Por que a maioria dos cientistas considera os vírus seres vivos apesar Deeles nãos erem formados por células?

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NOTA: Livro digitalizado na íntegra. Paginação original Boa leitura a todos e todas! Recomendações Shimon Erem General da Reserva das Forças de defesa de Israel Um dos mais famosos generais israelenses de todos os tempos "0 Dia do juízo! de Dave Hunt, aborda os assuntos mais cruciais e vitais de nossa época com uma profundidade enciclopédica... problemas de 'Vida ou Morte', que nos afetam tanto individualmente quanto como comunidade judaico-cristã. Em 1948, quando Israel tinha acabado de renascer como Estado soberano, 600 mil israelenses enfrentaram 80 milhões de árabes! Sessenta mil mal treinados e mal equipados 'soldados' de um exército recém-criado (seis meses apenas) esmagaram 600 mil soldados (uma razão de dez para um) de quatro exércitos árabes, bem treinados e fortemente armados, reforçados por unidades de outros sete países árabes, sem mencionar a ajuda efetiva dos britânicos. Vergonha e humilhação se abateram sobre todo o mundo islâmico! Para eliminar Israel, foi concebida uma estratégia formando a 'trindade ímpia': terrorismo islâmico, uma Europa hostil e antissemita, e uma Organização das Nações Unidas corrupta. 0 lema da conquista é: 'Primeiro o povo do sábado, depois o povo do domingo'. A _ 1 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Europa já foi invadida por hordas de muçulmanos. Tudo isso está documentado em 0 DIA DO JUÍZO!, de Dave Hunt. Quem será o próximo? Os EUA?! Como os profetas bíblicos, Dave Hunt tem uma visão e não hesita em dar o grito de batalha! O DIA DO JUÍZO! é um livro imperdível e um chamado à ação! Não podemos ignorar a afirmação de Tiago (2.26]: 'A fé sem obras é morta'\ Não só a Fé será morta, mas, ai de nós, o fiel também... a menos que façamos alguma coisa! Dave Hunt deixa isso bem claro em 0 DIA DO JUÍZO! É um livro extraordinário!". Richard Scott Coronel da Reserva do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos Ex-catedrático de Estudos de Segurança do Centro George C. Marshall, em Garmisch, Alemanha "0 DIA DO JUÍZO! é uma obra monumental em escopo, erudição e discernimento. Com base numa pesquisa minuciosa, o livro analisa o mais inquietante problema de segurança global que o mundo enfrenta hoje. Entre outras coisas, Dave Hunt convida o leitor a examinar e avaliar honestamente quase 1.400 anos de história islâmica. Para os estudantes de história, a franqueza de 0 DIA DO JUÍZO! é um alívio, se considerarmos que nos círculos acadêmicos de hoje esse tópico é tratado de modo a encobrir erros e defeitos. Os que acreditam que a militância islâmica é uma aberração da fé muçulmana, ou que os combatentes da jihad não têm planos (desumanos) para a dominação do mundo, ou que Maomé era um homem pacífico, têm que ler este livro. Dave Hunt expôs o ponto fraco do pensamento liberal ocidental, no que diz respeito à ameaça dos islâmicos à liberdade individual, à democracia e à paz mundial. De que outra forma poderíamos explicar o fato de que no Estado Islâmico de hoje praticamente não há lugar para as liberdades básicas que temos no Ocidente? Nós, que vivemos nas democracias ocidentais, ignoramos essa constatação tão bem documentada e preocupante, numa atitude perigosa para nós mesmos". Florene Miller-Watson Capelâ Nacional da WASP, Força Aérea dos Estados Unidos Uma das 25 pilotos femininas que integravam a formação original do Esquadrão de Transporte Auxiliar Feminino (WAFSde 2 _ • Recomendações • 1942 (em 1943, após a graduação, pilotos femininas recém-treinadas militarmente começaram a ser integradas ao WAFSJ. O nome do esquadrão foi depois mudado para Pilotos de Serviço Femininas da Força Aérea (WASPJ. A Sra. Watson é a Capelã Nacional do WASP. "0 DIA DO JUÍZO! é uma grande revelação para o público em geral, com relação à verdade sobre a religião islâmica. A apresentação dos fatos é feita de forma acadêmica e bem documentada, porém num estilo tão caloroso que torna a leitura muito interessante. Dave Hunt explica os fundamentos da nação de Israel e da religião islâmica, desde seus primórdios até os resultados que vemos hoje, quando os exércitos de Alá ameaçam dominar o mundo. 0 DIA DO JUÍZO! Ajudará o leitor a entender o que os muçulmanos fazem, o que pensam e qual deve ser a nossa resposta, sendo indicado tanto para os que estão bem informados sobre o Islamismo quanto para os que não conhecem sua natureza". Clyde F. Autio General de Divisão Reformado da Força Aérea dos Estados Unidos "É preciso esperar muito até que surja um livro com ousadia para desafiar o espírito dominante de uma cultura. 0 DIA DO JUÍZO!, de Dave Hunt, é um desses livros. Dave teve a coragem de tomar posição contra a fortaleza liberal da correção política, com seu potencial de promover divisão e destruição, apresentando um trabalho extremamente bem documentado a respeito de uma das maiores ameaças enfrentadas hoje pelos Estados Unidos, e provavelmente pelo mundo inteiro: o terrorismo muçulmano e a possível 'islamização' do Ocidente. 0 Sr. Hunt e eu temos várias discordâncias teológicas, sendo uma delas o papel da nação de Israel no futuro. Entretanto, aprendi anos atrás que, se eu lesse e ouvisse apenas as pessoas com quem concordo integralmente, estaria, na melhor das hipóteses levando uma existência banal, e, na pior delas, colocando-me em posição vulnerável diante dos ataques dos meus inimigos, por ignorar os fatos. 0 DIA DO JUÍZO! É um livro que todo líder, obreiro e pessoa influente na sociedade precisa ler. Ele não só mostra claramente os objetivos atuais do Islã, como também conta a longa história de uma religião que tem prosperado pela força. 0 livro também mostra que as nações dominadas por muçulmanos negam os elementos mais básicos de uma sociedade ocidental livre. Embora a maioria dos 3 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • muçulmanos não seja árabe, a dominação do Islã pela seita Wahhabi está levando a religião de volta à cultura nômade do século oitavo. O Ocidente precisa conhecer a verdade a respeito do Islamismo e se unir na guerra contra o terrorismo muçulmano, ou irá viver num mundo cheio de ódio, destruição, e ameaças, até a capitulação final de nossos mais preciosos direitos humanos. Precisamos exigir que nossos líderes, em todos os lugares, promovam a compreensão clara da ameaça que enfrentamos e anunciem medidas domésticas e internacionais para nos defender! Como Dave Hunt revela claramente, não podemos continuar permitindo que educadores, apologistas ou fanáticos muçulmanos usem nossas liberdades e instituições para atingir seus propósitos destrutivos". Dauid Funk Sargento da Reserva do Exército dos Estados Unidos "Sem dúvida, O DIA DO JUÍZO! é um livro imperdível! A extraordinária pesquisa histórica de Dave Hunt documenta a gravidade da ameaça que o Islamismo representa, não só para Israel, como para toda nação não-muçulmana da terra. Este livro prova de forma clara e fundamentada num sólido conhecimento que o Islamismo beligerante não é uma aberração, mas uma força global cujo propósito é destruir os próprios fundamentos da liberdade e da democracia na vida de cada homem, mulher e criança deste planeta - e ele não se deterá até que todo o mundo se submeta ao seu Deus, Alá. Como 0 DIA DO JUÍZO! ilustra muito bem, no coração do Islamismo reside uma ânsia de domínio absoluto que não pode ser aplacada; por isso, os líderes que amam a liberdade não têm outra escolha senão defender-se agora - ou serão dominados pelo resto da vida". Joseph Farah Fundador do Site WorldNetDaily.Com "0 que está acontecendo no mundo? Para onde caminhamos? Qual o significado disso tudo? Dave Hunt tem as respostas. Este livro é um toque de despertar para um mundo sonâmbulo que tenta entender acontecimentos que foram previstos no maior livro de todos os tempos, a Bíblia". 4 _ • Recomendações • Earl Poysti Fundador da Rádio Cristã Russa (RCR) Missionário ativo na época da Cortina de Ferro, continua exercendo influência até hoje como Presidente Emérito da RCR "Este novo livro de Dave Hunt é leitura obrigatória para todas as pessoas, no mundo inteiro. Bem escrito e fartamente documentado, O DIA DO JUÍZO! nos faz perceber que temos que acordar para o que está acontecendo no mundo. As informações que ele contém são chocantes, mas o leitor ficará agradecido por conhecer os fatos. Quanto mais se lê, mais instigante ele se torna. A coragem do autor ao citar nominalmente muitos de nossos líderes mais respeitados, expondo a verdade sobre a posição deles em relação ao Islã e a Israel, é particularmente impressionante". David Siegel Pesquisador Independente e Editor de Memórias de Sobreviventes do Holocausto; Cidadão Israelense "0 livro 0 DIA DO JUÍZO! - 0 ISLÃ, ISRAEL E AS NAÇÕES, de Dave Hunt, foi escrito a partir de uma clara perspectiva bíblica. 0 modo como o autor aborda o assunto não deixa margem para correção política, flexibilidade ecumênica ou lealdade denominacional. Para Hunt, muitos dos que afirmam ser cristãos não entendem o que a Bíblia diz sobre Israel, ou contrariam voluntariamente o que está escrito. Quer sejam presidentes, primeiros-ministros, papas ou proeminentes líderes protestantes, eles correm um grande risco ao irem contra o que está tão claramente expresso na Bíblia. Os exércitos alinhados contra Israel são bem organizados e extremamente empenhados em sua destruição. Seria uma sábia atitude para os cristãos decidir de que lado estão. Sendo um judeu de Israel, passei a valorizar, através dos escritos de Dave Hunt, o imperativo bíblico de que os cristãos que defendem o princípio sola scriptura devem dar apoio a Israel - espiritual, teológica e pessoalmente". 5 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Walid Shoebat Ex-Terrorista da OLP e Autor do Livro Why I Left Jihad (Porque Deixei a Jihad) "Há anos venho estudando os escritos de Dave Hunt, enquanto ele rema contra a maré, expondo o mal incansavelmente. Ao contrário de tantos outros que vêm e vão, ou outros ainda que diluem a verdade, Dave corre a carreira e combate o bom combate. De fato, por muitos anos, Dave Hunt tem sido uma grande inspiração para mim e para muitos outros que saíram das trevas do Islamismo. Em seu novo livro, 0 DIA DO JUÍZO!, Dave fala franca e abertamente, expondo a realidade como ela é. Com exatidão e muitas evidências históricas e bíblicas, ele mostra sem sombra de dúvida que, por sua irracional traição em relação a Israel, o mundo está numa espiral descendente - e não faz a mínima ideia do significado da Bíblia, de Israel e do perigo iminente. 0 DIA DO JUÍZO! é leitura obrigatória e crucial, abordando assuntos que não são tratados pela mídia mundial, e que se referem ao destino da humanidade e às consequências eternas que teremos que enfrentar se ignorarmos as advertências bíblicas tão bem detalhadas neste livro". Thad Hoyer Coronel da Reserva do Corpo de Fuzileiros dos Estados Unidos "Um dos princípios básicos da guerra é: conheça o inimigo. 0 livro 0 DIA DO JUÍZO!, de Dave Hunt, apresenta e explica a religião radical do Islã e as ações de seus seguidores. Todo militar que enfrenta essa perversão da verdade no campo de batalha está fadado à derrota, a menos que possa se libertar da ideia corrente de que todos os homens e suas crenças religiosas são bons, se entendidos corretamente. Este livro é leitura obrigatória para todo o pessoal do Departamento de Estado e do Departamento de Defesa, que comandam essa guerra atual. Os capelães militares deveriam também lê-lo, pois têm a obrigação de preparar suas tropas para que entendam as características históricas e religiosas do inimigo que vão combater". 6 _ • Recomendações • Hans Kristian Presidente do Comitê Sakharaov Internacional e Autor de 33 Livros "Este é o mais importante livro sobre os problemas do Oriente Médio e da Terra Santa. Por estranho que pareça, historiadores, políticos, jornalistas e até cristãos acreditam nas mentiras e falsificações da 'história' concebidas pelos muçulmanos e repetidas como se fossem verdadeiras durante décadas e séculos de propaganda. Dave Hunt vai até as raízes e extrai da história... o juízo sobre Israel, o Islã e as nações. Todos os que amam a verdade - quer sejam cristãos, muçulmanos ou judeus - deveriam ler este livro. Ele pode transformar corações - e até a política atual". Randall Price, Ph D. Fundador e Presidente de World of the Bible Ministries, Inc. Th.M. em Antigo Testamento e Línguas Semíticas e Ph.D. em Estudos do Oriente Médio, o Dr. Price é um autor prolífico que faz palestras sobre Israel e o Islã em todo o mundo. Ele também conduz grupos de estudos à Terra Santa e dirige escavações arqueológicas em Israel. "Alguém já disse que pode haver muçulmanos moderados, mas o Islamismo não é moderado. Dave Hunt expõe esse fato com grande habilidade e nos recorda que o Islamismo que produz o terrorismo atual é o mesmo de Maomé, seu fundador. Deste modo, a ameaça que ele representa hoje para o Judaísmo e o Cristianismo é tão grande quanto na época em que começou a ser difundido pela espada, no século sétimo. Contudo, a advertência fervorosa de Dave vai além da política e alcança a esfera profética, alertando-nos acerca do juízo que está para cair sobre este planeta, e mostrando como podemos escapar antes que esse dia chegue". 7 > > A realidade é mais dura do que a ficção < < Dedicatória Dedicado a todos os que amam a verdade e a liberdade, segundo a vontade de Deus, na esperança de que o mundo (muçulmano e não-muçulmano) escape da tirania do Islã. > > A realidade é mais dura do que a ficção < < 0 Dia do 0 ISLÃ, ISRAEL EM NAÇÕES Caixa Postal 1688 90001-970 • Porto Alegre/RS • BRASIL Fone: (51) 3241.5050» Fax: (51) 3249.7385 www.chamada.com.br • Tradução do original em inglês: Judgment Day! - Islam, Israel and the Nations Copyright © 2006 by Dave Hunt Publicado por The Berean Call Bend, OR 97708 (EUA) Tradução: Lucília Marques Pereira da Silva Revisão: Sérgio Homeni, Traudi Federolf, lone Haake, Célia Korzanowski Edição: Ingo Haake Capa e Layout: Émerson Hoffmann Todos os direitos reservados para os países de língua portuguesa Copyright © 2007 de Actual Edições R. Erechim, 978 - B. Nonoai 90830-000 - PORTO ALEGRE - RS/Brasil Fone: (51) 3241-5050 - FAX: (51) 3249-7385 www.chamada.com.br - Composto e impresso em oficinas próprias DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP) H939d Flunt, Dave O dia do juízo! : o Islã, Israel e as nações / Dave Hunt; tradução Lucília Marques Pereira da Silva. — Porto Alegre : Actual Edições, c2007. 416 p.; 15 x 22 cm. Tradução de: Judgment Day! : Islam, Israel and the nations. ISBN 978-85-7720-009-2 1. Anti-Semitismo. 2. Islã. 3. Israel. 4. Profecia. I. Título. CDU 296.2:297 CDD 296.397 (Bibliotecária responsável: Nádia Tanaka - CRB 10/855) índice Página Recomendações.1 Apresentação.15 1. O Palco Está Montado.17 2. O Ódio e Sua "Solução Final".37 3. Quem é Herdeiro da Terra Prometida?.63 4. A verdade Sobre a "Palestina".85 5. A verdade Sobre os "Refugiados".105 6. O Fundamento Pagão Islâmico do Terrorismo.131 7. "Paz" Feita de Ódio.159 8. Enfrentando a Dura Realidade.197 9. Apaziguamento em Nossos Dias.233 10. Ilusões e Destino.253 11. Rebelião e Juízo.279 12. Diferenças Importantes.301 13. Um Raio de Esperança?.327 14. O Mundo Precisa de um Messias.349 15. Destruição e Livramento Pelas Mãos do Todo-Poderoso.367 Apêndice - Paz no Oriente Médio.391 Glossário.401 Bibliografia Selecionada.407 O Autor.411 Apresentação O DIA DO JUIZO! E um livro surpreendente e instigante, indicado para estudiosos, analistas, pastores, políticos e para o público em geral. A análise das antigas profecias bíblicas e da atual política para o Oriente Médio, envolvendo o Islã, Israel e a nações, talvez seja a mais abrangente e clara já apresentada. Impressionantes fatos históricos e informações obtidas diretamente das fontes originais fazem deste livro uma obra emocionante e por vezes perturbadora - mas as de leitura obrigatória para a compreensão exata dos tempos proféticos em que vivemos. Não é difícil traçar paralelos entre a política de dar "terra em troca de paz" usada para apaziguar Hitler antes que ele iniciasse o extermínio sistemático de mais de seis milhões de judeus, e a estratégia atual das nações unidas contra Israel - mas Dave Hunt vai bem mais fundo que isso. Com uma exposição clara e detalhes minuciosos, O Dia do Juízo! revela os antigos planos engendrados contra os judeus e segue sua trilha tortuosa até os dias de hoje, com as operações militares secretas (e públicas] e as mentiras de presidentes americanos, embaixadores estrangeiros, empresários, educadores e líderes mundiais. Neste documentário sem meias palavras, Dave Hunt disseca com maestria o mito do direito dos palestinos à "Terra Prometida" e expõe 15 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • a fraude, a falsidade e a traição de uma comunidade internacional unida contra a nação judaica. Como escreve o autor: "A batalha por Israel é uma batalha pelas almas e pelo destino da humanidade. Se o Islã e as nações que cerram fileiras ao seu lado conseguirem seu objetivo de destruir Israel, então a humanidade [na perspectiva bíblica] estará eternamente perdida...". Por que os riscos são tão altos? Qual será o resultado final disso tudo? Descubra a incômoda mas incontestável verdade no relato apaixonado de Dave Hunt - O Dia do Juízo! 16 1 . 0 Palco Está Montado O DEUS DA BÍBLIA DECLARA: "Eu sou [...] Deus, e não há outro semelhante a mim; que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam [...] to dei a conhecer antes que acontecesse [...] novas coisas eu vos anuncio; e, antes que sucedam, eu vo-las farei ouvir". 1 Somente a Bíblia anuncia os principais acontecimentos da história com centenas ou até milhares de anos de antecedência. Essas profecias não deixam sombra de dúvida sobre a identidade do único Deus verdadeiro e mostram que a Bíblia é a Sua singular revelação à humanidade. Mas quem é este Deus que inspirou a composição da Bíblia, através de cerca de quarenta profetas diferentes, ao longo de um período de mil e seiscentos anos? A Bíblia diz que seu nome é "EU SOU [Yahweh]" 2 (significando que ele é auto-existente, sem início nem fim). Sete vezes ele é chamado de "o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó", 3 de quem os judeus são descendentes. E 202 vezes Ele é chamado de "o Deus de Israel", 4 a 17 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • quem deu a Terra Prometida. Mas Ele nunca é chamado de "Deus de Ismael" (de quem os árabes dizem descender) ou de "Deus dos árabes". É claro que Ele também nunca é chamado de "Deus dos americanos", nem dos franceses, russos ou qualquer outro povo. E, se existe uma coisa que está mais do que clara, é que esse Deus não é Alá. Se alguém se sentir muito ofendido com esses fatos, não reclame comigo - leve sua reclamação ao Deus da Bíblia. Meu objetivo é apenas apresentar com precisão o que a Bíblia diz - verdades que a maioria ignora e que muitos se recusam a aceitar, mas que iremos provar nas páginas que se seguem. Muita gente fica irritada porque a Bíblia está repleta de passagens em que Deus chama os judeus de "escolhidos” ou "eleitos". 5 Foi Ele quem fez essa escolha, quer gostemos ou não. Portanto, antes mesmo de começarmos este estudo, é preciso deixar claro qual é a identidade do Deus da Bíblia. Ao longo do texto, citaremos várias profecias bíblicas que provarão, sem sombra de dúvida, que tudo o que a Bíblia diz é verdade. Algumas das profecias que examinaremos em detalhe neste livro dizem respeito, especificamente, aos nossos dias. Elas montam o cenário onde ocorrerá o severo juízo de Deus, do qual o planeta Terra se aproxima rapidamente. Isso ficará claro, à medida que formos avançando. Indiscutivelmente, Israel é o principal tópico da profecia bíblica e dos noticiários dos jornais. A palavra "Israel" aparece em 2.296 versículos da Bíblia (na Edição Revista e Atualizada), enquanto "Jerusalém" aparece em 772 versículos. Por outro lado, a palavra "Jerusalém" não é usada nem uma vez no Corão. Apesar disso, os muçulmanos insistem em dizer que Jerusalém é sua terceira cidade sagrada. Essa é uma alegação falsa, como provaremos de forma incontestável, assim como o fato de que os que se autodenominam "palestinos" e afirmam que Israel está ocupando sua terra são impostores (veja maiores informações no capítulo 4). As profecias relativas a Israel e Jerusalém são precisas e não deixam margem a qualquer interpretação duvidosa. Examinaremos apenas aquelas que, inegavelmente, estão se cumprindo nos dias de hoje. Algumas delas advertem especificamente a respeito do juízo que Deus derramará sobre aqueles que tentam trazer "paz" ao 18 • 0 Palco Está Montado • Oriente Médio desobedecendo ao que Deus estabeleceu para Seu povo, Israel. Os métodos que o Ocidente tem adotado nas últimas décadas são condenados na Bíblia, inclusive o atual "mapa do caminho para a paz". 0 espantoso é que as profecias que estaremos focalizando nas páginas a seguir só poderiam se aplicar à época atual. Apesar de desprezado pelos líderes mundiais, que ignoram as advertências da Bíblia, Deus está agindo nos bastidores, produzindo os acontecimentos previstos em Sua Palavra. Nas próximas páginas, apresentaremos profecias específicas para os nossos dias e que já se cumpriram, exemplos do que Deus diz que está fazendo nesta terra - e o castigo que Ele está prestes a derramar sobre as nações por causa do modo como têm maltratado os judeus e a nação de Israel. As centenas de profecias cumpridas no passado são a garantia de que as advertências da Bíblia não são ameaças vazias. Um Cálice de Tontear, uma Pedra Pesada Há 2.500 anos, por intermédio do profeta Zacarias, o Deus da Bíblia declarou: "Eis que eu farei de Jerusalém um cálice de tontear para todos os povos em redor e também para Judá, durante o sítio contra Jerusalém!". 6 Essa é uma declaração surpreendente, pois além de afirmar que Jerusalém (que, naquela época, estava em ruínas) um dia seria o foco da atenção mundial, ela diz também que todos os vizinhos de Israel se uniriam para combatê-lo. Ao longo de toda a sua história, Israel teve muitos inimigos (egípcios, filisteus, sírios, assírios, babilônios, etc.). Entretanto, nunca "todos os povos em redor" (i.e., seus vizinhos) estiveram unidos com o propósito de destruí-lo. Isso está acontecendo hoje, pela primeira vez em toda a história de Israel, exatamente como a Bíblia previu! Além disso, essa união marca o início do fim do anti-semitismo, como veremos mais adiante. Deus prossegue dizendo: "Naquele dia, farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos". A linguagem é muito precisa: uma "pedra pesada" para "todos os povos", mas um " cálice de tontear" para os vizinhos de Israel. Qual é a diferença? 19 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Por mais de cinquenta anos, os vizinhos de Israel têm atacado aquele país incessantemente, mas os israelenses têm-se mostrado muito mais poderosos militarmente que seus oponentes, embora estes tenham um contingente cinquenta vezes maior e tenham tentado apanhá-los de surpresa. Depois de terem sido tão escandalosamente derrotados em todas as suas investidas, seus vizinhos tremem e fingem desejar a paz com o único objetivo, é claro, de conseguir enganar e aniquilar Israel. Essa estratégia foi elaborada pelo próprio Maomé, o fundador e profeta do Islamismo. 0 Deus da Bíblia prometeu proteger Israel, enquanto o Alá do Corão e do Islã jurou acabar com ele. A verdadeira batalha não é entre os árabes e os judeus, mas entre Alá e Yahweh. Não há dúvida sobre qual será o resultado, mas ambos os lados pagarão um preço muito alto: Israel será severamente castigado, e seus inimigos serão destruídos. Exatamente como foi profetizado, Jerusalém é hoje uma pedra pesada para toda a humanidade. Mas qual é o seu peso? As Nações Unidas gastaram um terço de seu tempo, ora deliberando e discutindo, ora condenando Israel por seu controle sobre Jerusalém. Uma pequenina nação, com apenas um milésimo da população do mundo, monopolizou um terço do tempo da ONU! Mais de sessenta mil votos individuais contrários a Israel foram dados na ONU. Esse é um peso e tanto, exatamente como a Bíblia previu! Mas, será que não é só uma coincidência? Vamos mostrar uma série de profecias que estão se cumprindo atualmente, até provar que essa história de "coincidência" é uma completa tolice. Os céticos têm acusado os evangélicos de tentar ajustar a profecia aos acontecimentos atuais, alegando que ninguém reconheceu tais profecias no passado e que isso só começou a acontecer depois de 1948, quando o Estado de Israel foi formado. Mas isso não é verdade. Durante séculos, antes que a formação de Israel acontecesse, a maioria dos cristãos evangélicos acreditava no retorno dos judeus à sua própria terra, com base na Bíblia, e pregava a respeito. Até mesmo o proeminente calvinista John Owen escreveu, no século XVII: "Os judeus vindos de todas as partes da terra, serão reunidos [...] e levados de volta à sua pátria". 7 Martim Lutero identificou algumas das profecias concernentes a Israel, mas, como elas ainda não tinham se cumprido em sua época, ele descartou os judeus como povo escolhido de Deus: "Se os 20 • 0 Palco Está Montado • judeus são descendentes de Abraão, então deveríamos vê-los de volta à sua própria terra [com] seu próprio Estado. Mas o que vemos? Nós os vemos espalhados e desprezados". 8 As profecias referentes a Israel não eram para a época de Lutero, e sim para a nossa. 0 simples fato de os judeus estarem de volta à sua própria terra, depois de passarem dois mil e quinhentos anos espalhados pelo mundo inteiro, e de falarem o hebraico original que o rei Davi usava há três mil anos, constitui um cumprimento notável de outra profecia bíblica relativa aos últimos tempos. Nenhum outro povo conseguiu reerguer sua nação, retendo sua língua original, depois de ter passado tanto tempo longe de sua terra. Essa pequenina nação recém-renascida teria motivos mais do que suficientes para tremer diante dos inimigos que a rodeiam e diante das condenações da ONU e da União Europeia. Com certeza, um país tão pequeno poderia ser facilmente intimidado. E claro que, se este fosse o caso, Israel não seria um peso para ninguém. Mas acontece que Israel não se deixa intimidar, nem por seus vizinhos, nem por ninguém. As Forças de Defesa de Israel estão entre as melhores do mundo. üomo um Fogo que Devora as Nações em Redor Isso cumpre uma outra profecia: "Naquele dia, porei os chefes de Judá como um braseiro ardente debaixo da lenha e como uma tocha entre a palha; eles devorarão, à direita e à esquerda, a todos os povos em redor Foi exatamente isso que aconteceu, para surpresa e desgosto do mundo. Preste atenção na repetição da construção gramatical em que Deus diz que fará algo no futuro, como porei, farei, etc., que aparece em muitas profecias sobre os últimos tempos. Deus está agindo na terra para preparar o cenário para o juízo sobre as nações. Aqueles que se recusam a reconhecer a operação da mão de Deus colherão as consequências de sua incredulidade diante de evidências irrefutáveis. Na Guerra do Yom Kippur, em outubro de 1973, os exércitos árabes do Egito e da Síria apanharam Israel completamente desprevenido. Oitenta mil egípcios dominaram os quinhentos israelenses que defendiam o canal de Suez, enquanto mil e quatrocentos tanques sírios varriam as colinas de Golan, com apenas um tanque is- 21 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • raelense de serviço para enfrentá-los. Os soviéticos sabiam exatamente quando o ataque iria ocorrer (6 de outubro de 1973) e retiraram o último dependente de seus quadros de funcionários no dia 5 de outubro. A Administração de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA) sabia que um Pearl Harbor árabe estava para acontecer contra Israel. Dezenas de alertas foram enviados ao gabinete do presidente Nixon e, faltando pelo menos dois dias para o ataque, a Casa Branca já possuía provas mais que suficientes de que ele iria ocorrer. Nixon, entretanto, por motivos particulares, preferiu não avisar Israel, provavelmente imaginando que essa terrível traição contra o único aliado verdadeiro dos americanos no Oriente Médio nunca seria descoberta. A Casa Branca finalmente alertou Israel com uma vergonhosa antecedência de apenas algumas horas, mas insistiu que Israel não fizesse nenhum ataque preventivo e se certificasse de não dar o primeiro tiro. No dia do ataque, Henry Kissinger, o então Secretário de Estado americano, ficou incomunicável no hotel Waldorf Astoria, em Nova York, e esperou mais três dias antes de se reunir com o Conselho de Segurança da ONU. Ele queria que os israelenses sangrassem um pouco. A maior parte do contingente militar de Israel estava de folga, celebrando o maior feriado judaico. 0 sucesso inicial dos agressores, quando Israel ainda tentava mobilizar seus militares e reservistas, deixou o mundo árabe tão eufórico que mais oito países árabes correram para se juntar ao massacre. Em vez de enviar suprimentos militares para Israel imediatamente, os Estados Unidos deram a desculpa de que precisavam agir com cautela para não irritar os árabes, evitando, assim, uma crise no fornecimento de petróleo. Além disso, eles também alegaram que nenhuma empresa aérea estaria disposta a entrar na zona de guerra para levar suprimento algum, nem mesmo as peças sobressalentes que Israel estava implorando. Naquela época, havia negociações sobre a questão do petróleo, em Viena. Qualquer país que ajudasse Israel na guerra teria que enfrentar um embargo de petróleo. "A União Soviética bloqueou qualquer tentativa da ONU de negociar um cessar- fogo e reforçou os exércitos árabes com armamentos e suprimentos, pelo ar e pelo mar". 10 Israel teve cerca de três mil mortos - uma percentagem enorme de sua população, que seria equivalente a cento e cinquenta mil mortos para os Estados 22 _ • 0 Palco Está Montado • Unidos. Se não fosse por uma série de acontecimentos que só podemos chamar de milagres, Israel não teria sobrevivido. 0 professor de história David A. Rausch escreve: "0 rei Hussein da Jordânia enviou dois de seus melhores regimentos blindados para a Síria. A Arábia Saudita e o Kuwait arcaram com o altíssimo custo financeiro da ofensiva, enviando também milhares de soldados para lutar contra os israelenses. 0 Kuwait emprestou ao Egito seus jatos Lightning, de fabricação britânica. 0 presidente da Líbia, Muammar Khadafi, cedeu quarenta caças Mirage III, de fabricação francesa, e cem tanques. Caças MiG, tanques e divisões de infantaria do Iraque lutaram nas colinas de Golã, enquanto um esquadrão de jatos Hunter iraquianos foi utilizado pelo Egito. Os árabes tinham certeza de que conseguiriam a extinção do Estado judeu e a 'libertação' da Palestina". 11 Esse foi o momento em que Israel esteve mais perto da derrota. Mas, quando a guerra acabou, as divisões de tanques israelenses estavam nos subúrbios de Damasco e do Cairo, e poderiam ter tomado essas cidades, se não tivessem sido chamadas de volta por razões políticas. Uma Severa Advertência a Todas as Nações Deus continua dizendo, através de Seu profeta: "Todos os que a [Jerusalém/Israel] erguerem se ferirão gravemente; e, contra ela, se ajuntarão todas as nações da terra". Não importa quão eficientes seus exércitos possam ser: Israel, obviamente, não pode derrotar todas as nações do mundo. Deus não desperdiça palavras. Um mundo unido numa grande ofensiva militar contra Israel não é uma especulação sem fundamento. Deus está dizendo claramente que todas as nações irão contra Jerusalém e que Ele defenderá Israel e as destruirá. Essa declaração solene aparece diversas vezes na Bíblia. Mas por que Deus enviaria todas as nações contra Jerusalém e Israel só para acabar com elas? Deus apresenta duas razões muito claras: "congregarei todas as nações e as farei descer ao vale de Josafá; e ali entrarei em juízo contra elas [castigá-las-ei] por causa do meu povo e da minha herança, Israel, a quem elas espalharam por entre os povos, repartindo a minha terra entre si". 12 Essa é uma profecia terrível, de linguagem precisa, e também diz respeito somente aos nossos dias. Durante dois mil e quinhen- 23 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • tos anos, todas as nações têm perseguido - e, portanto, espalhado - os judeus ao redor do mundo. Entretanto, só nos últimos oitenta anos a terra foi repartida. Ao longo dos séculos, Israel foi conquistado por várias nações: babilônios, romanos, turcos. Mas os conquistadores sempre ocuparam todo o território. Eles nunca repartiram a terra. Isso ocorreu só recentemente, pela primeira vez na história - e todas as nações se uniram para fazer a partilha. A Declaração Balfour, de 1917, a Conferência de Paz de Paris, de 1922, e a Declaração de Princípios da Liga das Nações, de 1922, reconheceram que a antiga terra de Israel (que passara a ser chamada de "Palestina") pertencia ao povo judeu. A terra foi separada para ele e a Grã-Bretanha foi encarregada de garantir que a "Palestina" voltasse a ser a pátria dos judeus espalhados pelo mundo inteiro. Mas em vez disso, para agradar os árabes por causa do petróleo, a Inglaterra dividiu a Palestina e deu mais de 70 por cento dela ao seu protegido, o Emir Abdullah Hussein, quando este foi forçado a abandonar o antigo domínio hashemita na Arábia. O presente transformou-se no Reino Hashemita da Transjordânia, hoje conhecido como Jordânia. Imediatamente, os muçulmanos demoliram todas as sinagogas e expulsaram todos os judeus. Isso ocorreu meses antes da fundação do Estado de Israel. A derrocada do Império Britânico, onde "o sol nunca se punha", pode ser contada a partir do momento em que os britânicos traíram os judeus, como Deus já havia alertado: "Amaldiçoarei os que te amaldiçoarem” (Gn 12.3). Na Resolução 181 da ONU, promulgada em 29 de novembro de 1947, as nações se reuniram para repartir ainda mais a terra. Israel recebeu apenas 13 por cento do território originalmente designado para ser a pátria nacional judaica. Os judeus estavam felizes por terem conseguido alguma coisa. Os árabes, no entanto, queriam tudo. Eles se revoltaram e atacaram assentamentos judaicos, implantando o terror. Toda assim chamada proposta de paz que as potências ocidentais têm tentado impor a Israel desde então se baseia na exigência de que o país entregue mais terras aos "palestinos". O apelo é sempre o mesmo: "É só dar a eles um pouco mais!" O "mapa do caminho para a paz", do presidente Bush, bate na mesma tecla - repartir mais ainda a terra. Mas Deus disse: "Também a ter- 24 • 0 Palco Está Montado • ra não se venderá [ou negociará] em perpetuidade, porque a terra é minha 14 A paciência de Deus já está quase se esgotando. Sua ira santa está dirigida contra as nações do mundo de hoje, por terem repartido sua terra, e contra Israel, por ter concordado com isso (aos olhos de Deus, o fato de Israel estar sendo pressionado pelo mundo não é desculpa para sua desobediência). E Ele castigará todos os envolvidos. O presidente Bush, que afirma ser cristão e ler sua Bíblia diariamente, deveria tremer, assim como os outros participantes do "mapa do caminho"! Eles estão desafiando a Deus e planejando fazer exatamente aquilo que Ele diz que trará Seu mais severo castigo: ''vem do Todo-Poderoso como assolação''. 15 Falaremos sobre esse acontecimento terrível no último capítulo. É impressionante o número de cristãos e judeus que declaram crer na Bíblia, mas permanecem cegos no que se refere a essas profecias cujo cumprimento está tão próximo. Entra em cena o Islã! Os inimigos que hoje rodeiam Israel têm uma coisa em comum: todos são muçulmanos. Um dos princípios fundamentais do Islã é que Israel e todos os judeus têm que ser destruídos. Por esse motivo, seus seguidores se qualificam de um modo todo especial para receberem a ira do Todo-Poderoso. Porém, essa profecia foi registrada na Escritura mais de mil anos antes da fundação do Islamismo. Segundo registra a hadith Sahih* de Al-Bukhari, Maomé afirmou: "0 juízo final não virá enquanto os muçulmanos não combaterem os judeus e os destruírem. Nesse dia, Alá dará voz às pedras e às árvores, e elas gritarão: 'Ó muçulmano! Ó Abdullah! Há um judeu escondido atrás de mim. Vem e mata-o!'." 16 A ideia de que todo judeu tem que ser morto não é um ensinamento marginal, mas sim um dos conceitos fundamentais do Islamismo, ensinado aos muçulmanos há séculos, desde tenra idade. Esse conceito também é ensinado em toda escola muçulmana, no mundo inteiro, inclusive nos Estados Unidos. Mas, por que Israel precisa ser destruído? Não bastaria apenas deixar o país onde está e isolar os desprezados judeus do resto do 25 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • mundo, confinando-os ali? Não seria suficiente reduzir sua população à pobreza, impondo um boicote econômico? Para os muçulmanos, isso não é suficiente, porque uma parte da terra que afirmam ter sido prometida por Alá exclusivamente a eles permaneceria nas mãos dos judeus. A própria existência de Israel revela a falsidade das palavras do profeta Maomé, do Corão e da tradição islâmica, que dizem que a terra da Palestina pertence exclusivamente aos árabes - e que eles triunfarão sobre os judeus. 0 Estado judaico de Israel tem que ser esmagado! Caso contrário, estará provado que o Islamismo é uma religião falsa. Enquanto o Islamismo existir, apesar de toda retórica e montanhas de negociações de paz, o conflito no Oriente Médio não terá outra solução senão a aniquilação de Israel. Imaginar outra saída, ou achar que os árabes têm outra intenção, é se enganar. Numa conferência do Comitê Islâmico para a Palestina, realizada em Chicago, de 28 a 31 de dezembro de 1990, o Sheik Abdul Aziz Oudeh, um dos líderes do movimento Jihad Islâmica, declarou: "Agora, Alá está trazendo os judeus em grandes grupos, vindos de todas as partes do mundo, de volta à Palestina. Aqui será sua sepultura gigante, onde a promessa se cumprirá sobre eles e o que está escrito será feito". 17 É claro que ele não estava se referindo às diversas profecias bíblicas de que Deus, nos últimos dias, reuniria os judeus novamente em sua própria terra, onde o Messias voltará para reinar sobre eles e sobre o mundo, no trono de Seu pai, Davi. Ele estava se referindo, obviamente, à profecia de Maomé (completamente antagônica à Bíblia), de que os muçulmanos matariam todos os judeus no último dia. Foi também a essa profecia que o Sheik Yussef al-Kirdawi se referiu em 1989, em Kansas City, quando discursava para um grupo de homens muçulmanos que estava recrutando para a "guerra santa": "Na Hora do Juízo, os muçulmanos lutarão com os judeus e os matarão". 18 Com certeza, a principal batalha não é a que envolve árabes e judeus, mas sim a que se trava entre Alá, o deus do Islã e do Corão (que odeia os judeus e jurou destruí-los), e Yahweh, o Deus da Bíblia (que ama os judeus e jurou protegê-los). Está mais do que óbvio que Alá e Yahweh não são o mesmo Deus! As consequências para os que seguem o "Deus" errado serão gravíssimas. Esse é um problema que os líderes políticos, militares e religiosos não querem enfrentar. Agindo assim, estão desafiando 26 _ • 0 Palco Está Montado • o Deus da Bíblia e serão punidos. Se isso não vai acontecer exatamente como foi profetizado, então todos os seminários e igrejas cristãs deveriam fechar as portas, porque estão encenando uma completa farsa. Não podemos escolher algumas partes da Bíblia e rejeitar outras - mas esse desafio irracional à autoridade de Deus é cada vez mais comum hoje em dia. Isso é o Islã! Não existe nenhum mapa árabe/muçulmano no mundo inteiro que mostre o Estado de Israel! Os logotipos da OLP e de grupos terroristas similares mostram a "Palestina" sem Israel. Para muçulmanos e "palestinos", Israel não existe, e eles estão determinados a fazer disso uma realidade. Aparentemente, embora nunca tenha percebido esse fato condenatório, Israel também não está no mapa do Oriente Médio pendurado na parede do apartamento dos membros da organização conhecida como Christian Peacemaker Team, que "moram em Hebrom, solidários aos palestinos em sua luta contra o 'colonialista' Israel". 19 Enquanto esses fatos não forem enfrentados e tratados de alguma forma, qualquer plano de "paz" para o Oriente Médio será uma tola ilusão. Embora haja árabes vivendo em todos os países do Oriente Médio, e coletivamente chamemos esses países de "o mundo árabe", essas nações vizinhas que buscam a destruição de Israel não são primordialmente de descendência árabe. Os libaneses, sírios e iranianos não são árabes, assim como os iraquianos, egípcios, líbios, marroquinos, tunisianos, argelinos, etc. Só os sauditas são árabes. 