O que impulsionou a busca de novas rotas para o Oriente?

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Um dos fatores que mais contribuiu para que Portugal e Espanha descobrissem o caminho para as Índias foi a expansão marítima desenfreada e os interesses mercantilistas dos dois países. Em Portugal, a Escola de Sagres fez com que este objetivo fosse atingido com pioneirismo. Além de Sagres, havia o estímulo do governo português para que toda a atenção dos navegadores se voltasse ao périplo africano, ou seja, a viagem contornando a costa da África que acabaria resultando no caminho para as Índias.

Tentando encontrar um caminho que levasse rapidamente às especiarias indianas, as expedições lusas avançaram milhas e milhas na direção sul da costa africana. Pontos cada vez mais distantes foram atingidos como os Açores, Madeira e Cabo Verde.

O que impulsionou a busca de novas rotas para o Oriente?
Entretanto, outros navegadores também tentavam descobrir atalhos que os levassem às Índias. Bartolomeu Dias, em 1488, chegou ao Cabo da Boa Esperança, que ficava no extremo do meridiano africano. Isso demonstrava que existia uma passagem para o Oceano Índico.

Dez anos depois, Vasco da Gama encontrou de forma definitiva o caminho que levava às Índias. Em 1500, data do descobrimento do Brasil, uma esquadra comandada por Pedro Álvares Cabral partiu com o objetivo de fazer comércio em larga escala com o Oriente. Acabaram atingindo o litoral de um novo continente, a América, quando avistaram terra na costa do que mais tarde seria o Brasil.

Ao conquistar o périplo africano, os portugueses prosperavam e as novas descobertas aumentavam os conhecimentos técnicos e geográficos sobre navegação.

Para facilitar, segue abaixo uma organização temporal de todos os acontecimentos anteriores e posteriores da descoberta do caminho às Índias:

  • 1492: Tomada de Ceuta (Norte da África)
  • 1418-1432: Portugueses ocupam o Arquipélago dos Açores e introduzem os sistema de capitanias hereditárias.
  • 1434: Gil Eanes consegue dobrar o Cabo Bojador
  • 1444: Descoberto o Arquipélago de Cabo Verde
  • 1482: Diogo Cão atinge o Rio Zaire
  • 1486: Organização de expedição para o Oceano Índico comandada por Bartolomeu Dias
  • 1488: Dias ultrapassa o Cabo da Boa Esperança
  • 1498: Vasco da Gama descobre o caminho para as Índias avistando Calicute (oeste da Índia)
  • 1500: Cabral toma posse do Brasil

Fontes:
Migliacci, Paulo. Os Descobrimentos: Origens da supremacia européia. São Paulo: Editora Saraiva, 1994.
Silva, Janice Theodoro. Descobrimentos e Colonização. São Paulo: Editora Ática, 1987.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Descoberta_do_caminho_mar%C3%ADtimo_para_a_%C3%8Dndia
http://www.infopedia.pt/$descoberta-do-caminho-maritimo-para-a-india

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/historia/descoberta-do-caminho-para-as-indias/

Vários fatores contribuíram para as Grandes Navegações.

O déficit em relação ao comércio com o Oriente

O ocidente conseguia do Oriente açúcar, ouro, porcelanas, pedras preciosas, condimentos (pimenta, cravo), drogas medicinais (bálsamos, ungüentos), perfumes e óleos aromáticos.

Essas mercadorias eram recolhidas no Oriente pelos árabes e trazidas por caravanas até as cidades italianas que serviam de intermediárias para a venda dos produtos na Europa. As monarquias nacionais européias precisavam quebrar esse monopólio e descobrir novos meios de contato com o Oriente.

Aliança entre burguesia e os reis

Para realizar as grandes viagens marítimas, era preciso navios, homens e armas. Esse tipo de empreendimento só seria possível com o apoio do Estado e o capital da burguesia. Como os reis teriam uma participação nos lucros, eles resolveram financiar a expansão marítima. Como conseqüência, os Estados Nacionais seriam fortalecidos facilitando a submissão da sociedade aos reis.

Progresso técnico e cientifico

Caravela (representou um avanço para a navegação da época), bússola, astrolábio, sextante.

EXPANSÃO ULTRAMARINA PORTUGUESA

Portugal foi o primeiro país europeu a se aventurar pelos mares e vários foram os fatores que contribuíram para esse fato:

  • Insuficiência portuguesa em metais preciosos para a cunhagem da moeda
  • Falta de produtos agrícolas e de mão-de-obra
  • Desejo de expandir a fé cristã
  • Necessidade de novos mercados

Outros fatores como: posição geográfica favorável, conhecimentos náuticos, criação precoce de um estado nacional, ajudaram Portugal a ser o primeiro país a se lançar nas Grandes Navegações

A conquista de Ceuta foi o marco inicial da expansão ultramarina portuguesa.

