O que pode ocorrer caso em uma transfusão sanguínea ocorra incompatibilidade?

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Objetivo: A assistência de enfermagem durante o processo de transfusão sanguínea demanda uma série de conhecimentos, habilidades técnicas e a capacidade de intervir de maneira efetiva diante das complicações, visando garantir a segurança transfusional e a integridade do paciente. Visto que a revisão e atualização do conhecimento em hemoterapia e do processo de transfusão sanguínea é essencial para uma prática assistencial segura, o objetivo deste estudo foi descrever os principais cuidados de enfermagem exercidos pelos enfermeiros na assistência ao paciente adulto em todas as etapas do processo transfusional. Material e métodos: Trata-se de um estudo descritivo, de abordagem qualitativa, realizado em um centro de tratamento em doenças hematológicas na região norte do Brasil. Contou com a participação de dez enfermeiros cujos relatos foram colhidos por meio de entrevistas semiestruturadas gravadas em voz e transcritas posteriormente, no período de janeiro a março de 2020. Os dados foram analisados pelo método de análise de conteúdo de Bardin. Resultados: Os dados obtidos por meio da análise dos dados qualitativos permitiram a elaboração de três categorias temáticas: Cuidados de enfermagem nas etapas pré-transfusional, peri-transfusional e pós-transfusional. Discussão: O apanhado de cuidados levantados na pesquisa retrata a perspectiva do profissional na assistência de enfermagem em hemoterapia ao paciente adulto, delineando quais cuidados de enfermagem fazem parte de cada período do ato transfusional, a saber: na etapa pré-transfusional, o enfermeiro desempenha funções essenciais para o bom andamento do procedimento. Ele é o responsável por receber o paciente e acomodá-lo no leito, realizar anamnese e exame físico, puncionar e coletar o sangue do paciente que será encaminhado ao setor de testes sorológicos e compatibilidade, atentar à prescrição médica e dados do paciente para a identificação de erros, realizar a dupla-checagem com outro profissional e com o paciente, atentar para a qualidade e integridade do produto e instalar o hemocomponente. Durante o decorrer do procedimento os cuidados de enfermagem são voltados a acompanhar e monitorar o estado do paciente de modo a poder reconhecer e intervir imediatamente e de maneira eficaz caso uma reação transfusional ocorra, sempre atentando para o estado físico inicial do paciente. Ao finalizar o procedimento de transfusão sanguínea, o paciente deve ser reavaliado pelo enfermeiro por meio da aferição de sinais vitais e uma monitorização pós-transfusão, e correta realização de notificação de reações transfusionais e manejo de material. Conclusão: O processo de transfusão sanguínea é de competência da enfermagem, compreendendo cuidados minuciosos e de atenção clínica do enfermeiro, e deve ser amplamente divulgado e discutido para garantir a atualização em conhecimentos entre os profissionais que atuam em hemoterapia, para que possam realizar as práticas com seguridade e evitar a ocorrência de eventos adversos.

À transferência de um componente sanguíneo ou de sangue de uma pessoa (doador) para outra (receptor) damos o nome de transfusão sanguínea. Geralmente os médicos prescrevem a transfusão sanguínea para aumentar o volume de sangue do organismo, aumentar o número de hemácias que transportam oxigênio, corrigir distúrbios de coagulação ou melhorar a imunidade.

O médico, dependendo do motivo da transfusão sanguínea, irá prescrever o sangue total, com todos os seus componentes e células sanguíneas; ou, então, somente os hemocomponentes (componentes do sangue) como plasma, eritrócitos, plaquetas, fatores de coagulação sanguínea ou leucócitos. Ao prescrever os hemocomponentes isolados, o médico tratará o problema mais especificamente, diminuindo os riscos de efeitos colaterais e evitando o desperdício dos outros hemocomponentes que podem ser utilizados em outros pacientes.

Atualmente, as transfusões sanguíneas são mais confiáveis, mas ainda continuam causando alguns problemas no receptor, como reações alérgicas e infecções.