0 Islamismo é uma religião árabe que se originou na Península Arábica. Foram as conquistas realizadas no passado pelas legiões islâmicas de guerreiros da jihad que "converteram" os vizinhos de Israel sob ameaça de morte: "Submetam-se a Alá, ou morrerão!" E é exatamente a religião do Islã - à qual foram forçados a se converter e à qual se devotam fanaticamente hoje em dia - que une esses povos tão diversos no furor de aniquilar Israel. Os vizinhos de Israel não se uniram étnica, política ou religiosamente quando a impressionante profecia de Zacarias foi entregue, há dois mil e quinhentos anos (deve ter parecido algo totalmente impossível naquela época). Até mesmo o popular T. E. Eawrence (Lawren- 27 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • ce da Arábia) achava impossível unir os árabes, num sentido de nacionalismo. A única unidade possível foi obtida "invocando o preconceito religioso profundamente arraigado entre aqueles povos contra os judeus palestinos De sua parte, os britânicos culpavam os judeus por provocarem ódio nos árabes e os levarem a praticar assassinatos "por causa de sua presença na área". Se não fosse por seu ódio comum a Israel, essas nações hoje estariam em guerra umas com as outras. Não é possível explicar a atual situação no Oriente Médio sem reconhecer que o que une os vizinhos de Israel contra os judeus é sua devoção à religião islâmica. Porém, os negociadores ocidentais se recusam a reconhecer isso, anulando completamente as chances de sucesso de suas estratégias para pacificar aquela região. A unidade religiosa não é a herança ancestral dessas nações. No passado, todas elas adoravam diferentes deuses e lutavam entre si. Foi a conquista muçulmana iniciada no século VII que uniu esses países à força, sob o nome de Alá e do Islã. Esse foi o império que mais rapidamente se espalhou e mais se expandiu, em todos os tempos, e é o maior exemplo do imperialismo de que as nações muçulmanas acusam Israel! Os líderes árabes vêm repetindo, há mais de cinquenta anos, que "a luta contra o inimigo sionista não diz respeito às fronteiras de Israel, mas sim à sua própria existência". 20 Essa declaração não parte de alguns poucos fanáticos, mas de todo muçulmano de verdade, que conhece e pratica sua religião. Isso é o Islã! Entretanto, o Ocidente foge dessas questões fundamentais em sua tentativa de estabelecer a "paz" no Oriente Médio. Jerusalém: Outro Sinal nos Dias de Hoje 0 fato de possuírem uma grande parcela das reservas mundiais de petróleo, permite às nações muçulmanas manter uma ameaça constante sobre o Ocidente, em benefício do Islã e de Alá. Ciente disso, a União Europeia continua lembrando ao Estado judeu que "não reconhece a soberania de Israel" sobre Jerusalém. 0 Vaticano, por suas próprias razões (vários documentos oficiais afirmam que a Igreja assumiu o lugar de Israel como "povo de Deus"), opõe-se firmemente a Israel, tendo-se recusado, inclusive, a reconhecer sua 28 _ • 0 Palco Está Montado • existência até 1994, quarenta e seis anos depois de sua declaração de independência. A OLP está no controle do Monte do Templo, o próprio coração e alma de Jerusalém. As nações do mundo não querem reconhecer Jerusalém como a capital de Israel. A ONU vem tomando o partido dos árabes sistematicamente. Diante disso, o fato de a própria ONU ter separado, em 1947, uma área para a criação do Estado de Israel - algo que ela não faria hoje - torna-se um milagre ainda maior, cumprindo a profecia bíblica. A ONU se opõe de forma inflexível a Israel e a tudo que essa nação faz. Com esse procedimento, ela desafia o Deus de Israel e Sua promessa de restaurar plenamente o Seu povo na terra que Ele mesmo lhe deu, "desde o rio do Egito ale ao grande rio Eufrates". 21 De 1967 até 1989, das 865 resoluções do Conselho de Segurança e da Assembleia Geral da ONU, 526 foram contra Israel. 0 último voto antiárabe ocorreu há cinquenta e oito anos, em 1947. A ONU não condenou nem uma vez sequer os que, desde 1948, sem nenhuma provocação, fizeram cinco guerras contra Israel, com a intenção declarada de aniquilar o país. Os terroristas também nunca foram condenados pela ONU. Em novembro de 2003, Israel encaminhou seu pri¬ meiro requerimento cfe resolução desde 1976, solicitando a condenação dos terroristas árabes que atacam, deliberadamente, mulheres e crianças israelenses. O pedido foi rejeitado e, em seu lugar, a ONU aprovou uma resolução exigindo a proteção das crianças palestinas contra Israel. Em 25 de março de 2004, os Estados Unidos bloquearam uma proposta do Conselho de Segurança da ONU, no sentido de condenar o ataque de Israel que matou o líder e fundador do Hamas, Sheik Ahmed Yassin, porque o Conselho se recusou a condenar também os ataques terroristas do Hamas a civis israelenses. No mês seguinte, um míssil de Israel matou o sucessor de Yassin, Ab-dul-Aziz Rantisi (não é de admirar que os vizinhos de Israel tremam, considerando-se a tecnologia, a precisão e a execução impecável que são necessárias para identificar imediatamente os ocupantes de um carro e destruí-lo com um míssil, em questão de minutos!). 0 Hamas não divulgou a identidade do sucessor de Rantisi por motivos óbvios. Mais uma vez, o mundo inteiro condenou a justa execução de um líder terrorista e autor de assassinatos em massa, mas não disse uma palavra contra as centenas de ho- 29 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • mens-bomba treinados, equipados e enviados pelo Hamas a Israel para matar, deliberadamente, civis inocentes. De fato, os terroristas suicidas (que o presidente Bush chama de "terroristas homicidas", i.e., assassinos 22 ) são as pessoas mais reverenciadas no território da OLP. 0 jornal controlado pela OLP publica "anúncios de casamento" e convites para que as pessoas participem das comemorações com as famílias que estão festejando o "casamento” de seus filhos terroristas com as "virgens de olhos negros" do Paraíso, na ocasião de seu martírio por suicídio em Israel, matando mulheres e crianças inocentes. Na manhã de 11 de setembro de 2001, num fuso horário com seis horas a mais, em relação à costa leste americana, um editorial publicado no jornal Al-Hayat al-Jadida, controlado por Arafat, dizia: "Os homens-bomba de hoje são os nobres sucessores dos bombardeiros suicidas libaneses que ensinaram uma dura lição aos fuzileiros americanos [243 foram mortos na destruição do quartel de fuzileiros]. Esses homens-bomba são o sal da terra, os motores que movem a história [...] os mais dignos de honra dentre todos nós". Então, as Torres Gêmeas caíram, para glória do Islã e de Alá - e milhares de pessoas dançaram e aplaudiram em frenesi, por todo o mundo muçulmano. Desde aquele dia, a América pergunta atônita: Por que as Torres Gémeas caíram e por que empresas e entidades dos Estados Unidos estão sendo atacadas por terroristas muçulmanos no mundo inteiro? Por que eles nos odeiam tanto, depois de tudo que tentamos fazer? Não pode ser porque invadimos o Afeganistão e o Iraque - os ataques de 11 de setembro aconteceram antes disso. Por mais chocante que possa parecer, a pergunta que deveríamos fazer é: Por que não houve muitos outros ataques semelhantes, em todos os Estados Unidos? Como veremos, os terroristas não são extremistas (é preciso desfazer esse engano, se quisermos ter sucesso na luta contra o terrorismo). Eles são verdadeiros muçulmanos que seguem com zelo o exemplo e os ensinamentos de Maomé, do Corão e da Hadith. Eles não nos odeiam por causa do apoio que damos a Israel - se não houvesse Israel para eles focalizarem sua energia, haveria ainda mais terrorismo mundial. Eles nos odeiam por causa do nosso sucesso e da liberdade que defendemos e praticamos - algo que o Islã não pode tolerar. Madri e Londres aprenderam que a Al-Qaeda pode atacar em qualquer lugar e a qualquer hora. Mas por que não aconteceu ne- 30 • 0 Palco Está Montado • nhum grande ataque nos Estados Unidos desde o atentado de 11 de setembro? No início de julho de 2005, o especialista em contra-terrorismo Juval Aviv disse: "Minha previsão, com base principalmente nas informações que circulam na Europa e no Oriente Médio, é que um ataque é iminente [...] aqui nos Estados Unidos". 23 0 editor do WorldNetDaily, Joseph Farah, vem afirmando, já há algum tempo, que a Al-Qaeda tem artefatos nucleares escondidos dentro dos Estados Unidos. 24 Paul Williams, ex- consultor do FBI, afirma que não há dúvida de que a Al-Qaeda já contrabandeou dezenas de armas nucleares completamente montadas para dentro dos Estados Unidos. Ele diz que, "de acordo com líderes da Al-Qaeda que já foram capturados e alguns documentos apreendidos, o plano se chama 'Hiroshima Americana' e envolve a detonação de vários artefatos nucleares que já entraram nos Estados Unidos pela fronteira mexicana". 25 Um membro anônimo do Departamento de Segurança Interna afirma que "órgãos da inteligência, dentro dos Estados Unidos, dizem que é provável que aconteça um ataque nuclear ou, mais provavelmente, muitos ataques simultâneos espalhados por todo o território americano". 26 Existem literalmente muitos milhares, senão milhões, de jovens muçulmanos, de ambos os sexos, prontos e ávidos por garantir sua entrada imediata no "Paraíso" do Islã, morrendo como terroristas suicidas em ataques aos Estados Unidos, não só no Iraque como no próprio território americano. Não é alarmismo dizer que poderíamos estar vendo homens-bomba agindo nos shopping centers, ônibus e trens nos EUA. A pergunta é: Por que isso ainda não aconteceu? As fronteiras americanas, especialmente com o México, são fáceis de penetrar. A situação mundial é muito mais grave do que o cidadão comum, que se informa apenas através da mídia, consegue imaginar. Este livro explica o que a profecia bíblica diz sobre o perigo que corremos atualmente, aonde ele nos levará e o que podemos fazer a respeito. Jerusalém Pisada Pelos Gentios Estamos testemunhando também em nossos dias o contínuo cumprimento da notável profecia de Cristo: "Até que os tempos dos gentios se completem, Jerusalém será pisada por eles" 27 . Jeru- 31 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • salém foi disputada e ocupada por quase todas as principais potências da história. Atualmente, embora Israel detenha o controle militar da cidade, os não-judeus continuam rejeitando sua legitimidade e impondo diretrizes políticas práticas com respeito a Jerusalém. De acordo com Cristo, isso continuará acontecendo até o Armagedom, quando se cumprirão "os tempos dos gentios". Quando Israel tomou Jerusalém Oriental e seus soldados choraram no Muro das Lamentações, parecia que Jerusalém tinha sido finalmente libertada da dominação gentia. Entretanto, o general Moshe Dayan, agindo por conta própria, sem aprovação oficial, en¬ tregou o Monte do Templo (o local mais sagrado de Israel) ao rei da Jordânia, provavelmente tentando provar às nações árabes que Israel tinha intenções pacíficas. Em 1994, a Jordânia entregou o Monte do Templo à OLP. Essa organização abertamente terrorista permanece no controle através de seu Waqf (encarregado das mesquitas muçulmanas instaladas no Monte do Templo). Atualmente, o Waqf está construindo ali a maior mesquita subterrânea do mundo (enfraquecendo as muralhas que sustentam o Monte do Templo e pondo a culpa dos desmoronamentos em Israel), ao mesmo tempo em que tenta eliminar qualquer vestígio de presença histórica judaica no local. Durante a construção, o Waqf já destruiu toneladas de artefatos arqueológicos de valor incalculável. A OLP alega, desafiadoramente, que nunca houve um templo judaico no Monte do Templo e que aquele local nunca foi sagrado para os judeus - e a maior parte do mundo acredita nessa mentira! De fato, há numerosos documentos árabes e muçulmanos, datados de séculos atrás, que reconhecem Jerusalém e o Monte do Templo como sendo sagrados para os judeus. Em 1225 d.C., o geógrafo árabe Yakut afirmou que Meca era "sagrada para os muçulmanos" e que "a cidade de Jerusalém era sagrada para judeus e cristãos, como havia sido por 3.000 [anos]". 28 Na antiga literatura árabe, há muitas referências ao fato de que o Domo da Rocha foi construído no local das ruínas do Templo de Salomão. O próprio fato de que aquele lugar, pelo menos até onde é possível recuar no tempo, sempre foi chamado de Monte do Templo prova que ali havia um templo - que só pode ter sido judaico, e não islâmico, porque os muçulmanos não constroem templos, e sim mesquitas. A Enciclopédia Palestina de 1978 diz: "Desde a destruição do Templo, a ligação com judeus e cristãos foi cortada". 29 A própria 32 • 0 Palco Está Montado • Autoridade Palestina reconheceu que "Umar [na verdade, não foi Umar, mas Abd al- Malik] ordenou a construção de uma mesquita [o Domo da Rocha] no local das ruínas do templo [...] uma revificação do velho templo judaico [...] a mesquita não foi uma 'usurpação' de um lugar santo judaico, mas sim uma forma legítima de honrar aquele lugar". 30 Apesar disso, um dos principais argumentos que os muçulmanos usam atualmente contra Israel é a mentira de que Jerusalém e o Monte do Templo pertencem a eles - e o mundo inteiro adota um comportamento em relação a Israel com base nisso! Israel considera Jerusalém como sua capital. A cidade tornou-se capital de Israel na época do rei Davi, há três mil anos. 0 Knesset (Parlamento) de Israel está localizado ali, mas as embaixadas das outras nações (com exceção da Costa Rica e de El Salvador], estão localizadas em outra cidade. A Resolução 181 da ONU, promulgada em 29 de novembro de 1947, que dividiu a "Palestina", decretou que "a cidade de Jerusalém será estabelecida como um corpus separatum, sob um regime internacional especial, e será administrada pelas Nações Unidas". 0 Conselho de Segurança da ONU, através da Resolução 478, declarou que a Lei de Jerusalém, promulgada em 1980, que designava Jerusalém como a "eterna e indizível" capital de Israel era "sem validade e precisava ser revogada imediatamente" (14-0-1, com abstenção dos Estados Unidos). A resolução instruiu os estados-membros a retirarem suas representações diplomáticas da cidade como medida punitiva. Em 26 de março de 1999, a União Europeia publicou a "Declaração de Berlim", apoiando um Estado palestino independente, e o embaixador alemão em Israel reiterou que a UE considera a declaração de corpus separatum da Resolução 181 da ONU como "lei internacional". A ONU, a UE e o Vaticano repetem, constantemente, que a "ocupação” de Jerusalém por Israel é ilegal. Portanto, a profecia de Cristo continua se cumprindo em nossos dias. 0 decreto sobre a embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém, aprovado pelo Congresso americano em 1995, estabelece que "Jerusalém deve ser reconhecida como capital do Estado de Israel; e a Embaixada dos Estados Unidos em Israel deve ser estabelecida em Jerusalém, em data não superior a 31 de maio de 1999". Desde então, a transferência da embaixada de Tel Aviv para Jerusalém é suspensa pelo presidente a cada semestre, sempre com a explicação de que "a Presidência continua empenhada em iniciar o processo 33 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • de transferência de nossa embaixada para Jerusalém". Por causa do Decreto da Embaixada, os documentos e websites oficiais do governo americano referem-se a Jerusalém como capital de Israel. De sua parte, Israel não se considera comprometida com a Resolução 181 porque ela foi rejeitada pelos árabes na ONU e em seu ataque coordenado sobre o novo Estado de Israel. O parágrafo 214 do Decreto de Autorização de Relações Exteriores, de 2003, estabelece: O Congresso mantém seu compromisso de transferir a Embaixada dos Estados Unidos em Israel para Jerusalém e insta o Presidente a iniciar imediatamente o processo de mudança da Embaixada dos Estados Unidos em Israel para Jerusalém . 31 Ainda Pisada Pelos Gentios Para o presidente Bush, esse parágrafo é apenas um "conselho", pois, segundo ele, "interfere de forma inadmissível com a autoridade constitucional do presidente". 32 Tecnicamente, Bush está correto. A Constituição dos Estados Unidos reserva a condução da política externa à competência do presidente. Portanto, decretos do Congresso que legislam sobre política externa são inválidos. Mas ficamos nos perguntando por que, sendo um cristão declarado, o presidente Bush reluta em dar um passo que honraria a Bíblia e o Deus de Israel, principalmente quando o Congresso quer que ele faça isso. Será que Bush tem medo de ofender os muçulmanos porque eles controlam a maior parte do petróleo mundial? Com certeza, ele não está intimidado pelas ameaças que eles constantemente fazem contra a simples ideia dos Estados Unidos transferirem sua embaixada para Jerusalém. Uma dessas mais recentes ameaças veio do Sheik Ibrahim Madiras, num sermão transmitido pela televisão palestina, em 7 de janeiro de 2005: "Bush cavou uma sepultura no dia em que invadiu o Afeganistão e preparou-a para o enterro no dia em que invadiu o Iraque. Por Alá, a América será enterrada no dia em que a embaixada americana for transferida para Jerusalém [...]". 33 O sheik reconhece que 34 _ • 0 Palco Está Montado • a batalha por Jerusalém representa o confronto entre Alá e o Deus da Bíblia. Ao visitar Jerusalém em 1998, o ministro das Relações Exteriores do Vaticano também chamou a presença israelense em Jerusalém Oriental de "ocupação ilegal". Em março de 1999, Israel foi notificado mais uma vez de que a União Europeia "não reconhece a soberania de Israel" sobre Jerusalém. Numa bula papal, emitida por ocasião do jubileu do ano 2000, João Paulo II rejeitou, novamente, a soberania de Israel sobre Jerusalém. Em meados de fevereiro de 2000, o Vaticano assinou um acordo com a OLP solicitando "garantias internacionais" para preservar "a identidade própria e o caráter sagrado" de Jerusalém, sob o controle internacional. O diretor do Waqf, Adnan Husseini, declarou: "Israel precisa lembrar-se de que Jerusalém não é uma cidade israelense, mas sim palestina, e nós decidimos o que acontece aqui". 34 Exatamente como Cristo profetizou há quase dois mil anos, Jerusalém ainda está sendo pisada pelos gentios! Não há lugar onde esse fato esteja melhor documentado do que no livro Jerusalém: The Truth (Jerusalém: A Verdade, não traduzido para o português), uma compilação de editoriais escritos por David Bar-Illan, Editor Executivo do jornal Jerusalém Post. O Deus de Israel não permitirá que esta profanação de Sua "cidade santa", 35 a "cidade de Deus", 36 continue além do tempo indicado por Cristo. De fato Jerusalém é cidade de Israel há três mil anos, desde sua fundação por Davi. Os árabes que se autodenominam "palestinos" contestam essa reivindicação. A quem pertencem realmente a cidade de Jerusalém e toda a terra que antes constituía Israel, mas agora é erroneamente chamada de "Palestina"? A verdade é uma questão de história e testemunho bíblico, muito fácil de provar. Notas: 1. Isaías 42.9; 46.9,10; 48.5. 2. Êxodo 3.14. 3. Êxodo 3.6,15,16; 4.5; Mateus 22.32; Marcos 12.26. 4. Êxodo 5.1; 24.10; Josué 7.13; I Samuel 1.17; I Crônicas 16.15-19. 5.1 Crônicas 16.13; Salmos 105.6,43; Isaías 65.15. 6. Zacarias 12.2. 7. Citado no site Bridges for Peace, em 21 de maio de 2004. 8. J. Randall Price, artigo apresentado na Conferência do Grupo de estudo Pré-Tribulacionista, em 6 de dezembro de 2004. Disponível em: http:/www.pre-trib.org/article- view.php?id=218. 35 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • 9. Zacarias 12.6. 10. David A. Rausch, The Middle East Maze: Israel and Her Neighbors (Chicago: Moody Press, 1991), p. 57. 11. Ibid. 12. Joel 3.2. 13. Gênesis 12.3. 14. Levítico 25.23. 15. Isaías 13.6. 16. Moshe Ma'oz, The Image of the Jew in Official Arab Literature and Communications Media (Universidade Hebraica de Jerusalem, 1976), p. 14. 17. Extraído do vídeo Jihad in America, narrado por Steven Emerson e transmitido pela primeira vez nos EUA em 22 de novembro de 1994. 18. Várias hadiths e outros textos de autoridade reconhecida trazem variações dessa declaração de Maomé. O sheik Nadim Al-Jisr, membro da Academia de Pesquisa Islâmica, citou diversas versões em sua palestra na Quarta Conferência da Academia. 19. Yossi Klein Halevi, "A pilgrimage to Hebron", The International Jerusalém Post, 15 de agosto de 2003, p. 12. 20. Bassam Abu Sharif, um dos principais assessores de Arafat e porta-voz da OLP, citado pela Agência de Notícias do Kuwait, em 31 de maio de 1986. 21. Gênesis 15.18. 22. Extraído do famoso discurso do presidente Bush, proferido em 24 de junho de 2002, em que ele propôs o "Mapa do Caminho Para a Paz" e apelou a Israel para que removesse os assentamentos de fronteira erigidos desde março de 2001. 23. Fox News, 11 de julho de 2005. 24. www.g2bulletin.com. 25. www.insights.injesus.com, 11 de julho de 2005. 26. http://theisraelreport.injesus.com. 27. Lucas 21.24. 28. Eliyahu Tal, Whose Jerusalém? (Tel Aviv: International Fórum for a United Jerusalém, 1994), p. 69. 29. Palestinian Encyclopedia (Beirute, 1978), v. 2, p. 667. 30. Sari Nusseibeh, "Islam's Jerusalém", Seminário sobre Jerusalém - Aspectos Religiosos. Milão, Itália, 9-11 de maio de 1995 (Jerusalém: Academic Society for the Study of International Affairs, maio de 2001), p. 4. 31. http://www.mideastweb.orgjeruembassy2002.htm. 32. http://www.state.gov/rn/rm/rls/rm/2002/13888.htm. 33. http://www.worldnetdaily.com/. 34. Jerusalém Post, 4 de novembro de 2004. 35. Neemias 11.1,18; Isaías 48.2; 52.1; Daniel 9.24; Mateus 4.5; 27.53; Apocalipse 11.2; 21.2. 36. Salmos 46.4; 48.1, 8; 87.3; Apocalipse 3.12. 36 2 . 0 Údio e Sua "Solução Final" UMA DAS MAIS NOTÁVEIS profecias da Bíblia encontra-se expressa em diversas passagens que previram que os judeus seriam espalhados por todas as nações, onde seriam odiados, perseguidos e mortos como nenhum outro povo. Essas profecias são específicas e vívidas, descrevendo com detalhes o infortúnio dos judeus, exatamente como aconteceu durante os muitos séculos em que estiveram dispersos. 1 Deus castigou Israel dessa maneira por causa da desobediência e idolatria em que o povo mergulhou depois que entrou na Terra Prometida - e predisse o que iria acontecer com eles, em diversas profecias. 0 juízo que foi profetizado vem se cumprindo continuamente durante toda a história de Israel - e, após 3 mil anos, ainda está se cumprindo com muita intensidade. Como será que uma pessoa se sente fazendo parte de um grupo odiado e injuriado no mundo inteiro com uma quantidade tão grande calúnias que seria impossível responder a todas (e nem adiantaria muito tentar)? Deve ser uma situação extremamente irritante, frustrante e, claro, assustadora. Hitler não agiu sozinho no 37 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Holocausto, como veremos. Ele teve o consentimento e a cooperação de outros países, inclusive dos Estados Unidos. Mais de uma centena de documentos oficiais anti-semitas foram emitidos pela Igreja Católica Romana, em toda a sua história. Os nobres cavaleiros e humildes criados que formavam a Primeira Cruzada, inspirados pelo Papa Urbano II (que prometeu o céu a todos os que morressem lutando por essa causa), massacraram judeus por toda a Europa. Ao tomarem Jerusalém, eles levaram os judeus para dentro de uma sinagoga e a incendiaram. Séculos de ódio aos judeus, estimulado pela Igreja Católica Romana sempre que podia, ajudaram a preparar o caminho para o Holocausto de Hitler. 0 Papa João Paulo II tentou cortejar os judeus do mundo inteiro dizendo coisas simpáticas a respeito deles. Chegou até a afirmar que os católicos "os consideram como nossos irmãos e irmãs no Senhor" - nada compatível com o desejo de Paulo: "para que [os judeus] sejam salvos" (Romanos 10.1). 2 Porém, não havia como desfazer os séculos de ódio e perseguição aos judeus, por parte da Igreja Católica Romana. Aquelas palavras doces não somente eram inconsistentes com a história e a doutrina oficial da igreja, como também eram desmentidas pela amizade do Papa com Arafat. João Paulo II favorecia os "palestinos" sistematicamente em suas falsas alegações. Além disso, ele nunca confirmou o direito bíblico dos judeus à terra que Deus lhes deu. De fato, como os papas e cardeais que o antecederam, ele negava abertamente esse direito: "A existência do Estado de Israel e suas opções políticas não devem ser consideradas segundo uma perspectiva religiosa, mas sim segundo os princípios comuns do direito internacional". 3 Do esmo modo, a opinião dos líderes seculares mundiais passa por cima da Palavra de Deus! Martim Lutero nunca superou a herança anti-semita de seu passado católico, apesar de se opor à igreja romana. No fim da vida, defendia a ideia de que os judeus deveriam ter suas casas incendiadas e fazer uma opção: ou se convertiam, ou sua língua seria cortada. 4 O ódio de Lutero contra os judeus era indesculpável, mesmo tendo sido causado por sua profunda frustração diante da resistência dos judeus ao evangelho que ele havia abraçado. Numa entrevista concedida em 25 de setembro de 2001, Benjamin Netanyahu, ex- primeiro-ministro de Israel, afirmou que os terroristas "não odeiam os Estados Unidos por causa de Israel [...] 38 • 0 Ódio e Sua "Solução Final" • eles odeiam Israel por considerá-lo uma extensão dos Estados Unidos". Como israelense, ele deveria ser um especialista nesse assunto. Mas talvez tenha se esquecido de que Hitler não odiava os judeus por causa dos Estados Unidos. Nem os czares da Rússia, nem os papas; nem os muçulmanos, durante mil e trezentos anos de história odiaram os judeus por esse motivo. Desde o surgimento de Israel existe um flagrante "anti-ssemitismo", e ele está recrudescendo novamente, no mundo inteiro. 0 Ódio Irracional aos Judeus Está Disseminado por Toda Parte A atitude da ONU e da UE - que condenam Israel por se defender contra os ataques mortais dos que querem a sua destruição e, ao mesmo tempo, se recusam a condenar os assassinos que atacam os judeus e os que lhes dão guarida - é só uma faceta do contínuo cumprimento de várias profecias que predisseram a disseminação mundial do anti-semitismo. Essa é uma grande e irrefutável prova de que o único Deus verdadeiro existe, e de que a Bíblia é Sua Palavra infalível. 0 ódio não acabou quando o Holocausto de Hitler chegou ao fim; ele está aumentando novamente - na sombra dos seis milhões de judeus exterminados. Essa escalada começou há muitos anos. A violação de sepulturas e até de corpos de judeus, vem ocorrendo periodicamente na França há duas décadas, e faz parte do recrudescimento do anti-semitismo em toda a Europa. Na Rússia, em 1990, a Pamyat, uma organização anti-semita, exigiu uma nova "solução final para o problema dos judeus" e vaticinou que "a Rússia seria a nação que iria ruminar a praga dos judeus da face da terra". O crescente ódio contra os judeus na Europa Oriental é particularmente perverso, considerando-se que, dos cerca de 5 milhões de judeus que viviam naquela área na década de 1930, restam hoje apenas 25.000. Na Polônia, em 1989, o cardeal- primaz Joseph Glemp "acusou os judeus que sobreviveram ao Holocausto de introduzir o comunismo na Polônia [...] e de introduzir a vodka". Segundo o que se disse na época, ele falava pela grande maioria dos católicos da Polônia. Na Romênia pós-Ceausescu, ficou imediatamente claro que era melhor para um político "ter uma herança nazista do que judaica". 5 39 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Em setembro de 1993, o corpo de Nicholas Horthy - um amigo de Hitler que fez a aliança entre a Hungria e a Alemanha nazista durante a guerra e deportou quatrocentos e trinta e sete mil judeus para Auschwitz - foi novamente sepultado com grandes homenagens em sua cidade natal. Cerca de cinquenta mil pessoas "acompanharam a deposição dos restos mortais de Horthy, de sua esposa e de seu filho no mausoléu da família". 0 primeiro-ministro húngaro e seu gabinete enalteceram Horthy em seus discursos e assistiram à cerimônia, que foi transmitida pela televisão estatal. 6 Uma pesquisa feita pelo Eurobarometer (órgão de pesquisa de opinião da União Européia) em 2003, com pessoas de todos os estados-membros da UE, revelou que 59 por cento dos entrevistados (74 por cento na Holanda) consideravam Israel como a maior ameaça à paz mundial. Mais ou menos na mesma época, uma pesquisa feita entre os americanos apresentou resultado bem diferente: Israel aparecia em décimo lugar entre as maiores ameaças à paz mundial. Apesar de ultrajada pelo fato de Israel ter sido considerado pelos europeus como uma ameaça maior à paz mundial do que países terroristas como o Irã, a Síria e a Coréia do Norte, a missão diplomática israelense junto à UE não censurou os cidadãos europeus, mas sim "os responsáveis pela formação da opinião pública", afirmando que "a pesquisa refletiu o impacto da cobertura distorcida do conflito no Oriente Médio apresentada pela mídia". O Centro Simon Wiesenthal de Los Angeles, um grupo de defesa dos direitos judaicos, afirmou que a pesquisa "mostra que o anti-semitismo está profundamente arraigado no seio da sociedade europeia [...] e Israel deveria excluir a UE de qualquer futuro processo de paz para o Oriente Médio". 7 Mas como Israel poderia impor alguma coisa à Europa, de cuja boa vontade depende a maioria de suas exportações? Mas não é só a mídia que distorce os acontecimentos atuais; os currículos de história das escolas públicas são muitas vezes deficientes. Uma pesquisa realizada em janeiro de 2005 revelou que 45 por cento dos britânicos e 60 por cento da população com menos de trinta e cinco anos nunca tinham ouvido falar de Auschwitz, enquanto 34 por cento dos entrevistados na Itália acreditavam que "os judeus controlam, secretamente, o poder financeiro e económico, assim como a mídia". 8 40 • 0 Ódio e Sua "Solução Final" • Apesar da extrema ignorância dos fatos, as pessoas desenvolvem opiniões e preconceitos firmes, com base nas informações erradas que absorvem da mídia. É exatamente nesse ponto que se percebe a influência de um anti-semitismo disseminado e persistente. Foram entrevistados mais de dois mil adultos em toda a Grã-Bretanha, em dezembro de 2004, para saber sua opinião acerca de duas dezenas de países. Israel foi considerado o país que a maioria dos britânicos menos gostaria de visitar, o que menos merecia respeito e o menos democrático (embora seja a única democracia do Oriente Médio). 9 Durante os meses de dezembro de 2004 e janeiro de 2005, a MEHR, agência de notícias oficial do Irã, publicou uma série de artigos anti-semitas. As mentiras eram as mais deslavadas que se possa imaginar, embora a maior parte do mundo muçulmano acredite nelas. Dois dos principais defensores da tese de que o Holocausto nunca existiu foram citados nos artigos: o Dr. Frederick Toben, do Adelaide Institute, na Austrália, afirma que o Estado de Israel "está baseado na 'mentida do Holocausto' [...] expor essa mentira ajudaria desmontar a organização sionista [...]"; o professor Robert Faurisson, da França, referiu-se ao "suposto Holocausto dos judeus". Ao fazer uma resenha do filme Exodus, Mojtaba Habibi acusou os judeus, por incrível que pareça, de "colaborar com os nazistas e de orquestrar um grande esquema de dominação mundial, juntamente com Joseph Stalin". Se dissessem isso a respeito do Mickey Mouse, a mentira não seria maior! No Canal 1 da TV iraniana, o professor Heshmatollah Qanbari definiu os judeus como "satânicos e desumanos [...] perigosos, tanto para os cristãos quanto para os muçulmanos [...] fonte de todos os traços corruptos da humanidade [...] cobiçando e usurpando outras nações. Vários seriados com conteúdo anti-semita também estão sendo transmitidos pela TV iraniana". 10 Essas mentiras a respeito dos judeus são exatamente o que as massas gostam de ouvir e o que querem acreditar. 0 Ódio em seu Nível Mais alto A animosidade irracional e persistente contra os judeus e Israel não se restringe aos ignorantes e incultos. Seria de se esperar que a ONU - que, supostamente, defende os direitos de todas as pessoas 41 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • - fosse a primeira a repudiar o anti-semitismo. Mas, ao contrário, ela tem sido um baluarte do ódio aos judeus, repreendendo Israel sistematicamente, ao mesmo tempo em que acolhe, sem qualquer censura, as nações terroristas. Inacreditavelmente, o Sionismo (a crença de que os judeus, assim como o resto do mundo, têm o direito de ter sua pátria) foi condenado como racismo pela Resolução 3379 da Assembleia Geral da ONU, em 10 de novembro de 1975. Passados dezesseis longos anos (6 de dezembro de 1991) o voto foi finalmente revertido, sob protestos dos muçulmanos. Entretanto, o Sionismo continuou sendo crime capital no Iraque. A Comissão de Direitos Humanos da ONU discrimina Israel antes mesmo de votar: a única democracia do Oriente Médio é também o único membro da ONU excluído dessa comissão! Em sua reunião de março e abril de 2004, cerca de "25 por cento dos debates foram dedicados a criticar Israel e, das 10 resoluções que tratavam de países específicos, cinco referiam-se a Israel [...]. Durante as seis semanas de duração da sessão, enquanto 190 países se reuniram para fazer importantes consultas dentro de seus grupos regionais, o representante de Israel foi deixado - literalmente - sozinho no corredor [...]". Houve apenas uma reunião de emergência durante a sessão de 2004, "não para tratar das vítimas de Darfur, que já eram mais de um milhão, mas para condenar Israel por matar Ahmed Yassin, líder do grupo terrorista Hamas [...]". 11 No programa Vremya, um dos principais da TV russa, Igor R. Shafarevich, um dos mais renomados matemáticos da Rússia, expressou seu apoio a Saddam Hussein na Guerra do Golfo. Em 1990, um grupo de escritores russos anti-semitas percorreu os Estados Unidos. Alguns deles tinham assinado a infame "Carta dos 74 Escritores" (Shafarevich foi um de seus autores), que manifestou apoio aos "irmãos muçulmanos" na Guerra do Golfo e foi amplamente divulgada pela imprensa americana. Um jornal chegou a publicar a manchete: "Obrigado ao Iraque por bombardear Israel! Aquela escória judia merecia isso!!! [ênfase no original]". 12 Embora o anti-semitismo esteja crescendo nos Estados Unidos, principalmente nas universidades, este país ainda é um dos poucos em que os líderes o condenam. Em julho de 1992, a Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos solicitou a Safarevich que renunciasse. Ele se recusou. G. K. Gunsalus, presidente do Comité sobre Liberdade e Responsabilidade Científica da Sociedade Ame- 42 _ • 0 Ódio e Sua "Solução Final" • ricana Para o Progresso da Ciência, escreveu a Safarevich: "Gostaríamos de expressar nosso repúdio e condenação a seus textos anti-semitas [...] seu prestígio como eminente matemático dá credibilidade e peso especiais à sua discriminação de um grupo, expondo-o à execração. 0 comitê considera lamentável que um matemático de sua envergadura tenha disseminado qualificativos tão vis e infundados através de seus escritos". Em 12 de janeiro de 1993, em sua reunião anual de inverno, a Sociedade Americana de Matemática aprovou uma moção condenando "os textos anti-semitas de I. R. Safarevich, que usou sua posição altamente respeitável de eminente matemático para dar maior relevância a suas palavras preconceituosas, que são contrárias aos padrões fundamentais da decência humana e ao espírito da matemática e da ciência". 13 Entretanto, protestos como esses são raros e, cumprindo o que diz a profecia bíblica, não conseguem impedir que a maré de anti-semitismo continue a subir. Uma carta datada de 13 de janeiro de 2005, escrita em papel timbrado do parlamento russo, "solicitava que o Procurador Geral 'abrisse oficialmente um inquérito para banir todos os grupos religiosos e comunitários judaicos', com base na 'defesa da pátria'. O documento se referia aos judeus usando o linguajar mais ofensivo já publicado na era pós-soviética". A carta de sete páginas, que descrevia a fé judaica como "nada menos que satanismo", era assinada "por 20 dos 450 membros da Duma, a Câmara dos Deputados do Parlamento russo". Andrei Cherkizov, "um dos mais renomados comentaristas judaicos de Moscou, declarou: 'Eu lhe digo com absoluta certeza [...] Não importa o quanto as pessoas tentem encobrir o anti-semitismo - os pés ficam sempre de fora'." 14 Um relatório elaborado pelo Departamento de Estado americano para os comitês de Relações Exteriores do Senado e da Câmara (cobrindo o período de julho de 2003 a dezembro de 2004) alertava para o fato de que na Europa, onde o anti- semitismo já está profundamente arraigado, "os atos de cunho anti-semita cresceram em frequência e gravidade, desde 2000", com o aumento da população muçulmana por causa da imigração. Está havendo um crescimento do sentimento anti-semita em todo o mundo muçulmano, até mesmo em lugares como o Paquistão, onde não existem judeus. Isso é um fenômeno novo, segundo o relatório: "0 estereótipo dos judeus 43 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • como manipuladores da economia global continua a fornecer terreno fértil para os ataques anti-semitas". 15 Embora apenas cerca de um por cento dos japoneses já tenha tido algum contato com um judeu, o anti-semitismo naquele país é profundamente arraigado, tem uma longa história (os livros anti-semitas são populares no Japão há, pelo menos, cem anos), e vem crescendo dia a dia. Best-sellers no Japão põem nos judeus a culpa de todos os desastres, desde terremotos até a quebra das bolsas em 1993. Essa era a mensagem de um anúncio de um terço de página, publicado no jornal Nikon Keizasi (o equivalente japonês do Wall Street Journal ). 0 anúncio chegava a afirmar que os judeus controlavam o Ministério da Fazenda e o Banco do Japão. 0 Centro Simon Wiesenthal solicitou uma retratação por parte do jornal, mas seu pedido foi ignorado. 16 Não existe explicação racional para essa permanente animosidade contra um povo. Não adianta tentar justificar esse comportamento dizendo que os judeus são tão desprezíveis, em contraste com os outros povos, que merecem ser odiados. Apesar disso, esse anti-semitismo irracional e implacável é exatamente o que os profetas bíblicos previram. Esse fato é outra prova significativa de que a Bíblia é a Palavra de Deus. E não há quem odeie tanto os judeus quanto os muçulmanos, que nem sequer existiam quando essas profecias foram escritas. As Perseguições Islâmicas Desde a conquista do Oriente Médio pelos muçulmanos, no século VII, os judeus têm sofrido tratamento desumano e constantes ondas de violência nas terras do Islã. 0 que ocorreu no Marrocos, por exemplo, repetiu-se em todos os outros países muçulmanos. Os judeus foram forçados a viver em guetos chamados mellahs. Um historiador escreveu que estupros, saques, incêndios de sinagogas, destruição de rolos da Tora e assassinatos "ocorriam com tanta frequência que é impossível listar todos eles". Em 1032 d.C., em Fez, cerca de seis mil judeus foram assassinados e muitos mais "tiveram suas mulheres e propriedades roubadas". 17 Em 1066, depois que o Islã conquistou a Espanha, os judeus de Granada foram massacrados. Periodicamente, o mesmo destino trágico se abatia sobre os 44 _ • 0 Ódio e Sua "Solução Final" • que não se submetiam a Alá, apesar do Islã prometer proteção aos judeus e cristãos (chamados, no Corão, de "povo do Livro") como dhimmis (cidadãos de quinta categoria, sujeitos a pesada tributação e humilhação cultural). Os dhimmis não deveriam ser mortos; mas, muitas vezes, sua vida era tão insuportável que seria preferível morrer. No início do século XVII, cristãos que visitavam a "Palestina" declararam: "A vida aqui é a mais pobre e mais miserável que se possa imaginar [...] como dhimmis, os judeus pagam até pelo ar que respiram". 18 Apesar de periodicamente eliminados por massacres organizados ou expulsos, muitos milhares de judeus conseguiram permanecer na terra que Deus lhes dera, tanto em Hebrom quanto em outras localidades. A violenta perseguição de 1640, em que até mulheres e crianças foram assassinadas, recebeu o nome de "al-Khada". Sob o domínio dos muçulmanos, os judeus sofreram "tamanha repressão, restrição e humilhação que ultrapassam tudo o que aconteceu na Europa". 19 Dando continuidade a essa tradição, embora não houvesse judeus em seu país e estes não tenham permissão de entrar lá até o dia de hoje, o rei da Arábia Saudita, Ibn Saud, declarou: "se um muçulmano matar um judeu [...] sua entrada no céu está imediatamente garantida [...]". 20 De fato, uma motivação diabólica, mas persuasiva. Isso é o Islã! Em 1839, um inglês em visita à Palestina disse: "O que um judeu tem que enfrentar nas mãos de todos não dá para descrever". 21 Um judeu que visitou a Palestina em 1847 informou que os judeus não têm nenhuma proteção e ficam à mercê dos policiais e paxás, e fazem o que querem com eles [...] suas propriedades não estão à sua disposição, e, quando sofrem algum prejuízo, eles não se atrevem a prestar queixa, temendo represálias por parte dos árabes. "Eles vivem de forma precária e correm risco de vida todos os dias". 22 Dezenas de incidentes envolvendo violência, perseguição e extorsões contra os judeus enchiam páginas e mais páginas de documentos do Consulado Britânico em Jerusalém. 