A aventura portuguesa recebeu o nome de “Périplo Africano”, pois alcançou as Índias contornando a África no decorrer do século XV.

À medida que descobriam novas regiões, criavam feitorias. Nelas, ficavam alguns homens encarregados de negociar com os nativos do local. Os portugueses queriam adquirir somente lucros.

CRONOLOGIA

  • Segunda década do século XV as ilhas do Atlântico (Açores, Madeira e Cabo Verde) foram ocupadas
  • 1434 – os portugueses chegaram ao Cabo Bojador
  • 1460 – nesse ano, já se realizava um lucrativo comércio de escravos (de Senegal até Serra Leoa)
  • 1462 – Pedro Sintra descobriu o ouro da Guiné
  • 1481 – decretado o monopólio régio (exclusividade da coroa) sobre a exploração colonial
  • 1488 - Bartolomeu Dias contornou o Cabo da Boa Esperança
  • Entre 1497 e 1498 – Vasco da Gama chegou a Calicute, nas Índias dando por encerrada a aventura marítima portuguesa.

EXPANSÃO ULTRAMARINA ESPANHOLA

Somente após 1 século de atraso em comparação a Portugal é que os espanhóis começaram a sua participação nas Grandes Navegações.

CRONOLOGIA

1492 – Colombo descobre a América

De 1492 ate 1504 – descobrimento das Antilhas, Panamá e da América do Sul

1504 – Américo Vespúcio afirmou que as terras descobertas por Colombo eram um novo continente.

1513 – Nunes Balboa confirmou essa hipótese, atravessando por terra a América Central chegando ao Oceano Pacífico. Em homenagem a Vespúcio, deu o nome de América ao novo continente.

Entre 1519 e 1522 - Fernão de Magalhães iniciou a primeira viagem de circunavegação.

Outros países também se aventuraram pelos mares:

FRANÇA: Começou sua expansão ultramarina a partir de 1520. Os franceses exploraram a costa brasileira, saquearam o pau-brasil e tentaram, sem êxito, se estabelecer no Rio de Janeiro e no Maranhão. Também tomaram posse do Canadá e da Luisiana (sul dos EUA).

INGLATERRA: Por causa da Guerra das Duas Rosas (1455 – 1485) a Inglaterra também começou tarde sua aventura pelos mares.

HOLANDA: Os holandeses estabeleceram-se na Guiana, e em algumas ilhas do Caribe e na América do Norte onde fundaram Nova Amsterdã, que depois foi chamada de Nova Iorque. Promoveram, também, o tráfico de escravos negros.

CONSEQUÊNCIAS DAS GRANDES NAVEGAÇÕES

  • Sistema colonial português
  • Dominação das civilizações asteca e inca pelos espanhóis
  • Descoberta das minas de prata de Potosi (consideradas as maiores do mundo)
  • Ampliação do comércio mundial
  • Afluxo de metais preciosos
  • Preparação das revoluções Comercial e Industrial

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/historia/grandes-navegacoes/

Quais foram os motivos que impulsionaram as Grandes Navegações?

Insuficiência portuguesa em metais preciosos para a cunhagem da moeda. Falta de produtos agrícolas e de mão-de-obra. Desejo de expandir a fé cristã Necessidade de novos mercados.

Qual era o objetivo principal das Grandes Navegações?

Os dois grandes objetivos que caracterizaram as Grandes Navegações foram: Descobrir novas rotas comerciais para a Índia e extremo oriente; Descobrir outras terras e fontes de riquezas no além-mar.

O que motivou os europeus a realizarem comércio marítimo?

centralização política dos reinos absolutistas; aliança política entre os reis e a burguesia mercantil interessada na lucratividade da expansão ultramarina; divulgação da fé cristã para povos de outros territórios; aperfeiçoamento das técnicas navais.

Quais são os interesses envolvidos na expansão marítima?

INTERESSES ENVOLVIDOS (“FATORES”): BUSCA DE RIQUEZAS: ESPECIARIAS, OURO, PRATA... EXPANDIR OS DOMÍNIOS EUROPEUS. AMPLIAR OS PODERES DOS ESTADOS (REIS). CONVERSÃO/CATEQUESE DOS NATIVOS.