Para que ocorra a transfusão sanguínea, deve haver um doador de sangue. As pessoas que têm interesse em doar sangue passam por uma entrevista de triagem clínica antes da doação. Nessa entrevista, os pretensos doadores serão questionados sobre vários fatores que irão detectar algo que impeça ou não a doação. Após a entrevista, é feita a coleta do sangue que será levado para realização de exames, como testes sorológicos para hepatite B e C, doença de Chagas, sífilis, HIV, entre outros. O sangue também será classificado por tipo (tipo A, B, AB ou O) e fator Rh positivo ou negativo.

Como a transfusão sanguínea pode transmitir alguma doença, os órgãos sanitários tornaram mais rigorosas as seleções de doadores e fizeram com que os exames realizados no sangue doado fossem mais abrangentes.

A aférese, que significa separar, retirar, é um procedimento de doação de sangue, no qual a pessoa doa apenas um hemocomponente específico do sangue. O sangue total do doador passa por um aparelho que separa o hemocomponente desejado e faz com que o sangue retorne ao seu corpo. Dessa forma, a pessoa pode doar muito mais hemocomponentes do que em apenas uma doação de sangue total. Na doação de plaquetas é comum utilizar esse procedimento.

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Há um tipo de transfusão sanguínea chamada de hemaférese. Nesse procedimento, o sangue do paciente é removido e são retiradas substâncias ou componentes nocivos ao sangue. Após essa remoção, o sangue é devolvido ao paciente. Existem dois tipos de hemaférese: a citaférese e a plasmaférese. A citaférese retira o excesso de determinadas células sanguíneas. Esse método é utilizado no tratamento de doenças como policitemia (excesso de eritrócitos), leucemia (excesso de leucócitos) e trombocitose (excesso de plaquetas). A plasmaférese remove substâncias nocivas do plasma. Por ser um procedimento difícil e muito caro, a plasmaférese é reservada apenas a pacientes com doenças graves, cujo organismo não respondeu aos tratamentos convencionais.

A transfusão autóloga também chamada de autotransfusão é o procedimento mais seguro, pois o doador será o receptor. É muito utilizada quando a pessoa se submeterá a uma cirurgia e poderá precisar de sangue durante ou após a cirurgia.

Alguns problemas podem ocorrer em virtude da transfusão sanguínea, por isso os profissionais de saúde devem tomar precauções. Em uma transfusão sanguínea, as reações adversas começam em torno de 15 minutos após o início da transfusão e, havendo reações, o profissional responsável deverá suspender imediatamente o procedimento.

As reações mais comuns são febre, reações alérgicas (hipersensibilidade), dores de cabeça, edemas, prurido, erupção cutânea e tontura.

Apesar da triagem feita antes da transfusão, ainda podem ocorrer alguns problemas de incompatibilidade que levam à reação hemolítica. Nesse caso, o paciente apresenta dificuldade respiratória, pressão torácica, rubor e dorsalgia intensa. Reações graves e fatais são raras.


Paula Louredo
Graduada em Biologia

O que provoca incompatibilidade sanguínea em casos transfusão sanguínea?

O sangue original da pessoa rejeita o sangue doado, causando uma série de complicações. Isso pode acontecer quando a bolsa de sangue é trocada ou por erros de identificação do paciente, que acaba recebendo um tipo sanguíneo (A, B, AB ou O) incompatível com o seu ou com fator Rh (positivo ou negativo) trocado.

Quando uma transfusão sanguínea pode dar problema?

Em uma transfusão sanguínea também pode ocorrer contaminação bacteriana, causando febre, taquicardia, tremores, calafrios, aumento ou queda da pressão arterial, náuseas e vômitos. Nesse tipo de reação, o tratamento é feito com antibióticos.

Qual Is o S maiores problemas da transfusão de sangue incorreta?

Conhecer o tipo sanguíneo dos pacientes é fundamental em casos de transfusão de sangue, pois transfusões erradas podem causar até mesmo a morte do receptor. O maior problema da transfusão incorreta está no fato de que: a) a aglutinina do receptor pode causar a destruição das hemácias do doador.