23 O espaço é pequeno para fornecermos mais evidências da contínua perseguição dos judeus por parte dos muçulmanos, ao longo da história. Os poucos judeus que não conseguiram escapar dos territórios muçulmanos continuaram enfrentando perseguições. Em 1941, centenas de judeus foram cruelmente torturados e assassinados por turbas de iraquianos em manifestações anti-britânicas e pró-nazistas lideradas por Haj Amim Mohammed Effendi al-Husseini, 45 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Grão-Mufti de Jerusalém, nomeado pelos britânicos, mas que teve que fugir para a Síria por ter incentivado os distúrbios que mataram e feriram centenas de judeus, bem como de árabes que queriam uma convivência pacífica com eles. No Iraque, ele fez a mesma coisa, e teve grande aceitação entre as massas muçulmanas. A polícia observava passivamente enquanto as casas e lojas dos judeus eram saqueadas e as sinagogas profanadas. Ao assumir a liderança do partido Ba'ath, Saddam Hussein publicou um dos panfletos escritos por seu tio que odiava os judeus: Três Coisas Que Alá Não Devería Ter Criado: Persas, Judeus e Moscas. Numa carta datada de 10 de julho de 1974, endereçada ao então Secretário- Geral da ONU, Kurt Waldheim, o Procurador-Geral dos Estados Unidos, Ramsey Clark, escreveu: "Os judeus que vivem hoje na Síria estão sujeitos à perseguição mais desumana e disseminada [...] Mulheres jovens e crianças são molestadas nas ruas. Idosos são espancados. Casas são apedrejadas [...] Eles são impedidos de partir em paz e não podem permanecer com dignidade [...] Muitos foram presos, detidos, torturados e mortos". Ironicamente, no final de dezembro de 2004, Ramsey Clark juntou-se à equipe de advogados que vai defender Saddam Hussein no julgamento a que será submetido no Iraque. O anti-semitismo não está restrito aos muçulmanos e católicos. Ele é um fenômeno mundial. O fato de o anti-semitismo perseguir violentamente os judeus ao longo da história e em toda a parte é só uma das muitas profecias concernentes a Israel que estão se cumprindo atualmente - mas é uma das mais importantes. O cumprimento dessa profecia é mais uma prova de que nosso Deus é o único Deus verdadeiro, de que a Bíblia é a Sua Palavra e de que os judeus são o Seu povo escolhido. As pessoas que mais contribuíram para a documentação do anti-semitismo nos dias de hoje foram, provavelmente, dois pesquisadores que não podem ser considerados, de forma alguma, cristãos evangélicos. Em seu livro que todos deveriam ler, eles escrevem: Durante mais de vinte séculos, os judeus, mais do que qualquer outro segmento da humanidade, têm sido perseguidos, expulsos e exterminados. E verdade que muitos outros grupos étnicos e religiosos têm sofrido atrocidades nas mãos de tiranos, mas existe uma diferença crucial. 46 _ • 0 Ódio e Sua "Solução Final" • Um número maior de africanos foi morto na era da escravidão, mas não havia um propósito determinado de erradicar a raça negra. Uma grande percentagem de armênios pereceu no genocídio turco, antes da Primeira Guerra Mundial, mas o principal intento era deportá-los, e não extinguir o pool genético de sua população. Stalin, Mao, Pol Pot e Suharto assassinaram milhões de seus próprios compatriotas, mas a motivação desses crimes era o poder político, e não o ódio racial. Em cada um desses casos, o genocídio servia a um propósito mais profundo - a conquista de território, o enriquecimento material, o aumento do poder político [...]. Em contraste com isso, o genocídio do povo judeu não era o meio de alcançar nenhum fim. Ele não foi executado para atingir um objetivo mais fundamental. Ele era o objetivo fundamental. É isso que torna o Holocausto nazista um evento único na história. Embora esses pesquisadores sejam brilhantes e as informações que divulgaram sejam valiosas, eles não têm a visão correta quando se trata do Islã. Em sua monumental obra de seiscentas e cinquenta páginas não há nenhuma referência à verdade crucial de que o próprio Islã (e não apenas alguns extremistas) exige que todo judeu do mundo seja morto. Eles também não informam que o Islã foi responsável pelo assassinato e pela subjugação de muito mais indivíduos, tanto judeus quanto não- judeus, do que qualquer outro império perverso, e que, de acordo com Maomé, ele deve conquistar o mundo inteiro. A terrível verdade sobre o Islã, que esses autores omitem completamente, também é negada por líderes religiosos e políticos, por educadores e pela mídia. Um dos principais propósitos deste livro é preencher essa lacuna e expor a verdade sobre o Islã antes que seja tarde demais. Por que os judeus, esse pequenino grupo étnico, são objeto único desse ódio implacável? Só a Bíblia pode fornecer uma explicação satisfatória. 0 Ódio Planeja a “Solução Final” Na longa e sórdida história das desumanidades do homem para com o próprio homem, desde a queda, o Holocausto nazista ocupa o segundo lugar, logo abaixo do Islã. Hitler declarou que "o objetivo fi- 47 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • nal do anti-semitismo racional [...] deve ser a eliminação de todos os judeus". 25 Não é surpresa, então, que para a maioria dos muçulmanos, principalmente os que vivem em países islâmicos, Hitler seja tido como um de seus maiores heróis. 0 livro Mein Kampf (Minha Luta, de Adolf Hitler) em árabe é um best-seller perpétuo nos países muçulmanos, especialmente entre os "palestinos". De fato, Hitler foi parceiro de Haj Amin Mohammed Ef-fendi al-Husseini, um tio-avô e mentor de Yasser Arafat que ainda é considerado como herói pelos muçulmanos. Esse terrorista assassino, nomeado Grão-Mufti de Jerusalém pelos britânicos, foi pessoalmente responsável pela morte de centenas de milhares de judeus em campos de concentração. 26 Em 21 de novembro de 1941, Hitler prometeu ao Mufti "uma solução para o problema dos judeus" em troca do recrutamento de milhares de árabes para lutarem ao lado dos nazistas. 27 Baseada em anos de cuidadosa investigação, Joan Peters escreve: De acordo com informações documentais submetidas às Nações Unidas em 1947, al- Husseini foi "responsável pelos distúrbios causados pelos árabes, em 1920 [...] contra Vidas e propriedades de judeus. Cinco judeus foram mortos e 211 ficaram feridos" [só no Domingo de Páscoa] [...] a polícia árabe observava passivamente ou, em alguns casos, juntava-se à revolta [...]. O oficial britânico R. Meinertzhagen relatou, posteriormente, que, quatro dias antes, Haj Amin tinha sido informado pelo coronel britânico Waters-Taylor [...] de que, durante a Páscoa, teria uma grande oportunidade de mostrar ao mundo que os árabes da Palestina não iriam tolerar o domínio judaico [...] que a Palestina não era benquista [entre os britânicos] e, se ocorressem distúrbios suficientemente violentos em Jerusalém durante a Páscoa, tanto o general Bois quanto o general Allenby defenderiam o abandono da pátria judaica. O coronel Meinertzhagen, um oficial britânico graduado [...] um não-judeu, foi acusado de ser "pró-sionista" e foi mandado de volta a Londres, para ocupar um posto burocrático, onde, mais tarde, protestou contra a política britânica de oposição aos judeus: "Muito se tem dito sobre a injustiça para com os árabes. Não há nada num Estado judeu que viole os direitos dos árabes [...] é preciso lembrar que os árabes são o único povo do mundo com pelo menos três reis e diversos Estados soberanos. Os judeus são uma nação sem pátria". 48 • 0 Ódio e Sua "Solução Final" • Hitler e Husseini juraram trabalhar juntos para exterminar os judeus, não só na Europa, mas também no Oriente Médio. 0 mufti tentou estabelecer um governo fantoche dos nazistas no Iraque. Quando a rebelião fracassou, ele fugiu para Teerã, depois para Roma e, de lá, para Berlim. "Durante os três anos e meio (de outubro de 1941 a maio de 1945) em que serviu ao Eixo, ele construiu uma verdadeira rede mundial de atividades contra os Aliados, que incluía transmissões de rádio, espionagem e formação de unidades militares árabes e muçulmanas. Após o colapso do Terceiro Reich, ele fugiu novamente para o Cairo, onde foi recebido por toda a cúpula árabe como o maior patriota e herói árabe". 28 0 jornalista egípcio Ahmad Rajab (ecoando as palavras de Anwar Sadat) escreveu: "Agradecemos a Hitler, bendita seja sua memória [...] Mas, de fato, temos uma reclamação [...] sua vingança [contra os judeus] não foi suficiente". 29 Ao mesmo tempo, grande parte do mundo muçulmano tenta negar o Holocausto. 0 Dr. Issam Sissalem, da Universidade de Gaza, declarou: "É tudo mentira [...] nada de Dachau, nada de Auschwitz! [...] O holocausto foi contra o nosso povo [...]". 30 Num de seus sermões, o Sheik Ibrahim Mahdi jurou: "Se Alá quiser [...] Israel será aniquilado!” . 31 Na Conferência de Wannsee, realizada na Alemanha, em 20 de janeiro de 1942, quinze membros do alto escalão nazista reuniram-se para discutir a "solução final para o Problema Judaico". Com muito entusiasmo e absoluta falta de consciência, eles planejaram o extermínio de onze milhões de judeus já identificados na Europa e na Rússia. A conferência foi convocada e presidida pelo general da SS Reinhard Heydrich, e seguiu o protocolo redigido dois anos antes pelo tenente-coronel da SS Adolf Eichmann. Cerca de quinhentos mil judeus já haviam sido mortos por vários meios, mas o método que matava pela inalação de gás dentro de camionetes fechadas, que começou a ser usado em 8 de dezembro de 1941, mostrara-se lento demais e ineficiente. Eichmann confessou que, em Wannsee, eles "falaram sobre métodos de matar, sobre liquidação, sobre extermínio". 32 Hitler e seus asseclas nazistas não agiram sozinhos. Eles não poderiam ter levado adiante o Holocausto sem a colaboração do alemão como um todo. Mas Hitler e a Alemanha não são os únicos responsáveis pelo Holocausto. Muitos outros governos dividem essa responsabilidade. O mundo não quis ser perturbado pelo 49 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • horror de algo que todos sabiam estar acontecendo - e muito menos fazer qualquer coisa a respeito. Uma Culpa que Toda o Mundo Carrega Através de informações confiáveis dos serviços de inteligência, os Estados Unidos já tinham pleno conhecimento do extermínio dos judeus, no mínimo em agosto de 1942. O Departamento de Estado (que continua firmemente anti-israelense até o dia de hoje) ocultou deliberadamente esses dados e, por incrível que pareça, trabalhou ativamente para impedir que judeus fossem resgatados. O telegrama 354, enviado pelo Departamento de Estado em 10 de fevereiro de 1943, fechava os canais secretos de comunicação com os informantes e dizia que relatos sobre o extermínio dos judeus não eram mais de interesse e não seriam aceitos nos canais diplomáticos. Em reuniões com líderes britânicos e americanos (inclusive todo o Ministério da Guerra Britânico, o ministro das Relações Exteriores Anthony Éden, o presidente Roosevelt, o secretário de Estado Hull, o secretário da Guerra Stimson, o procurador- geral Biddle e o juiz Frankfurter, da Suprema Corte americana), Jan Karski, que havia visitado o gueto de Varsóvia e conversado com os líderes da resistência judaica, apresentou estatísticas chocantes a respeito dos esforços contínuos para exterminar os judeus da Europa. As revelações de Karski sobre o massacre sistemático de judeus pelos nazistas foram publicadas no New York Times e em outros periódicos de grande circulação. Ele deu palestras sobre o assunto em todos os Estados Unidos, e seu livro, História de um Estado Secreto (Story of a Secret State) entrou para a lista do Clube do Livro e foi publicado simultaneamente na Inglaterra, na França, na Suíça e na Suécia. Depois de tudo isso, Karski comentou, cheio de desapontamento e frustração: "O Senhor me deu a tarefa de falar e escrever durante a guerra, quando me parecia que isso adiantaria alguma coisa. Não adiantou nada". Infelizmente, as tentativas de alertar quanto à ameaça ainda mais destruidora que o Islã representa hoje - desejando exterminar todos os judeus e conquistar o mundo para Alá -também parecem estar caindo em ouvidos surdos. 50 _ • 0 Ódio e Sua "Solução Final" • Somente após 16 de janeiro de 1944, depois que um funcionário de um escalão inferior apresentou a Morgenthau as informações surpreendentes que já eram conhecidas de todos, é que este convenceu Roosevelt a fazer alguma coisa. 0 motivo, porém, não foi livrar os judeus dos fornos de Hitler, mas sim protelar ataques políticos que poderiam atingi-lo nas próximas eleições e bloquear sua pretensão de ser o primeiro presidente americano a obter um quarto mandato. Foi formado o Conselho de Refugiados de Guerra, mas seus esforços foram poucos e chegaram tarde demais. Até o fim da guerra, os líderes militares dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha taparam os ouvidos às suplicas dos judeus para que bombardeassem as ferrovias que entravam e saíam de Auschwitz e de outros campos de concentração. A jornalista americana Dorothy Thompson escreveu, enquanto Hitler ainda estava no poder: "Que fantástica ilustração da desumanidade nossa época é o fato de que, para milhares e milhares de pessoas, um pedaço de papel com um carimbo é a diferença entre a vida e a morte". E até mesmo esse pedaço de papel tornou-se inútil quando a sede de sangue cresceu no mundo inteiro. 0 transatlântico St. Louis chegou a Havana, em 27 de maio de 1939 trazendo 930 passageiros vindos da Alemanha nazista, com visto de entrada válido para descer em Cuba. Mas o governo de Cuba mudou de ideia, recusou-se a honrar os vistos e exigiu 500.000 dólares por pessoa, depois aumentados para um milhão de dólares. É claro que ninguém podia pagar esse valor. O preço acabou sendo reduzido, mas continuou fora do alcance de possíveis benfeitores dos judeus por causa do prazo cruel que foi fixado. Para sua vergonha eterna os Estados Unidos também rejeitaram os pedidos do capitão Gustav Schroeder para que recebessem seus passageiros. Finalmente acabaram encontrando abrigo na Inglaterra, Bélgica, França e Holanda: mas só os 288 recebidos pela Inglaterra e muito poucos dos outros conseguiram escapar do Holocausto. A Flagrante Hipocrisia das Potências Mundiais A sorte já estava lançada um ano antes, na conferência realizada no luxuoso Hotel Royale, em Evian, França, às margens do lago Genebra, onde os delegados de trinta e dois países se reuniram para discutir o agravamento da situação dos judeus. Embora o presiden- 51 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • te Roosevelt tenha convocado a conferência, ele deixou claro, desde o início, que os Estados Unidos não fariam nada. A Grã-Bretanha declarou que não havia lugar na Palestina para abrigar judeus além da pequeníssima cota de dez mil imigrantes anuais que seria fixada mais tarde, no White Paper de 1939, e terminaria impreterivelmente em cinco anos. Eles também deixaram claro que a Palestina não estava em discussão. Além disso, a Grã-Bretanha também permitiria, generosamente, a entrada de vinte e cinco mil refugiados da Alemanha nazista, durante o mesmo período de cinco anos. Considerando- se o fato de que os nazistas tinham identificado 11 milhões de judeus para o extermínio, essa cota era um insulto ao senso comum, à compaixão e à consciência. 33 Ao mesmo tempo, a Grã-Bretanha estava fingindo que não via e até ajudando a entrada de muitos milhares de árabes que, mais tarde, afirmariam ser "palestinos", descendentes dos habitantes originais e moradores daquela região desde "tempos imemoriais". Mais tarde, a ONU consideraria como "habitantes originais" os árabes que viviam naquela região há pelo menos dois anos, mas não aplicaria a mesma regra aos judeus. Além de velejar, cavalgar, esquiar no verão, em Chamois, no Monte Branco, tomar banhos de águas minerais e jogar - coisas que os conferencistas aproveitaram ao máximo - o único propósito da conferência de Evian parece ter sido o de dar às nações um fórum para manifestar, hipocritamente, sua compaixão pelos judeus da Europa (que o mundo inteiro sabia estarem enfrentando a extinção) e depois apresentar várias desculpas para não intervir em seu favor. Essa conferência deu a Hitler uma bela oportunidade de lavar as mãos como Pilatos e de mostrar que o mundo inteiro era seu parceiro na destruição dos judeus! Dois dias depois de Roosevelt anunciar a conferência de Evian, Hitler declarou astutamente: "Eu só espero que o resto do mundo, que tem uma compaixão tão grande por esses criminosos [judeus], seja, pelo menos, suficientemente generoso para converter essa simpatia em auxílio prático. De nossa parte, estamos prontos a colocar todos esses criminosos à disposição desses países, por tudo que há de mais sagrado, até em navios de luxo". Quando a conferência terminou do mesmo jeito que havia começado, sem nada para os judeus, Hitler zombou dos participantes: "Já que, recentemente, muitos países consideraram totalmente incompreensível que a Alemanha não deseje conservar em sua popu- 52 _ • 0 Ódio e Sua "Solução Final" • lação indivíduos como os judeus [...] é surpreendente que esses países não estejam nem um pouco ansiosos em receber, eles mesmos, esses indivíduos, agora que têm a oportunidade de fazê-lo". 34 Ninguém achou que Hitler estava blefando, se é que estava. Ninguém pode culpá-lo pelo Holocausto - não depois que ele se propôs a deixar os judeus partirem e nenhuma nação se mostrou disposta a abrir os braços para recebê-los! Mais tarde, quando a guerra já estava se desenrolando e Hitler precisava desesperadamente de dinheiro, ele colocou à venda 500.000 judeus por 2 dólares cada, e ninguém se ofereceu para resgatá-los da morte, nem mesmo por essa pechincha! Não havia necessidade de milhões de judeus perecerem nos crematórios de Hitler; isso só aconteceu porque os líderes mundiais não valorizavam os judeus como seres humanos a ponto de recebê-los. Em abril de 1943, autoridades dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha reuniram- se nas Bermudas para discutir o Holocausto, que estava moendo sua cota diária de vítimas, agora na casa dos milhões. Mais uma vez, ficou decidido formalmente que ninguém faria nada. Finalmente, o motivo da inação em Evian, cinco anos antes, foi admitido abertamente, pelo menos entre os delegados. A imagem que surge revela a verdade sobre o mal que se esconde no coração do homem e nos faz sentir vergonha de pertencer à espécie humana: O Ministério das Relações Exteriores da Grã-Bretanha e o Departamento de Estado dos EUA temiam que o Terceiro Reich estivesse muito disposto, realmente ansioso, para acabar com as câmaras de gás, esvaziar os campos de concentração e deixar que centenas de milhares, senão milhões, de sobreviventes judeus emigrassem, para a liberdade no Ocidente. O Ministério das Relações Exteriores revelou "confidencialmente" ao Departamento de Estado seu temor de que Hitler pudesse permitir um êxodo em massa. Se a Alemanha fosse muito pressionada a libertar os judeus "era exatamente isso que poderia acontecer ". 35 Dois meses mais tarde, o Papa Pio XII, não menos insensível ao sofrimento dos judeus, escreveu uma carta urgente ao presidente Roosevelt para convencê-lo de que não deveria ser permitido aos judeus voltarem para a Palestina. Podemos fornecer apenas uma peque- 53 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • na parcela da documentação que atesta a praga do anti-semitismo e o fato de que o mundo inteiro é culpado. No entanto, isso já deve ser suficiente para revelar o horror desse mal que ainda está entre nós e vem piorando. Não há como fugir do fato de que isso é exatamente o que está profetizado na Bíblia. Mesmo levando em conta apenas as profecias sobre o anti-semitismo, ninguém pode negar que o Deus de Israel existe e que a Bíblia é Sua Palavra infalível. Cresce a Onda do Anti-semitismo 0 anti-semitismo não cessou com a derrota da Alemanha nazista e a morte de Hitler. Cumprindo as profecias bíblicas, ele está crescendo novamente, não só nos países muçulmanos, como no mundo inteiro, elevando o nível de alerta nas comunidades judaicas. Uma breve pesquisa na internet revela dezenas de exemplos. A violação de cemitérios judaicos está aumentando de forma alarmante. A violência contra judeus e suas propriedades também está crescendo. Em Istambul, na Turquia, em pleno jejum do Ramadã (um período de "paz" para as tribos árabes antes do Islã), carros-bomba devastaram duas sinagogas, matando ou ferindo dezenas de pessoas. No Marrocos, em maio de 2004, terroristas atacaram um centro comunitário e hotel judaico, deixando um rastro de sangue. São tantos incidentes que não dá para enumerá-los. Pesquisas de opinião realizadas na União Europeia revelaram que a maioria dos europeus continua considerando Israel como "o maior obstáculo à paz" mundial à frente dos Estados Unidos, que ocupa o segundo lugar. A UE tem condenado Israel sistematicamente por usar a força contra os terroristas palestinos que o atacam, matando e mutilando milhares de mulheres e crianças inocentes. Entretanto, ela nunca condena os terroristas, e tem dado apoio financeiro aos palestinos à razão de quinhentos mil euros por mês, sendo que grande parte desse dinheiro tem sido usada para financiar o terrorismo contra Israel. A sinagoga de Viena já sofreu ataques. Como outras sinagogas espalhadas pela Europa, ela precisa ser guardada por policiais fortemente armados, vinte e quatro horas por dia. Abraham Foxman, diretor nacional da Liga Anti-Difamação, escreveu recentemente: "Estou convencido de que, atualmente, enfrentamos uma ameaça 54 _ • 0 Ódio e Sua "Solução Final" • tão grande à segurança e integridade do povo judeu quanto a que enfrentamos na década de 30 - se não for ainda maior". 36 Os atos de violência contra judeus cresceram assustadoramente na França, cuja população judaica é de cerca de seiscentas mil pessoas e está cercada por seis milhões de muçulmanos que se reúnem em mil e quinhentas mesquitas. Por causa disso, um número recorde de judeus está deixando a França e indo para Israel. O crescimento da onda de anti-semitismo na Alemanha levou mais de quatro mil cristãos de todo o país a realizarem, em agosto de 2002, uma manifestação de protesto em frente ao Reichstag (Parlamento), em Berlim. Uma pesquisa de opinião feita pela universidade alemã de Bielefeld, no início do mês de dezembro de 2004, revelou que 51 por cento dos alemães acreditam que o tratamento que Israel dá aos palestinos hoje em dia é semelhante ao que os nazistas fizeram com os judeus na Segunda 5uerra Mundial. A pesquisa também mostrou que 68 por cento dos alemães acham que Israel está fazendo uma "guerra de extermínio" contra os palestinos. Mas como é que eles conseguiram entender tudo ao contrário? O anti-semitismo profetizado na Bíblia cega o entendimento. Até mesmo em Israel o anti-semitismo está crescendo. De acordo com o Centro de Informações Para Vítimas de Anti-semitismo em Israel, houve cerca de 500 incidentes desse tipo no país, nos últimos três anos. "Os jornais israelenses escritos em russo trazem uma história sobre um novo incidente de anti-semitismo toda semana, e em cada delegacia de polícia do país é registrado pelo menos um caso de anti- semitismo", diz Zalman Gilichinsky, diretor Jo centro de informações. 37 0 presidente da Universidade de Harvard, Lawrence H. Summers, condenou recentemente o que chamou de "crescente anti-semitismo" em Harvard e outras instituições. "Cerca de 600 professores, estudantes, funcionários e alunos de Harvard e do Instituto Tecnológico de Massachusetts assinaram uma petição solicitando que Harvard e o M.I.T. livrem-se de Israel. Atitudes similares foram tomadas em cerca de 40 outras universidades". 38 De acordo com a Bíblia, há duas razões para esse ódio universal aos judeus e a Israel. Em primeiro lugar, os judeus, como povo escolhido por Deus, estão debaixo do juízo divino por causa de sua rebeldia contra Deus e a rejeição ao Messias. 39 Em segundo lugar, o 55 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • anti-semitismo é inspirado por Satanás. O motivo é óbvio. Foi profetizado que o Salvador do mundo, que derrotaria Satanás, seria judeu. 40 A única chance de Satanás escapar à perdição eterna seria destruir aqueles que Deus escolheu para "seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra''. 41 Se Satanás tivesse conseguido destruir os judeus antes do nascimento do Messias, teria impedido sua própria derrota e a salvação da humanidade através do sacrifício do Filho de Deus pelos pecados da humanidade. Além disso, por prometer um Messias e a salvação que nunca teriam vindo, Deus seria mentiroso e não poderia ter castigado Satanás justificadamente. Mas, é claro, o Messias veio e derrotou Satanás, "[provando] a morte por todo homem'' 42 e "carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados" 43 . Multidões incontáveis têm sido redimidas da penalidade do pecado e passarão a eternidade na casa do Pai, onde há "muitas moradas" 44 , por terem recebido o Senhor Jesus como seu Salvador. Essa é a promessa do Evangelho para todo aquele que crê. Mas o fato de Cristo ter derrotado Satanás através de Sua morte e ressurreição não pôs fim à batalha entre Deus e Seu arqui-inimigo pelos corações, mentes e destino eterno da humanidade. Essa batalha continua devastando a terra - e Israel está bem no centro do conflito. A Bíblia contém centenas de profecias afirmando que, embora Deus vá punir severamente a Israel por seus pecados, Ele preservará um remanescente e trará os judeus que estão espalhados pelo mundo de volta à sua própria terra. O cumprimento dessa profecia também está se processando em nossa época. Satanás precisa destruir Israel, ou estará perdido. A Fundação do Estado de Israel Nada provocou mais a fúria descontrolada de Satanás e a ira do Islã quanto o nascimento do Estado de Israel. Ele precisa ser aniquilado, ou será o fim de Satanás. Mas quem trabalha por isso não são uns poucos extremistas, e sim o próprio Islã. 0 Islã promete vitória aos muçulmanos na luta contra os judeus, e contra o mundo inteiro. Mas, em vez disso, eles só têm provado humilhação em todos os ataques que lançam. Israel, por outro lado, apesar de estar 56 _ • 0 Ódio e Sua "Solução Final" • sob o juízo de Deus, é protegido por Ele de muitas formas, como já vimos: " Naquele dia, porei os chefes de Judá como [...] uma tocha entre a palha; eles devorarão, à direita e à esquerda, a todos os povos em redor": 45 As guerras de 1948, 1956, 1967 e 1973 foram um eloquente testemunho da veracidade da Escritura: "Não fosse o SENHOR, que esteve ao nosso lado, Israel que o diga; não fosse o SENHOR, que esteve ao nosso lado, quando os homens se levantaram contra nós, e nos teriam engolido vivos, quando a sua ira se acendeu contra nós [...]. Bendito o SENHOR, que não nos deu por presa aos dentes deles [...]. 0 nosso socorro está em o nome do SENHOR, criador do céu e da terra ". 46 A repetida derrota dos árabes nas mãos de Israel é algo que os deixa embaraçados e loucos de raiva. Os imãs (líderes religiosos) atribuem essa vergonha ao abandono do verdadeiro Islamismo pela maioria dos muçulmanos. Eles estão instigando um reavivamento mundial do fundamentalismo islâmico como forma de recuperar a benção de Alá e, assim, derrotar Israel. Enquanto Israel retiver a autonomia sobre um quilómetro quadrado de território, estará afrontando o Islã e dizendo ao mundo e o Islamismo é uma religião falsa, Alá é um falso deus, Maomé um falso profeta e o Corão, uma falsa revelação. Esse é o problema - e todo discurso sobre obter a "paz" sem reconhecer e mudar essa doutrinação do Islã é, ao mesmo tempo, um sonho tolo e uma fraude. Já foi dito, com muita propriedade, que, se os árabes/muçulmanos depusessem suas armas hoje, a guerra entre árabes e israelenses acabaria. Porém, se os israelenses depusessem suas armas, Israel acabaria. Esses são fatos simples que ninguém pode negar e que merecem ser avaliados com muita seriedade. Outra Profecia Surpreendente Balaão é uma das figuras mais enigmáticas da Bíblia. Numa certa época, ele teve comunhão com Deus e transmitiu algumas profecias genuínas, como diz a Escritura. Porém, mais tarde, afastou-se de Deus e para ele "está reservada a negridão das trevas". 47 Ele previu, por exemplo, o surgimento da estrela 48 que os 57 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • magos do Oriente viram e seguiram para encontrar o menino Jesus. 49 Entre as profecias de Balaão registradas na Bíblia, há uma bastante singular, cujo cumprimento ocorreu e continua ocorrendo em nossos dias. Balaão declarou que Israel" não será reputado entre as nações". 30 Essa declaração extraordinária não foi feita apenas por ele. Deus a formulou muitas vezes, e de várias maneiras. Por exemplo: "O SENHOR, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra"; 31 "Eu sou o SENHOR, vosso Deus, que vos separei dos povos [...] Eu, o SENHOR, sou santo e separei-vos dos povos, para serdes meus”. 32 Exceto pela santidade que deveria manifestar, essa é exatamente a situação em que Israel se encontra hoje. Israel é membro das Nações Unidas há mais de cinquenta anos. Apesar disso, não pode participar do rodízio bianual como uma das dez nações que participam do Conselho de Segurança da ONU em caráter rotativo, juntamente com os cinco membros permanentes. Todos os 190 membros atuais da ONU, inclusive as piores nações terroristas do mundo, têm permissão de participar do rodízio do Conselho de Segurança - exceto Israel. Israel também não pode, como já dissemos, ocupar uma das cinquenta e três cadeiras rotativas da Comissão de Direitos Humanos da ONU. Todos os outros 190 países-membros da ONU podem fazer parte dessa comissão. Entre os que já passaram por ali, estão Líbia, Cuba, Zimbábue e outros notórios violadores dos direitos humanos. Por incrível que pareça, o Sudão, onde mais de dois milhões de habitantes das terras do sul foram massacrados pelos muçulmanos, foi eleito para seu terceiro mandato consecutivo. Mas Israel, a única democracia do Oriente Médio, é excluído, como a Bíblia previu. Israel também não tem permissão de fazer parte da Cruz Vermelha Internacional. O Crescente Vermelho, que representa os países muçulmanos (entre os quais há muitas nações terroristas), faz parte dessa organização humanitária internacional. Mas Israel, que assinou as Convenções de Genebra de 1949 (que muitos membros do Crescente Vermelho não assinaram), é barrado na Cruz Vermelha Internacional. Corno já observamos, quer o resto do mundo goste ou não, os judeus são o povo escolhido por Deus. Esse fato não traz apenas bên- 58 _ • 0 Ódio e Sua "Solução Final ii çãos e privilégios, mas também responsabilidades - e penalidades pela desobediência. Israel já experimentou tanto as bênçãos quanto o juízo de Deus, ao longo de sua história. Ambos atestam a integridade de Deus e da Sua Palavra. Israel continua nas mãos de Deus e Sua proteção nos dias de hoje, mesmo estando sob disciplina. E ai daqueles que se opõem à escolha de Deus e à bênção prometida. Dei Tribos Perdidas? Há outras maneiras de se livrar dos judeus, além de jogá-los nos fornos de Hitler ou matá-los com as armas dos muçulmanos. Existe o mito das "dez tribos perdidas", no qual muitos cristãos de hoje acreditam. Sim, as dez tribos do Norte foram, de fato, levadas para a Assíria por volta de 740 a.C.: " Pelo que o SENHOR muito se indignou contra Israel e o afastou da sua presença; e nada mais ficou senão a tribo de Judá [...] como falara pelo ministério de todos os seus servos, os profetas; assim, foi Israel transportado da sua terra para a Assíria, onde permanece até ao dia de hoje". 53 É claro que a expressão "dia de hoje" se refere à época em que o texto foi escrito, e não aos dias atuais. Além disso, é claro que muitos, senão a maioria, dos que foram levados cativos retornou - até mesmo naquela época. A Bíblia menciona especificamente "uma multidão do povo, muitos de Efraim, de Manassés, de Issacar e de Zebulom" que "escapou do poder dos reis da Assíria" e celebrou a Páscoa em Jerusalém nos dias de Ezequias, mais de uma década depois de terem sido levados para a Assíria.". 54 Está escrito que, cerca de noventa anos depois, Israel se juntou a Judá para celebrar a Páscoa durante o grande avivamento do reinado de Josias. É mencionada a presença de sete das "dez tribos perdidas", e a implicação é que todas estavam lá. 55 Quase duzentos anos depois que as dez tribos foram levadas para a Assíria, Deus deu a Ezequiel uma visão da futura restauração e referiu-se à divisão da Terra Prometida "segundo as doze tribos de Israel". 56 Se essas dez tribos se perderam, a promessa que Cristo fez aos Seus discípulos jamais poderia se cumprir: " Quando, na regeneração, o Filho do Homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel". 57 Então, Cristo seria um mentiroso e Sata- 59 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • nás venceria. Paulo não achava que alguma tribo tinha se perdido. Em seu apelo ao rei Agripa, ele se refere às "doze tribos" de uma forma que mostra que elas existiam em seu tempo. 58 Tiago endereçou sua epístola "às doze tribos que se encontram na Dispersão" . 59 Apesar de tudo isso, muitas pessoas que se autodenominam cristãs acreditam no mito das "dez tribos perdidas". Mais Anti-semitismo Entre os Cristãos Outra ideia que vem ganhando popularidade entre os cristãos de hoje é a falsa doutrina de que a igreja substituiu Israel. Essa forma de anti-semitismo é uma doutrina católica romana, mas também é promovida por muitos evangélicos. Ela afirma que Israel foi deserdado por causa de seus pecados e que as profecias concernentes à sua restauração perderam a validade. Se isso é verdade, a "aliança perpétua", prometida a Israel onze vezes no Antigo Testamento, 60 e a possessão perpétua da terra, prometida duas vezes, 61 não foram perpétuas coisa nenhuma, e Deus mentiu. Mais uma vez, Satanás ganhou e este mundo pertence a ele. Há dezenas de promessas de que Deus restauraria Israel plenamente em sua terra nos últimos dias. Entretanto, líderes cristãos negam essas promessas, dizendo que Israel acabou: "[...] os judeus de sangue [...] estão em servidão e não serão os herdeiros da promessa de Deus porque não são os filhos da promessa [ênfase do autor]". 62 Outro autor escreve: "A ideia de que a entidade nacional denominada Israel ainda é o povo escolhido por Deus prevalece na mente de muitos. Mas [...] a Palavra de Deus mostra que Israel quebrou a Antiga Aliança e, portanto, perdeu o direito às suas promessas". 63 Se essa afirmação fosse verdade, Deus seria mentiroso. Por que Deus escolheu Israel? Ele tinha que escolher alguém através de quem o Messias viria ao mundo como homem para pagar o preço pelos nossos pecados. Não foi uma questão de favoritismo, mas sim a seleção de um homem chamado Abraão que, assim como Noé," achou graça diante do SENHOR" 64 e seria obediente a Ele. A Bíblia dá a Abraão a extraordinária designação de "amigo de Deus". 65 Deus prometeu a Abraão uma terra que seria "possessão perpétua" de seus herdeiros. 0 atual conflito no Oriente 60 _ • 0 Ódio e Sua "Solução Final" • Médio envolve a questão de quem são esses herdeiros atualmente. Esse assunto será analisado em seguida. Notas: 1. Deuteronômio 28.15-62; II Crônicas 7.20; Jeremias 29.18; 44.8; etc. 2. Extraído do discurso aos líderes judaicos da Austrália, proferido em Sidney, em 26 de novembro de 1986. 3. Extraído das notas pessoais do Papa João Paulo II sobre a "Forma Correia de Apresentar os Judeus e o Judaísmo na Pregação e Catequese da Igreja Católica Romana", Comissão do Vaticano Para as Relações Religiosas com os Judeus, maio de 1985. 4. Will Durant, A História da Civilização, v. VI, A Reforma (original em inglês publicado por Simon and Schuster, 1950], p. 727. 5. Allan M. Dershowitz, "Ressurgimento do antissemitismo na Europa", Seattle Times, 23 de maio de 1990. 6. Associated Press, "Former Hitlerally reburied with honors in Hungary" (Ex-aliado de Hitler sepultado de novo com honras na Hungria], The Orange County Register, 5 de setembrol993, NEWS 30. 7. Robin Pomeroy, "Israel Outraged at 'Peace Threat' EU Poli" (Israel Ultrajado com a pesquisa da UE sobre "Ameaça à Paz"], World - Reuters, 3 de novembro de 2003. 8. Jerusalem Post, 1 de fevereiro de 2005. 9. www.jpost.com/servlet/Satellite?pegename=Jpost/JPArticle/Printer&cid= 1104808686 1/4/2005. 10. www.memri.org/bin/opener-latest.cgí?ID=SD85405. 11. Hillel Neuer, "How the UN Can Help Fight Anti-Semitism" (Como a ONU Pode Ajudar a combater o Antissemitismo], National Post, 26 de janeiro de 2005. 12. Washington Post, 17 de abril de 1990, p. 1. 13. Scientist, v. 7, n. 8,19 de abril de 1993. 14. Agence France Presse, 25 de janeiro de 2005. 15. Barry Schweid, colunista de assuntos diplomáticos da Associated Press. Disponível em: http://news.yahoo.com/news?tmpl==story&cid==542&u=/ap/20050104/ap-on-go-ca-st- pe/anti. 16. Leslie Helm, "Japan Newspaper Ad Revives Fears of Anti-Semitism" (Anúncio em Jornal do Japão Revive o Temor do Anti-Semitismo], The Los Angeles Times, 29 de julho de 1993, A8. 17. H.Z. Hirschberg, A History of the Jews in North África (Uma História dos Judeus no norte da África], Leiden: 1974, p.108. 18. Samuel Katz, Battleground: Fact and Fantasy in Palestine (Campo de Batalha: Fato e ficção na Palestina], Nova York: Bantam Books, 1973. 19. Andre Chouraqui, Between East and West: A History of the Jews of North África (Entre Oriente e o Ocidente: Uma História dos Judeus no Norte da África], Philadelphia: 1968. p. 39. 20. Documento oficial britânico, Ministério do Exterior, Arquivo N 2 371/20822 E7201/33/31. 21. Joan Peters, From Time Immemoria: The Origins of the Arab-Jewish Conflict Over Palestine (Desde Tempos Imemoriais: As Origens do Conflito Entre Árabes e Judeus Pela posse da Palestina], Nova York: J. KAP Publishing U.S.A., 1984, p. 18. 22. Ibid., p. 154. 23. Ibid.,p. 191. 24. John Loftus e Mark Aarons, The Secret War Against the Jews: How Western Espionage Betrayed the Jewish People (A Guerra Secreta Contra os Judeus: Como a Espionagem Ocidental Traiu o Povo Judeu], Nova York: St. Martin's Press, 1994, p. 18. 61 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • 25. Michael Berenbaum, The World Must Know: The History of the Holocaust as Told in the United States Holocaust Museum (0 Mundo Precisa Saber: A História do Holocausto Nazista Contada pelo Museu do Holocausto, nos Estados Unidos), Nova York: Little, Brown and Company, 1933, p. 105. 26. Extraído do diário particular do Mufti e citado em Arab Higher Committee: Its Origins, Personnel and Purposes (0 Alto Comissariado Árabe: Suas Origens, Membros e Propósitos). As informações apreendidas das mãos dos nazistas foram apresentadas como prova documental às Nações Unidas, em 6 de maio de 1947. 27. Ibid. 28. Joseph B. Schechtman, The Mufti and the Fuehrer: The Story of the Grand Mufti of Jerusalém and His Unholy Alliance with Nazism (0 Mufti e o Fuehrer: A História do Grão-Mufti de Jerusalém e Sua Aliança Profana com o Nazismo), Nova York: Thomas Yose-lof, 1965), p. 6. 29. AI-Akhbar (Egito), 18 de abril de 2001. 30. Programa de TV da Autoridade Palestina, 29 de novembro de 2000. 31. Televisão palestina, 8 de junho de 2001. 32. Berenbaum, World, 103-108. 33. http://www.yale.edu/lawweb/avalon/mideast/brawhl939.htm. 34. Berenbaum, World, p. 49-50. 35. Loftus e Aarons, Secret War, p. 49.Veja também David Wyman, The Abandonment of the Jews (0 Abandono dos Judeus), Nova York: Pantheon, 1984, p. 342. 36. http://www.today.ucla.edu/2004/040413.voices. 37. www.jewishaz.com/jewishnews/030725/rise.shtml. 38. The New York Times, 21 de setembro de 2002; veja também http://www.president.harvard.edu/speeches/2002/morning prayers.html. 39. Deuteronômio 28.15-68; 29.24-28; 30.17-20; etc. 40. Gênesis 12.3; II Samuel 7.8-16; Isaías 9.6-7; Miquéias 5.2; etc. 41. Deuteronômio 7.6. 42. Hebreus 2.9. 43.1 Pedro 2.24. 44. João 14.2-6. 45. Zacarias 12.6. 46. Salmos 124.1-8. 47. II Pedro 2.15-17; Judas 11; Apocalipse 2.14. 48. Números 24.17. 49. Mateus 2.1-2. 50. Números 23.9. 51. Deuteronômio 7.6. 52. Levíticos 20.24-26. 53. II Reis 17.17-23. 54. II Crônicas 30.6,18; etc. 55. II Crônicas 34, 35. 56. Ezequiel 47.13. 57. Mateus 19.28; Lucas 22.30. 58. Atos 26.7. 59. Tiago 1.1. 60. Gênesis 17.7,13,19; Levíticos 24.8; II Samuel 23.5; I Crônicas 16.17; Salmos 105.8-11; etc. 61. Gênesis 17.8; 48.4. 62. Brian Godawa, "The Promise to Abraham: Yesterday, Today ans Forever" (A Promessa a Abraão: Ontem, Hoje e Eternamente), SCP Journal, 27: 2-27:3, p. 53-70. 63. Alan Morrison, "The Two Jerusalems: A Biblical look at the Modern State of Israel, Judaism & the Church" (As Duas Jerusaléns: Uma Análise Bíblica do Moderno Estado de Israel, do Judaísmo e da Igreja), SCP Journal, 27:2-27:3, p. 14-51. 64. Gênesis 6.8. 65. Tiago 2.23. 62 3 . Quem é Herdeiro Da Terra PrometidaP Os PROBLEMAS NO Oriente Médio giram em torno da disputa pela posse de uma terra que Deus prometeu a Abraão e a seus herdeiros. Quanto a essa promessa, judeus, muçulmanos e cristãos estão basicamente de acordo. 