomendada sendo administrada a Imunoglobulina anti-Rh, que age neutralizando os antígenos Rh, não deixando o organismo da mãe enxergar essa proteína, e consequentemente os anticorpos não serão produzidos. Esse tratamento também é recomendado para quem recebeu uma transfusão de sangue indevida.

A mãe também deve receber medicamento para sua proteção, como a barreira placentária foi rompida pelos anticorpos da mãe é muito provável que o sangue do feto também tenha invadido o corpo materno. Para avaliar se existem células do feto no corpo da mãe é realizado o exame de Kleihauer-Betke. O tratamento medicamentoso também é a alternativa dessa situação, no qual precisa ser administrado no máximo de 72 horas após o fim da gestação, sendo ela normal, cesariana, abortiva ou gestação ectópica (na tuba uterina), para não comprometer a saúde da mulher.

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Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/doencas/eritroblastose-fetal/

Com estes exercícios sobre eritroblastose fetal, também chamada de doença hemolítica do recém-nascido, você poderá testar seus conhecimentos sobre incompatibilidade materno-fetal.

Publicado por: Vanessa Sardinha dos Santos em Exercícios de Biologia

Questão 1

A eritroblastose fetal é um problema relacionado com:

a) os fatores de coagulação da mãe.

b) o fator Rh da mãe e de seu filho.

c) a dificuldade do feto de produzir células sanguíneas.

d) o sistema MN.

e) a deficiência em ferro.

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Questão 2

Para que ocorra eritroblastose fetal, obrigatoriamente:

a) o filho deve ser Rh negativo.

b) o pai da criança deve ser Rh negativo, e o filho, positivo.

c) a mãe da criança deve ser Rh positivo.

d) a mãe da criança deve ser Rh negativo, assim como o filho.

e) a mãe da criança deve ser Rh negativo, e o filho, positivo.

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Questão 3

(UECE) A doença hemolítica do recém-nascido ou eritroblastose fetal:

a) É causada por uma reação imunológica da gestante Rh+ devido à presença de um feto Rh+.

b) Ocorre com mais frequência e maior intensidade no segundo parto em mães Rh– com fetos Rh+.

c) Nesta doença, os leucócitos do recém-nascido são destruídos, levando à anemia.

d) É tratada por meio de hemodiálise do sangue do recém-nascido logo após o parto.

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Questão 4

(UFES) A incompatibilidade materno-fetal ao antígeno Rh pode determinar uma doença denominada Eritroblastose Fetal. Se uma mulher foi orientada a usar a vacina anti-Rh logo após o nascimento do primeiro filho, podemos dizer que seu fator Rh, o do seu marido e o da criança são, respectivamente:

a) Negativo; negativo; negativo.

b) Negativo; negativo; positivo.

c) Negativo; positivo; positivo.

d) Positivo; negativo; positivo.

e) Positivo; positivo; negativo.

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Respostas

Resposta Questão 1

Alternativa “b”. A eritroblastose fetal está relacionada com o fator RH. Essa doença acontece quando a mãe Rh- produz anticorpos que atravessam a placenta e destroem as hemácias do feto.

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Resposta Questão 2

Alternativa “e”. Para que ocorra eritroblastose fetal, a mãe deve ser Rh negativo e produzir anticorpos contra as hemácias de seu filho Rh positivo.

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Resposta Questão 3

Alternativa “b”. A ocorrência de eritroblastose fetal na segunda gestação deve-se ao fato de que, no segundo parto, a mulher já foi sensibilizada e apresenta, portanto, anticorpos no sangue, que atravessam a placenta e entram em contato com a circulação fetal.

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Resposta Questão 4

Alternativa “c”. Podemos afirmar que a mulher possui fator Rh negativo; o filho, positivo; e o marido, positivo. A mulher é negativa porque a eritroblastose só ocorre em mulheres com esse fator Rh. Já o filho é positivo porque foi recomendada uma prevenção para uma nova gravidez. Por fim, o marido é positivo porque, se fosse negativo, não seria possível gerar uma criança positiva com a mulher negativa.

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O que é eritroblastose fetal explique qual condição é necessária para ocorrer a eritroblastose?

Leia o artigo relacionado a este exercício e esclareça suas dúvidas

Qual é a condição necessária para que ocorra a eritroblastose fetal?

A eritroblastose fetal resulta classicamente da incompatibilidade aos antígenos Rho(D), que pode se desenvolver quando uma mulher com tipo sanguíneo Rh negativo engravida de um homem Rh positivo e concebe um feto com sangue também Rh positivo, às vezes resultando em hemólise.

Que é eritroblastose fetal e suas consequências?

A eritroblastose fetal é doença que acomete o feto ainda dentro do útero, causando destruição das hemácias (hemólise), o que pode evoluir para insuficiência cardíaca fetal, edema generalizado e morte fetal intrauterina.

Quais são as condições necessárias para a ocorrência de eritroblastose fetal e qual é o procedimento usual para salvar a vida de um recém

A doença é chamada de Eritroblastose Fetal pelo fato de haver eritroblastos na circulação do feto. Normalmente, os cuidados com o recém-nascido afetado pela doença envolvem a fotossensibilização (luz néon, que destrói a bilirrubina) e a substituição do sangue Rh+ da criança por sangue Rhֿ.

O que é eritroblastose fetal é uma doença que se manifesta nos fetos somente após a primeira gestação?

Durante a primeira gestação o bebê não será afetado. Porém, o contato do sangue da mãe e do bebê no momento do parto faz com que o organismo materno receba as hemácias do filho e comece a produzir anticorpo anti-Rh. Assim, em uma segunda gestação, se o bebê for Rh+, o organismo materno possui anticorpo anti-Rh.