0 problema é a identidade dos herdeiros que têm direito à Terra Prometida. A Bíblia revela que Abraão, teve pelo menos, oito filhos: Ismael, o primogênito, filho de Hagar, serva de Sara, sua esposa; 1 Isaque, o segundo filho, de sua esposa Sara; 2 e outros seis filhos que teve de Quetura, com quem se casou após a morte de Sara. 3 Os herdeiros da promessa são os descendentes de qual desses filhos? Ou será que cada um recebe uma parte da herança? A resposta da Bíblia a essa pergunta é bem clara como veremos a seguir. Quando lemos a Bíblia, uma coisa que chama logo a nossa atenção é o fato de que não estamos diante de um livro de ficção, como Bhagavad Gita, o livro hindu dos Vedas, o Corão ou o Livro de Mórmon. A Bíblia fala de pessoas reais, lugares reais e acontecimentos reais, que de fato aconteceram no tempo, no espaço e na 63 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • história da terra. Essa avaliação também se aplica ao Jardim do Éden, ao Dilúvio e à Torre de Babel, sobre os quais aprendemos nos onze primeiros capítulos de Gênesis - mas, não é esse o nosso assunto. Como já vimos, a Bíblia está cheia de profecias (ao contrário das escrituras das religiões mundiais, que não têm nenhuma), e estas provam, sem sombra de dúvida, que há um só Deus Todo-Poderoso, infinito em conhecimento, sabedoria, amor e santidade, que criou este Universo. As profecias provam, também, que a Bíblia é Sua Palavra infalível para a humanidade. Portanto, não importa o que outros livros digam (sejam eles religiosos ou científicos): se não concordam com a Bíblia, estão errados. “Eruditos” Bíblicos Pervertem a Bíblia e a Posição de Israel Inacreditavelmente, um número crescente de pessoas que alega ser cristã evangélica está negando a veracidade das Escrituras, principalmente no que se refere a Israel. Um desses casos é a nova The Renovare Spiritual Formation Bible (Bíblia de Formação Renovare), editada por Richard J. Foster. Eugene Peterson, autor de The Message (A Mensagem) - uma "versão" pervertida e blasfema do Novo Testamento - é seu "editor-consultor a respeito do Novo Testamento". 4 Essa nova Bíblia inclui comentários de supostos eruditos de destaque como Bruce Demarest, professor de Teologia no Seminário de Denver; Walter C. Kaiser, Jr., presidente do Seminário Gordon Conwell; Trempter Longman III, professor de Estudos Bíblicos na cadeira de Robert H. Gundry na Universidade Westmont, e Earl F. Palmer, membro do Conselho do Seminário Teológico Princeton, há muito conhecido pela sua apostasia, e pastor-sênior da Igreja Presbiteriana Universitária em Seattle, Washington. Suas notas explanatórias negam a autoria divina da maior parte das Escrituras - até mesmo que Moisés escreveu o Pentateuco, que Isaías é o autor do livro de Isaías e que o livro de Daniel é de autoria do profeta Daniel. Declarando com hipocrisia: "lemos a Bíblia literalmente, de capa a capa... [e] no contexto’’, 5 a Renovare Bible alega que [os ca- 64 _ • Quem é Herdeiro da Terra Prometida? • pítulos de] Gênesis 1.11 não são históricos nem científicos, mas mitológicos, 6 e que todo o livro de Gênesis, que é o fundamento Bíblia, seria uma mera coleção de boatos passados de boca em boca. Essa "Bíblia" ataca a verdadeira Bíblia com as objeções desacreditadas do movimento da "Alta Crítica" alemã de cento e cinquenta anos atrás. Nela não há reconhecimento das grandes profecias de Jeremias, Ezequiel, etc., a respeito de que Israel seria trazido de volta para a sua própria terra nos últimos dias e que duraria para sempre (Ezequiel 36-37, etc.). 7 Por exemplo, a poderosa promessa profética Deus em Jeremias 31.8-14, de que traria de volta os judeus espalhados por todo o mundo, é interpretada como uma promessa para todos os povos sem pátria (sem nenhuma referência a Israel), e a promessa divina de que Israel nunca será destruído (Jeremias 31.35-37) é ignorada! Israel é tratado como tendo sido substituído pela Igreja. Inacreditavelmente, o vale dos ossos secos que são ressuscitados em Ezequiel 37, onde é claramente declarado que se trata de "toda a casa de Israel" (Ezequiel 37.11], é interpretado como nascimento da Igreja no dia de Pentecostes! Ezequiel 38-39 supostamente não se refere ao Armagedom, com exércitos reais atacando a nação de Israel que terá retornado à sua terra nos últimos dias para ser resgatada pelo Messias, mas descrevería "forças das trevas" constantemente em ação no mundo. Canaã. Não "Palestina"! Nos dois últimos versículos de Gênesis 11, encontramos um homem chamado Abrão. Aos 75 anos, obedecendo a uma instrução de Deus, ele deixa sua terra natal, em Ur dos caldeus, e, pela fé, leva sua mulher, seus servos e seus rebanhos numa longa jornada para uma terra estranha, sobre a qual Deus havia dito: "a terra que te mostrarei". 8 0 propósito de Deus (que continua o mesmo até hoje) foi muito além de qualquer coisa que Abrão pudesse imaginar, mas ele acreditou no que Deus tinha dito: "de ti farei uma grande nação e te abençoarei [...]. Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que ré amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra". 9 Por ter acreditado implicitamente no que Deus tinha dito, sua fé lhe foi atribuída como justiça. 10 65 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Surpresa! A terra para a qual Deus levou Abrão não era a "Palestina"! Esse lugar não existia. Também não havia nenhum povo chamado de "palestino". Em toda a história, nunca houve um povo palestino, nem nação, governo, língua, cultura, religião ou economia palestina. Mas, atualmente, existem indivíduos que se autodenominam "palestinos" e afirmam ser os descendentes de um povo palestino que viveu durante milhares de anos numa terra chamada Palestina. Essa afirmação é uma completa mentira, mas o mundo aceita e usa essa fraude como fundamento de uma falsa paz que vem tentando impingir a Israel há anos. A Palavra de Deus afirma: " Levou Abrão consigo a Sarai sua mulher; e a Ló, filho de seu irmão, e todos os bens que haviam adquirido, e as pessoas que lhes acresceram em Harã. Partiram para a terra de Canaã; e lá chegaram [...] Nesse tempo os cananeus habitavam essa terra [...] Disse o SENHOR a Abrão [...] toda essa terra que vês, eu ta darei, a ti e à tua descendência, para sempre [...] percorre essa terra no seu comprimento e na sua largura; porque eu ta darei. E Abrão, mudando as suas tendas, foi habitar [...] junto a Hebrom; e levantou ali um altar ao SENHOR. Naquele mesmo dia, fez o SENHOR aliança com Abrão, dizendo: A tua descendência dei esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates". 11 Mais adiante, essa região é definida em termos dos povos que viviam ali e que Israel deveria destruir e substituir. Sua extensão é muito maior que a pequena fração que o mundo designou para Israel. Abrão estabeleceu-se em Hebrom, na terra de Canaã. 12 Todo mundo sabe que Hebrom e Canaã não ficam perto da Arábia Saudita. Apesar disso, o Corão e o Islã afirmam que Abraão e seu filho primogênito, Ismael, construíram juntos a Caaba, em Meca. Isso é pura invencionice - algo de que o Corão está cheio. Por exemplo, o Corão afirma que Noé teve um outro filho que se recusou a entrar na arca e morreu no dilúvio, 13 que Maria, a mãe de Jesus, era irmã de Moisés 14 e deu à luz Jesus debaixo de uma palmeira, 15 que o bezerro de ouro foi feito por um samaritano 700 anos antes que os samaritanos sequer existissem, 16 etc. No entanto, numa cerimônia realizada no Vaticano, em 14 de maio de 1999, o então papa João Paulo II recebeu das mãos de líderes xiitas e sunitas do Iraque um exemplar do Corão e, curvando-se diante dele, o beijou, muito embora ele contradiga a Bíblia, negue a Trindade, negue a 66 • Quem é Herdeiro da Terra Prometida? • divindade de Cristo, diga que Ele não morreu na cruz, 17 e não apresente nenhuma forma justa pela qual Deus possa perdoar os pecados da humanidade. Infelizmente, a verdade é desrespeitada só para pacificar os muçulmanos. Ismael e Isaque À medida que os anos foram passando, Abraão e Sara começaram a duvidar da promessa de Deus de que lhes daria um filho. Certa de que jamais poderia engravidar, Sara disse a Abraão que Deus lhe daria o filho prometido através de Agar, sua serva. Ele aceitou a ideia (embora Deus tivesse lhe prometido que seu filho nasceria de Sara) e Agar deu à luz o primogênito de Abraão, Ismael quando já fazia dez anos que Abraão morava em Hebrom. Há poucas coisas sobre as quais a Bíblia e o Corão concordam inteiramente. Uma delas é o fato de que Deus deu toda a Terra Prometida de Canaã a Abraão e a seus herdeiros. Eles também concordam que o primeiro filho de Abraão foi Ismael, e que Isaque nasceu em seguida. A discordância começa com a insistência do Islã em dizer que os árabes, que afirmam ser descendentes de Ismael, são os herdeiros legítimos da Terra Prometida, enquanto a Bíblia estabelece claramente que os herdeiros legítimos são os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó. De fato, Deus afirma: "EU SOU [...] o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó [...] este é o meu nome eternamente, e assim serei lembrado de geração em geração”. 18 Como já dissemos no capítulo 1, a Bíblia identifica Deus dessa forma sete vezes. Tanto Jesus 19 quanto Pedro 20 honraram a Deus com esse título. Ele nunca é chamado de Deus de Ismael ou Deus dos árabes - ou de qualquer outro povo, exceto Israel. Isso não significa que o Deus da Bíblia, o verdadeiro Deus, não ame não dê oportunidade de salvação a toda a humanidade. Quanto a isso, não resta dúvida. O que acontece é que o povo judeu pertence a Deus de uma forma ímpar, com cláusulas especiais que se aplicam apenas a eles. 0 Islã afirma que Ismael tinha o direito de herdar a Terra Prometida, pois era o primogênito. Em condições normais, isso seria verdade. Mas Deus havia prometido a Abraão que sua esposa Sara lhe daria um filho que seria seu herdeiro. Ismael não foi o filho da _ 67 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • promessa de Deus, mas sim o filho da incredulidade de Abraão e Sara. Apesar disso, Abraão amava Ismael (agora com 13 anos de idade) e disse a Deus que não queria outro filho. Eis a história fascinante que põe fim, com autoridade, a qualquer disputa entre os descendentes de Ismael e os de Isaque, com relação à terra que Deus deu a Abraão e a seus descendentes para sempre: "Disse também Deus a Abraão: A Sarai, tua mulher, já não lhe chamarás Sarai, porém Sara. Abençoá-la-ei e dela te darei um filho [...] Então, se prostrou Abraão, rosto em terra, e se riu [...] Disse Abraão a Deus: Tomara que viva Ismael diante de ti. Deus lhe respondeu: De fato, Sara, tua mulher, te dará um filho, e lhe chamarás Isaque; estabelecerei com ele a minha aliança, aliança perpétua para a sua descendência. Quanto a Ismael [...] abençoá-lo-ei [...] A minha aliança, porém, estabelecê-la-ei com Isaque, o qual Sara te dará à luz". 21 No ano seguinte, quatorze anos depois de Agar ter dado à luz Ismael, Isaque nasceu em Hebrom, fruto da união de Abraão e Sara, sua esposa. Mas Ismael fez pouco de seu meio-irmão, Isaque. Indignada, Sara expulsou a ele e a sua mãe da terra que Deus tinha dado a Abraão e a seus herdeiros. 22 Daquele dia em diante, Ismael deixou de pertencer à família de Abraão e foi morar bem longe, "no deserto de Parã". 23 Abraão Enfrenta o Supremo Teste da Fé Deus chamou Isaque de "único filho" de Abraão, distinguindo-o dos outros filhos de maneira inquestionável. Para testar a obediência e a fé de Abraão, Deus ordenou-lhe que sacrificasse Isaque no Monte Moriá: "Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei". 24 Submetendo-se à ordenança de Deus, Isaque permitiu espontaneamente que o pai o amarrasse sobre o altar. Abraão tinha aprendido a confiar nas promessas de Deus e acreditava que Ele poderia ressuscitar Isaque dentre os mortos. 25 Deus pôs Abraão à prova até o ponto em que levantou a faca para imolar Isaque. Nesse exato momento, Deus interveio e providenciou um carneiro para ser oferecido no lugar de Isaque, tendo com 68 _ • Quem é Herdeiro da Terra Prometida? • provado a total obediência, tanto do pai quanto do filho. 26 Esse é testemunho escriturístico do Deus que "não pode mentir" 27 e cujos "dons e a vocação [...] são irrevogáveis", 28 0 fato de que Isaque, milagrosamente nascido de Abraão e Sara ser o único através de quem as promessas de Deus relativas à terra e ao Messias iriam se cumprir, e de que Ismael não era o filho cujos descendentes possuiriam a Terra Prometida, está dito de forma tão clara na Bíblia e é repetido tantas vezes que é impossível, em sã consciência, discutir essa questão. Contudo, os árabes, que afirmam ser descendentes de Ismael, reivindicam para si as promessas feitas por Deus a Isaque e, através dele, aos judeus. A alegação do Islã, de que Ismael era o filho da promessa, não só contradiz a Escritura como, contrariando a lógica e a razão, dá a precedência ao filho ilegítimo, em detrimento do legítimo que foi designado por Deus para ser o verdadeiro herdeiro. A Importância de Hebrom Para Israel Sara morreu aos 127 anos 29 de idade, 37 anos depois de dar à luz a Isaque. Abraão vivia há mais de setenta anos em Hebrom, na terra de Canaã. Ele comprou a caverna de Macpela, que pertencia a Efrom, o heteu 30 , e ali sepultou Sara. Trinta e oito anos depois, aos 175 anos de idade, Abraão morreu e foi sepultado em Macpela, ao lado de Sara. Após a morte de Abraão, Isaque continuou vivendo em Hebrom, na terra de Canaã, por mais 110 anos. Ismael nunca viveu ali, depois de adulto. Um por um, Isaque, Rebeca, Jacó e Lia morreram e foram sepultados ao lado de Abraão e Sara, no túmulo da família, na caverna de Macpela - mas não Ismael. Nenhum árabe ou muçulmano foi jamais sepultado ali. Davi foi primeiramente coroado em Hebrom e ali reinou sobre Judá durante sete anos e meio, antes de transferir seu trono para Jerusalém. Hebrom tem uma importância muito grande para os judeus. Apesar disso, os muçulmanos construíram uma mesquita em Macpela, alegam que o sepulcro dos patriarcas judaicos lhes pertence e têm assassinado e expulsado judeus de Hebrom, proíbem o acesso de judeus ao sepulcro (para manter o acesso aberto aos judeus é necessária a presença de soldados israelenses com equipamento de guerra], e estão determinados a tornar aquela região tão 69 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • livre de judeus quanto a Alemanha nazista. Eles também insistem na alegação falsa de que Jerusalém e toda a terra de Israel sempre lhes pertenceram, que nenhum judeu jamais viveu ali e que os israelenses estão ocupando território árabe! E o mundo aceita essas mentiras descaradas como justificativa para impingir a Israel uma "paz" injusta no Oriente Médio. 0 juízo de Deus não pode ser adiado por muito tempo a não ser que os EUA e o mundo se arrependam desse desafio a Ele e à Sua Palavra. Abraão, Isaque, Jacó e seus familiares viveram por mais de trezentos anos em Hebrom, na terra de Canaã, que Deus havia prometido a eles e aos seus descendentes (nunca houve árabes vivendo naquela região até a invasão de Israel pelos muçulmanos, no século VII d.C.). Jacó e sua família mudaram-se temporariamente para o Egito por causa da fome que assolou Canaã. Seus descendentes permaneceram no Egito por 400 anos e se tornaram escravos dos egípcios. Depois, foram levados de volta para conquistar Canaã, como Deus havia predito, confirmando-os como herdeiros das promessas de Deus a Abraão. 31 A OLP alega que Hebrom, uma cidade que não tem nenhuma ligação com o Islã, pertence aos muçulmanos, e insiste na remoção de todos os judeus que vivem ali. Na realidade, Hebrom é um dos locais mais sagrados para os judeus. Nenhum ancestral dos "palestinos" foi enterrado ali. Ismael está enterrado a muitos quilômetros de distância dali. A Batalha por Hebrom Em 25 de fevereiro de 1994, um judeu americano transtornado, Dr. Baruch Goldstein, agindo por conta própria, entrou na mesquita II Ibrahimi, em Hebrom, e disparou sua arma automática contra muçulmanos que faziam suas orações, matando vinte e nove pessoas e ferindo muitas outras. Foi um ato brutal que a mídia internacional estampou nas manchetes e repetiu até cansar durante vários dias, apresentando-o como prova de que Israel é o agressor perverso que roubou o país dos palestinos e os maltrata continuamente com sua "ocupação". Goldstein foi dominado e morto pelos sobreviventes. De fato, ao contrário do terrorismo que Israel vem suportando há cinquenta anos - que obedece a um planejamento cuidadoso e 70 _ • Quem é Herdeiro da Terra Prometida? • se perpetua com o pleno conhecimento e a bênção do mundo árabe - aquele foi um ato isolado de um israelense, e foi condenado por Israel. 0 fato de milhares de israelenses terem sido mortos em constantes ataques, por mais de cinquenta anos, e dos assassinos de Israelenses serem enaltecidos como heróis, é tratado como algo sem importância. Seria justo perguntar, por exemplo, por que o assassinato de sessenta e um israelenses e a mutilação de centenas de centenas de outros atingidos pelas explosões de dois ônibus em Jerusalém, dois meses antes, não foram citados para comparação. As manchetes e as inúmeras páginas de críticas publicadas no mundo inteiro puseram a culpa da ação de Goldstein em Israel, mas esqueceram de mencionar as centenas de atentados terroristas que Israel já sofreu. Os noticiários do Ocidente também não mencionaram os boatos que circularam em Hebrom durante vários dias, dizendo que os árabes estavam para realizar um pogrom a qualquer momento. Eles também não disseram que, na noite anterior ao ataque, muçulmanos haviam ameaçado moradores judeus, colonos que moravam nas proximidades e devotos que estavam visitando o Túmulo dos Patriarcas. Naquela noite, durante as comemorações do Purim, enquanto vários judeus, inclusive Goldstein, estavam lendo o Rolo de Ester, muçulmanos que moravam na cidade interromperam a cerimônia aos gritos de "It-bakh ai Yahud" (massacrem os judeus], um brado que se ouve constantemente em Hebrom. Embora não justifiquem a ação do Dr. Goldstein, um oficial médico das Forças de defesa de Israel, esses fatos revelam a situação que ele estava vivendo em Hebrom, onde já havia atendido muitas vítimas da violência muçulmana. Um grupo pacifista chamado Christian Peacemakers (Pacificadores Cristãos] mudou-se para Hebrom em junho de 1995, a convite do prefeito, para monitorar a violência e documentar agressões de israelenses contra palestinos. Aparentemente cegos à violência praticada pelos palestinos contra os israelenses, os Peacemakers concluíram que "para os colonos judeus, os palestinos são inferiores e assassinos por natureza, e matar os [judeus] que se recusam a sair [de Hebrom] é autodefesa justificada". Uma página inteira do National Catholic Repórter foi dedicada à história de Goldstein. A matéria dizia que "os problemas começaram há cerca de 20 Anos, quando colonos judeus, alegando ter direito exclusivo não só à cidade mas a toda a Palestina, começaram a se mudar para He- 71 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • brom". Como esses "observadores imparciais e pacificadores" podem afirmar algo tão errado? Começaram a se mudar para Hebrom há vinte anos? Ao contrário: apesar de periodicamente acossados por invasores, os judeus estão ali há três mil anos. Os árabes só chegaram quando os muçulmanos invadiram a Palestina, no século VII d.C., e começaram imediatamente a brutalizar os habitantes judeus por não se converterem ao Islamismo. Os abusos vêm ocorrendo desde então, em maior ou menor grau, há mais de mil e trezentos anos. Ao ler essa página inteira de críticas violentas e mentirosas (como muitas outras), publicada no National Catholic Repórter, condenando o modo supostamente brutal com que os judeus tratam os inocentes e indefesos palestinos e elogiando estes últimos por suportarem pacientemente tal sofrimento, o nosso sangue começa a ferver! Na violenta perseguição de 1929, sessenta e sete judeus foram assassinados, só em Hebrom, e o resto foi obrigado a fugir. Usando mentiras que havia inventado deliberadamente a respeito de judeus violentando mulheres muçulmanas e matando viúvas e bebês, o grão-mufti de Jerusalém, Haj Amin al-Husseini, fomentou revoltas contra os judeus em todo o país, a fim de convencer os britânicos de que a interrupção da imigração judaica evitaria a violência. "Hebrom foi atacada. Jovens desarmados que estudavam em cursos de formação de rabinos foram assassinados. Casas de famílias judaicas foram atacadas e seus ocupantes assassinados. As sinagogas foram profanadas [...]. A política de limpeza étnica do grão-mufti estava sendo implementada com toda a força. Posteriormente, o oficial britânico que chefiava a polícia de Hebrom deu o seguinte testemunho: Quando ouvi gritos [...] subi por uma passagem em forma de túnel e vi um árabe prestes a cortar a cabeça de uma criança com uma espada. Quando me viu, ele tentou me atingir, mas errou [...]. Eu atirei nele [...]. Atrás dele, estava uma mulher judia coberta de sangue e um homem, que eu reconheci como sendo um policial árabe chamado Issa Sheril, de Jaffa [...] olhando para a mulher com uma adaga na mão. Ele me viu e entrou correndo num quarto próximo, tentando me trancar do lado de fora e gritando em árabe: 'Excelência, eu sou um policial'. Entrei no quarto e atirei nele". 72 _ • Quem é Herdeiro da Terra Prometida? • Como resultado dessa violenta perseguição, Hebrom, que tinha sido habitada exclusivamente por judeus durante séculos, tornou-se, pela primeira vez na história, uma cidade só de árabes. Anos mais tarde, cautelosos e temerosos, alguns judeus começaram a retornar para uma de suas mais sagradas cidades, onde estão enterrados seus patriarcas. Então, veio a guerra de 1948, quando Israel, aceitando a partilha estabelecida na Resolução 181 da ONU, declarou sua independência e foi atacado pelos exércitos regulares de seis nações árabes. A Jordânia capturou a Margem Ocidental e, com ela, Hebrom. Isso foi mais um desastre para os moradores judeus que estavam tentando se reassentar em Hebrom. Todos foram expulsos sumariamente. Cegos Pelo Preconceito Em seu esforço fervoroso de retratar os 400 israelenses de Hebrom como agressores que maltratam cruelmente os 120 mil árabes residentes na cidade, o National Catholic Repórter se esqueceu de explicar por que razão há tão poucos judeus e por que só recentemente eles começaram a voltar para Hebrom. Durante a ocupação Jordaniana, de 1948 a 1967, os judeus eram proibidos de viver em Hebrom e até de visitarem os locais sagrados que ali se encontram - embora essa proibição fosse uma violação gritante dos termos do acordo de Armistício de 1948. Em Jerusalém Oriental e em toda a margem Ocidental, as autoridades jordanianas e os árabes residentes empreenderam a destruição sistemática de todas as evidências presença judaica anterior, a fim de dar suporte a suas alegações fraudulentas de que os judeus nunca viveram em Israel! Eles arrasaram o bairro judeu de Hebrom, violaram o cemitério judeu e construíram um curral nas ruínas da sinagoga de Avraham Avinu. É claro que isso não é nada diante do modo horrível como os atuais colonos judeus supostamente tratam os muçulmanos! A avidez com que o mundo aceita as mentiras gritantes e a história revisionista dos árabes, repetindo-as com pompa e autoridade como se fossem verdade, é de enlouquecer qualquer um! De fato, essas mentiras se tornaram o alicerce da "paz”! Parece que os "pacificadores" ignoram completamente a história de Hebrom e não estão dispostos a ouvir coisa alguma que pos- 73 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • sa colocar os "palestinos" sob uma luz pouco favorável. A verdade é que, através dos séculos, os judeus de Hebrom têm sido submetidos, tanto ali quanto em outros lugares, a indescritíveis crueldades e assassinatos nas mãos dos árabes muçulmanos. Só para citar alguns exemplos: Em 1518, a próspera comunidade judaica de Hebrom foi "saqueada [por muçulmanos], muitos judeus foram mortos, e os sobreviventes tiveram que fugir". Em 1540, entretanto, a comunidade judaica já havia se recuperado, embora ainda fosse periodicamente pilhada por bandos de saqueadores árabes. Em 1775, boatos de que os judeus matavam não-judeus para tirar seu sangue e fazer bolinhos de pão ázimo (um mito que ainda é popular entre os muçulmanos de hoje) provocaram revoltas contra os judeus. Em 1834, os judeus de Hebrom foram massacrados por soldados egípcios. Alguns "se converteram" ao Islamismo para escapar da perseguição. Em 1851, o Consulado Britânico de Jerusalém emitiu um comunicado dizendo: "Os judeus de Hebrom estão muito alarmados com as ameaças feitas pelos muçulmanos no começo do Ramadã [...]". Em maio de 1852, o cônsul-geral foi a Hebrom por causa dos relatórios de que havia judeus sofrendo maus tratos. Ele relatou o seguinte: "Os judeus estavam tão assustados [...] que não queriam me dizer nada [...] um dos principais rabinos me implorou que não informasse [o governador] Abderrahhman [...] de que eu tinha ido proteger os judeus, senão ele, inevitavelmente, iria castigá-los ainda mais após minha partida". Em julho de 1858, ele relatou: "Durante minha estada [em Hebrom], a casa de um judeu foi invadida à noite [e] todos os que se aproximavam para prestar socorro eram recebidos com grandes pedras atiradas por pessoas não-identificadas". Sob a influência do grão-mufti de Jerusalém, Haj Amin al-Husseini (cujos seguidores matavam indiscriminadamente qualquer um que ficasse em seu caminho, tanto judeus quanto árabes), "o prefeito de Hebrom, Nasr el Din Nasr, foi assassinado em 4 de agosto de 1936; a mulher e a filha do prefeito de Belém foram feridas em julho de 1937; o prefeito de Nablus, Suleiman Bey Toukan (que alertou publicamente o governo a respeito do caos que se instalaria se o terrorismo não fosse esmagado), fugiu depois de uma tentativa de assassinato em dezembro de 1937. Nada menos que onze mukhtars [chefes das aldeias] foram assassinados [por conviverem paci- 74 • Quem é Herdeiro da Terra Prometida? • ficamente com os judeus], juntamente com seus familiares, entre fevereiro de 1937 e novembro de 1938". 36 Isso ainda continua acontecendo. O número de árabes "palestinos" mortos por motivos políticos pelos esquadrões da morte palestinos é muito maior que o número de mortos em confrontos com as tropas israelenses. A divulgação de informações falsas não é novidade, e continua sendo tão irritante quanto sempre foi. Em 1937, aborrecido com as mentiras pró-árabes publicadas nos jornais britânicos, um correspondente do Ministério das Relações Exteriores da Grã-Bretanha lamentou que os terroristas "sejam vistos por um número cada vez maior de funcionários e observadores britânicos como 'patriotas árabes sinceros', cuja violência é 'justificada'". Ele acrescentou: Os árabes [muçulmanos] odeiam a civilização e gostariam de manter o país em seu atual estado de atraso [...]. Eles deixam que as cabras comam todas as plantas novas, e as mulheres pegam o que sobra para usar como combustível. Felizmente, os judeus estão mudando suas terras e eles são a única esperança [...]. Os árabes [...] não cansam de se gabar do seu país, mas o que fizeram por ele? Eles espoliam os pobres e aceitam backshish [propinas] e só se importam com A Espantosa Concordância do Corão! A evidência histórica firmemente estabelecida e os versículos bíblicos citados anteriormente, provam sem sombra de dúvida que a terra que Deus prometeu a Abraão e seus herdeiros pertence aos judeus. Seu título de propriedade foi assinado por Deus há 4 mil anos. Mas como os árabes de hoje podem rejeitar passagens bíblicas corroboradas por profecias, além de uma quantidade enorme de manuscritos antigos e evidências históricas inquestionáveis? As primeiras "revelações" de Maomé no Corão referiam-se aos judeus e cristãos como "povo do livro" 38 e exaltavam os Livros de Moisés como inspirados pelo verdadeiro Deus. Mas, quando o povo do livro recusou-se a aceitá-lo como profeta de Deus, Maomé voltou-se contra ele e o tom do Corão mudou. Os muçulmanos alegam que, entre as partes iniciais do Corão, que concordavam com a Bíblia, e as partes finais, que a contradizem, a Bíblia foi corrompida _ 75 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • para fazer parecer que os judeus eram os herdeiros legítimos da Terra Prometida. Entretanto, existem manuscritos do Antigo Testamento datados de 900 anos antes do Corão, e eles são idênticos à Bíblia que temos hoje. A Bíblia não foi "alterada"! Por exemplo, a versão grega do Antigo Testamento conhecida como Septuaginta foi traduzida por volta de 275 a.C., a partir de manuscritos hebraicos ainda mais antigos, e é idêntica ao que temos hoje. Além disso, o próprio Corão concorda que os judeus são os herdeiros legítimos da terra, como afirma a Bíblia: Fizemos um acordo antigo com os Filhos de Israel (Surata 5.70); E fizemos atravessar o mar [Vermelho] os israelitas; porém o Faraó e seu exército perseguiram-nos [...] concedemos aos israelitas uma habitação fixa (10.90, 93); E o Faraó quis bani-los da terra; porém, afogamo-lo [no Mar Vermelho], com os que com ele estavam. E depois disso dissemos aos israelitas: Habitai a Terra [...] (15.103-104); Sem dúvida que livramos os israelitas do [...] Faraó [...] e os escolhemos intencionalmente, acima de todas as criaturas (44.30-32); Nós os favorecemos acima de todos os povos (45. I ó); Ó povo meu, lembrai-vos das mercês de Alá para convosco [...] vos concedeu o que não havia concedido a nenhuma outra de suas criaturas. Ó povo meu, entrai na Terra Sagrada que Alá vos designou (5.20-21); etc. Apesar do fato inegável de que o Corão repete diversas vezes, e com a linguagem mais clara possível, que os judeus são o povo escolhido de Deus, único entre todas as nações, e que Deus deu a Terra Prometida exclusivamente a eles, os muçulmanos insistem em dizer que a terra pertence aos árabes "palestinos". Esta é apenas uma das muitas contradições semelhantes que encontramos no Islã. Por exemplo, o Corão chega a afirmar que o Deus dos judeus é o verdadeiro Deus e a ele os muçulmanos deveriam adorar: "Estando a ponto de afogar-se [enquanto tentava atravessar o Mar Vermelho, perseguindo os israelitas], o Faraó disse: Creio agora que não há mais divindade além de Deus em que creem os israelitas, e sou um dos submissos". 39 Apesar dessas passagens espalhadas por todo o Corão e da enorme quantidade de outras provas, o Islã afirma que a "Palestina" pertence aos árabes descendentes de Ismael. Essa é a raiz do ódio 76 • Quem é Herdeiro da Terra Prometida? • que os muçulmanos têm a Israel e de sua determinação em exterminar o povo judeu e tomar posse de todo o seu território. De fato, a palavra "Palestina" não aparece nem uma vez no Corão - algo estranho, considerando-se a importância que os muçulmanos dão a ela hoje em dia. Mais Uma Prova de Que a Terra Pertence a Israel Embora não seja necessário, existe mais uma evidência conclusiva de que os judeus e israelitas são os herdeiros de Abraão a quem Deus deu a terra. Deus fez uma aliança eterna com Abraão, dizendo: ”À tua descendência dei esta terra, desde o rio do Egito grande rio Eufrates" . 40 Naquele exato momento, antes do nascimento de Ismael ou Isaque, Deus identificou quais descendentes de Abraão herdariam a terra: ''Sabe, com certeza, que a tua posteridade será peregrina em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos [...] e depois sairão com grandes riquezas [...]. Na quarta geração, tornarão para aqui [para Canaã, a Terra Prometida]''. 41 Deus não poderia ter sido mais claro ao dizer que os verdadeiros herdeiros seriam escravos numa terra estranha por 400 anos, antes de serem levados de volta à Terra Prometida. Isso nunca aconteceu com os árabes. Na verdade, nessa época eles ainda não eram um povo identificável, mas viviam como nômades dispersos que só assumiram sua identidade como povo séculos mais tarde - e não em Canaã, mas na Península Arábica. Havia duas razões para os filhos de Israel permanecerem 400 anos no Egito. Em primeiro lugar, durante esse tempo como escravos eles não fizeram casamentos mistos com os egípcios a quem serviam - nem com qualquer outro não-judeu. Deste modo, eles se tornaram uma etnia identificável que foi levada em massa para a terra Prometida, e nós sabemos quem são eles hoje. Os descendentes de Ismael, por outro lado, casaram-se com os descendentes de Midiã (filho de Abraão com sua segunda mulher, Quetura), de modo que o termo "midianita" era usado como sinônimo de "ismaelita". 42 Os ismaelitas também se misturaram com os edomitas [descendentes de Esaú], 43 que se casaram com os heteus. 44 Os árabes eram um povo nômade que tinha a tendência 77 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • de fazer casamentos mistos com as nações entre as quais vagavam, com quem tinham relações comerciais e, mais tarde, com as que conquistaram. Em segundo lugar, Deus disse a Abraão: "Não se encheu ainda a medida da iniquidade dos amorreus " 45 Deus não iria varrer os cananeus do mapa simplesmente para dar sua terra aos judeus. Ele só faria isso por causa da maldade daquele povo. Em quatrocentos anos, sua maldade teria alcançado um nível tão alto que o Senhor, por causa de sua justiça, seria forçado a destruí-los como havia feito com o povo de Sodoma e Gomorra. E Ele usaria seu povo escolhido, liberto da escravidão egípcia, para executar seu juízo. Foi o que aconteceu. Depois disso, Canaã ficou conhecida como a terra de Israel - nome pelo qual é chamada trinta vezes na Bíblia. De Jerusalém, seus reis governaram um vasto império que se estendia desde o Sinai até o Eufrates. De fato, Israel foi o único Estado soberano unido que já existiu na região hoje chamada de "Palestina". Portanto, por 300 anos antes de serem escravizados no Egito e por cerca de mil anos depois (num total de 1300 anos), os judeus habitaram em sua própria terra, a terra de Israel, antes que Jerusalém fosse destruída pelos babilônios. É um insulto ao Deus de Israel e ao seu povo escolhido chamar a Terra Prometida de "Palestina"! Uma prova Final Como parte importante de sua libertação do Egito, os israelitas receberam ordem de matar um cordeiro para cada família, aspergir seu sangue no umbral da porta, assá-lo e comê-lo, preparados para deixar o Egito na noite em que Deus os libertou. Daquele dia em diante, como um memorial desse acontecimento milagroso, eles deveriam comemorar a festa da Páscoa todos os anos, para sempre. A Páscoa não é como o hajj e o Ramadã, praticados pelas tribos árabes pagãs durante séculos antes que os muçulmanos começassem a afirmar que eram invenção sua. A Páscoa é exclusiva dos judeus, e começou no dia em que eles foram libertos da escravidão no Egito. 46 Além disso, numa outra extraordinária profecia confirmatória, Deus declarou que, apesar de violarem os Dez Mandamentos e de 78 _ • Quem é Herdeiro da Terra Prometida? • infringirem e até abandonarem as outras muitas ordenanças que Ele lhes daria, os israelitas celebrariam a Páscoa para sempre: "Este dia vos será por memorial, e o celebrareis como solenidade ao SENHOR; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo" (Ex 12.14). 47 Somente um povo na terra, os judeus, celebra a Páscoa. E eles continuam a fazer isso exatamente como Deus previu. Essa é a prova final de que eles são os herdeiros cujos ancestrais foram escravos no Egito, foram milagrosamente libertos por Deus, e depois foram levados de volta para conquistar Canaã, onde seus patriarcas já haviam vivido durante 300 anos. Mais de 90 por cento dos judeus do mundo inteiro celebram a Páscoa todos os anos. Essa mesma percentagem se mantém entre os que vivem em Israel, embora muito poucos creiam na Bíblia e cerca de 30 por cento se declarem ateus. Isso mostra o cumprimento inegável de uma profecia específica. Para ver como isso é impressionante vamos fazer duas comparações. Os "profetas" de Roma declaram que os fogos sagrados da deusa Vesta, mantidos pelas virgens vestais, nunca se apagariam. Mas eles se apagaram. Os profetas do zoroastrismo juraram que seus fogos sagrados nunca se apagariam. Mas eles se extinguiram quando os muçulmanos invadiram a Pérsia, no século VII. Deus disse que Israel celebraria a Páscoa eternamente, e os judeus do mundo inteiro ainda a celebram. Mas como podemos ter certeza de que a história da Páscoa é verdadeira? A prova está na própria Páscoa e no fato de que os judeus ainda a observam e têm feito isso continuamente, através dos séculos. Quando um evento é testemunhado por muitas pessoas e é imediatamente comemorado por intermédio de algum ritual que se mantém a partir de então, isso é uma prova absoluta de que o evento de fato ocorreu. Ninguém poderia inventar uma história dessas e dar início à tradição de comemorar a Páscoa, se ela nunca tivesse acontecido. Os judeus protestariam imediatamente: "Mas nós não fizemos isso no passado!". O próprio fato de ter sido comemorada no ano passado e no ano anterior, e no ano anterior - até onde se pode chegar - prova que houve uma Páscoa inicial que marcou a libertação de Israel das mãos dos egípcios e a passagem para a Terra Prometida. Além disso, também assinala os judeus como aqueles a quem foi dada a Terra Prometida. De fato, essa prova era propósito de Deus. Ele ordenou a Moisés que dissesse aos israelitas: 79 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • "Quando vossos filhos vos perguntarem: Que rito é este? Respondereis: É o sacrifício da Páscoa ao SENHOR, que passou por cima das casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu os egípcios e livrou as nossas casas [...]", 48 0 Direito de Israel à Sua Terra é Pela Graça de Deus A promessa da terra e do Messias foi reiterada por Deus a Isaque: "A ti e a tua descendência darei todas estas terras e confirmarei o juramento que fiz a Abraão, teu pai. [...] Na tua descendência serão abençoadas todas as nações da terra"A 9 Deus também confirmou a mesma promessa a Jacó (Israel), o filho de Isaque: "A terra em que agora estás deitado, eu ta darei, a ti e à tua descendência. [...] Em ti e na tua descendência serão abençoadas todas as famílias da terra ". 50 0 Islã não pode dar nenhuma prova (nem do Corão, nem da história) de que aquela terra foi prometida a Ismael, de que todos os seus descendentes foram escravos durante quatrocentos anos em parte alguma, ou de que, ao serem libertos, eles foram levados em massa para a Terra Prometida. De fato, os descendentes de Ismael nunca viveram em Canaã. Além disso, os árabes certamente não celebram a Páscoa, mas seguem os mesmos rituais pagãos que seus ancestrais observaram durante séculos antes que Maomé nascesse! Infelizmente, os israelitas acabaram sendo castigados por Deus por incorrerem em todas as práticas idólatras das nações que desalojaram. Insistindo com eles para que se arrependessem, Deus alertou: "Sereis desarraigados da terra à qual passais para possuí-la. 0 SENHOR vos espalhará entre todos os povos, de uma até à outra extremidade da terra". 51 Mas o povo de Israel permaneceu obstinadamente na idolatria e na rebelião, e foi arrancado da terra. Por volta do ano 600 a.C., eles foram conquistados pelos babilônios e espalhados por muitas nações - mas não para sempre. Apesar de sua desobediência, e de estarem sob o juízo divino, os judeus são sempre identificados como o povo escolhido de propriedade exclusiva do Deus da Bíblia. Como já observamos, Ele é chamado de "o Deus de Israel" setenta e duas vezes, mas nunca é chamado de Deus de nenhum outro povo - e, certamente, jamais é 80 _ • Quem é Herdeiro da Terra Prometida? • chamado de Deus de Ismael ou dos árabes. Não foi por causa da obediência de Israel que Deus prometeu restaurar a nação integralmente em sua própria terra quando terminasse a dispersão do juízo. Longe de merecer a restauração, a nação foi desobediente e rebelde e abandonou o Senhor ao longo de toda a sua história. Apesar disso Deus fez várias promessas como esta: "Dize, portanto, à casa de Israel: Assim diz o SENHOR Deus: Não é por amor de vós que eu faço isto, á casa de Israel, mas pelo meu santo nome, que profanastes entre as nações para onde fostes. Vindicarei a santidade do meu grande nome [...] as nações saberão que eu sou o SENHOR, diz o SENHOR Deus, quando eu vindicar minha santidade perante elas. Tomar-vos-ei de entre as nações e vos congregarei de todos os países, e vos trarei para a vossa terra ". 52 0 “Deus de Israel” Está Furioso! Perseguidos e expulsos de sua terra sob o juízo de Deus, primeiro na dispersão babilónica e outras duas vezes pelos romanos (70 d.C. e 135 d.C.), os judeus sempre retornaram à sua antiga pátria. Esse povo desprezado tem vivido em Israel continuamente há dois quinhentos anos, desde que retornou de Babilônia. Portanto, durante cerca de quatro mil anos, começando com Abraão e Isaque os israelitas têm vivido na terra que Deus lhes deu - embora, durante a maior parte do tempo, tenham vivido sob o jugo opressivo de vários conquistadores. Deus está furioso com as nações modernas porque roubaram de a maior parte da terra que Ele deu como herança perpétua aos descendentes de Abraão. As nações confinaram Israel a uma pequena fração dessa terra e agora estão exigindo que seu povo entregue ainda mais aos "palestinos". Os "palestinos" afirmam que aquela terra pertence a eles e que Israel está, portanto, ocupando o território deles e tem que ser removido. Essa afronta a deus não pode continuar sem que Seu justo juízo recaia sobre os transgressores! Deus também está furioso com a moderna nação de Israel por concordar com essa farsa, ainda que debaixo de grande pressão das Nações Unidas, da União Europeia e dos Estados Unidos. O juízo 81 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • de Deus virá sobre a nação de Israel por sua desobediência e incredulidade - mas Deus não a abandonará. Lamentavelmente, o atual Estado de Israel tem concordado em entregar mais e mais porções da Terra Prometida em troca de promessas de "paz" cuja falsidade salta aos olhos. Eles têm violado o que David Ben-Gurion, o primeiro a ocupar o cargo de primeiro-ministro de Israel, afirmou corretamente, apoiado na Bíblia, quando a nação foi fundada: Nosso direito a esta terra em sua totalidade é inabalável, inalienável e eterno [...] Esse direito [...] não pode ser perdido sob nenhuma circunstância [...]. Os israelitas não têm poder nem jurisdição para negá-lo às futuras gerações [...]. E, até a vinda da Grande Redenção, jamais abriremos mão deste direito histórico. 53 Sim, mas a terra é chamada de "Palestina", e existem milhares de pessoas que o mundo inteiro reconhece como "palestinos" que têm vivido ali há gerações. Afinal de contas, os muçulmanos conquistaram aquela terra em meados do século sétimo d.C. e mantiveram seu domínio até 1917. E, mesmo depois dessa data, os árabes continuaram vivendo ali. Por que, então, suas alegações de que ocupavam aquela terra anteriormente não são válidas? Voltaremos a esse assunto no próximo capítulo. Notas: 1. Gênesis 16.1-16. 2. Gênesis 17.15-21; 21.1-12. 3. Gênesis 25.1-2. 4. Richard J. Foster, Ed; Gayle Beebe, Lynda L. Graybeal, Thomas C. Oden, e Dallas Willard, eds. gerais, The Renovare Formation Bible (Harper San Francisco, 2005). 5. Ibid, Introdução Geral, XXXI. 6. Ibid., 14-15. 7. Ibid., 987. 8. Gênesis 12.1. 9. Gênesis 12.2-3. 10. Romanos 4.5. 11. Gênesis 12.5-6; 13.12, 14-18; 15-18. 12. Gênesis 13.18; 23.2, 19; 35.27; 37.14. 13. Surata 11.42-43. 14. Surata 19.28. 15. Surata 19.21-27. 16. Surata 20.85-87, 95-97. 17. Surata 4.157. 18. Êxodo 3.13-16. 19. Mateus 22.32; Marcos 12.26; Lucas 20.37. 20. Atos 3.13. 21. Gênesis 17.15-21. 82 _ • Quem é Herdeiro da Terra Prometida? • 22. Gênesis 21.10-20. 23. Gênesis 21.21. 24. Gênesis 22.1-2. 25. Hebreus 11.17-19. 26. Gênesis 22.3-14. 27. I Samuel 15.29; Salmos 89.35; Tito 1.2; etc. 28. Romanos 11.29. 29. Gênesis 23.1. 30. Gênesis 23.1-20. 31. Gênesis 15.13-14. 32. Rosemary Radford Ruether, "Jewish settlers as pushy 'chosen people 1 - Christian Peacemakers have thankless task", National Catholic Repórter, 26 de abril de 1996, 12. 33. Joan Peters, From Time Immemorial: The Origins of the Arab-Jewish Conflict Over Palestine; (Nova York: J. KAP Publishing U.S.A., 1984), p. 315. 34. Ruether, "Peacemakers", p. 21. 35. Mosh Ma'oz, ed., Studies on Palestine During the Ottoman Period (Jerusalem: The Magnes Press, 1975), p. 147-148. 36. Peters, Immemorial, p. 314. 37. Citado em Alan Dershowitz, The Case for Israel (Hoboken, NJ: John Wiley & Sons, Inc. 2003), p. 43. 38. Surata 3.18-20, 64-71, 72-80; 4.171; 5.15-19, 59, 77-80. 39. Surata 10.90. 40. Gênesis 15.18. 41. Gênesis 15.13,14,16. 42. Juízes 8.8,12,22,24. 43. Gênesis 28.9. 44. Gênesis 26.34. 45. Gênesis 15.16. 46. Êxodo 12.1-13. 47. Êxodo 12.14. 48. Êxodo 12.26,27. 49. Gênesis 26.3,4. 50. Gênesisn 28.13,14. 51. Deuteronômio 28.63-64. 52. Ezequiel 36.22,24. 53. "BETRAYAL", anúncio publicado no The International Jerusalem Post, em 30 de novembro de 2001, p. 11 . 83 4 . A Verdade Sobre a "Palestina" A ALEGAÇÃO DE QUE A "PALESTINA" pertence aos árabes (como insistem os muçulmanos} é uma cause célèbre para todo o mundo árabe. Ela é defendida tenazmente, para beneficiar certos árabes (tanto dentro como fora de Israel) que se autodenominam "palestinos". No que diz respeito aos árabes, Israel não existe. Por exemplo, "Israel não é reconhecido como Estado soberano nos livros didáticos da Arábia Saudita, e seu nome não aparece em nenhum mapa. Todos os mapas dos livros escolares da Arábia Saudita [e de outras nações muçulmanas] só trazem o nome Palestina... que é apresentada como uma nação muçulmana ocupada por estrangeiros que profanam seus lugares santos, especialmente a mesquita de Al-Aksa, em Jerusalém. A ocupação da Palestina é apresentada como problema mais crucial dos árabes e muçulmanos, que deveriam unir suas forças para obter a libertação total da Palestina". 1 Cerca de quatro milhões de "palestinos" estão registrados como refugiados na Agência de Obras Assistenciais das Nações Unidas Para os Refugiados Palestinos (UNRWA), dos quais 33 por cento _ 85 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • vivem nos cinquenta e nove campos de refugiados da UNRWA localizados na Margem Ocidental, na Faixa de Gaza, na Jordânia, na Síria e no Líbano. Eles afirmam ser filhos e netos dos palestinos que descendiam dos "palestinos originais", os quais teriam sido supostamente expulsos de seus lares, negócios e fazendas pelos israelitas na Guerra da Independência, em 1948. Com o apoio da opinião pública mundial, da ONU, da União Europeia (UE) e da maioria dos líderes mundiais, eles exigem retornar à sua "Palestina" natal. Na guerra de 1948, a Transjordânia (que a Grã-Bretanha tinha criado em 1946, usando terras que a Declaração de Princípios de 1922 da Liga das Nações reconhecia como pertencentes aos judeus) tomou Jerusalém Oriental. Algumas unidades da Legião Árabe da Jordânia que atacaram Jerusalém foram, na verdade, comandadas por oficiais britânicos. A Jordânia lançou um ataque aéreo contra Israel antes mesmo que este se declarasse um Estado independente. A artilharia pesada e os bombardeios da Jordânia foram demais para os judeus que faziam a defesa, pois eles não tinham artilharia nem aviões de guerra. Os judeus entregaram o bairro judaico da Cidade Velha em 28 de maio de 1948, perdendo seu precioso Muro Ocidental duas semanas depois de se declararem uma nação independente. Os árabes tinham atacado a cidade com mais de dez mil granadas, matando mil e duzentos civis e destruindo mais de duas mil casas. Os mal equipados israelenses conseguiram, de alguma maneira, manter heroicamente Jerusalém Ocidental. Os não-judeus geralmente chamam o Muro Ocidental de "Mure das Lamentações", um termo relativamente novo. Os israelitas, entretanto, insistem em usar a outra expressão, e têm bons motivo para isso. 0 analista político e militar Ze'ev Schiff explicou, num artigo publicado no diário israelense Ha'aretz\ "Qual é a extensão do Muro Ocidental? Será que ele se restringe à parede de apena-58 metros que está voltada para o espaço tradicionalmente usado pelos judeus para suas orações, ou inclui toda a muralha ocidental de contenção do Monte do Templo? Os palestinos exigem que qualquer acordo diplomático adote a menor extensão, conhecida como 'o Muro das Lamentações'. Israel insiste no 'Muro Ocidental' [...] cujo comprimento é de 485 metros". A Transjordânia (hoje conhecida como Jordânia), recebeu uma parte da "Palestina" cuja área é mais de cinco vezes superior à fração finalmente entregue a Israel. Na ganância por mais terras, suas 86 _ • A Verdade Sobre a "Palestina legiões árabes tomaram a Margem Ocidental, enquanto o Egito se apossava da Faixa de Gaza. Todos os judeus foram expulsos e suas propriedades foram demolidas ou confiscadas. Esse é o procedimento padrão que os muçulmanos adotam sempre que podem. Apesar disso, os árabes exigem, hipocritamente, que Jerusalém continue sendo uma cidade internacional, por temerem que Israel destrua os lugares santos dos muçulmanos - algo que os judeus jamais fizeram, mas que os muçulmanos sempre fizeram com as propriedades dos judeus. 0 mais inacreditável é que a ONU e os líderes mundiais tomam resoluções políticas com base nas mentiras dos árabes e em total desacordo com fatos históricos bem estabelecidos. Em 1993, os Acordos de Oslo deixaram Nablus (antiga Siquém) sob jurisdição israelense. Ali está situado o local tradicionalmente reconhecido como o túmulo de José, um lugar precioso não só para os israelenses e os judeus do mundo inteiro, mas também para os cristãos. Em 7 de outubro de 2000, o então primeiro-ministro Ehud Barak ordenou que as tropas israelenses saíssem de Nablus, confiando num compromisso assumido pelos palestinos de protegerem aquele local. Em poucas horas podia-se ver uma coluna de fumaça saindo do túmulo, enquanto uma multidão alegre queimava livros de oração e outros objetos judaicos, festejando a retirada israelense. Munidos de picaretas e marretas, os palestinos começaram a demolir a construção de pedra. Dois dias depois, tratores limpavam a área. 2 A ONU e a UE não disseram uma palavra a respeito dessa profanação - mas estão sempre criticando Israel furiosamente por se defender. Arautos da Paz? Depois que os integrantes das Forças de Defesa Israelenses (IDF - Israel Defense Forces) evacuaram Ramalá, em 3 de janeiro de 1996, Yasser Arafat, dirigindo-se à multidão de palestinos entusiasmados, do alto do antigo Quartel-General da IDF, declarou que Ramalá e Al-Bira "estão livres para sempre [...]. Hoje começamos nossa caminhada em direção a um Estado palestino independente, tendo Jerusalém como sua capital!". 3 Era isso que o "processo de paz" representava para Arafat, e ainda representa para Mahmoud Abas 87 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • (Abu Mazen), seu sucessor na presidência da Autoridade Palestina (AP) e seu parceiro de longa data no terrorismo. Nada mudou, exceto o fato de que a retórica será muito mais branda e enganadora. Quando comparamos o modo como a IDF tem saído de cada uma das posições de que abriu mão, de boa fé, após a assinatura de acordos com seus "parceiros na paz", com o modo como os palestinos têm recebido essas áreas, vemos desmoronar toda ilusão de que é possível alcançar uma paz verdadeira. Veja, por exemplo, o espetáculo que se observou na transferência de Nablus para as mãos da Autoridade Palestina (AP) de Arafat: As imagens exibidas na televisão mostravam os soldados israelenses [em retirada] encolhidos em seus veículos, sendo apedrejados, cuspidos e xingados... A multidão enfurecida, alegre e embriagada pelo poder, queimou bandeiras israelenses... E difícil imaginar uma visão mais humilhante [para Israel]... As cenas da evacuação de Nablus reforçam a impressão de que foi somente a pressão árabe [e não a boa vontade de Israel]... que levou Israel a se retirar. Panfletos da Fatah [o grupo terrorista do próprio Arafat] distribuídos em Nablus saudavam a vitória palestina sobre "o exército de ocupação nazista", gabando-se de que o fogo palestino é que "tinha feito o solo arder sob os pés dos macacos e porcos". A conclusão óbvia é que o mesmo fogo pode fazer Israel fugir do resto da Palestina. 4 A Margem Ocidental e a Faixa de Gaza, que têm aparecido bastante nas notícias, estiveram em poder da Jordânia e do Egito por dezenove anos, e foram usadas como plataformas de envio de terroristas contra Israel, até que este foi forçado - para sua própria proteção - a ocupar essas áreas na Guerra dos Seis Dias, em 1967. Foram os árabes, e não Israel, que puseram os "refugiados" nos acampamentos e os mantiveram ali desde então - em vez de recebê-los em seu próprio "Estado Palestino" que, na opinião do mundo, só não existe por culpa de Israel. 0 mesmo mundo que permaneceu calado, como era previsível, quando a Jordânia e o Egito confinaram os "refugiados palestinos" nos acampamentos, e que nunca disse uma palavra sequer de condenação durante os dezenove anos de ataques terroristas lançados contra Israel a partir dessas áreas, agora acusa Israel de "oprimir" essas pessoas e levanta um 88 _ • A Verdade Sobre a "Palestina clamor para que Israel cesse sua "ocupação ilegal do território palestino". Apesar do óbvio caráter fingido da Organização Para a Libertação da Palestina (OLP), Israel continua a ceder territórios, literalmente preparando o palco para sua própria destruição, como previu o profeta Ezequiel: "Não tivestes visões falsas [...] Visto que andam [os líderes] [...] enganando, sim, enganando o meu povo, dizendo: Paz, quando não há paz [...] os profetas de Israel que profetizaram a respeito de Jerusalém e para ela têm visões de paz, quando não há paz, diz o SENHOR Deus". 5 Israel Está Cometendo Suicídio? Numa entrevista coletiva, em 27 de dezembro de 2004, o presidente da OLP, Mahmoud Abbas, enfatizou "os direitos inalienáveis do povo palestino, principalmente o direito dos refugiados, de retornarem a Israel e estabelecerem um Estado palestino independente, tendo Jerusalém como capital". 6 E óbvio que tal nação jamais existiu. Portanto, como eles poderiam "voltar" para ela? Além disso, os árabes nunca sugeriram a criação desse país durante o período em que detiveram o controle daquela área, de 1948 a 1967. E por que não? Porque o objetivo deles não é esse, e sim a destruição de Israel. Para a pequena nação de Israel - que tem menos de oito milhões de cidadãos, sendo que mais de um milhão deles são árabes muçulmanos que adorariam ver o país destruído - permitir a entrada de quatro milhões de árabes que juraram aniquilá-la seria o mesmo que cometer um suicídio nacional. É isso que os árabes querem quando exigem o retorno de todos os "refugiados". E é por isso que o presidente Bush expressou publicamente sua opinião de que o único direito que esses "refugiados" têm é serem recebidos em seu próprio Estado palestino independente, formado dentro do atual território palestino - que é justamente o propósito do seu mapa do caminho para a paz. Embora os "palestinos" finjam estar interessados nas negociações mediadas pelas potências ocidentais para fazer a "paz" em troca do compromisso de Israel de entregar mais terras, seu objetivo final é tomar posse de todo o território de Israel. Este continua sendo seu firme 89 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • propósito. Eles não poderiam aceitar menos do que isso sem renunciar ao Islã e a Maomé, seu profeta fundador. A insistência obstinada nessa reivindicação ilegítima, e o apoio que ela recebe do resto do mundo, no que diz respeito à criação de um "Estado palestino", constituem uma rejeição indesculpável do claro testemunho fornecido tanto pela história quanto pela Bíblia, além de ser uma flagrante rebelião contra o Deus de Israel. Este crime tríplice criou a crise do Oriente Médio que estamos enfrentando hoje. Não são apenas os muçulmanos que estão desafiando o Deus de Israel, mas também os líderes políticos do Ocidente. Porém, a paciência de Deus está se esgotando - e isso é um pensamento assustador. As Intenções dos Árabes Sob a alegação de que descendem dos "palestinos originais" que viviam na terra da "Palestina" antes que os israelitas, comandados por Josué, invadissem e conquistassem seu território, os refugiados árabes reivindicam a propriedade legítima de toda aquela terra. Eles insistem em dizer que os judeus estão ocupando ilegalmente a terra que lhes pertence por herança e, portanto, têm que sair. Ouve-se muito a queixa de que o obstáculo para a paz é a "ocupação" da Margem Ocidental é da Faixa de Gaza pelos israelenses. Se isso é verdade, então por que a Organização Para a Libertação da Palestina foi criada em 1964, quando Israel não tinha nada a ver com esses territórios, pois eles ainda estavam inteiramente sob o controle dos árabes? 0 que eles queriam "libertar" quando a Jordânia e o Egito tinham em seu poder os "palestinos", a quem eles (e não os israelenses) puseram em campos miseráveis nessas áreas? Por que a OLP e sua canalha de terroristas atacaram Israel a partir desses territórios e o Hizfallah (Partido de Alá) atacou do Líbano? Só há uma resposta: essa conversa de criação de um Estado palestino é só uma cortina de fumaça para encobrir a verdadeira intenção de aniquilar Israel. Os "palestinos" são meros peões na mão dos árabes. Os exércitos árabes que atacaram o recém-criado Estado de Israel, em maio de 1948, foram vergonhosamente derrotados. Com relutância, eles assinaram acordos de "cessar-fogo" temporário 90 _ • A Verdade Sobre a "Palestina (permitidos pelo exemplo dado por Maomé em Hudaybiya, em 628): o Egito, em 24 de fevereiro de 1949; o Líbano, em 23 de março; a Transjordânia, em 3 de abril; e a Síria, em 20 de julho. As fronteiras de Israel demarcadas por esses acordos ficaram conhecidas desde então como "Linha Verde". A vitória custou caro. As mortes de israelenses chegaram a 6.373 (2.400 civis), cerca de 1 por cento de toda a sua população (o que seria comparável a uma perda de aproximadamente 3 milhões americanos hoje). As estimativas das baixas entre os árabes variam entre 5.000 a 15.000 - cerca de 1/40 de 1 por cento. Em 11 de outubro de 1949, o Ministro das Relações Exteriores Egito, Muhammad Saleh el-Din, declarou que "os árabes querem e eles [os refugiados] retornem como senhores... Mais explicitamente: eles pretendem aniquilar o Estado de Israel... Os árabes não se constrangem em dizer: 'Não nos satisfaremos enquanto não conseguirmos a aniquilação completa de Israel'". 7 Nem a Alemanha nazista pretendia "aniquilar" totalmente a França ou a Inglaterra - mas é isso que os árabes querem fazer com Israel. E o mundo culpa ele por não estar em paz com esse tipo de inimigo! “Palestina”? Já vimos que a terra para onde Deus levou Abraão, há cerca de quatro mil anos - terra que Deus prometeu a ele e a seus herdeiros - aliança eterna, e na qual Abraão e seus descendentes através de Isaque e Jacó viveram durante séculos, desde então - não era um lugar inexistente chamado "Palestina", como insistem em afirmar aqueles que hoje se autodenominam, erroneamente, "palestinos". Ela era a histórica terra de Canaã: "Dar-te-ei e à tua descendência [...] toda a terra de Canaã, em possessão perpétua, e serei o seu Deus". 8 "Lembra-se perpetuamente da sua aliança, da palavra que empenhou para mil gerações; da aliança que fez com Abraão e do juramento que fez a Isaque; o qual confirmou a Jacó por decreto e a Israel, por aliança perpétua, dizendo: Dar-vos-ei a terra Canaã [...]"'. 9 A antiga terra de Canaã e seus habitantes estão identificados de forma inequívoca, tanto na Bíblia quanto nos registros arqueológicos. Canaã nunca foi prometida aos árabes, e eles nunca viveram ali, 91 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • seja em que quantidade for, até os tempos modernos. Os primitivos habitantes de Canaã eram os queneus, os quenezeus, os cadmoneus, os heteus, os ferezeus, os refains, os amorreus, os cananeus, os girgaseus e os jebuseus - não os "palestinos". 10 Quando os israelitas retornaram depois de quatrocentos anos de escravidão no Egito (outro fato que os assinala como herdeiros da promessa), eles executaram o juízo de Deus sobre uma população incrivelmente perversa, conquistando Canaã como Deus ordenou: "[...] Pela maldade destas gerações, é que o SENHOR as lança de diante de ti. Não é por causa da tua justiça 11 Canaã tornou-se Israel e foi chamada assim por mais de mil e quinhentos anos. Mas, hoje em dia, a maior parte do mundo, e até mesmo a maioria dos israelitas, chama aquela terra de Palestina. Esse tem sido o seu nome há séculos. Porém, se ela era a terra de Israel, como e quando passou a se chamar "Palestina"? Por volta de 132 d.C., os romanos, que haviam dizimado Jerusalém no ano 70 de nossa era, começaram a reconstruí-la para o imperador Adriano, para ser uma cidade pagã dedicada a ele e a Júpiter. Eles começaram a construir um templo dedicado a Júpiter sobre o Monte do Templo, no mesmo local onde antes se localizavam os antigos templos judaicos. Evidentemente, os judeus se rebelaram, tentando impedir aquela profanação. A revolta foi liderada por Simão Bar Kochba, que muitos naquela época acreditavam ser o Messias. De início, a revolta foi extraordinariamente bem sucedida. Porém, Roma enviou mais legiões para lá e, no final, destruiu quase mil aldeias, matou cerca de quinhentos mil judeus e escravizou outros milhares. Quando a rebelião foi finalmente esmagada, em 135 d.C., os conquistadores romanos, cheios de indignação, trocaram o nome da terra de Israel para Província Síria-Palestina, homenageando os antigos inimigos de Israel, os filisteus. Daquela época em diante, todos os que viviam ali passaram a ser conhecidos como "palestinos". Judeus, os “Palestinos” Quem eram as pessoas que viviam na recém-nomeada Palestina e que, portanto, passaram a ser chamadas de "palestinos"? Judeus, é claro. Expulse-os de lá e eles voltam para a terra que Deus deu a 92 _ • A Verdade Sobre a "Palestina seus ancestrais. Naquela época, os árabes nem sequer sonhavam que a "Palestina" fosse sua terra. Essa ambição ainda demoraria quinhentos anos para aparecer, com o surgimento do Islã - e mesmo assim eles ainda não se chamavam de "palestinos". Na Segunda Guerra Mundial, a Grã-Bretanha tinha uma brigada de voluntários conhecida como "A Brigada Palestina". Ela era composta exclusivamente de judeus. Os árabes estavam lutando ao lado Hitler. Além da destruição de Israel, Hitler havia prometido liberdade e independência a todos os Estados árabes, em troca de sua ajuda. Uma Divisão SS inteira era composta de bósnios muçulmanos. Existia a Orquestra Sinfônica Palestina, uma orquestra judaica, e o Palestinian Post, um jornal judeu. Até 1950, os árabes não aceitavam ser chamados de palestinos e declaravam que, se tal povo existisse ele seria o judeu. Um líder árabe local afirmou, diante da Comissão Peei: "Não existe um país chamado Palestina. 'Palestina' é um termo que os sionistas inventaram...". O professor Philip Hitti, historiador árabe, testemunhou diante de uma comissão de inquérito anglo-americana, em 1946: "Não existe esse negócio de Palestina na história - absolutamente!". 12 Em 31 de maio de 1956, Ahmed Shukairy declarou ao Conselho de Segurança da ONU: "Todo mundo sabe que a palestina não é nada senão o Sul da Síria". Oito anos depois, em 1964, Shukairy tornou-se o presidente fundador da Organização Para a Libertação da Palestina e cunhou o lema infame: "Empurraremos os judeus para dentro do mar". E ele nem sequer era "palestino"! Assim como Arafat, Shukairy nasceu no Cairo. A Organização Para a Libertação da Palestina não foi fundada por palestinos, mas tem sido usada para tirar partido desse povo maltratado, na guerra entre o Islã e Israel. Desmascarando o Mito dos “Árabes Palestinos” Os árabes "palestinos" de hoje são parentes próximos dos árabes que vivem nos países vizinhos - dos quais procede a maioria deles - ou seus ancestrais imediatos. Eles fazem uma série de alegações conflitantes, que por seu próprio contrassenso negam sua legitimidade. Mesmo que tivesse existido um país chamado Palestina, ocupado por palestinos, os árabes não seriam seus descen- 93 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • dentes. Os árabes afirmam que são descendentes de Ismael, o primeiro filho de Abraão, e que, portanto, são os legítimos herdeiros da terra que Deus deu a Abraão. Eles realmente têm muito sangue ismaelita correndo em suas veias, mas não há uma genealogia direta que vá desde os árabes modernos até Ismael. Eles são um povo misturado. Já vimos que Isaque foi o filho da promessa. Mesmo que os árabes fossem 100 por cento ismaelitas, ainda assim eles não seriam descendentes dos habitantes originais da terra. Deus prometeu a terra a Abraão antes que Ismael nascesse, e ela já possuía muitos habitantes. Portanto, como árabes descendentes de Ismael (nascidos de imigrantes, séculos depois da colonização de Canaã) poderiam ser, ao mesmo tempo, descendentes dos "habitantes originais" da Terra Prometida? Impossível! O próprio Ismael não era descendente dos antigos habitantes de Canaã. Seu pai, Abraão, era de Ur dos Caldeus; e sua mãe, Agar, era egípcia. Nenhum deles estava entre os "habitantes originais de Canaã", nem tinha qualquer parentesco com eles, por mais remoto que fosse - e os descendentes de Ismael também não poderiam ter. Os "palestinos" de hoje estão espalhando uma mentira! Mas é uma mentira que o mundo adora, e que usa com grande alegria para atingir Israel. Canaã já estava colonizada quando Abraão chegou ali, juntamente com sua esposa Sara e sua escrava Agar. Com a idade de quatorze anos, Ismael (e sua mãe), banidos por Sara da casa de Abraão, deixaram Hebrom e Canaã e, daí por diante, passaram a viver "no deserto de Parã". 13 Os descendentes de Ismael nunca viveram em Canaã, mas se estabeleceram na Península Arábica. Somente depois do século VII de nossa era, através das invasões da jihad (guerra santa) islâmica, é que os árabes chegaram numa quantidade significativa à terra de Israel, que era erroneamente chamada de Palestina naquela época. Como os descendentes de Ismael, que nem sequer viviam na "Palestina", podem afirmar que descendem dos "palestinos originais"? Isso é totalmente impossível. Obviamente, os árabes não poderiam ser descendentes dos primitivos habitantes de Canaã. Essas contradições não fornecem uma base sólida para as reivindicações dos atuais "palestinos". Apesar disso, o mundo aceita essas fantasias como base de um acordo que querem impin- 94 _ • A Verdade Sobre a "Palestina gir a Israel, cujo direito ancestral àquela terra remonta a quatro mil anos. Nenhum Parentesco Com os Filisteus Se a "Palestina" é tão importante para os árabes, por que ela não é mencionada nem uma única vez em seu livro sagrado, o Corão? A palavra é usada quatro vezes na Bíblia, 14 mas nunca se refere nem à terra de Canaã nem a Israel. A palavra hebraica traduzida como Palestina é pelensheth. Ela se refere a uma pequena região também conhecida como Filístia, 15 a terra dos pelishtee, ou filisteus. A Filístia ocupava a mesma região (embora fosse um pouco maior] que a atual Faixa de Gaza, que recebeu esse nome por causa da cidade filistéia de Gaza. Suas outras cidades eram Asdode, Gate (cidade de Golias), Gerar e Ecrom. Esta é a verdadeira história, sobre o qual o Corão não sabe nada. Os filisteus não eram um povo semita como os árabes. Eles tinham invadido Canaã pelo mar, vindos do outro lado do Mediterrâneo, e ocuparam aquela área antes da chegada dos israelitas. Eles não eram os "habitantes originais da terra" (como afirmam os atuais "palestinos" a respeito de seus ancestrais), mas expulsaram certos cananeus do mesmo modo como acabaram sendo expulsos por Israel. Os árabes "palestinos" (semitas) que vivem ali atualmente não podem alegar nenhum parentesco étnico, linguístico ou histórico com os filisteus, nem apresentar qualquer outra justificativa para se autodenominarem palestinos. Os que hoje afirmam ser palestinos são árabes por nascimento, língua, religião islâmica e cultura. Seus pais e avós "palestinos” imigraram dos países árabes vizinhos, atraídos pela prosperidade que estava sendo gerada com o retorno dos judeus à sua antiga Terra Prometida. Na maioria dos casos, esse afluxo ocorreu apenas alguns meses ou anos antes de Israel declarar sua independência. As Nações Unidas definiram o termo "palestino" como sendo todo indivíduo que tivesse vivido ali por pelo menos dois anos. Mesmo essa definição tão ampla não foi seguida à risca. É claro que a regra foi generosamente aplicada aos árabes, mas não aos judeus, embora estes também vivessem na "Palestina". 95 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • E Quanto a JerusalémP Jerusalém foi estabelecida como capital de Israel pelo rei Davi, há três mil anos. Como já observamos anteriormente, ela não é mencionada uma só vez no Corão. Mesmo na época em que os impérios muçulmanos controlavam todo o Oriente Médio, os árabes não davam muita importância a Jerusalém. No final do século XIX, a população de Jerusalém era de cerca de quarenta mil pessoas - em sua maioria, judeus. O restante era composto de cristãos de várias linhas e só alguns poucos árabes. Também não há qualquer referência a Jerusalém no Pacto Nacional Palestino, de 1964. Quando os muçulmanos começaram a insistir que a Margem Ocidental, a Faixa de Gaza e a cidade de Jerusalém tinham sempre pertencido aos "palestinos", isso foi uma invenção nova e uma reviravolta total. Recentemente, escritores muçulmanos começaram a enaltecer Jerusalém, afirmando que ela é "comparável em santidade" a Meca e Medina, ou até "nosso lugar mais sagrado". 16 Mas isso é outra invencionice e jamais um fato histórico. A organização terrorista Hizfallah (Partido de Alá), cujo quartel-general está localizado na Síria, exibe o Domo da Rocha em seu material de propaganda para inflamar seus seguidores contra Israel. Arafat declarou que "Al-Quds [Jerusalém] está no lugar mais profundo do nosso coração, no coração do nosso povo e no de todos os árabes, muçulmanos e cristãos do mundo". 17 Não é de surpreender que ele tenha deixado de fora os judeus, para quem Jerusalém significa mais do que para qualquer outro povo! A OLP cita Jerusalém em sua constituição de 1968 como "a sede da Organização Para a Libertação da Palestina". Ela tentou implementar essa reivindicação fraudulenta estabelecendo escritórios da Autoridade Palestina na venerável Casa do Oriente de Jerusalém (violando os Acordos de Oslo), onde realizava negócios e recebia delegados internacionais e ativistas da "paz". Por fim, os israelenses ficaram fartos das tentativas da OLP de abrir precedentes para legitimar sua reivindicação de ter Jerusalém como capital de um Estado palestino. Eles despejaram a OLP e ocuparam a Casa do Oriente e outros escritórios da AP em Jerusalém, em 10 de agosto de 2001. 18 Bem no início, Maomé fez a qiblah (orientação da oração) dirigida a Jerusalém, aparentemente para atrair os judeus. Mas, quando a manobra não deu resultado, ele tornou a fazer os muçulmanos ora- 96 _ • A Verdade Sobre a "Palestina rem virados na direção da Caaba, em Meca, como eles têm que fazer até hoje. Porém, nos oito primeiros anos, a Caaba em direção à qual os muçulmanos oravam estava cheia com cerca de trezentos e sessenta ídolos, dos quais o principal era Alá. Portanto, o Corão não só não menciona Jerusalém como ainda, implicitamente, a rebaixa, pois ela é a qiblah errada: "Ainda que apresentes qualquer espécie de sinal ante aqueles que receberam o livro [i.e., judeus e cristãos], jamais adotarão tua quiblah nem tão pouco seguirás a deles; nem tampouco eles seguirão a quiblah de cada um mutuamente. Se te rendesses aos seus desejos, apesar do conhecimento que tens recebido, contar-te-ias entre os iníquos". 19 Obviamente, os judeus não têm quiblah, a menos que seja levantar os olhos em direção ao céu, em oração, como fazia Jesus. 20 Apesar disso, os palestinos exigem a volta de Jerusalém como sua capital. Dando sua ajuda para a propagação do mito palestino, o rei Fahad, da Arábia Saudita, conclamou os países muçulmanos a "proteger" a cidade santa [que] pertence a todos os muçulmanos do mundo! 21 Na verdade, durante os muitos séculos em que um regime muçulmano rival ou outro controlava Jerusalém, e mesmo estando o Domo da Rocha localizado ali, a cidade nunca teve nenhuma proeminência especial no Islã. A atual tentativa dos muçulmanos de reivindicar Jerusalém como uma cidade santa do Islã teria escandalizado os muçulmanos de séculos atrás. Esta é simplesmente mais uma mentira e mais uma manobra na campanha de propaganda para desalojar Israel. Seu extraordinário sucesso continuará até o dia em que os israelitas estiverem tão desesperados a ponto de clamarem a uma só voz pelo socorro do Messias - e Ele virá salvá-los. Um Emaranhado de Confusões Existem muitos outros problemas com as alegações dos "palestinos". É claro que, depois que os ovos foram batidos para a omelete, não dá para "desbatê-los", mas é exatamente isso que estão tentando fazer. Quem realizou a partilha da terra foi a ONU. Israel ficou contente com o que recebeu, embora, em alguns pontos, a faixa de terra fosse tão estreita que era quase indefensável. Os judeus não atacaram os árabes; foram os árabes que, desafiando as Nações Unidas, atacaram a nação de Israel - e com a intenção mais 97 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • do que declarada de aniquilá-la completamente. Todos os territórios que os árabes perderam, da parcela que a ONU tinha designado para eles, foram tomados por Israel numa ação defensiva contra um inimigo que o atacou tendo em mente o seu extermínio. A revista Time chamou a atenção 22 para o fato de que, se os árabes tivessem aceitado a partilha da ONU, como fez Israel, em vez de atacarem, os "palestinos" estariam vivendo em sua própria nação todos esses anos. É óbvio que eles nunca tiveram a intenção de aceitar qualquer coexistência com Israel, como seus líderes não cansam de repetir. E agora, depois de cinco guerras fracassadas, eles exigem aquilo que a ONU lhes tinha dado no início. Com certeza, Israel não tem nenhuma obrigação de devolver aos árabes as fronteiras estabelecidas pela ONU, visto que eles as rejeitaram violentamente e as usaram para tentar aniquilar Israel. Isso seria praticar um ato suicida para recompensar uma agressão. Seria um absurdo se Israel devolvesse a seus agressores o território estratégico que tomou para garantir sua própria defesa. No entanto, num gesto absolutamente inédito na história das guerras, a vitoriosa nação de Israel devolveu cerca de 95 por cento do território que tomara em autodefesa - e os palestinos têm usado constantemente esse território para lançar ataques terroristas contra quem lhes têm feito bem. Os Palestinos e o Terrorismo Com os terroristas não há argumento. Eles só entendem a força. Sem sombra de dúvida, o maior terrorista dos últimos anos foi Yasser Arafat, e não Osama Bin Laden. Nascido em 27 de agosto de 1929, seu verdadeiro nome era Abd al-Rahman Abd al-Rauf Arafat al-Qudwa al-Husseini, que ele abreviou para omitir o revelador al-Husseini. Seu principal propósito era ocultar o parentesco com o primo de seu avô, Haj Amin Mohammed al-Husseini, ao qual já nos referimos anteriormente e que foi nomeado Grão- Mufti de Jerusalém pelos britânicos, em 1921. Esse assassino de judeus, parceiro de Hitler (que lhe deu 500.000 dólares para combater os aliados e os judeus), era um terrorista por convicção e foi "mentor e guia" de Arafat. 23 Arafat adotou o nome de "Yasser" em memória de Yasser al-Birah, "um líder do reino de terror estabelecido pelo Grão-Mufti na 98 _ • A Verdade Sobre a "Palestina década de 1930". Arafat cometeu seu primeiro assassinato aos 20 anos - matando um inocente palestino, Rork Hamid. 25 A Organização Para a Libertação da Palestina foi fundada em 1964, não na Palestina, mas no Cairo, por Gamai Abdel Nasser, presidente do Egito, 26 supostamente para representar o "povo palestino oprimido". Yasser Arafat, que já chefiava o grupo terrorista Fatah, tornou-se presidente da OLP em 1969. Sob a liderança de Arafat, a OLP tornou-se a mais rica organização terrorista, com uma renda anual de mais de 1,2 bilhões de dólares, 27 dos quais Arafat escondeu bilhões em suas contas pessoais na Suíça. Tornou-se também a mais perversa de que se tem registro, estando envolvido em centenas de "atentados a bomba, tiroteios, ataques com foguetes e sequestros de aviões e de pessoas em vinte e seis países". A maioria das vítimas e mais de 90 por cento dos milhares de reféns não eram israelitas. 28 Negociar com Arafat e a OLP era, e continua sendo, algo que não faz o menor sentido. Entretanto, Israel tem sido forçado a isso pela opinião pública mundial. A Carta Nacional Palestina da OLP deixa bem claro quais são as suas metas. Essas pessoas não são extremistas, mas muçulmanos devotos, de modo que seus objetivos não são simplesmente os de sua organização, mas sim os de sua religião. A menos que a religião mude, não existe a menor possibilidade desses objetivos serem alterados. No processo de negociação da “paz" com Israel, eles podem "fingir" que mudaram - mas isso, com certeza, não aconteceu. Arafat dirigia os territórios dados à OLP por Israel da mesma forma que a família real governa a Arábia Saudita (e seu sucessor, Abu Mazen, fará o mesmo). Não há liberdade. Ninguém se atrevia a discordar ou mesmo questionar Arafat e sua Autoridade Palestina (AP). As eleições são uma piada. A imprensa é controlada. Um experiente jornalista árabe escreveu certa vez que "todo jornalista que quiser entrevistar um funcionário do alto escalão palestino deve providenciar o seguinte: um caixão, um sepulcro para ele e sua família e um testamento preparado com antecedência". 29 A verdade não significava nada para Arafat ou para seus comparsas no crime, que inventam a "história" como lhes convém (como os comunistas sempre fizeram). Os dissidentes soviéticos tinham uma frase que se aplica muito bem aos palestinos: "A União Soviética é o único país com um passado imprevisível". A Carta 99 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Nacional da OLP revela uma inclinação pelo irracional. Mesmo diante do imenso volume de evidências históricas em contrário, ela se atreve a dizer (e o mundo gosta de acreditar nessas mentiras): As alegações de que existem laços históricos ou religiosos dos judeus com a Palestina são incompatíveis com os fatos históricos... Os judeus também não constituem uma nação única com uma identidade própria; eles são cidadãos dos países a que pertencem. O Sionismo é um movimento político... racista e fanático por natureza, agressivo, expansionista e colonial em seus objetivos, e fascista em seus métodos. Israel é... uma base geográfica do imperialismo mundial, estrategicamente colocada no meio da terra natal dos árabes para combater as esperanças de libertação, unidade e progresso da nação árabe. Israel é uma ameaça constante à paz no Oriente Médio e em todo o mundo . 30 Isso é pior que o roto falando do rasgado e o sujo do mal lavado! Arafat morreu em 11 de novembro de 2004. Os palestinos queriam enterrá-lo na Mesquita de Al- Aqsa, no Monte do Templo, o que Israel não permitiu, para evitar que, no futuro, seus inimigos viessem a usar isso para reivindicar direitos sobre o lugar mais sagrado de Israel. Como uma solução conciliatória, ele foi enterrado com grandes honras em Ramalá, onde fica o quartel-general da OLP, em meio a uma multidão que, aos gritos, tentava tocar o caixão a todo custo. Porém, o corpo de Arafat foi colocado num caixão de concreto, para que pudesse ser transferido para Al-Aqsa quando Israel for finalmente expulso da terra. Quase imediatamente, vários líderes mundiais foram apresentar seus últimos cumprimentos no túmulo desse facínora. 0 primeiro-ministro britânico, Tony Blair, fez isso no final de dezembro de 2004, postando-se de pé a uma distância respeitosa. Entre os que depositaram coroas no túmulo, estavam o ministro das Relações Exteriores da Itália, Giancarlo Fini, e o presidente do Banco Mundial, James Wolfensohn. 31 Isso é “Paz "P Será que a ONU, a UE e os líderes mundiais, como Bush e Blair, não enxergam quais são as verdadeiras intenções dos árabes? Isso 100 _ • A Verdade Sobre a "Palestina parece impossível, considerando-se o número de vezes que os árabes reiteram sua determinação de aniquilar Israel completamente. Sua peculiar definição de "paz" está explicada claramente na Carta da OLP: Como a libertação da Palestina destruirá a presença sionista e imperialista e contribuirá para o estabelecimento da paz no Oriente Médio, o povo palestino espera o apoio de todas as forças progressistas e pacíficas... em sua luta justa pela libertação de sua pátria . 32 Quando a AP assumiu o controle de Belém, pouco antes do Natal de 1995, Arafat foi de helicóptero até lá e fez um discurso triunfante, diante de uma multidão eufórica de dezenas de milhares de pessoas: "Este é o lugar onde nasceu nosso Senhor, o Messias, o palestino, o palestino!". Seu discurso fazia parecer que Jesus era militante palestino que lutava pela liberdade, combatendo Israel. Apesar disso, o papa João Paulo II aceitou de bom grado o convite de Arafat para ir a Belém celebrar com ele o "nosso Jesus Cristo". Nosso Jesus Cristo? 0 "Jesus palestino" a quem ele se referia ("Isa", no Corão) não é Filho de Deus que morreu em nosso lugar pagando o preço do pecado. Alguém morreu no lugar de Isa, que foi levado vivo para o céu e precisa voltar para morrer uma morte natural. No entanto, a declaração falsa de Arafat não impediu o papa de abençoar a "luta dos palestinos pela liberdade"! 0 Islã e seu Alá são notoriamente conhecidos pelo ódio a Israel e a todos os judeus. Obviamente, Alá não é o Deus da Bíblia. O ciúme doentio dos descendentes de Ismael em relação aos herdeiros de Isaque deixou uma nódoa nas páginas da história que nem Hitler conseguiu igualar. A determinação dos nazistas em exterminar todos os judeus não era menor do que a dos muçulmanos de hoje, que foram seus parceiros nesse objetivo maquiavélico, durante a Segunda Guerra Mundial. Os nazistas, porém, não consideravam o extermínio dos judeus como um mandamento divino. Hitler também não prometia um paraíso de sexo perpétuo com centenas de virgens aos que morressem matando judeus (como prometeu Maomé). Os nazistas simplesmente se dedicavam a essa tarefa macabra metodicamente, como alguém que ex- 101 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • termina baratas ou ratos de sua casa. Para os nazistas, era uma ciência. Para os muçulmanos, entretanto, o extermínio de judeus é um ritual religioso que agrada a Alá, é objeto de fervorosas orações nas mesquitas e oferece grandes recompensas aqui e no além. Nada expõe tão claramente a mentira de que os terroristas são extremistas que mancham a reputação do Islã quanto a forma honrosa como os muçulmanos do mundo inteiro tratam os assassinos de judeus. Amado por todo o mundo islâmico, o sheik Abdul Rahman Al Sudais, imã da Grande Mesquita de Meca, é um bom exemplo. Em 23 de outubro de 2005, ele foi eleito a "Personalidade Islâmica do Ano", no Dubai International Holy Qur'an Awards (Prêmio Internacional do Corão Sagrado de Dubai). Em seu discurso de agradecimento, ele enalteceu o Islã, afirmando: "A mensagem do Islã e dos muçulmanos é... justiça... compaixão, harmonia e bondade". Porém, na Grande Mesquita de Meca, diante de 2 milhões de muçulmanos, Al Sudais pediu a Alá em oração que "exterminasse” os judeus, e qualificou-os como "a escória da humanidade, os rato do mundo... porcos e macacos". Seu apelo aos árabes e muçulmanos de todo o mundo para que "abandonem as iniciativas de paz com Israel" foi transmitido ao mundo inteiro pela Reuters e pela Associated Press. Ninguém (certamente, nenhum muçulmano) disse que ele era um "extremista" que está manchando a reputação do Islã. Ele foi saudado por todo o mundo islâmico como um líder que tem "uma história honrosa a serviço do Islã e dos muçulmanos". 33 A imagem torturante e apavorante de Daniel Pearl algemado com uma arma apontada para a cabeça - um homem gentil, nascido em Nova Jersey, Phi Beta Kappa de Stanford, que estava para ser pai pela primeira vez, que amava a vida e corria atrás da verdade no mundo inteiro, como jornalista do The Wall Street Journal é algo que não se consegue esquecer. Os muçulmanos que o capturaram fizeram um vídeo para mostrar sua obra ao mundo. Ele parece quase relaxado, transmitindo boa vontade, enquanto obedece a ordem recebida e confessa que é judeu. De repente, sua garganta é cortada, a cabeça é separada do corpo e exibida desafiadoramente, levantada várias vezes. Eu sou judeu. As palavras, ecoando pelos corpos assassinados e mutilados que se amontoam ao longo de e trezentos anos de história do Islã, parecem sair não apenas dos lábios de Pearl, mas também de milhões de outros. Lentamente, a 102 _ • A Verdade Sobre a "Palestina verdade surge: é isso que a "Palestina" representa. Um grito de indignação explode na garganta de alguém - depois, só o silêncio. Ninguém está ouvindo. Notas: 1. Extraído do Depoimento de David A. Harris, Diretor Executivo do Comitê Judeu Americano, diante da Comissão de Orçamento do Senado, Subcomissão de Trabalho, Saúde, Assistência Social e Educação; Audiência sobre "Educação Palestina - Ensinando a Paz ou a Guerra?", 30 de outubro de 2003. Baseado numa análise de 93 livros didáticos publicados pelo Ministério da Educação da Arábia Saudita e em circulação entre 1999-2002 [mostrando] desprezo pela civilização ocidental e pelos adeptos de outras religiões. 2. http://www.worldnetdaily.com/news/article.asp?ARTICLE-ID=31203. 3. The Jerusalem Post International Edition, Fim de semana, 6 de janeiro de 1996, p. 3. 4. The Jerusalem Post International Edition, Fim de semana, 23 de dezembro de 1995, p. 10. 5. Ezequiel 13.6-16. 6. http://www.ipc.gov.ps/ipc-new/english/details.asp?name=1707. 7. Al-Misri, 11 de outubro de 1949. 8. Gênesis 17.8. 9. 1 Crônicas 16.15-18. 10. Gênesis 15.19-21. 11. Deuteronômio 9.4-5. 12. Citado em: Eliyahu Tal, Whose Jerusalém? (Tel Aviv: Fórum Internacional para uma Jerusalém Unificada, 1994), p. 93. 13. Gênesis 21.21. 14. Êxodo 15.14; Isaías 14.29,31; Joel 3.4. 15. Salmos 60.8; 87.4; 108.9. 16. Mufti da AP Ikrama Sabri, citado em: Khalid Amayreh, "Mufti of Palestine: Alqods is the Sister of Mecca and Madina", Associação Islâmica para a Palestina, 6 de agosto de 2000; Hasan Abu Ali, um adolescente atirador de pedras, citado em: Associated Press, 30 de setembro de 2000. 17. The Jerusalem Post, 29 de agosto de 2000. 18. www.pna.gov.ps/subject-details2.asp?Docld+263. 19. Sura 2.145. 20. João 17.1. 21. Reuters, 12 de agosto de 2000. 22. Time, 4 de abril de 1988. 23. Benjamin Netanyahu, A Place Among the Nations: Israel and the World (Nova York: Bantan Books, 1993), p. 188. 24. Ibid. 25. Thomas Hierman, Yasir Arafat (Londres: Sphere Books, 1976), p. 138. 26. Jill becker, The PLO: The Rise and Fali of the Palestine Liberation Organization (Nova York: St. Martin's, 1984), p. 14. 27. John Laffin, The PLO Connections (Londres: Transworld, 1982), p. 18. 28. Ibid. 29. "Arafat's plan for democracy: Freedom from the press", Jerusalém Post International Edition, 3 de dezembro de 1993. 30. Carta da OLP, parágrafos 20, 22. 31. http://www.mmorning.com/articleC.asp?Article=2036&CategorylD=6. 32. Carta da OLP, parágrafo 22. 33. http://www.worldnetdaily.com/news/printer-friendly.asp?ARTICLE-ID=47041. 103 A Verdade Sobre os "Refugiados" EM TODA ESSA PREOCUPAÇÃO com os refugiados árabes que saíram de Israel - a maioria deles em fins de 1947 e início de 1948 - os judeus foram esquecidos. Muitos deles tinham tido a esperança se tornarem refugiados da Alemanha nazista antes que fosse tarde demais, mas não encontraram nenhum lugar do mundo que os recebesse. Milhões deles pereceram no Holocausto. Em 1939, quando os judeus ansiosos por escaparem da Alemanha nazista mas precisavam ter uma pátria para onde fugir, os britânicos não só tentaram suspender toda a imigração judaica para a Palestina, como também fizeram de tudo para impedir que os judeus comprassem terras ali. Organizações judaicas clandestinas ficaram horrorizadas. A Grã-Bretanha estava tentando lacrar a única rota de fuga de que os refugiados europeus dispunham. 1 Apesar de ter o mandato para garantir que a "Palestina" se tornasse a pátria nacional dos judeus, a Inglaterra se opôs firmemente a que eles fugissem para lá, e estava fazendo todo o possível para • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • impedi-los. Frustrado e irritado, o Irgun Zvai Leumi, um grupo clandestino de extrema direita fundado na Palestina em 1931, retaliou explodindo a embaixada britânica em Roma e a ala que abrigava o gabinete britânico no Hotel Rei Davi em Jerusalém, matando noventa e uma pessoas, sendo dezessete judeus. Embora o grupo fosse comandado por Menachem Begin (que, tempos mais tarde, veio a ser primeiro- ministro), suas ações terroristas foram condenadas por David Ben-Gurion. Se havia algum grupo de pessoas que merecia ser chamado de refugiados, certamente eram os sobreviventes da tentativa de extermínio de Hitler. Entretanto, quando eles chegaram, em navios quase afundando de tão velhos, já avistando a Terra Prometida que havia muito ansiavam alcançar, foram enxotados de volta pela Marinha britânica e jogados em campos de concentração! Muitos dos que tinham conseguido chegar à praia, na esperança de começar vida nova na terra que Deus tinha dado a seus ancestrais, foram arrebanhados pelos britânicos sempre vigilantes e deportados para os mesmos campos - tudo isso violando o mandato que a Grã-Bretanha havia recebido para restabelecer os judeus em sua pátria de direito. E violando também os padrões de decência, compaixão humana e consciência que Deus implantou em cada um de nós. Resumindo, as ações da Grã-Bretanha em relação aos judeus foram inescrupulosas! No exercício de seu mandato, a Grã-Bretanha tinha dado aos árabes muitos Estados independentes, como o Egito (1922), a Arábia Saudita (1931) e a Transjordânia (1946). Esta última foi tirada da terra que a Liga das Nações havia separado para ser a pátria dos judeus, cujo assentamento deveria ser providenciado pelos britânicos, que haviam recebido o mandato para isso. Mas aquela parte da terra foi dada ao emir hashemita Abdullah I (Ibn Hussein), como uma forma de conciliação quando Ibn Saud recebeu a Arábia Saudita. Hussein era irmão do rei Faissal I da Síria, que havia sido expulso de Damasco pelos franceses, em julho de 1920. O objetivo da Inglaterra era manter a paz entre famílias muçulmanas rivais e estabelecer relações para a futura exploração do petróleo. Os judeus ainda estavam esperando pelo Estado que lhes tinha sido prometido, enquanto terroristas muçulmanos os atacavam e assassinavam diariamente. Sem ter estabelecido os judeus em sua própria nação, conforme o prometido, e alegando que a situação 106 _ • A Verdade Sobre os "Refugiados ii havia saído de controle, a Inglaterra transferiu seu mandato para as Nações Unidas em fevereiro de 1947. A ONU começou a discutir o que fazer com os judeus que estavam na Palestina - um problema que ainda é o fardo mais esmagador sobre as nações do mundo, exatamente como a Bíblia disse que seria. As famílias de alguns "judeus palestinos” tinham vivido por centenas de gerações na terra que Deus dera a seus ancestrais como herança eterna. Numa entrevista concedida em 1964, Nasser (o então presidente egípcio) disse que o Egito "ainda estava comprometido com a causa nazista: 'Nossa afinidade era com os alemães'." 2 Realmente, todo o mundo árabe ficou do lado dos nazistas, enquanto voluntários judeus lutaram no exército britânico - o que torna ainda mais espantosa a atitude dos britânicos ao tomarem partido dos árabes contra os judeus. É claro que Israel quase não tem petróleo - pelo menos, segundo as descobertas divulgadas até agora. Em 29 de novembro de 1947, a Resolução 181 da ONU dividiu 23 por cento da Palestina que restaram, depois da retirada de 77 por cento para criar a Jordânia. Desse reduzido território, 56 por cento (13 por cento do mandato original) foram designados para a criação de um Estado judeu, 42 por cento para a criação de um Estado árabe, e 2 por cento ficaram como uma zona internacional, envolvendo os lugares santos situados dentro e nos arredores de Jerusalém. Embora a terra que lhes havia sido prometido tivesse sido literalmente roubada, os colonos judeus aceitaram a parte que lhes coube. Pelo menos, eles tinham uma pátria nacional reconhecida pelo mundo. Furiosos, os árabes exigiram toda a "Palestina", e os delegados árabes do Iraque, Síria, Líbano, Egito, Arábia Saudita e Yêmem deixaram a ONU irritados, ameaçando começar uma guerra para aniquilar os judeus. A Reação Áiabe Os muçulmanos intensificaram os distúrbios em Jerusalém e outras localidades. Invasores árabes armados praticaram vários ataques contra colonos judeus, enquanto os britânicos, que supostamente deveriam estar montando guarda, faziam vista grossa e, em alguns casos, chegavam até a ajudar os beligerantes. Num discurso no Cairo, o ministro das Relações Exteriores do Iraque, Fadei al- 107 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Jamali, declarou: "Posso garantir que as forças britânicas na Palestina não tentaram impedir ou combater os árabes, porque a Grã-Bretanha é amiga leal dos árabes". 3 Essa amizade foi cuidadosamente cultivada pela Inglaterra por motivos egoístas, à custa dos judeus. Robert Macatee, Cônsul-Geral americano em Jerusalém, narrou um incidente típico, dentre os muitos que se repetiam quase diariamente: E uma tragédia que muitas das baixas que temos hoje são de pessoas inocentes e inofensivas... Elas são apanhadas enquanto viajam de ônibus ou andam nas ruas, e balas perdidas as atingem até enquanto estão na cama, dormindo. Uma mulher judia, mãe de cinco filhos, foi atingida enquanto estendia roupa no terraço. A ambulância que a levava para o hospital foi metralhada. No final, as pessoas que acompanharam seu sepultamento foram atacadas, e uma delas morreu esfaqueada. 4 Com a morte de Hitler e a derrubada de seu regime nazista, Haj Amin al- Husseini (o Mufti de Jerusalém] estava dirigindo a maior parte das ações terroristas a partir de Damasco (que continua sendo o quartel-general de organizações terroristas até hoje], pois havia um prêmio por sua cabeça se ele tornasse a aparecer na Palestina - embora fosse admirado pela maioria dos árabes, que o chamavam de "Sr. Palestina". Em 24 de novembro [de 1947J, Jamal el-Husseini, vice-presidente do Alto Comissariado Árabe do Mufti, havia alertado as Nações Unidas: "Com a imposição de uma partilha na Palestina, vocês lançarão o país praticamente num banho de sangue... A fronteira proposta, se algum dia for definida, não será nada senão uma linha de fogo e sangue". Ele anunciou três dias de greve geral, de 2 a 4 de dezembro de 1947. Mas, mesmo antes disso, seus seguidores haviam "lançado uma campanha de violência indiscriminada contra a comunidade judaica. Nas primeiras vinte e quatro horas - em 30 de novembro de 1947 - oito judeus já tinham sido mortos perto de Netanya. Emboscadas, incêndios criminosos, explosões de bombas tornaram-se a ordem do dia". 5 Entre 29 de novembro de 1947 e 3 de março de 1948, mais de cinco mil árabes invadiram a Palestina enquanto as autoridades britânicas olhavam para o outro lado. Em sua maioria, eles 108 _ • A Verdade Sobre os "Refugiados ii eram financiados por Haj Amim, que "recebia rios de dinheiro de Ibn Saud da Arábia Saudita e do rei Farouk do Egito". Ao fornecer o dinheiro para a destruição de Israel, o Mufti estava se preparando para ser o futuro governante de um Estado árabe na Palestina. Durante os anos que passou na Alemanha trabalhando para Hitler, ele "conseguiu tirar da Alemanha, ainda durante a guerra, um grande percentual da ajuda financeira que os nazistas lhe davam. Ele possuía uma boa quantidade de ouro escondida no Iraque, e uma fortuna considerável na Suíça, em grande parte na forma de relógios suíços facilmente negociáveis". 6 A história põe o terrorismo atual em perspectiva - seus métodos, objetivos e financiamento não são novos. Ao contrário, desde o início têm sido o modus operandi de árabes/muçulmanos contra Israel, como meio de conseguir a aniquilação que eles desejam e que juraram obter. A infiltração de terroristas estrangeiros, como está ocorrendo atualmente no Iraque e no Afeganistão, não é novidade. 0 Mufti usou a mesma tática, setenta anos atrás. No período de uma semana, depois que a ONU dividiu a Palestina, guerrilheiros e terroristas haviam matado mais de uma centena de judeus. John Bagot Glubb, comandante britânico da Árabe da Transjordânia, admitiu: "No início de janeiro [1948], o primeiro destacamento do Exército de Libertação Árabe começou a se infiltrar na Palestina, vindo da Síria. Alguns vieram através da Jordânia e até através de Ama [...]. Na verdade eles iriam dar a primeira batida do martelo na ruína dos árabes da Palestina". Sem o menor pudor, os árabes se vangloriaram de suas intenções diante do mundo inteiro. Falando em nome do Alto Comissariado Árabe, Jamal Husseini declarou ao Conselho de Segurança, em 16 de abril de 1948: "A [...] Agência Judaica [disse] que os árabes tinham começado os confrontos. Nós não negamos isso. Dissemos ao mundo inteiro que iríamos lutar". Isso ocorreu um mês antes de Israel declarar-se uma nação independente. 0 juramento de exterminar Israel é uma das doutrinas fundamentais do Islã. Esse fato obviamente requer medidas extraordinárias para garantir uma paz verdadeira no Oriente Médio - mas a correção política continua negando essa verdade terrível. 109 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • As Propostas de Paz de Israel e a Resposta dos Árabes Em 14 de maio de 1948, a renascida nação de Israel declarou sua independência. Em questão de minutos, às 5:16 horas da tarde, numa reação rápida que deixou perplexas as Nações Unidas e contrariou as objeções de seus ministros de Estado, o presidente Truman autorizou o reconhecimento de Israel pelos Estados Unidos. A União Soviética o fez em seguida. Outros países fizeram o mesmo depois. Isso foi um milagre que seria impossível no mundo de hoje, pois só poderia ter ocorrido na sombra do Holocausto. 0 horror provocou um momentâneo sentimento de culpa no mundo, por ter assistido calado enquanto milhões de judeus eram exterminados como se fossem uma praga. 0 mundo também teve uma participação involuntária no cumprimento de outra profecia notável. Profetizando sobre o renascimento de Israel nos últimos dias, o profeta Isaías escreveu: "Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisa semelhante? Pode, acaso, nascer uma terra num só dia? Ou nasce uma nação de uma só vez? Pois Sião, antes que lhe viessem as dores, deu à luz seus filhos". 7 Com certeza, a afirmação de que Sião teve "dores" descreve de forma eloquente a perda de seis milhões de filhos sofrida pelo povo de Israel. 0 corajoso reconhecimento de Israel por parte de Truman contrariou as severas objeções do secretário de Estado George C. Marshall. Refletindo a atitude antissemita/anti-Israel que permeia o Departamento de Estado até hoje (o ex-secretário de Estado James Baker, por exemplo, era extremamente anti-israelense), o secretário Marshall ameaçou, irritado: "Eles não merecem ter uma nação; eles roubaram aquele país. Presidente, se o senhor lhes der esse reconhecimento, poderá não ter o meu voto na próxima eleição". Roubaram aquele país? Na verdade, como já demonstramos, a maior parte daquele país foi roubada dos judeus pela Inglaterra e pela ONU, deixando Israel com uma parcela muito pequena do que lhe pertencia por direito. Marshall estava expressando uma cegueira voluntária em relação à verdade - uma cegueira que ainda obscurece o pensamento dos líderes políticos do mundo. A Declaração da Independência de Israel afirmava: "Apresentamos [...] a todos os países vizinhos [...] uma oferta de paz [...] e um apelo para que sejam firmados laços de cooperação e auxílio mú- 110 _ • A Verdade Sobre os "Refugiados ii tuo com o povo judeu soberano estabelecido em sua própria terra [...] depositando nossa confiança no Todo-Poderoso Esse ramo de oliveira erguido por Israel em boa fé foi pisoteado pelos exércitos regulares de pelo menos cinco nações árabes. Na manhã seguinte, o recém-nascido Estado de Israel viu-se imerso numa guerra furiosa, sob ataque severo em várias frentes de batalha. Os exércitos árabes tinham dado início à sua invasão coordenada: os libaneses pelo norte, os sírios descendo Golã, vindos do nordeste, a Legião Árabe e os exércitos iraquianos atacando pelo centro, e os egípcios pelo sul, auxiliados por bombardeiros - no que eles, sem a menor vergonha, anunciaram ao mundo que seria uma guerra de extermínio. Sim, extermínio era a intenção que eles haviam jurado cumprir; mas, pela graça de Deus, foi um juramento vazio. Israelenses que lutaram em defesa de seu país disseram a este autor: "Eu era ateu. Mas vi coisas acontecendo na guerra [qualquer uma das cinco] que podiam ser descritas como milagres, e passei a crer que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó estava cumprindo as promessas feitas a Seu antigo povo". Um general da reserva, que carrega a Bíblia consigo por onde quer que vá, afirma que pelo menos 30 por cento dos principais oficiais das Forças Armadas de Israel creem no "Deus de Abraão, Isaque e Jacó" e confiam no Seu amor por Israel, sem o qual a nação não teria sobrevivido. 0 Piimeiro Cessar-Fogo Temendo que os árabes, com sua esmagadora superioridade em termos numéricos e de armamentos, pudessem cumprir a promessa de que tanto se gabavam, os Estados Unidos requereram que o Conselho de Segurança da ONU promulgasse uma resolução determinando um cessar-fogo e sanções para forçar o seu cumprimento. O representante soviético, Andrei Gromyko, disse ao Conselho de Segurança, em 29 de maio de 1948: "Não é a primeira vez que os países árabes, que organizaram a invasão da Palestina, ignoram uma decisão do Conselho de Segurança ou da Assembleia Geral". Coerentemente com sua história de favorecer os árabes e se opor nos judeus, a Inglaterra rejeitou a resolução do cessar-fogo, confiante de que os árabes destruiriam Israel. Os representantes árabes exigi- 111 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • ram, como condição para a paz, que a independência de Israel fosse revogada. A resposta de Israel foi direta e objetiva: "Se os países árabes querem paz, eles podem tê- la. Se querem guerra, podem tê-la também. Mas quer eles queiram a paz ou a guerra, só podem tê-la com o Estado de Israel". A primeira trégua com cessar-fogo entrou em vigor em 11 de junho de 1948. Ela deixou os árabes com o controle de cerca de um terço do território mínimo que havia sido designado para Israel. A luta irrompeu novamente, mas desta vez Israel tinha conseguido alguns tanques, peças de artilharia e armas leves em quantidade suficiente para equipar todos os seus combatentes. Nos dez dias de combates que se seguiram, Israel obteve importantes conquistas, fazendo com que a Inglaterra pedisse que um outro cessar-fogo fosse estabelecido o mais rápido possível. 0 Problema dos Refugiados A guerra é cruel e dispendiosa em todos os aspectos. As cinco guerras totais que a nação de Israel foi forçada a lutar durante sua curta existência, na época moderna, não foram escolha sua. Ela não começou nenhuma delas, mas teve que terminá-las, defendendo-se de um inimigo que estava determinado a destruí-la na Guerra da Independência de 1948, em vez dos árabes empurrarem os judeus para o Mediterrâneo, como haviam jurado fazer, cerca de quinhentos mil civis árabes fugiram da zona de conflito. Dessa época até o presente, eles e seus descendentes, cujos números se multiplicaram até a casa dos milhões, têm sido classificados pelo mundo como "refugiados palestinos". 0 fato mais trágico em relação a essas pessoas usadas e abusadas é que a maioria delas não precisava fugir. Essa necessidade (embora imaginária} foi resultado direto da recusa dos países árabes em aceitar o plano de partilha da ONU. Como já comentamos, os árabes agora querem que as fronteiras retornem ao que foi estabelecido pela Resolução 181 da ONU. Porém Israel considera aquela resolução sem efeito, porque os árabes a rejeitaram categoricamente e atacaram Israel naquela época, na tentativa de exterminar o país. Além disso, os israelenses tentaram persuadir os árabes a permanecerem em seu território para construírem juntos uma no- 112 _ • A Verdade Sobre os "Refugiados va nação. A Declaração de Independência de Israel, promulgada 14 de maio de 1948, havia oferecido: Em meio ao duro ataque lançado contra nós há meses [unidades militares árabes, com a aprovação tácita e, algumas vezes, a ajuda dos "pacificadores" britânicos, vinham atacando os assentamentos judaicos havia meses], fazemos um apelo aos habitantes árabes do Estado de Israel para que mantenham a paz e participem da construção do Estado na base de igual e completa cidadania e através de representação em todas as suas instituições provisórias e permanentes. Estendemos nossa mão a todos os Estados e seus povos numa oferta de paz e boa vizinhança [...]. Os árabes que continuaram em Israel descobriram que essa nação manteve sua palavra. Atualmente, eles constituem mais de 20 por cento dos eleitores de Israel, com plenos direitos como cidadãos. Alguns árabes são até membros do Knesset (Parlamento). De fato, Todo Knesset, desde a fundação do país, em 1948, tem tido membros árabes e drusos. Todos os pronunciamentos feitos no Knesset são traduzidos simultaneamente para o árabe, e os membros árabes podem dirigir-se ao Knesset em árabe [...]. O árabe é uma das línguas oficiais em Israel, juntamente com o hebraico. A imprensa árabe de Israel [mais de vinte periódicos] é mais vibrante independente do que em qualquer outro país da região [...]. Há programas diários de rádio e TV em árabe. O árabe é ensinado nas escolas secundárias judaicas [...]. Existem aproximadamente mil instituições educacionais árabes em Israel, com cerca de 300.000 alunos [...]. As universidades e escolas técnicas israelenses são abertas aos árabes. Cerca de 5.000 estudantes árabes frequentam essas escolas [...]. Os árabes israelenses [...] têm liberdade culto e podem guardar seu próprio dia de descanso semanal e seus feriados religiosos [...]. Ao contrário do que acontece no mundo árabe não-israelense, as mulheres árabes em Israel têm o mesmo status que os homens. As leis israelenses garantem direitos iguais às mulheres [...] votarem e serem votadas para cargos públicos, proíbem a poligamia, o casamento de crianças e a barbaridade da mutilação sexual feminina [praticada no Islamismo]. [...] Os 113 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • árabes são isentos do serviço militar [...] para poupá-los de conflitos de lealdade e consciência [...]. Numa recente pesquisa de opinião, 70 por cento dos árabes de Israel [...] declararam que preferiam viver em Israel do que em qualquer outro país da região. 8 Em contraste com isso, nenhum judeu tem tais direitos em qualquer país árabe ou muçulmano. De fato, não é permitido a nenhum judeu pôr os pés na Arábia Saudita. Contrariando as declarações que põem a culpa em Israel, a verdade é que foi o comando militar árabe que disse aos árabes para saírem. Inimigos da Verdade A verdade não é fácil de encontrar. Precisamos estar atentos à fonte da informação e verificar sua veracidade, especialmente quando se trata da questão dos refugiados palestinos e os supostos maus-tratos que sofrem nas mãos dos israelenses. O professor David A. Rausch expressou muito bem o problema em seu excelente livro The Middle East Maze: Israel and her Neighbors : O ódio pelos judeus e pelo Estado judeu é tão profundo entre os árabes cristãos quanto entre os árabes muçulmanos. Os periódicos e analistas, que acreditam estar recebendo uma perspectiva "cristã" isenta sobre os problemas do Oriente Médio só porque estão em contato com árabes cristãos de sua denominação ou ramo teológico, precisam ter extrema cautela. Missionários do Ocidente que trabalham entre os árabes muitas vezes acabam sendo cúmplices involuntários da disseminação de propaganda enganosa anti-lsrael. Para não parecermos severos demais com esses missionários, devemos nos lembrar de que até mesmo os repórteres mais calejados que fazem a cobertura jornalística num país árabe aprendem logo cedo que suas fontes secam se suas reportagens parecem muito duras com os árabes ou muito condescendentes com os israelenses. 9 Muitos livros foram escritos exclusivamente para encobrir as faltas e defeitos dos árabes, dos palestinos e do Islã, e pintar Israel como o vilão da história. No topo da lista, colocaríamos um livro 114 _ • A Verdade Sobre os "Refugiados ii grosso e impressionante, Triângulo Fatídico: Estados Unidos, Israel e os Palestinos, de Noam Chomsky. 10 Muitas de suas histórias sobre as más condições em que vivem os palestinos são trágicas. Com certeza, alguém poderia ser levado a tomar partido deles e se colocar contra Israel - não fossem as suspeitas levantadas pela total parcialidade do livro. Em suas quase seiscentas páginas, não há uma única referência ao Islã ou a Maomé, nem uma palavra sequer sobre os juramentos dos árabes/muçulmanos de aniquilar Israel, de seus anos de preparação militar e ataques contra Israel com se propósito explícito, e nem uma palavra sobre o sofrimento dos israelenses por causa do terrorismo árabe (a palavra terrorismo nem sequer aparece listada no índice!]. Existem sete livros escritos por judeus que se encaixam na mesma categoria. Por exemplo, Imagem e Realidade do Conflito Israel-Palestina, de Norman G. Finkelstein, 11 cujos pais são sobreviventes do Gueto de Varsóvia e dos campos de extermínio de Auschwitz e Maidanek. Os endossos que o livro recebeu impressionam, vindos de Le Monde Diplomatique e The London Review ofBooks - e um, é claro, de Noam Chomsky. 0 Instituto Real de Relações Internacionais diz que o livro "porá em cheque as mais preciosas crenças dos defensores de Israel". 0 Middle East Journal afirma que ele "questiona muitas das 'verdades' comumente aceitas em relação ao conflito Israel- Palestina". Entretanto, não há a menor sugestão no livro inteiro de qualquer culpabilidade por parte dos árabes, nenhuma menção de antissemitismo ou dos juramentos de aniquilar Israel, Finkelstein compara os soldados israelenses aos nazistas, como se judeus europeus tivessem sido os atacantes e a SS tivesse que colocá- los em campos de concentração para se proteger! Quem Fez os áiabes Saírem de Isiael? A acusação de que os israelenses expulsaram quase um milhão árabes da Palestina durante a guerra de 1948 tem sido amplamente divulgada, e muitos acreditam nela. Essa é a base da reivindicação dos palestinos quanto ao seu direito de voltarem para suas antigas vilas. Houve, de fato, alguns casos em que civis árabes que estavam ajudando, dando guarida ou escondendo soldados árabes foram forçados a sair. Mas a maioria dos árabes que fugiram, tomou 115 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • essa atitude apesar das promessas de Israel de garantir sua segurança e de seus apelos para que ficassem - e sem que vissem um só soldado israelense. Muitos partiram antes que Israel declarasse sua independência e antes que a guerra tivesse realmente começado. Foram os militares árabes que advertiram os civis árabes para que "saíssem", e afirmaram que os que ficassem seriam considerados traidores da causa árabe. Apesar disso, na opinião do mundo, eles são os únicos "refugiados" do Oriente Médio, e os únicos que merecem toda a solidariedade. Ninguém pensa nos refugiados judeus que, em quantidades bem maiores, foram expulsos ou conseguiram fugir de países muçulmanos em 1948. Em 22 de abril de 1948 (três semanas antes que Israel declarasse sua independência), Aubrey Lippincott, Cônsul-Geral dos EUA em Haifa, afirmou que "líderes árabes locais dominados pelo Mufti estavam instigando todos os árabes a deixarem a cidade, e uma grande quantidade deles fez isso". 12 Mais ou menos na mesma época, o chefe de polícia de Haifa, A. J. Bridmead, relatou: "Os judeus estão fazendo tudo o que podem para convencer a população árabe a ficar". Um visitante estrangeiro contou: "Em Tiberíades, vi uma placa afixada numa mesquita trancada, com os seguintes dizeres: 'Nós não os expropriamos, e no futuro os árabes voltarão para suas casas e propriedades nesta cidade... que nenhum cidadão toque naquilo que pertence a eles'. Estava assinada pelo Conselho Municipal Judaico de Tiberíades". 13 Inquestionavelmente, "... o Alto Comissariado Árabe incentivou os refugiados a fugirem de suas casas em Jafa, Haifa e Jerusalém". 14 Um jornal jordaniano noticiou: "Os países árabes incentivaram os árabes palestinos a abandonarem suas casas temporariamente, a fim de se manterem fora do caminho dos exércitos árabes invasores". 15 Outro jornal jordaniano publicou a reclamação de um refugiado: "0 governo árabe nos disse: 'Saiam para que possa mós entrar. Então, nós saímos; mas eles não entraram'." 16 Um jornal libanês de Nova York publicou: "0 Secretário-Geral da Liga Árabe, Azzam Pasha, deu um conselho fraterno aos árabes da Palestina para que deixassem suas terras, casas e propriedades e ficassem, temporariamente, em países irmãos vizinhos, para que as armas dos exércitos árabes invasores não os matassem indiscriminadamente". 17 116 _ • A Verdade Sobre os "Refugiados 0 primeiro-ministro iraquiano declarou: "Nós esmagaremos o País com nossas armas e destruiremos completamente todos os lugares onde os judeus tentarem se abrigar. Os árabes devem levar suas mulheres e filhos para áreas seguras, até o fim dos combates". 18 0 primeiro-ministro da Síria, Khaled al-Azem, admitiu mais tarde: "Desde 1948, temos exigido o retorno dos refugiados... mas fomos nós mesmos que os incentivamos a sair". 19 0 rei Hussein, da Jordânia, afirmou em 1960: "Desde 1948, líderes árabes têm tratado o problema da Palestina de forma irresponsável. Eles têm usado o povo palestino com propósitos políticos egoístas. Isso é ridículo, e eu diria até criminoso". Em suas memórias, publicadas em 1972, o primeiro-ministro da Síria após a guerra de 1948, Khaled al-Azem, lamentou o que os líderes árabes tinham feito: Desde 1948, somos nós que exigimos o retorno dos refugiados... embora tenhamos sido nós mesmos que os fizemos sair... trouxemos o desastre para... os refugiados árabes quando os convidamos e fizemos pressão sobre eles para que saíssem... Nós os desapropriamos... Nós os acostumamos à mendicância... Tivemos participação no rebaixamento de seu nível moral e social... e depois os exploramos na execução de homicídios, incêndios criminosos lançamento de bombas sobre... homens, mulheres e crianças tudo isso para servir a propósitos políticos... 20 Testemunho Irresistível O New York Times noticiou que "a evacuação em massa, desencadeada em parte pelo medo, em parte por ordens dos líderes árabes, transformou o bairro árabe de Haifa numa cidade fantasma...". 21 O Comitê Nacional Árabe em Jerusalém, seguindo instruções do Alto Comissariado Árabe, ordenou que mulheres, crianças e idosos de várias partes de Jerusalém deixassem suas casas, e avisou: "Qualquer oposição a esta ordem... é um obstáculo à guerra santa... e irá dificultar as operações dos combatentes nesses bairros". 22 Emil Ghory, secretário do Alto Comissariado Árabe na Palestina reconheceu: "O fato de existirem esses refugiados é uma con- 117 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • sequência direta da ação dos países árabes contra a partilha e o Estado judaico. Os países árabes concordaram unanimemente com essa política...". 23 O sucessor de Arafat, o presidente da Autoridade Palestina [AP], Mahmoud Abbas, admitiu por escrito: "Os exércitos árabes que invadiram o país em 1948 forçaram os palestinos a emigrar e abandonar a terra em que moravam, e impuseram um cerco político e ideológico sobre eles". 24 Segundo um relatório britânico, "dos 62.000 árabes que viviam anteriormente em Haifa, não mais de 5 ou 6 mil permaneceram... os fatores mais importantes na fuga dos árabes foram os pronunciamentos feitos através do rádio pela Executiva Superior Árabe, insistindo para que todos os árabes saíssem... e que os árabes que permanecessem em Haifa e aceitassem a proteção dos judeus seriam considerados apóstatas". 25 Durante uma visita a campos de refugiados árabes palestinos no Líbano, Cari Hermann Voss ouviu dos próprios refugiados que "o Alto Comando Árabe ordenou que eles saíssem da Palestina durante a guerra de 1948... e lhes disse que os judeus da Palestina seriam aniquilados em poucas semanas, e que o Exército de Libertação Árabe não queria ter que se preocupar com irmãos árabes que estivessem no caminho de uma jihad tão devastadora. Aqueles refugiados palestinos estavam magoados com seus compatriotas árabes que os haviam deixado sem teto... Mas, quatro décadas mais tarde, ele iria tomar conhecimento do intenso ódio que os netos e bisnetos desses refugiados nutriam em relação a Israel... Os relatos sobre a negligência e o erro de cálculo dos árabes durante a guerra de 1948 tinham sido esquecidos, sendo substituídos por histórias sobre as 'atrocidades' dos judeus". 26 Depois de falharem em eliminar os judeus através de ataques militares, os árabes agora estão tentando conseguir isso atraindo a simpatia do mundo para os "refugiados oprimidos". Em meados de 2000, os negociadores palestinos apresentaram um documento oficial em Camp David exigindo que fosse garantida a concessão automática de cidadania israelense aos refugiados, e que o direito de retorno não tivesse data para expirar. Além disso, a AP exigia que Israel pagasse uma indenização no valor de 500 bilhões de dólares. Abu Mazen disse que o pagamento das indenizações deveria ser feito somente por Israel, e não deveria vir de nenhum fundo inter- 118 _ • A Verdade Sobre os "Refugiados ii nacional. Exigências irracionais como essas só podem vir de mentes totalmente enredadas pelo Islã. A OLP continua tentando reescrever a história. Apesar de os árabes terem rejeitado ostensivamente a Resolução 181, e de todas as suas tentativas fracassadas de destruir Israel desde então, as nações muçulmanas e os "palestinos" exigem que Israel seja obrigado a cumprir os termos daquela Resolução. Como já dissemos, Israel considera nula, com razão, a Resolução 181 da ONU, porque os árabes a rejeitaram e só fingiriam concordar com ela agora para recuperar as perdas que sofreram por causa da sua rejeição e da agressão que se seguiu. 0 Islã e Sen Rastro de Opressão e Morte 0 ódio contra todos os judeus - que não vem do fato de alguém ser árabe, mas é um produto específico dos ensinamentos islâmicos - refletiu-se no tratamento desumano que os judeus receberam nos países islâmicos desde que o Islã passou a dominar. Como aponta a jornalista Joan Peters, embasada por pesquisas minuciosas (em sua obra monumental, From Time Immemorial ), antes do século sétimo e do surgimento do profeta Maomé e do Islã, "judeus e árabes tinham relações harmoniosas, e podemos encontrar palavras de elogio às nobres virtudes dos judeus na antiga literatura árabe. De fato, nos primeiros anos, enquanto ainda buscava ser reconhecido como profeta, o próprio Maomé respeitava judeus e cristãos, e procurou cultivar sua amizade". Mas esse sentimento se transformou em ódio quando eles o rejeitaram como "o profeta de Alá". Embora Maomé continuasse a chamar os cristãos e judeus de "o povo do livro", o ódio feroz que se instalou quando eles o rejeitaram continuou a crescer. O Corão afirma: "Ó fiéis, não tomeis por confidentes os judeus nem os cristãos". 27 As palavras de Maomé no leito de morte foram: "Que Alá amaldiçoe os cristãos e judeus!". Que contraste enorme com a doutrina cristã de que devemos amar o próximo como a nós mesmos, 28 e com as últimas palavras de Jesus, dirigidas especificamente àqueles que O haviam torturado e crucificado (embora se aplicassem também a toda a humanidade): "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem ", 29 119 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Como já comentamos, a opressão que judeus e cristãos vêm sofrendo nos países árabes através dos séculos, desde o nascimento do Islamismo, é às vezes indescritível. Já foram escritas centenas de livros sobre essas maldades, mas nem mesmo milhares de volumes poderiam registrar todas elas. O que apresento a seguir é uma amostra do que Bat Ye'or registra numa obra totalmente documentada: A opressão religiosa... no período... considerado como a "Era de Ouro"... teve início com Abd al-Malik (685-705)... A destruição de igrejas e conventos [e sinagogas] foi perpetrada numa escala tão grande, em todo o império árabe, que, em 830, Ma'mum proibiu mais destruições sem a sua permissão. Entretanto, durante o califado de al-Mutawakkil (847-61), uma onda de perseguições religiosas, conversões forçadas e eliminação de igrejas e sinagogas infestou todo o império abássida... Durante sua expedição de 1268, os mamelucos mataram todos os homens de Antioquia ao fio da espada e aprisionaram todas as mulheres e jovens. A cidade se tornou um monte de ruínas desabitadas. Durante a expedição de 1275... seis mil pessoas foram mortas [em apenas uma cidade], e um número incalculável de mulheres, jovens e crianças foram deportados como escravos. Jean-Baptiste Tavernier... em 1651, relata que todas as igrejas [em Chipre] tinham sido convertidas em mesquitas... 30 Em 1012 d.C., um califa do Egito, al-Hakim, dos fatímidas, furioso por não ter conseguido converter judeus e cristãos a Alá, apesar das ameaças e humilhações, destruiu o bairro judeu do Cairo juntamente com seus moradores. 31 Com o passar do tempo, uma nova comunidade acabou crescendo naquele lugar. Eles não tinham pátria. Não havia meio de escapar e nenhum lugar para onde ir. 0 tratamento dado aos judeus variava de um país para outro e de uma geração para outra. Durante o domínio do império turco otomano, foi reconhecido que os judeus no Egito eram menos maltratados do que em outros lugares. Durante algum tempo, houve ali uma comunidade judaica relativamente próspera. Apesar disso, no início do século XIX, os judeus do Egito "eram tratados com extremo desprezo e aversão pelos muçulmanos em geral... muito mais detestados pelos muçulmanos do que os cristãos... levando empurrões nas ruas do Cairo... apanhando simplesmente por 120 _ • A Verdade Sobre os "Refugiados ii passarem à direita de um muçulmano... não se atrevendo a dizer nem uma palavra mal- educada quando ultrajados ou agredidos injustamente pelo árabe ou turco mais insignificante; pois muitos judeus foram condenados à morte sob a acusação falsa e mal-intencionada de ter desrespeitado o Corão ou o Profeta... [ou] sacrificados para salvar um muçulmano... 32 Em 1926, foi promulgada uma lei de cará-nacional determinando que os imigrantes que desejassem se naturalizar tinham que pertencer "à maioria étnica da população de um país cuja língua seja o árabe ou cuja religião seja o Islamismo". 33 Na década de 1940, manifestações anti-judaicas coordenadas feriram ou mataram muitos judeus no Egito. O Egito aprovou uma lei que tornava praticamente impossível para um judeu arrumar emprego, o governo confiscou muitos bens de judeus, e, em poucos meses, os judeus foram levados à ruína financeira. Depois que ONU fez a partilha da Palestina, em 29 de novembro de 1947, “os judeus do Cairo e de Alexandria foram ameaçados de morte, suas casas foram saqueadas e as sinagogas foram atacadas". 34 Os Esquecidos Refugiados Judeus Em 1948, assim que a pátria nacional judaica foi criada, mais de oitocentos e cinquenta mil judeus fugiram (a maioria deles para Israel] de países muçulmanos onde tinham vivido por dois mil anos ou mais, deixando para trás praticamente tudo o que tinham. Esse número é muito superior ao de refugiados árabes e fugiram de Israel durante a Guerra da Independência. Desde 1947 e, em ritmo mais acelerado a partir de 1948, a comunidade internacional tem feito um esforço intenso para dar assistência aos "refugiados" palestinos. Muitos programas foram implementados e bilhões de dólares gastos para ajudá-los. Durante o mesmo período, as Nações Unidas não mostraram nenhuma preocupação com a sorte de cerca de oitocentos e cinquenta e seis mil refugiados judeus que fugiram da perseguição severa em países árabes, ou foram expulsos à força. A Assembleia Geral da ONU expediu mais de seiscentas e oitenta resoluções abordando cada aspecto do conflito árabe-israelense no Oriente Médio. Mais de cem delas tratavam especificamente da "situação dos refugiados palestinos". Em nenhuma dessas, ou nas 121 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • outras, há qualquer preocupação com o número ainda maior de refugiados judeus oriundos dos países árabes. Isso não aconteceu por ignorância. Em muitas ocasiões, o governo israelense, a Organização Mundial dos Judeus dos Países Árabes (WOJACJ e outras organizações chamaram a atenção da ONU e suas afiliadas para a quantidade de refugiados judeus e as circunstâncias que os geraram, solicitando ajuda. Por diversas vezes, os maus-tratos sofridos por judeus em países muçulmanos, violando abertamente a Carta das Nações Unidas e sua Declaração dos Direitos Humanos, foram levados à atenção da ONU: em 27 e 30 de novembro de 1956, por Golda Meir; em 21 de dezembro de 1956, por Henry Cabot Lodge, Jr., representante dos Estados Unidos na ONU; em 2 de dezembro de 1968, pela Liga Internacional de Defesa dos Direitos do Homem (não-judaica), ao então Secretário-Geral da ONU, U-Thant; e em muitas outras ocasiões. Foi o mesmo que falar com as paredes. A Resolução 237 da ONU, adotada durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, convocava todas as partes envolvidas a "respeitar escrupulosamente os princípios humanitários que regem a proteção dos civis em tempo de guerra", conforme estabelece a Quarta Convenção de Genebra de 1949. Embora não haja menção específica dos refugiados judeus, podemos dizer que eles estão implicitamente incluídos. Entretanto, um ano depois, a ONU aprovou a Resolução 259, esclarecendo a intenção da 237 e manifestando preocupação com "segurança, bem-estar e proteção dos habitantes dos territórios árabes sob ocupação militar de Israel". Qualquer menção aos refugiados judeus foi especificamente excluída. Aqui estão alguns exemplos que revelam as origens dos refugiados judeus cuja existência a ONU e a comunidade internacional se recusam a reconhecer. Em 1948, havia cerca de duzentos e sessenta e cinco mil judeus no Marrocos; hoje há cerca de cinco mil. Havia cerca de cento e quarenta mil judeus na Argélia, enquanto hoje não há nenhum. Havia aproximadamente cento e trinta e cinco mil no Iraque, setenta e cinco mil no Egito e trinta mil na Síria, sendo que hoje apenas cerca de cem permanecem em cada um desses países. Em todos os países muçulmanos do Oriente Médio, havia mais de novecentos mil judeus em 1948, enquanto hoje existem menos de vinte mil. 0 restante conseguiu fugir dos brutais regimes totalitá- 122 _ • A Verdade Sobre os "Refugiados ii rios da Síria, Transjordânia, Egito, Líbano, lêmen, Ira, Iraque, Argélia, Tunísia e Marrocos. Como mais de oitocentos e cinquenta mil refugiados podem passar desapercebidos aos olhos da ONU e do mundo? No entanto, esses refugiados judeus que fugiram da perseguição incrivelmente desumana e da morte que eles e seus antepassados enfrentaram durante séculos são ignorados pela ONU e pelos meios de comunicação. Joan Peters escreveu em seu relatório, depois de investigar o problema dos refugiados: Embora eu tenha lido pilhas e mais pilhas de documentos relativos aos refugiados, procurando alguma manifestação oficial de preocupação com os "outros refugiados do Oriente Médio", os judeus, o que encontrei foi pouco ou nada. Mas, durante a leitura, algumas outras crenças básicas que fazem parte do entendimento popular (e do meu próprio) acerca do conflito árabe-israelense foram abaladas. 35 Alguém poderia pensar que o número maior de refugiados judeus de países muçulmanos que receberam abrigo em Israel seria uma troca mais do que justa pelos árabes que fugiram de Israel. Os líderes árabes tinham medo que os israelenses apresentariam esse argumento - mas, por alguma razão desconhecida, eles nunca o fizeram. Talvez seja porque perceberam que esses oitocentos e cinquenta mil refugiados judeus não representariam nada perante a ONU; portanto, por que insistir no assunto? Essa é uma amostra de antissemitismo em estado bruto! A persistência dos líderes mundiais em manter essa grande injustiça em face da montanha de evidências que foram apresentadas ao longo dos anos é irritante. Esse flagrante antissemitismo, que viola tudo o que as Nações Unidas supostamente deveriam defender, não tem nenhuma explicação racional. Ele só pode ser uma manifestação contínua do ódio de Satanás contra o povo escolhido de Deus, como seus profetas previram - um ódio e perseguição que ficaria no encalço dos judeus no mundo inteiro, até o arrependimento nacional de Israel. Os profetas previram tanto a obstinada rebelião de Israel através dos séculos quanto o consequente castigo que não teria fim até que o Armagedom extinguisse a última gota amarga da taça do juízo de Deus. 123 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Um pesquisador e escritor árabe, membro do Conselho Nacional Palestino, reconheceu: "Os judeus dos países árabes foram expulsos de seus antigos lares... vergonhosamente deportados depois de suas propriedades terem sido requisitadas para fins militares ou desapropriadas pela menor avaliação possível... Isso ocorreu com a maioria dos judeus em questão". Ele estava preocupado que Israel pudesse argumentar, dizendo: "Israel está absorvendo os judeus... os países árabes, por sua vez, precisam assentar os palestinos em seus próprios territórios e resolver o problema deles [ênfase do autor]". De fato, em 1977, árabes libaneses exigiram que "os refugiados palestinos sejam transferidos para todas as nações árabes...". 37 A Desigualdade Entre o Tratamento Dado aos Refugiados “Palestinos” e Judeus Em 7-8 de junho de 2004, delegados de mais de noventa países, "cuidando das necessidades humanitárias dos refugiados palestinos... fizeram uma declaração solene em nome da comunidade internacional - 'vocês não serão abandonados...'. Eles firmaram compromisso, em nome da comunidade internacional, da UNRWA e dos países anfitriões, de dar apoio constante aos quatro milhões de refugiados espalhados pelo Oriente Médio". A conferência foi patrocinada pela Agência Suíça de Desenvolvimento e Cooperação, e presidida por seu diretor, o embaixador suíço Walter Fust. Foi notável a ausência de qualquer menção ou preocupação com os mais de oitocentos e cinquenta mil refugiados judeus que fugiram dos países muçulmanos em 1948, ou com seus muitos descendentes. Os seiscentos e cinquenta mil colonos de Israel incorporaram quase setecentos mil refugiados em sua vida normal naquele diminuto país cercado, enquanto enfrentavam constantes ataques dos exércitos árabes. Entretanto, os países árabes, com uma área cerca de setecentas vezes maior, e imensas reservas de petróleo, se recusaram a absorver quinhentos mil refugiados. Em dezembro de 1948, a Assembleia Geral da ONU adotou a Resolução 194, supostamente para tratar de modo imparcial do 124 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • problema dos refugiados, criado pela guerra que havia irrompido sobre Israel naquele ano. Essa resolução declarava (entre outras providências) que "os refu- 124 • A Verdade Sobre os "Refugiados ii giados que desejassem retornar a seus lares e viver em paz com seus vizinhos deveriam ter permissão de fazê-lo". Ela também estabelecia que "deveria ser paga uma indenização pelas propriedades que preferissem não retornar". É claro que, com o termo "refugiados", a ONU queria dizer "palestinos" - mas não judeus. Infelizmente, no vocabulário do Islã, 'viver em paz" não exclui a realização de ataques terroristas contra os vizinhos. Certamente, as Nações Unidas não aceitariam essa definição - ou será que aceitariam? Durante os anos de constantes pressões internacionais sobre Israel para que recebesse os "refugiados" muçulmanos em seu meio como cidadãos pacíficos, a ONU tem se recusado terminantemente a condenar os terroristas. Pretextos e Obstruções Oficialmente, a ONU encobre o fato axiomático (reconhecido algumas raras vezes em escalões mais baixos) de que os refugiados judeus dos países árabes têm que ser levados em conta em qualquer equação sobre o conflito no Oriente Médio. "Refugiados e Desalojados" é o título do Artigo 8 o , Parágrafo I o , do Tratado de Paz de 1994 entre Israel e a Jordânia. Ele reconheceu "os imensos problemas humanos causados pelo conflito a ambas as partes" e, claramente, não limitava aos refugiados palestinos, mas foi elaborado para incluir também os refugiados judeus. No Artigo 24, as partes concordaram em criar uma comissão para cuidar de todos os requerimentos de indenização. Entretanto, essa comissão jamais foi criada. Em Camp David II, em julho de 2000, o presidente Clinton declarou que os direitos dos refugiados judeus tinham que ser levados em consideração. Em 28 de julho de 2000, numa entrevista concedida à televisão israelense, Clinton declarou: Terá que existir algum tipo de fundo internacional para os refugiados. Existe, penso eu, algum interesse... de ambos os lados, em ter também um fundo que compense os israelenses que foram transformados em refugiados pela guerra que ocorreu após o nascimento do Estado de Israel. Israel está cheio de... judeus que viviam em países predominantemente árabes e que foram para Israel como refugiados. 125 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Outros líderes (com exceção do presidente George W. Bush) não fizeram coro às preocupações de Clinton. A ONU indicou um "Alto Comissário para Refugiados" (UNHCR). 0 Sr. Auguste Lindt, em seu primeiro pronunciamento após ter sido indicado para esse cargo, declarou na reunião do Comitê Executivo do Fundo das Nações Unidas para os Refugiados, em 29 de janeiro de 1957: "Não há dúvida em minha mente de que esses refugiados [judeus do Egito] estão sob minha jurisdição". Em 6 de julho de 1967, o Dr. E. Jahn, representando o Alto Comissariado, declarou por carta que "judeus [que fugiram] dos países do Oriente Médio e do Norte da África... podem ser considerados, à primeira vista, dentro da jurisdição deste comissariado". 0 Alto Comissário tentou obter permissão de governos árabes para que refugiados judeus transferissem os bens que tinham deixado para trás ao fugirem de países árabes, mas seus esforços não encontraram nenhuma cooperação da parte dos árabes. Embora o UNHCR tenha afirmado oficialmente que os refugiados judeus haviam fugido dos países árabes por estarem sendo vítimas de graves violações de direitos humanos, nada foi feito para reparar esse mal. Apesar desses esforços empreendidos em escalões inferiores, os refugiados judeus são tratados nos níveis mais altos como se nunca tivessem existido. Sofrimento Desnecessário, ódio e Hipocrisia Qualquer um com um mínimo de senso de justiça deveria ficar furioso ao ver que, nas constantes preocupações expressas em repetidas conferências internacionais que discutem a situação dos refugiados palestinos, não se faz nenhuma menção ao número muito maior de refugiados judeus que saíram dos países muçulmanos. Isso deveria provocar um clamor mundial de protesto. É claro que eles não são mais refugiados, pois foram completamente absorvidos e integrados na vida normal em Israel. Também não haveria mais "palestinos" nessa situação se as nações árabes, com sua enorme riqueza e recursos, os tivessem recebido - mas elas os recusaram. De 1967 a 1985, a receita do Kuwait e da Arábia Saudita proveniente do petróleo foi de quase 1 trilhão de dólares. Entretanto, 126 _ • A Verdade Sobre os "Refugiados ii apesar dos bilhões de dólares que fornecem para o terrorismo, esses países deram apenas lamentáveis 84 milhões de dólares para os refugiados palestinos. Em comparação, desde 1950, a ONU destinou 1,5 bilhões de dólares da Agência das Nações Unidas para Auxílio dos Refugiados Palestinos (UNRWA) para socorrer os refugiados palestinos. Grande parte desses recursos, é claro, foram desviados por Arafat para o terrorismo contra Israel. Ao mesmo tempo, os refugiados palestinos foram mantidos nos campos de refugiados quando poderiam ter sido absorvidos muitas vezes pelas nações árabes que necessitam desesperadamente de trabalhadores. Joan Peters relata: Em junho de 1977, durante entrevistas em Damasco, funcionários sírios manifestaram o desejo de que a Síria pudesse obter assistência tecnológica americana para desenvolver as terras cultiváveis sírias... O ministro do Comércio e Economia da Síria solicitou que fosse enviada uma mensagem ao governo americano. A Síria não tinha a população necessária para desenvolver aquela terra... eles precisavam tanto de pessoas quanto de tecnologia. Eles dariam valiosos pedaços de terra na Síria a qualquer um que estivesse disposto a ir cultivá-los... Eu perguntei a vários funcionários sírios: "Por que vocês não dão a terra aos árabes palestinos que queiram aceitar seu oferecimento?" A resposta era sempre a mesma: "Daremos a terra a qualquer um - ibos (nigerianos), coreanos, americanos... qualquer um que venha - exceto aos palestinos! Precisamos manter seu ódio voltado contra Israel. 38 A propaganda popularmente aceita dá às pessoas de conhecimento mediano a impressão de que foram os israelenses que puseram o explorado povo palestino nos campos de refugiados. Mas, como vimos, não foi isso que aconteceu. Não foi Israel, e sim os árabes, que fizeram isso; mas esse fato é suprimido. Um autor escreveu que, durante suas pesquisas sobre o problema dos refugiados, ele descobriu que era impossível conseguir uma entrevista com o chefe da delegação palestina em Washington, D.C., e que "seu assistente respondeu com evasivas à única pergunta que lhe fiz: 'Com tanto dinheiro no mundo árabe, por que os palestinos ainda estão vivendo em campos de refugiados?'". A investigação 127 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • de Peters sobre esse problema foi detalhada, e mudou seu modo de pensar. Ela escreve: Em 1951, a Síria estava ansiosa para conseguir trabalhadores que pudessem se estabelecer no país. Um jornal egípcio noticiou: "O governo sírio solicitou oficialmente que meio milhão de trabalhadores rurais egípcios... tenham permissão de emigrar para a Síria a fim de ajudar a desenvolver as terras sírias, cujos títulos de propriedade serão concedidos a eles. As autoridades egípcias competentes rejeitaram o pedido alegando que a agricultura egípcia também está carente de trabalhadores". A Rádio Árabe Oriente Próximo noticiou que a Síria estava oferecendo terras livres de aluguel a qualquer um que desejasse estabelecer-se nelas. Ela chegou até a anunciar a criação de uma comissão para analisar as inscrições dos candidatos a colono. Entretanto, o mundo árabe tem trabalhado com afinco para construir o mito de que não havia trabalho disponível para os refugiados árabes nos países árabes em 1948 ou depois disso... Mais ou menos na mesma época, o ministro das Relações Exteriores do Egito, Muhammad Saleh el-Din... exigiu o retorno dos refugiados [para Israel]", chegando até a admitir que, ao retornar, "eles pretendiam aniquilar o Estado de Israel...". 39 O [então] secretário-geral das Nações Unidas, Dag Hammarskjõld, insistiu em que havia meios mais do que suficientes para absorver os refugiados árabes na economia da região árabe, e que os refugiados seriam benéficos para seus países anfitriões, fornecendo-lhes a mão-de-obra necessária para auxiliar no seu desenvolvimento... 40 Milhares de refugiados árabes retornaram para suas casas e negócios em Israel. Os refugiados judeus preferiram permanecer em Israel. Mas estes não receberam nenhuma indenização pelos bens que foram obrigados a abandonar. Na verdade, eles são ignorados como se nunca tivessem existido. A Única Exceção Nos últimos cem anos, cerca de cem milhões de pessoas desalojadas fugiram da violência na terra em que nasceram e foram recebi- 128 _ • A Verdade Sobre os "Refugiados ii das como refugiados pelos países vizinhos. Por exemplo, quando a índia e o Paquistão se tornaram independentes da Inglaterra, mais oito milhões de hindus e sikhs fugiram da região que se dividiu em Paquistão Oriental e Ocidental, enquanto cerca de sete milhões de muçulmanos fugiram da índia. Nessa troca, foram criados cerca 15 milhões de refugiados. Ninguém exigiu o retorno deles às terras de onde fugiram - nem o retorno dos outros oitenta e cinco milhões de refugiados. Essa é a regra e a prática. Ah, mas existe uma exceção - os "palestinos". Em março de 1976, Matthew Mitchell, então diretor do Comitê dos Estados Unidos para Refugiados, declarou com toda a seriedade numa entrevista que, ao contrário do que ocorre "na situação mundial... refugiados árabes são um caso especial". 41 Essas exploradas vítimas do ódio dos árabes contra Israel, que são mantidas em exibição proposital em campos miseráveis, precisam ser recebidas de volta em Israel a fim de destruir aquele país - é isso que diz a opinião mundial. Conforme John McCarthy, um dos maiores especialistas mundiais em refugiados, admitiu numa entrevista de 19 de dezembro de 1978, o mundo árabe exige que essas pessoas "voltem para Israel, quer isso seja certo ou errado. Precisamos lembrar que, bem, essas pessoas são apenas peões num jogo". 42 0 aspecto trágico disso tudo fica ainda mais perturbador à luz do editorial publicado em 1949, num jornal de Damasco: "A Síria não precisa só de cem mil refugiados, mas de cinco milhões, para trabalharem a terra tornando-a frutífera". 43 Se a justiça exige que os "palestinos" voltem para Israel, por que não se ouve o mesmo clamor de justiça para que o número ainda maior de judeus seja novamente recebido nos países muçulmanos? A resposta a essa pergunta, como estamos enfatizando, é prova inquestionável do antissemitismo disseminado predito na Bíblia. Ela mostra que os judeus sofreriam até que o Messias retorne para salvá-los, no Armagedom. Notas: 1. David A Rausch, The Middle East Maze: Israel and her Neighbors (Chicago: Moody Press, 1991), 35. 2. Entrevista publicada no Deutsche National Zeitung, 1 de abril de 1964. 3. Apud Joan Peters, From Time Immemorial: The Origins of the Arab-Jewish Conflict over Palestine (New York: J KAP Publishing USA, 1984), 360. 4. Relações Exteriores dos Estados Unidos, 1947. 129 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • 5. Joseph B. Schechtman, The Mufti and The Fuehrer (Nova York: Yhomas Yoseloft, 1965), 220. 6. Schechtman, The Mufti, 221. 7. Isaías 66.8. 8. "The Arabs of Israel: Are they a 'persecuted minority?'" FLAME, Facts and Logic About the Middle East, P.O. Box 590359, San Francisco, CA 94159, WORLD, 30 de dezembro de 2000/6 de janeiro de 2001. 9. Rausch, Middle East, 79-80. 10. Noam Chomsky, Fateful Triangle: The United States, Israel & the Palestinians (Cam-bridge: South End Press, 1999). 11. Norman G. Finkelstein, Image and Reality ofthe Israel-Palestine Conflict (Londres: Verso, 1995). 12. Relações Exteriores dos EUA, 1948, Vol. V. (GPO, 1976), 838. 13. The New York Times, 23 de abril de 1948. 14. Estação de Rádio Oriente Próximo de Chipre, 3 de abril de 1949; Samuel Katz, Battle-ground-Fact and Fantasy in Palestine (Bantam Books, 1985), 15. 15. Filastin, 19 de fevereiro de 1949. 16. Ad Diofaa, 6 de setembro de 1954. 17. Al Fioda, 8 de junho de 1951. 18. Myron Kaufman, The Corning Destruction of Israel (The American Library Inc., 1970), 26- 27. 19. The Memoirs ofhlaled ai Azm (Beirute, 1973), Parte I, 386-87. 20. Khaled Al-Azm, Memoirs [árabe], 3 volumes (Al-Dar al Muttahida lil-Nashr, 1972), vol. 1, 386-87, apud Peters, Immemorial, 16. 21. The New York Times, 3 de maio de 1948. 22. Middle Eastern Studies, Janeiro de 1986. 23. The Beirut Daily Telegraph, 6 de setembro de 1948. 24. Jornal da OLP, Palestine a-Thaura, março de 1976. 25. The Economist, 2 de outubro de 1948. 26. Rausch, Middle East, 75-76. 27. Sura 5.51. 28. Mateus 22.39. 29. Lucas 23.34. 30. Bat Ye'or, The Decline of Eastern Christianity under Islam: From Jihad to Dhimmitude (Londres: Associated University Presses, 1996), 84, 85, 110, etc. 31. Saul Friedman, "The Myth of Arab Toleration", Midstream, janeiro de 1970, 58. 32. Edward William Lane, Manners and Customs ofthe Modem Egyptians 1833-1835 (Londres, 1890), 512- 17. 33. Código de Nacionalidade Egípcio, Artigo 10. § 4. 34. Peters, Immemorial, 48, veja comentários nas notas de rodapé 120 e 121. 35. Ibid.,4. 36. Sabri Jiryis, Al Nahor (Beirute), 15 de maio de 1975. 37. 37. Chicago Sun-Times, 24 de janeiro de 1977; The New York Times, 27 de agosto de 1977. 38. Peters, Immemorial, 406. 39. Al-Misri, 1 de outubro de 1949, apud Peters, Immemorial, 23. 40. Peters, Immemorial, 21-23. 41. Ibid., 27. 42. Ibid., 29. 43. Al-Qubs, janeiro de 1949, apud az-Sameer (Nova York), 28 de março de 1949. 130 0 Fundamento Pagão Islâmico do Terrorismo MAOMÉ, O FUNDADOR DO ISLAMISMO, nasceu em Meca, na tribo dos coraixitas, por volta do ano 570 d.C. Não se conhecem fontes não-islâmicas de sua biografia, e só há duas fontes islâmicas principais: A História da Vida de Maomé, de Ibn-Ishaq (768 d.C.}, editada por Ibn-Hisham (833 d.C.); e As Expedições de Maomé, de Al-Waqidi (822 d.C.). As várias hadiths (os ditos e feitos de Maomé, narrados por seus companheiros mais próximos) também nos dão uma ideia da vida do Profeta do Islã. Os coraixitas de Meca tinham um empreendimento lucrativo como guardiões da Caaba, um templo de ídolos contendo cerca de trezentas e sessenta imagens que representavam as diversas divindades tribais adoradas por qualquer um que porventura estivesse viajando numa das imensas caravanas comerciais que passavam por Meca. Allá (uma contração de Al-Ilah, literalmente "o deus • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • principal") era reconhecido como o mais importante dentre os ídolos da Caaba. Vários séculos antes do nascimento de Maomé, ele era o deus oficial de sua tribo. Maomé começou a receber "revelações" sob circunstâncias tão estranhas e aterradoras que ele temia estar sendo enganado por Satanás. De acordo com fontes islâmicas, ele pensava estar possuído por um demônio e, às vezes, agia como se estivesse. Sua mulher, Khadija, o consolava, assegurando-lhe de que Alá estava falando com ele. Ibn Ishaq registrou que, quando o espírito veio outra vez sobre ele, Khadija o submeteu a um teste: Ela disse ao apóstolo de Alá: - Ó filho do meu tio, tu poderias me avisar quando teu visitante vier a ti? Ele respondeu que sim, e ela pediu-lhe que o fizesse. Então, quando Gabriel apareceu, como estava acostumado, o apóstolo disse a Khadija: - Este é Gabriel, que acaba de vir a mim. - Levanta-te, ó filho do meu tio - disse ela - e senta-te ao lado do minha coxa esquerda. O apóstolo fez isso, e ela disse: -Tu o estás vendo? - Sim - respondeu ele. Então dá a volta e senta-te à minha direita. Ele fez assim, e ela perguntou: - Ainda o vês? - Quando ele respondeu que sim, ela pediu-lhe que mudasse de lugar e se sentasse em seu colo. Depois que ele fez isso, ela perguntou-lhe novamente se ainda conseguia vê-lo; quando ele respondeu que sim, ela descobriu suas formas [i.e., tirou a roupa] e pôs de lado o véu. Com o apóstolo sentado em seu colo, ela perguntou: - Ainda o vês? Ele respondeu: - Não. Então ela disse: - O filho do meu tio, regozija-te e tem bom ânimo, por Alá, ele e um anjo e não um demônio. 1 132 _ • 0 Fundamento Pagão Islâmico do Terrorismo • Maomé então concordou que sua inspiração vinha de Alá, através do "anjo Gabriel". Essas revelações (com exceção de algumas que foram perdidas) compõem hoje o Corão. Entretanto, as dúvidas continuaram a assolar Maomé, e ele tentou o suicídio várias vezes, nos anos que se seguiram. 2 Depois de receber a nonagésima sexta surata, a "inspiração" ficou suspensa vários meses. Deprimido com isso, Maomé novamente pensou em suicídio. Suas tendências suicidas, reconhecidas por todas as autoridades islâmicas, não parecem ser a marca de um grande líder espiritual que está debaixo da inspiração divina. Essas supostas inspirações (no total, foram cento e quatorze suratas) apresentavam uma idéia revolucionária: Alá não era simplesmente o deus principal da Caaba, mas o único deus existente em toda parte; Maomé era o único profeta de Alá, e o mundo inteiro tinha ser levado à submissão a Alá. Naturalmente, essa nova doutrina encontrou oposição por parte dos habitantes de Meca. Eles não achavam boa idéia desfazer-se de todos os deuses, exceto Alá - isso diminuiria drasticamente a lucratividade de seus negócios na Caaba. Diante da crescente oposição às suas "revelações"; e tendo apenas um punhado de seguidores, Maomé fugiu de Meca em 622 d.C. Esta fuga é chamada de Hégira, e sua data marca o início do calendário muçulmano. A abreviatura A.H. (anno Hegirae, ano da Hégira, i.e., ano da era iniciada com a Hégira) é semelhante à latina A.D. (anno Domini, ano do Senhor, i.e., ano da era iniciada com o nascimento do Senhor). Ele se estabeleceu na cidade de Iatrib, hoje Medina. Essa cidade tomou-se seu quartel general até sua volta triunfal como conquistador de Meca, oito anos depois. Após fugir para Iatrib, à medida que ganhava poder e o número de seguidores aumentava, as revelações que Maomé recebia de Alá foram se tornando cada vez mais beligerantes. 0 mundo inteiro não só precisava se submeter a Alá (Islã significa "submissão"), mas devia ser forçado a fazer isso pela espada, sob ameaça de morte aos que se recusassem a reconhecer que somente Alá era deus e que Maomé era seu profeta. Fundando uma “Religião de Paz” Desafiado a realizar milagres como Jesus, Maomé não conseguiu fazer nenhum - mas ele era um hábil estrategista. Em 16 133 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • de março de 624, como profeta de Alá e para a glória de Alá. Maomé liderou trezentos guerreiros num violento ataque perto de Badr contra uma grande caravana que vinha de Meca carregada de riquezas e escoltada por oitocentos homens. Cerca de quarenta membros da caravana foram mortos e sessenta foram aprisionados, contra uma perda de apenas quatorze muçulmanos. Essa vitória contra um exército superior foi vista como um milagre da parte de Alá - aquele de que Maomé necessitava para sua confirmação. A partir desse momento, as fileiras de muçulmanos se encheram de homens ávidos pelos lucros que Alá prometia nesta vida e no Paraíso. Uma revelação conveniente afirmava: "Que combatam pela causa de Deus aqueles dispostos sacrificar a vida terrena pela futura, porque a quem combater pela causa de Deus, quer sucumba, quer vença, concederemos magnífica recompensa”. 3 Tendo provado sua superioridade militar, Maomé consolidou seu poder assassinando mais de vinte e cinco pessoas que se opunham a ele. O primeiro foi al- Nadr, um velho inimigo de Meca Capturado na batalha de Badr, ele lembrou a Maomé que os coraixitas não matavam seus prisioneiros. Sem nenhuma misericórdia Maomé mandou decapitá-lo na mesma hora, dando a seus seguidores o exemplo que seria adotado no massacre impiedoso de milhões de pessoas. Ele justificou seu ato acrescentando outra chocante "revelação” ao Corão: "Não é dado a profeta algum fazer cativos, antes de lhes haver subjugado inteiramente a região”. 4 Alá enviava "revelações" convenientes sempre que Maomé precisava, geralmente para seu próprio benefício. Por exemplo: um dia, Maomé foi visitar seu filho adotivo, Said. A esposa dele, Zaynab, prima de Maomé, foi até a porta para dizer que Said não estava em casa, e convidou o profeta a entrar. Ela estava com pouquíssima roupa, e Maomé ficou fascinado com sua beleza e desejou-a desesperadamente. Ele recusou o convite para entrar, mas exclamou para Alá, em voz alta: "Como realmente mudas o coração dos homens!" Mais tarde, Zaynab repetiu as palavras do profeta para Said, que obedientemente se prontificou a divorciar-se de sua esposa para que Maomé pudesse tê-la. Zaynab estava vibrando com a perspectiva de casar-se com o profeta de Alá. De início, Maomé declinou, mas não conseguia aplacar sua paixão por ela. Quan- 134 • 0 Fundamento Pagão Islâmico do Terrorismo • do Maomé estava sentado ao lado de Aisha, sua esposa favorita, com quem havia se casado quando ela tinha apenas nove anos, veio sobre ele uma súbita inspiração para ser acrescentada ao Corão, afirmando que Alá exigia que ele se casasse com Zaynab - supostamente para mostrar aos muçulmanos que não era pecado casar-se com a mulher de um filho adotivo, mesmo que ela fosse sua prima. 5 Said, é claro, foi obediente à revelação. Nem ele nem ninguém tinha o direito de questionar a vontade de Alá. Assim, Zaynab juntou-se ao número cada vez maior de esposas de Maomé. Muitas das vítimas dos assassinatos de Maomé foram poetas que haviam zombado dele em verso. A primeira foi a poetisa Asma Marwan, apunhalada enquanto amamentava o filho caçula, e silenciada. 0 poeta Abu Afak (que, segundo consta, tinha de cem anos de idade] foi assassinado em seguida. Para justificar esses assassinatos, outra revelação acrescentada ao Corão explicava que todos os poetas eram inspirados por Satanás. 6 Nas palavras de um ex-muçulmano: "Os assassinatos, mortes, crueldades e torturas precisam ser levados em conta em qualquer julgamento sobre o caráter moral de Maomé”. 7 Não há liberdade de Expressão no Islã Longe de tentarem esconder o que uma consciência normal reconheceria como uma maldade inominável, os muçulmanos falam abertamente dessa selvageria como algo normal no Islã - o exemplo elogiável dado pelo próprio Maomé e digno de ser repetido hoje em dia. Ao mesmo tempo, é claro, eles afirmam que o Islamismo é uma religião pacífica que estabelece o mais alto padrão para a proteção dos direitos humanos. Em outubro de 2004, Magdi Ahmad Hussein, secretário-geral do Partido Trabalhista egípcio, defendeu o terrorismo através da TV Al-Jazeera. Ele enalteceu os homens-bombas, que procuram mulheres e crianças, e também elogiou a decapitação de prisioneiros. Em resposta ao que esperamos que seja uma reação negativa cada vez maior por parte de muitos muçulmanos em relação às numerosas ações bárbaras praticadas em nome do Islã, Hussein usou o exemplo de Maomé para dar apoio ao terrorismo: 135 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Como é que alguns elementos dentro do movimento islâmico e alguns religiosos nos dizem que matar prisioneiros não é próprio do Islamismo? Ao contrário, tanto o Corão quanto a biografia do profeta permitem a execução de prisioneiros. Isso existe na nossa lei islâmica... Por que os religiosos do governo ignoram a execução de prisioneiros na época do Profeta? Cerca de 600-700 prisioneiros foram mortos no ataque à tribo [judia] Curaiza [na verdade, foram 900, que se renderam sob a promessa de terem sua segurança garantida, mas foram decapitados]. Por que eles escondem isso? Por que eles escondem o fato de que o Profeta deu ordem para assassinar alguns poetas - assassinar! Não em operações militares, mas em assassinatos individuais. 8 Entre os assassinados estava o poeta judeu Ka’b bin al-Asraf. Longe de constituir qualquer embaraço para os muçulmanos de hoje, o assassinato de Ka’b ainda é justificado como fundamental para o Islã (não admira que um certo autor tenha dado ao seu livro sobre terrorismo islâmico o título de Monstros de Maomél 9 ) Examinando o ocorrido sob a luz mais favorável possível, com alguns detalhes fictícios, um popular site islâmico revela a peculiar definição de "paz" e "justiça" do Islã: Ka'b tornara-se uma ameaça real ao estado de paz e mútua confiança que o Profeta estava lutando para alcançar em Medina... O Profeta ficou muito irritado com ele... Tudo isso fez parte do grande processo... que ajudou a propagar o Islamismo e o estabeleceu em bases de justiça e piedade. 10 Assassinato e mutilação são "justiça e piedade" no Islamismo! Não havia direitos humanos. Os que se opunham ou até mesmo questionavam o profeta tinham que ser eliminados. E o mesmo acontece hoje. Levantar um questionamento legítimo sobre o Corão ou sobre Maomé em qualquer país onde os muçulmanos estejam no poder significa sentença de morte. Na época não muito distante em que o Paquistão tinha apenas um canal de televisão, este sempre iniciava o dia alertando os telespectadores de que o Islamismo não era para ser questionado. E mesmo hoje ninguém ousaria questionar coisa alguma. Em 1988, o escritor Salman Rushdie (juntamente com seus simpatizantes) recebeu uma sentença de morte por escrever um livro 136 _ • 0 Fundamento Pagão Islâmico do Terrorismo • que religiosos muçulmanos consideraram um ataque ao Islã e ao profeta. Rushdie ainda se esconde temendo por sua vida, e sua cabeça continua a prêmio. 0 fato de uma religião precisar recorrer a ameaças e homicídios para se manter, ao invés de contar simplesmente com a crença voluntária e a lealdade espontânea de seus adeptos em resposta à verdade, é algo que não depõe a seu favor. Não é necessário pesquisar muito para descobrir que os muçulmanos têm uma definição peculiar e toda própria para determinadas palavras, o que lhes permite ter um discurso pacífico, enquanto a prática é bem diferente. Por exemplo, a seguinte citação atribuída a Maomé, encontrada tanto na hadith Bukhari quanto na Muslim, é usada para "provar" que o Islã é contrário ao terrorismo: "Por Alá, aquele cujos vizinhos não se sentem a salvo suas maldades não é um verdadeiro crente”. 11 Entretanto, os vizinhos de Maomé não podiam se sentir a salvo - ele podia mandar matá-los a qualquer momento, principalmente se eles fossem poetas ou judeus. Do mesmo modo, as cidades vizinhas ou caravanas itinerantes também não podiam se sentir a salvo de seus ataques, nem sequer durante o Ramadã, um período de paz para os pagãos! As palavras de Maomé parecem transmitir segurança, mas com certeza têm um significado especial. 0 único modo dos vizinhos assegurarem a paz era se submetendo ao Islamismo e não antagonizando seu ditador-profeta. Antigas Raízes do Moderno Terrorismo Islâmico 0 modo como Maomé estabeleceu sua nova religião na Arábia - atacando caravanas e cidades, passando os conquistados ao fio da espada para causar medo e impor sua vontade sobre os outros árabes - era simplesmente terrorismo. Não existe outra palavra no vocabulário moderno para descrever isso. Em seus Pensées, Blaise Pascal fez uma comparação: "Maomé fundou uma religião matando seus inimigos; e Jesus Cristo, ordenando Seus seguidores a entregarem suas vidas”. Como diz um outro autor: "A Jihad (Guerra Santa) foi... aceita [a partir do] Corão como uma ordem direta de Deus [Alá]. Ninguém tinha nenhuma dificuldade de conciliar religiosidade e rapinagem. Maomé não só facilitou isso eles como transformou essa atitude numa virtude, apresen- _ 137 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • tando a pilhagem e a guerra como caminhos piedosos para o Paraíso”. 12 O terrorismo é endêmico no Islã porque, durante séculos, foi parte integrante da sociedade árabe pagã em que Maomé nasceu e de onde se originou o Islamismo. Um ex-professor de história islâmica na Universidade Al-Azhar, no Cairo, capital do Egito (construída em torno da mesquita de Al-Azhar e considerada como o maior centro de autoridade em doutrina islâmica do mundo), descreve a sociedade da Arábia no século sétimo da seguinte forma: Só os fortes sobreviviam... a luta constante dessas tribos entre si era seu modo de viver. Essa mentalidade se manifestava num estilo de vida básico: Saquear os bens dos derrotados... invadir para obter posição e riqueza... Quando invadiam um país inimigo, eles matavam todos os homens e levavam as mulheres e crianças como escravos. O Islamismo não mudou nenhuma dessas características nem influenciou o comportamento dos árabes. Em vez disso, o Islã adotou a mentalidade dos árabes e usou-a para atingir seus objetivos. A Jihad (lutar contra os inimigos de Alá até a morte), como crença central do Islamismo, entrou na mentalidade árabe não como um comportamento novo, mas como algo a que eles já estavam acostumados... Maomé nasceu numa cultura onde a conquista e o derramamento de sangue eram a norma, e foram incorporados ao Islamismo através do conceito de Jihad. 13 0 cidadão ocidental padrão imagina que o terrorismo é algo novo, que começou na década de 1990 com a Intifada em Israel e vem piorando desde então, espalhando- se pelo mundo todo. Muitos acreditam que o terrorismo se justifica quando usado contra os israelenses, por causa dos maus-tratos que eles supostamente impõem aos palestinos; mas o terrorismo é visto como um crime hediondo quando cometido em qualquer outro lugar. Os muçulmanos vêm praticando o terrorismo, especialmente contra judeus (e até contra eles mesmos), há séculos, mas a intensidade aumentou assim que as Nações Unidas dividiram a Palestina em novembro de 1947. Nos distúrbios antijudaicos de dezembro de 1947, multidões enfurecidas incendiaram a maioria das sinagogas em Alepo, na Síria, destruíram cento e cinqüenta casas de judeus, cinco escolas judaicas, cinqüenta lojas e escritórios, um orfanato e um clube de 138 _ • 0 Fundamento Pagão Islâmico do Terrorismo • jovens. Rolos de pergaminho foram destruídos e um antigo manuscrito do Antigo Testamento, de valor incalculável, foi queimado, enquanto os bombeiros assistiam impassíveis e os policiais "ajudavam abertamente os arruaceiros". 14 Uma carta escrita por vários rabinos de Alepo, datada de 28 de abril de 1948 (duas semanas antes de Israel declarar sua independência), e entregue à congregação Magen David, no Brooklyn, Nova York, implorava: "Este é o terceiro dia em que estamos nos escondendo. As turbas de árabes estão em fúria e ameaçam nossa vida. Orem por nós. Façam alguma coisa por nós junto ao seu governo. Nossa vida está correndo perigo total... ajudem-nos!" Usando o Corão Para Justificar Assassinatos Será que os muçulmanos de hoje se incomodam com o fato de que assassinatos, estupros, saques e escravidão de pessoas inocentes eram o modo de vida aprovado a que Maomé conduzia seus seguidores, e no qual o Islamismo se baseou e opera até boje? A maioria dos muçulmanos não conhece a história do Islã: e muitos dos que conhecem a verdade cruel parecem ter orgulho dela. Como todos os sistemas opressivos, o Islã baseou-se no princípio de que "a força faz o direito”. E é deste modo que ele se mantém hoje, sempre que possível, matando todos os que se recusam a se submeter. Iatrib foi fundada por judeus. Maomé contou suas "revelações" a eles, e também aos cristãos que viviam nas vizinhanças. Quando eles não aceitaram Alá (que sabiam ser o principal ídolo da Caaba) como Deus, nem Maomé como seu profeta, ele se voltou contra os cristãos e judeus, matando todos os que se recusaram a se tomar muçulmanos e não conseguiram fugir. Depois de se renderem diante da superioridade do exército muçulmano, com a promessa de que a vida deles seria poupada, todos os homens judeus de Iatrib com idade de pegar em armas foram massacrados, e seus corpos foram enterrados na praça principal. As mulheres e crianças foram tomadas como "esposas" ou escravizadas. 0 nome da cidade foi mudado para Medina, que significa "cidade do profeta”. 0 próprio Maomé foi enterrado ali, onde seu túmulo permanece até hoje. _ 139 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • No final, cada um dos judeus da Arábia tinha sido morto ou havia fugido. Até hoje permanece em vigor a lei de que nenhum judeu pode pôr os pés na Arábia Saudita - e nenhum judeu ousaria entrar (o secretário de Estado Henry Kissinger e o senador Joseph Lieberman foram as duas únicas exceções]. Todo judeu encontrado na Arábia Saudita deve ser morto - uma pena que os sauditas aplicariam na "praça corta-corta", em Riad, sem o menor pudor, diante do mundo de hoje. A decapitação é a pena oficial decretada por Maomé, e ainda é aplicada a qualquer muçulmano que se converta a uma outra religião. Por ordem de Maomé, só o Islamismo pode ser praticado na Arábia Saudita - e o mesmo estaria ocorrendo no mundo inteiro, se o Islã conseguisse levar a cabo a conquista mundial pela qual todos os muçulmanos devem lutar até que seja alcançada, como ordenou Alá. Quando a Arábia Saudita pediu proteção aos americanos contra o ataque dos exércitos de Saddam Hussein (mais uma vez. "a força faz o direito”), que tinha invadido o Kuwait e pretendia conquistar o restante dos países do Golfo, os sauditas estipularam que nenhum judeu podia entrar na Arábia. Os americanos responderam que os judeus eram parte integrante de suas forças armadas e iriam para lá, quer os sauditas gostassem ou não. Depois, percebeu-se que, se as tropas iraquianas capturassem um soldado americano e suas placas de identificação mostrassem que ele era judeu, ele seria, literalmente, esfolado vivo. Então foi inventada uma nova categoria: "Protestante B". Desde então, essa designação foi estampada nas placas de identificação dos militares judeus mandados para áreas muçulmanas. 0 fato de o Islamismo ser uma religião violenta (que, para atingir seu objetivo, requer que todos os judeus sejam mortos) não preocupa os líderes mundiais. A política não tem a pretensão de ser moral. Atualmente, muitos agentes da OLP continuam trabalhando para o serviço secreto britânico. Ainda favorecendo os muçulmanos às custas de Israel, e fazendo jogo duplo por baixo dos panos, a Grã-Bretanha continuava descaradamente fornecendo materiais e equipamentos a Saddam Hussein para a fabricação de munições, seis semanas após ele ter invadido o Kuwait. 138 • 0 Fundamento Pagão Islâmico do Terrorismo • Combatendo o Terrorismo Num Estado de Negação Todos os não-muçulmanos são considerados pagãos pelos muçulmanos. O que não se consegue entender é por que pagãos que não se submeteram ao Islamismo, a religião pacífica, são chamados para pacificar duas nações muçulmanas em guerra uma com a outra. Poderíamos acreditar que o Islamismo é uma religião pacífica, como o presidente Bush e outros líderes políticos e religiosos do Ocidente insistem em afirmar, se os muçulmanos parassem de brigar entre si e desistissem de nos matar. Na verdade, Alá e o Corão forçam o muçulmano a dizer a um não-muçulmano: "Esta é uma religião de paz! E se você não concordar que 'o Islã é paz, eu o matarei para provar!” Em 1990, com o intuito de permitir que as tropas americanas entrassem na Arábia Saudita para proteger aquele país da invasão exército do Iraque, o sheik Abdul Aziz bin Baz, principal autoridade religiosa saudita, emitiu esta fatwa: "Embora os americanos não sejam muçulmanos, eles merecem nosso apoio porque estão aqui para defender o Islã”. 15 Defender o Islã, a religião de paz, contra muçulmanos que estão praticando a religião de paz parece algo contraditório. Não menos inacreditável é o fato de o Islã defendido por pessoas consideradas pelo Islã como inimigos devem ser mortos. As tropas americanas certamente não consideram que essa seja a sua missão. No entanto, seus líderes continuam a chamar essa religião violenta de pacífica. Nenhum líder mundial expressa sua compreensão a respeito do terrorismo e sua determinação em erradicá-lo de forma mais clara e honesta que o presidente Bush. Entretanto, ao mesmo tempo, ele ingenuamente (ou de propósito, para ser "politicamente correto"} insiste em dizer que o Islamismo é uma religião pacífica e tem todo cuidado de evitar mencionar essa religião junto com o terrorismo. A omissão contraditória é gritante, como podemos ver neste trecho de seu discurso, proferido em 29 de janeiro de 2002, em sua mensagem anual ao Congresso sobre a situação do país: As descobertas que fizemos no Afeganistão... mostraram o verdadeiro escopo da tarefa que temos diante de nós... [que] a profundidade do ódio dos nossos inimigos... é igualada pela loucura da destruição que eles planejam. Descobrimos diagramas de usinas nucleares americanas e de sistemas de abastecimento de água, instruções 141 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • detalhadas para a produção de armas químicas, mapas de vigilância de cidades americanas e descrições minuciosas de pontos de referência nos Estados Unidos e em todo o mundo. O que descobrimos no Afeganistão confirma que... nossa guerra contra o terrorismo está apenas começando... Milhares de homicidas perigosos, treinados nos métodos de assassinato, muitas vezes apoiados por regimes proscritos, estão agora se espalhando pelo mundo como bombas-relógio prontas para detonar sem aviso. Centenas de terroristas foram presos. Contudo, dezenas de milhares... ainda estão à solta. Para esses inimigos, o mundo inteiro é um campo de batalha, e precisamos persegui-los onde quer que estejam. Enquanto houver campos de treinamento funcionando, enquanto houver países que dão guarida a terroristas, a liberdade estará em perigo. E os Estados e seus aliados não podem permitir isso, e não permitirão. Nossa nação continuará a perseguir dois grandes objetivos, de modo firme, paciente e persistente. Primeiramente, vamos fechar os acampamentos dos terroristas, frustrar seus planos e levá-los aos tribunais. Em segundo lugar, precisamos impedir que terroristas e regimes que querem produzir armas químicas, biológicas ou nucleares ameacem os Estados Unidos e o mundo. Nossas forças militares desativaram os campos de treinamento de terroristas no Afeganistão, mas ainda existem campos como esses em pelo menos uma dúzia de países. Um submundo terrorista - incluindo grupos como o Hamas, o Hezbollah, a Jihad Islâmica, o Jaish-i-Mo- hammed - opera em selvas e desertos remotos, e se esconde nos centros das grandes cidades... Os países [que apoiam o terrorismo] e seus aliados terroristas constituem um eixo do mal que se arma para ameaçar a paz mundial. Ao procurar produzir armas de destruição em massa, esses regimes representam um perigo grave e crescente. Eles poderiam fornecer essas armas aos terroristas, suprindo-lhes os meios de dar vazão ao seu ódio. Eles poderiam atacar nossos aliados ou tentar chantagear os Estados Unidos. Em qualquer desses casos, o preço da negligência seria catastrófico. Trabalharemos em estreita colaboração com nossa coalizão para negar aos terroristas e a seus patrocinadores os materiais, a tecnologia e o conhecimento específico para produzir e distribuir armas de destruição em massa. Iremos desenvolver e pôr em operação siste- 142 • 0 Fundamento Pagão Islâmico do Terrorismo • mas eficazes de defesa antimísseis para proteger os Estados Unidos e sus aliados contra ataques- surpresa. E todas as nações devem estar cientes disso: os Estados Unidos farão o que for necessário para garantir sua segurança nacional. Não faz sentido perseguir terroristas e, ao mesmo tempo, ignorar a raiz de onde provém o terrorismo e que lhe dá a vida. Suas origens não estão ocultas; elas estão aí para quem quiser ver, numa religião árabe pagã chamada Islamismo. Muçulmanos e Pagãos lado a lado Em 628 d.C. (6 A.H.), Maomé aproximou-se de Meca com alguns de seus seguidores - todos eles recém-convertidos à nova religião do Islã. Eles queriam participar do Haj, a peregrinação anual à Caaba cheia de ídolos, onde um deles, em posição destacada, ainda representava Alá como o deus principal entre centenas de outros. Maomé e seus seguidores muçulmanos desejavam renovar os mesmos rituais supersticiosos que haviam praticado antes de se tornarem muçulmanos, e que seus ancestrais haviam seguido durante séculos. Aquela era a primeira vez que Maomé tentava participar do Haj desde que fugira de Meca. Os guerreiros de Meca ainda eram fortes demais para Maomé, e o expulsaram. Porém, ansiosos em obter a paz com o poderoso e violento inimigo, eles entraram num dos mais importantes acordos história islâmica, o Tratado de Hudaybiya, uma trégua de dez anos denominada Hudna. Esse documento instituiu a lei de guerra do Islã e estabeleceu o precedente para a futura política islâmica em vigor até hoje. Nenhum líder muçulmano tem autoridade passar por cima de Maomé e fazer uma paz genuína com não-Muçulmanos. Só é possível fazer uma Hudna, e por um prazo não superior a dez anos. 0 objetivo, seguindo o exemplo de Maomé, não é pôr fim às hostilidades sinceramente, mas enganar o inimigo com a promessa de paz a fim de ganhar tempo e vantagem para, finalmente, conquistar o "parceiro no processo de paz", que não suspeita de nada. Este sempre foi o plano de Arafat e, após sua morte, continua sendo o plano da OLP no chamado "processo de paz" com Israel. 143 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Esse tratado permitiu que Maomé e seus seguidores muçulmanos se juntassem ao Haj no ano seguinte, sob a condição de que Maomé reconhecesse que não era o profeta de Alá. Maomé engoliu seu orgulho e assinou o documento. Assim, em 629, ele entrou em Meca com seus companheiros muçulmanos e juntou-se aos árabes pagãos, dando as sete voltas em torno da Caaba, beijando a pedra negra em um dos cantos e tocando a outra pedra no canto Yamani, a cada volta. Os novos muçulmanos, com Maomé na liderança, participaram de todos os outros rituais pagãos, subindo o Monte as-Safa, localizado ali perto, e depois descendo de lá correndo até o topo do as- Marwah; isso era repetido sete vezes, supostamente para lembrar o tempo em que Agar vagava em busca de água. Eles subiram o Monte Arafat e depois apressaram-se para chegar a Muzdalifa, um lugar entre Mina e Arafat, a tempo da oração do pôr do sol. No dia seguinte, os novos muçulmanos, juntamente com uma multidão de pagãos, seguiram para o uádi Mina, onde cada um deles atirou sete pedras em cada um dos três pilares que representam Satanás. E os rituais prosseguiram (a quantidade de detalhes é muito grande para que os citemos aqui). Esses antigos rituais pagãos foram todos transpostos para o Islamismo e são praticados até hoje durante o Haj, que a maioria das pessoas, muçulmanos ou não, acreditam ingenuamente ter sido criado por Maomé como parte do Islamismo, em obediência a "revelações” recebidas de Alá. Nada poderia estar mais longe da verdade. 0 Que Maomé MudouP Em 630 d.C., dois anos após a assinatura do Tratado de Huday-biya, o exército de Maomé estava forte o bastante para conquistar Meca. E ele fez isso, destruindo as imagens da Caaba, inclusive a de Alá, mas mantendo este último, sem a imagem, como o deus do Islamismo. Durante um tempo, ele permitiu que os pagãos continuassem a praticar o Haj, juntando-se aos novos muçulmanos em seus tradicionais rituais pagãos. Depois ele lhes deu um prazo de quatro meses para que se convertessem ao Islamismo, ou seriam mortos. Daí em diante, só muçulmanos podiam se aproximar de Meca e da Caaba, regra que continua valendo até hoje. 0 último 144 _ • 0 Fundamento Pagão Islâmico do Terrorismo • ato público de Maomé, pouco antes de sua morte, foi liderar quarenta mil seguidores nesses mesmos rituais, estabelecendo perpetuamente essas práticas pagãs seculares como a parte mais importante do Islamismo. 0 Corão afirma que a Caaba foi "o primeiro santuário designado para a humanidade... onde Abraão se levantou para orar; e... A peregrinação [Haj] à Casa é um dever para com Deus, por parte de todos os seres humanos, que estão em condições de empreendê-la”. 16 Ele também afirma que Abraão e Ismael construíram a Caaba. 17 Na verdade, Abraão viveu em Hebrom, em Canaã (Ismael já não estava com ele, pois tinha sido banido juntamente com ma mãe, Agar). A idéia de que ele teria empreendido a árdua jornada atravessando quilômetros do deserto da Arábia até Meca - e teria construído um templo idólatra para ser usado por árabes pagãos - é uma invenção ultrajante, contrária ao bom senso e a tudo o que a Bíblia diz sobre Abraão, além de não ter nenhuma evidência histórica que lhe dê suporte. Por muito tempo, a lealdade familiar tinha sido a regra entre os árabes, cujo estilo de vida era lutar contra tribos rivais e saquear caravanas. Maomé transformou a lealdade tribal em devoção ao Islã. 0 Corão ordenava aos muçulmanos que impusessem ao mundo inteiro a submissão a Alá, exigindo que os que se recusassem a se submeter fossem mortos. Os combates e pilhagens costumeiros, praticados há muito tempo pelas tribos árabes, continuaram ocorrendo como antes, mas agora em nome de Alá e para propagar a "nova” religião que todos deveriam adotar, ou morreriam. Ninguém jamais imaginou chamar o Islamismo de "religião pacífica”, até essa mentira ser inventada como parte da correção política de nossa época. Muito apropriadamente, existe uma espada na bandeira da Arábia Saudita. A mesquita mais sagrada para os muçulmanos sunitas é a Grande Mesquita de Meca. Seu Imã, nomeado pelo governo saudita, é "o correspondente mais próximo à figura do Papa, no Islamismo". Seus sermões "exigem que os judeus sejam 'aniquilados' e insistem na destruição da civilização ocidental”. A página principal do Departamento de Assuntos Islâmicos da embaixada da Arábia Saudita em Washington declara, sem a menor cerimônia: "Os muçulmanos têm o dever de levantar a bandeira da jihad a fim de tomar a Palavra de Alá suprema neste mundo”. 18 145 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Uma Estrada de Mão-Única para a Rendição Essas ousadas declarações de que o Islã deve conquistar o mundo, despejadas quase diariamente por líderes muçulmanos em suas críticas ao Ocidente, parecem passar despercebidas, já que líderes ocidentais continuam a enaltecer o Islamismo como uma religião de paz - e chegam até a receber cordialmente em seus gabinetes inimigos declarados, que estão determinados a nos destruir. Em 19 de março de 2004, o Institute of Peace dos Estados Unidos (financiado pelo Congresso] realizou uma mesa-redonda a respeito das propostas de reformar o Islamismo. Um dos debatedores convidados era Muzammil Siddiqi, ex-presidente da Sociedade Islâmica da América do Norte. No entanto, num comício anti-Israel realizado do lado de fora da Casa Branca, em 28 de outubro de 2000, Siddiqi havia ameaçado os Estados Unidos por causa de seu apoio a Israel: "A América tem que aprender... se vocês permanecerem ao lado da injustiça [i.e., apoiando Israel], a ira de Alá virá”. Ele requereu que a sharia passasse a valer nos Estados Unidos e tem enaltecido os homens-bomba, que considera mensageiros da justiça. O inacreditável é que Siddiqi tem sido convidado para eventos do governo com a presença do presidente Bush, e foi convidado para dirigir a prece no café de oração nacional, após os ataques de 11 de setembro de 2001. 19 Como podemos ser tão tolos?! Por muitos anos, os Estados Unidos têm feito todo o possível para demonstrar seu desejo de ter paz com os árabes. Em 21 de junho de 1979, o Congresso e o Senado emitiram uma resolução conjunta reconhecendo "a rica contribuição religiosa, científica, cultural e artística que o Islã tem dado à humanidade, desde sua fundação”. A Resolução 43 do Senado dos Estados Unidos declarava, em parte: Considerando que o dia 21 de novembro de 1979 marca os mil e quatrocentos anos da fundação do Islamismo [data errada - Maomé só tinha nove anos de idade]...; e Considerando que o Islamismo é uma das grandes religiões da humanidade... abrangendo todas as principais regiões do mundo; e Considerando que a palavra "Islã" deriva da disposição de Abraão em aceitar todas as ordenanças de Deus...; e Considerando que o Islã trabalha em prol de uma comunidade mundial que... não reconhece as diferenças superficiais de raça... 146 _ • 0 Fundamento Pagão Islâmico do Terrorismo • Resolve o Senado (com a concordância da Câmara de Representantes): O Congresso destaca a contribuição do Islã e deseja sucesso à comemoração do décimo quarto centenário... [e] promete empenhar-se por um melhor entendimento, pela redução das tensões e pela busca de melhores relações com todas as nações do mundo, [e] solicita que o Presidente envie uma cópia desta resolução ao Chefe de Estado de cada país onde o Islã tenha um número significativo de seguidores. A esta altura, o leitor tem informações suficientes para saber o quanto essa declaração feita por motivos políticos (embora inútil] enganou os americanos, e o mundo como um todo. A "comunidade mundial" que o Islã quer construir é pela força, sob ameaça de terrorismo e morte. É verdade que ele não reconhece "diferenças superficiais de raça” - mas só entre muçulmanos. Ele não tolera as religiões de raças diferentes. É uma falta de escrúpulos enaltecer o Islamismo por suas contribuições sem reconhecer também o massacre, a escravidão e a opressão de milhões de pessoas. A correção política é inimiga da verdade e da justiça. I Quanto ao RamadãP Assim como o Haj, o Ramadã foi transportado para o Islamismo de forma quase inalterada em relação ao modo como vinha sendo praticado durante séculos pelas tribos árabes idólatras. Para os pagãos, o Ramadã sempre começava (como começa para os muçulmanos) com o surgimento da lua nova, no nono mês do calendário lunar. A lua crescente, tão proeminente nos minaretes e nas bandeiras dos países muçulmanos, remete à adoração de Alá pelos árabes, no período pré-islâmico, como o deus da lua. Embora Alá não tenha filho, como afirma o Corão, acreditava-se tradicionalmente que esse deus tinha três filhas: al-Lat, Manat, e al-Uzza. Os pagãos tinham um acordo antigo de não lutarem entre si durante o Ramadã (um período de jejum que se estende do nascer ao pôr do sol - embora, de fato, o consumo de alimentos aumente), separando um período de trinta dias durante o ano em que não haveria guerras tribais. Depois de três ataques fracassados contra caravanas, outra "revelação” conveniente adicionada ao Corão deu _ 147 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • aos muçulmanos a permissão de Alá para guerrear durante aquele "mês sagrado”. 20 Isso lhes deu a vantagem da surpresa, permitindo que Maomé fizesse o primeiro assalto bem-sucedido a uma rica caravana (perto de Badr), a que já nos referimos anteriormente. A partir daquele momento, o Islã começou a crescer, à medida que outros se juntavam para repartir o prêmio que Alá tinha prometido aos que lutassem por sua causa. Hoje, o Ramadã é comemorado como se fosse um feriado que teve início com o surgimento do Islamismo. Mas isso não é verdade, nem em relação ao Ramadã, nem em relação ao Haj. Ele foi celebrado pelas tribos árabes durante séculos, antes que Maomé nascesse, e é seguido pelos muçulmanos de hoje praticamente da mesma maneira. Como diz o próprio Corão: "0 mês do Ramadã foi o mês em que o Corão foi revelado..." 21 Honrando o Paganismo A celebração que marca o fim do Ramadã é chamada de Eid al-Fitr. Em 1 de setembro de 2001 (exatamente dez dias antes que dezenove muçulmanos atacassem os Estados Unidos, em Nova York e Washington, para glória de Alá), o Correio dos Estados Unidos lançou um selo comemorativo do Eid, no valor de 34 centavos, na convenção anual da Sociedade Islâmica da América do Norte, em Des Plaines, Illinois. Tais gestos de boa vontade e conciliação só encorajam os muçulmanos em sua determinação de conquistar o mundo para Alá. O selo do Eid comemora os dois mais importantes festivais, ou Eids, do calendário islâmico: Eid al-Fitr, a festa do Ramadã, e o Eid al-Adha, o Festival do Sacrifício. Este último comemora o suposto ato de Abraão oferecendo Ismael no altar - em vez de Isaque, como a Bíblia afirma. Em seu discurso no Centro Islâmico de Washington, em 10 de dezembro de 2002, o presidente Bush disse: "Sinto-me feliz de estar aqui com vocês hoje, na celebração do Eid, o clímax do Mês Sagrado do Ramadã... A origem do Islamismo remonta à chamada de Abraão por Deus. E o Ramadã comemora a revelação da palavra de Deus ao profeta Maomé, no Corão Sagrado”. Como o presidente Bush, um cristão professo, tem coragem de exaltar Maomé como profeta de Deus e chamar o Corão de "santa 148 _ • 0 Fundamento Pagão Islâmico do Terrorismo • palavra de Deus"? O Corão é totalmente anticristão, contradizendo Bíblia em quase todos os pontos principais, inclusive negando a divindade de Cristo, Sua morte na cruz para remissão dos nossos pecados, Sua ressurreição, e declarando que os que crêem na Trindade vão para o inferno. Será que Bush já não está indo longe demais, em nome da "correção política”? Ocultar a verdade para não ofender os muçulmanos é algo muito ruim; mas blasfemar do Deus verdadeiro associando-0 com o paganismo é muito pior. Os presidentes dos Estados Unidos há muito vêm tratando com toda a reverência o Ramadã como mês sagrado do Islamismo, inclusive oferecendo um jantar especial de Iftaar na Casa Branca para líderes políticos americanos e estrangeiros, juntamente com líderes religiosos muçulmanos, ao final dos trinta dias de jejum do Ramadã. Em 14 de outubro de 2004, o presidente Bush enviou "calorosas saudações aos muçulmanos dos Estados Unidos e de todo o mundo por ocasião do início do Ramadã, o período mais sagrado para sua religião [comemorando] a revelação do Corão a Maomé". Semelhantemente, em 1967, o Vaticano incentivou os cristãos a desejarem felicidades aos muçulmanos ao final do jejum do Ramadã "de genuíno valor religioso". O discurso do presidente Bush no jantar de Iftaar, em 10 de novembro de 2004, continha o seguinte trecho: "Quando nos reunirmos neste mês sagrado... honramos as tradições de uma grande fé... Nos últimos anos, os americanos... têm aprendido mais a respeito de nossos irmãos e irmãs muçulmanos... Temos em comum a crença na justiça de Deus e na responsabilidade moral do homem. Compartilhamos a mesma esperança num futuro de paz. Temos muito em comum, e muito a aprender uns com os outros. Mais uma vez quero desejar-lhes um abençoado Ramadã. E agradecer-lhes por estarem aqui conosco na Casa Branca neste Iftaar, e que Deus abençoe a todos”. 22 Será que Bush acreditou mesmo que este sincero gesto de boa vontade seria aceito pelos muçulmanos ao redor do mundo e comoveria o coração deles em relação a nós? Será que ele esperava que isso pudesse fazer com que os muçulmanos traíssem Maomé, Alá e o Corão, deixando de cumprir a ordem de fazer a jihad para conquistar a humanidade? Será que ele não percebeu que sua declararão de que o Islamismo é uma religião aceitável por Deus seria vista apenas como um gesto apaziguador, e iria encorajar os terroris- 149 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • tas a acreditarem que, não importa quantas atrocidades eles cometam, o Islamismo ainda será considerado no Ocidente como uma "religião pacífica"? Ou será que a correção política está simplesmente saindo do controle? Isso é Palavra de DeusP Com certeza, Bush deve saber que o Alá do Islã não é o Javé da Bíblia. Nem o Islã tem qualquer relação com "a chamada de Abraão por Deus”. A chamada de Abraão o levou a uma terra que "o Deus de Israel” 23 prometeu a seus descendentes através de Isaque e Jacó. Maomé odiava e matava esses descendentes, a quem Deus chama de Seu povo escolhido - “a menina dos olhos”. 24 A Bíblia adverte: "Aquele que tocar em vós toca na menina do seu olho”. 2S É o Islamismo que faz com que os muçulmanos busquem a destruição de Israel e a posse daquela terra para os descendentes de Ismael! Como o presidente Bush pode honrar, em sinceridade, a oposição do Corão em relação à infalível doutrina bíblica? Será que o Corão, supostamente inspirado por Alá através de Gabriel, é a Palavra de Deus? Ao contrário da Bíblia, da qual existem milhares de manuscritos antigos, o Corão foi anotado em folhas de palmeira, gravetos, pedras, cascas de árvore ou qualquer material que estivesse à mão quando Maomé começava a ditar. Algumas revelações eram recitadas de memória, sem nenhum texto escrito que as sustentasse. A esposa favorita de Maomé, Aisha, disse que, só em um capítulo, faltavam mais de cem versos, que tinham sido comidos por animais domésticos quando estavam em sua guarda. Os quatro califas que sucederam Maomé imediatamente são denominados "os quatro califas bem guiados". O Corão (que foi "revelado” ao longo de um período de dezesseis anos) não foi completado enquanto Maomé era vivo, mas muitos anos depois, na época de Uthman Ibn Affan, o terceiro desses quatro califas. Quando propuseram a Abu Bakr, sogro e primeiro sucessor de Maomé, que organizasse uma versão oficial do Corão, ele foi contra a idéia, porque Maomé não tinha dito nada sobre isso. Algumas pessoas que haviam memorizado o Corão enquanto Maomé ainda era vivo protestaram dizendo que a versão de Uthman não estava correta. Ele 150 _ • 0 Fundamento Pagão Islâmico do Terrorismo • reagiu a essas preocupações justas mandando destruir todas as compilações que discordavam da sua. Várias Suratas do Corão 26 têm títulos tão estranhos que nem «esmo os estudiosos do Corão sabem o que eles significam: "Ta-ha", "Ya Sin", "Sad”, "Caf”, "Nun”. Outras têm nomes inexpressivos, como "As Formigas". 27 Esse capítulo descreve uma batalha entre o exército de Salomão, composto por gênios (seres espirituais, que podem ser bons, mas geralmente são maus), homens e pássaros, e um exército de formigas. Salomão ouve uma formiga chamada Tahina a cinco quilômetros de distância. Existe uma poupa (pássaro) que está atrasada porque esteve com a rainha de Sabá. Salomão a envia de volta para pregar o "evangelho”. E essa é uma revelação de Alá! Grande parte do Corão se parece com histórias infantis árabes. "0 Elefante” fala sobre uma batalha entre elefantes e abutres. "A Vaca" conta a história de judeus que foram transformados em macacos por desrespeitarem o sábado (por isso os muçulmanos freqüentemente chamam os judeus de "macacos”), e fala de dois anjos que seduzem pessoas em Babilônia através de magia, e de um judeu assassinado por seu primo. Deus manda Moisés matar uma vaca e bater com um pedaço dela na cabeça do morto. 0 morto revive, denuncia seu assassino e morre de novo. Maomé, sob inspiração de Alá, disse que, ao acordar, a pessoa deveria lavar o nariz e expelir a água com força, três vezes, para se livrar do Diabo, que passa a noite nas narinas das pessoas. 28 Isso é a Santa Palavra de Deus, o fundamento da única religião verdadeira? De fato, cair no sono pode ser muito perigoso para um muçulmano. Maomé disse que "o bocejo é de Satanás". 29 Quanto aos muçulmanos que adormecem durante a oração, Maomé disse que Satanás urina em suas orelhas. 30 As pessoas também devem tomar cuidado para não olhar para cima quando estiverem orando. Abu Huraira ouviu o profeta dizer: "As pessoas devem evitar levantar os olhos em direção ao céu quando estiverem suplicando em oração, senão seus olhos podem ser arrancados e levados embora”. 31 Além disso, Alá aparentemente não aceita a oração de pessoas que estão com mau hálito por terem comido cebola crua ou alho. Sobre isso, temos a palavra do profeta, que disse mais de uma vez: "Quem tiver comido alho ou cebola... não deve se aproximar de nossa mesquita". 32 151 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • 0 ponto positivo é que Maomé tem remédio até para os que estão no inferno. Certo dia, ao passar por dois túmulos, o profeta fundador do Islamismo parou, pegou uma folha verde de tamareira, partiu-a ao meio e pôs uma metade em cada túmulo. "Ó apóstolo de Alá! Por que fizeste isso? - as pessoas perguntaram. Maomé respondeu: Espero que o castigo deles [no inferno] possa ser amenizado até que elas [as folhas de palmeira] sequem”. 33 No entanto, são as mulheres que deveriam ficar particularmente preocupadas, porque Maomé afirmou que tinha podido contemplar o inferno, e a maioria de seus habitantes era de mulheres. 34 Cristãos Dando Honra a Alá e ao Islã A maioria dos cristãos ignora o que seja o Islamismo. Mas, apesar disso, muitos o elogiam mesmo sem entender nada. Billy Graham afirmou, ingenuamente: "O Islamismo é mal compreendido... Maomé tinha um grande respeito por Jesus, a quem considerava o maior dos profetas, depois dele mesmo. Eu acho que temos mais coisas em comum com o Islamismo do que pensamos...” Sim, estamos tão próximos deles quanto o céu do inferno - e os muçulmanos concordariam comigo! Como já vimos, o Islamismo é totalmente anticristão. A crença na Trindade manda a pessoa para o inferno. Billy Graham é amigo e admirador de Robert Schuller há muito tempo. Foi Graham que disse a Schuller, em 1969, que ele deveria transmitir os cultos de sua igreja pela televisão. Graham até sugeriu que o programa deveria se chamar A Hora do Poder. Billy ficou contente quando Schuller lhe disse que havia mais de um milhão de muçulmanos por semana assistindo seu programa. 35 0 grande evangelista pareceu não se incomodar com o fato de a Hora do Poder de Schuller ser tão popular entre os seguidores de uma religião totalmente anticristã e anti-Israel. No programa Lariy King Live da CNN, Schuller [que estava no Oriente Médio no momento da entrevista) contou entusiasmado a King que tinha feito três maravilhosas visitas à casa do "principal pensador e líder muçulmano do mundo, o grão-mufti da grande mesquita de Damasco”. Schuller foi para o Oriente Médio atendendo a um convite do mufti para discursar em sua mesquita. Inacreditavelmente, Schuller estava exultante: "Poucas vezes encontrei um 152 _ • 0 Fundamento Pagão Islâmico do Terrorismo • homem com quem sentisse uma afinidade espiritual e harmonia de fé e filosofia tão grandes quanto senti com o grão-mufti da fé”. 36 Mais tarde, Schuller recebeu o filho do Imã (também um Imã} em seu programa Hora do Poder, e ficou emocionado (assim como sua audiência) quando o jovem declarou que todos os muçulmanos acreditam em Jesus Cristo e que todos os sírios são cristãos. Pode haver mentira maior? Schuller tem patrocinado em sua Catedral de Cristal, em Garden Grove, na Califórnia, um Instituto para a Paz Cristão-Muçulmano. Schuller disse ao Imã Alfred Mohammed que se todos os seus descendentes se tomassem muçulmanos ele não se importaria, contanto não fossem ateus. Será que ele não percebe o que está dizendo? Dois meses depois do 11 de setembro, Schuller, que apresenta todos os domingos de manhã o maior programa religioso de televisão do mundo, se regozijava com a calorosa aclamação que recebeu de muçulmanos numa mesquita de Villa Park, em Illinois. Schuller era co-anfitrião daquela "Noite de Solidariedade Religiosa” juntamente com o Imã W. D. Mohammed. Um dos convidados de destaque, o pseudomuçulmano Louis Farrakhan, elogiou Schuller, chamando-o de "poderoso gigante espiritual”, e disse que já fazia cerca de trinta anos que assistia seu programa de televisão, A Hora do Poder, com aprovação. 37 Farrakhan é o sucessor de Elijah Muhammad, que foi o presidente da organização negra americana Nation of Islam (NOI). Apesar do nome, a NOI tem pouca relação com o Islamismo. Quando Malcolm X (que fundou diversos templos da NOI e cuja posição hierárquica era inferior apenas a Elijah Muhammad) percebeu a diferença, converteu-se ao Islamismo ortodoxo. Em abril de 1964, ele foi a Meca, na Arábia Saudita, fez seu primeiro Haj, e mudou seu nome para El-Hajj MalikEl-Shebazz. Ele desmascarou a NOI como uma organização que estava longe do verdadeiro Islamismo, e foi marcado para morrer. Ele e sua família sobreviveram a um atentado com bomba-incendiária contra sua casa em Nova York, em 14 de fevereiro de 1965. Então, uma semana depois, quando ele eslava começando um discurso no Salão de Baile Audubon de Manhattan, foi assassinado a tiros por três membros da NOI. Os assassinos foram presos e condenados por homicídio em primeiro grau. É claro que houve boatos de que Farrakhan estava por trás de tudo, mas isso nunca ficou provado. 153 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Farrakhan afirma ter consultado seu predecessor, Elijah Mu-hammad, numa gigantesca nave espacial em órbita da terra (a precursora de uma frota de OVNIs que virá a este planeta para destruir os brancos). Essa ficção óbvia não faz diferença para Schuller, que declarou generosamente que "pedir às pessoas que mudem sua fé era absolutamente ridículo". Saindo em defesa da mais cruel e violenta religião da história, Schuller insiste: "Estamos numa época em que devemos evitar atacar a religião dos outros.. Tive a honra de conhecer pessoalmente os líderes do poder do Islamismo positivo. E existe muita propaganda anti-islâmica correndo pelo mundo". 38 Islamismo positivo ? Maomé nunca ouviu falar disso! Propaganda anti-islâmica? Ninguém podería dar pior reputação ao Islamismo do que o próprio Maomé, o Corão e os séculos de massacres deram desde o início - e isso não é propaganda! Religião Anticristã Em contraste com isso, Jerry Falwell (entrementes falecido, que se manifestou publicamente muitas vezes em defesa de Israel 39 ) declarou em 60 Minutes que Maomé foi um terrorista, 40 assim como Franklin Graham também disse que o Islamismo é "mau e perverso” 41 . Por essas declarações, a revista Christianity Today os censurou, dizendo que "o Islamismo não teria se tomado a segunda maior religião do mundo se fosse... completamente mau como esses comentários sugerem". 42 Então o mal não pode prosperar por meio da espada, como foi o caso do Islã? Jesus disse algo sobre o caminho espaçoso 43 , e Salomão falou sobre o "caminho que parece direito ao homem” 44 , ambos os quais levam à perdição. Num artigo intitulado "Alá não Pertence ao Islamismo", o Christian Research Journal de Hank Hanegraaff declarou: "Alá é o Deus adorado pelos cristãos que falam árabe. A Bíblia em árabe está repleta da palavra Alá, de Gênesis a Apocalipse. Jesus Cristo é até chamado de Filho de Alá nas Escrituras árabes... Alá é simplesmente a palavra ou termo que traduz Deus em outra língua [árabe]... equivalente ao inglês God... ao francês Dieu... ao espanhol Dios... Podemos nos juntar a nossos irmãos e irmãs em Cristo de origem árabe, que dizem 'Alá seja louvado!'" 45 154 _ • 0 Fundamento Pagão Islâmico do Terrorismo • Na ânsia de apaziguar os muçulmanos, alguns líderes cristãos dizem as tolices mais absurdas sob uma capa de "erudição". Como vimos, "Alá" não é um termo genérico, mas sim o nome de uma divindade pagã específica - o ídolo principal da antiga Caaba. 0 termo genérico para "Deus” é ilah, encontrado em todo o Corão, como em: "Alá! Não há outro ilah além d'Ele... Alá é o único ilah". 46 A confissão que a pessoa precisa fazer para não ser morta - "Al ilaha i' Allah, Muhammadan Rasoulu Allah" - declara que "Não há ilah exceto Alá". 47 A respeito de Alá, diz o Corão: "Crede, pois, em Alá... e não digais: Trindade! Abstende-vos disso, que será melhor para vós; sabei que Alá é Uno. Glorificado seja! Longe está a hipótese de ter tido um filho”. 48 Então, como pode a Bíblia em árabe chamar Jesus de "Filho de Alá"? 0 Corão nega dezesseis vezes que Alá tenha um filho. Que blasfêmia é, portanto, usar "Alá” para traduzir "Deus" na Bíblia em árabe! Qual seria o significado de: "Porque Alá amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigénito... Alá enviou o seu Filho ao mundo para que o mundo fosse salvo por ele"? 49 Além disso, Alá não tem nenhuma das características de Javé, o Deus da Bíblia. Alá é incognoscível, enquanto o Deus da Bíblia se revela aos que são dele. Cristo afirmou até que a vida eterna é só para aqueles que conhecem a ele e ao Pai. Alá muda de opinião e altera suas revelações 50 , enquanto o Deus da Bíblia não muda nunca, 51 assim como Sua Palavra. 52 Alá exige que os muçulmanos morram por ele, mas o Deus da Bíblia veio a esta terra através de um nascimento virginal e morreu por nós, pagando na cruz todo o preço pelos nossos pecados. Alá não tem nenhum fundamento justo para o perdão dos pecados do homem, mas o Deus da Bíblia tem. Ele perdoa os pecados com justiça porque a penalidade por todos os pecados da humanidade foi integralmente paga por Cristo. Obviamente, essa repugnante heresia de que Alá e Javé são a mesma pessoa vem sendo promovida há anos pela Igreja Católica Romana. 0 Concilio Vaticano Segundo declarou: "Mas o plano da ação também inclui aqueles que reconhecem o Criador, entre quais, em primeiro lugar, estão os maometanos... juntamente conosco, eles adoram o único e misericordioso Deus...". 53 Em 1969, na Universidade Muçulmana de Al-Azhar, no Cairo, o cardeal Koenig afirmou que muçulmanos e católicos crêem no 155 mesmo • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Deus. Em 24 de abril de 1974, o cardeal Pignedoli, presidente do Escritório do Vaticano para Assuntos Relativos aos Não-Cristãos, fez uma visita oficial à Arábia Saudita, levando "a Sua Majestade o Rei Faissal, na qualidade de líder supremo do mundo Islâmico... as saudações de Sua Santidade [Papa Paulo VI], movido por uma profunda crença na unificação dos mundos islâmico e cristão, na adoração de um único Deus”. 54 Igualar o Deus da Bíblia com a divindade pagã chamada Alá é um insulto blasfematório. No entanto, muitos cristãos professos mostram essa típica disposição de atropelar a verdade, na ânsia de apaziguar os muçulmanos. Essa bajulação servil não vai acalmar o Islã, mas sim encorajar seu terrorismo e a conquista pela força. Da mesma forma, essa confusão condescendente não vai ajudar os muçulmanos a conhecerem o verdadeiro Deus, o que é essencial para a salvação. Já citamos o trecho do Corão que diz que o verdadeiro Deus é o Deus dos judeus - e Ele, com certeza, não é Alá! Notas: 1. Ibn Ishaq, The Life of Muhammad, tr. Guillaume, 1967, p. 107. 2. Sahih Al Bukhari, Vol. 9, número 111, e outras fontes muçulmanas como Ibn Ishaq, Ibn Sa'd,Tabari, etc. 3. Surata 4.74. 4. Ibid., 8.67. 5. Ibid., 33.36-38. 6. Ibid., 26.221-27. 7. Ibn Warraq, Why I Am NotA Muslim (Amherst, NY: Prometheus Books, 1995), p. 99. 8. Middle East Media Research Institute, 18 de outubro de 2004. 9. David Bukay, ed., Muhammad's Monsters: A Comprehensive Guide to Radical Islam for Western Audiences (Green Forest, AR: Balfour Books, 2004). 10. www.islaml01.com/people/companions/maslamah.htm. 11. http://www.islamfortoday.com/terrorism.htm. 12. Paul Fregosi, Jihad in the West: Muslim Conquests from 7th to 21 st Centuries (Amherst, NY:Prometheus Books, 1998), p. 61. 13. Mark A. Gabriel, Islam and Terrorism: What the Quran really teaches about Christianity. vlolence, and the goals ofthe Islamicjihad (Lake Mary Florida: Charisma Flouse. 2002), pp. 67, 75. 14. Jewish Agency Digest of Press and Events, 28 de dezembro de 1947. 15. Dore Gold, Hatred's Kingdom: How Saudi Arabia Supports the New Global Terrorism (Washington, D.C.: Regnery Publishing, Inc., 2003), p. 159. 16. Surata 2.125; 3.96-99; 5.97. 17. Ibid., 2.127. 18. Anthony Browne, "The triumph of the East", The Sunday Mail (Brisbane, Australia), 5 de setembro de 2004, p. 54. 19. Worldnetdaily.com/news/asp?ARTICLE-ID=37660. 20. Surata 2.217. 21. Ibid., 2.185. 22. http://whitehouse.goV/news/releases/2004/ll/20041110-9.html. 156 _ • 0 Fundamento Pagão Islâmico do Terrorismo • 23. Êxodo 5.1; 24.10; 32.27; 34.23; Josué 7.13; Juízes 4.6; 1 Samuel 1.17; Esdras 6.22; Salmos 69.6; Isaías 37.21; Mateus 15.31; Lucas 1.68; e 191 outras referências. 24. Deuteronômio 32.10. 25. Zacarias 2.8. 26. Surata 36; 38.50; 68; etc. 27. Ibid., 27. 28. Sahih Bukhari, IV.516; Muslim 1.462. 29. Bukhari IV.509. 30. ibid.. 11.245. 31. Muslim 1.863. 32. Bukhari, 1.812-15; VII.362-63. 33. Ibid., 11.443. 34. Ibid., 1.28, 301; 11.161. 35. De uma transcrição do programa Hour of Power, 1 e 8 de junho de 1997. 36. De uma transcrição do programa Larry King Live, Véspera de Natal, 1999. 37. FnalCall.com, 14 de novembro de 2001. 38. Ibid. 39. Merrill Simon, Jerry Falwell and the Jews (Middle Village, NY: Jonathan David Publisher Inc., 1984). 40. CBS, 60 Minutes, 6 de outubro de 2002. 41. MSNBC Nightly News, em: www.msnbc.com/news/65907.asp. 42. "Muslim Phobic No More", Editorial, Christianity Today, 9 de dezembro de 2002, p. 28. 43. Mateus 7.13-14. 44. Provérbios 16.25. 45. Helen Louise Herndon, Christian Research Journal, vol. 25, n. 1 (2002). 46. Surata 2.255; 4.171; 6.102; 10.69-70; etc. 47. Ibid., 5.73. 48. Ibid., 4.171; etc. 49. João 3.16-17. 50. Surata 2.106; 16.101. 51. Malaquias 3.6; etc. 52. Salmos 119.89; etc. 53. Austin Flannery, O.P., Gen. Ed„ Vatican Council II: The Conciliar and Post Conciliar Documents (Northport, NY: Costello Publishing Company, 1988), Vol 1, p. 367. 54. Le Monde, 25 de abril de 1974. 157 7 . “Paz” feita de Ódio Quando Maomé morreu, em 632 d.C. (envenenado pela viúva de um homem que ele havia assassinado), a maior parte dos árabes, que tinha sido forçada pela espada a aderir à nova "fé", tentou desertar, achando que podia abandonar o Islã. O profeta responsável sua dominação estava morto, e com ele havia morrido também qualquer lealdade que eles tivessem sido obrigados a jurar àquela religião opressiva. Ou eles tinham esquecido, ou não temiam mais o decreto que Maomé tinha emitido da parte de Alá: "Qualquer um que abandonar sua fé, matai-o!” Durante os dois anos seguintes (632-34 d.C.), obedecendo à ordem de Alá para decapitar os apóstatas, o sucessor e sogro de Maomé, Abu Bakr, com o auxílio de guerreiros muçulmanos leais, matou cerca de setenta mil ex-muçulmanos. Obediente à ordem e ao exemplo de Maomé, Abu Bakr enviou suas tropas: "Ordenai-lhes [aos apóstatas] que retornem ao Islamismo; mas, se eles se recusarem, não poupeis nenhum deles. Queimai-os com fogo e matai-os com violência e tomai suas mulheres como prisioneiras". 1 Todos esses foram árabes mortos por árabes, ex-muçulmanos mortos por muçulmanos, e seu massacre entrou para a história co- 159 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • mo as "Guerras da Apostasia”. Assim a Arábia foi forçada a voltar para o Islamismo, e permanece como o seu baluarte até hoje. 0 decreto de Maomé ordenando que os apóstatas deveriam ser mortos ainda é fundamental no Islã. E mesmo que a pessoa nunca tenha sido muçulmana, o Corão declara que os pagãos que recusam a oportunidade de se submeterem ao Islã devem ser mortos. O termo "pagão” é aplicado a todos os não-muçulmanos - exceto os cristãos e judeus, que são chamados de "povo do livro”. Embora certamente não seja seguida na maioria dos casos de terrorismo (nem na longa e violenta história do Islã), a opção de conversão ou morte é dada sempre que possível, até mesmo no Ocidente. Todos os membros da família Armanious - pai, mãe e duas filhas jovens - morreram apunhalados e com a garganta cortada, em meados de janeiro de 2005, em sua casa, em Nova Jersey. O pai, um cristão copta imigrante do Egito, tinha discutido com muçulmanos numa sala de bate-papo de um site do Oriente Médio, e não se intimidou com as ameaças deles: "É melhor você parar com isso, senão nós vamos descobrir onde você mora... e vamos matá-lo!” Sim, isso pode acontecer até mesmo nos Estados Unidos. Houve dúvidas de que a família tivesse mesmo sido morta numa vingança de muçulmanos - mas não se pode ignorar o fato de que todas as gargantas foram cortadas do mesmo jeito. 2 A polícia se recusou a ver qualquer "motivação religiosa" por trás dos assassinatos, apesar das repetidas ameaças dos muçulmanos e apesar de Jersey City ter uma história de violência de muçulmanos contra cidadãos americanos. Neste caso, assim como em muitos outros ocorridos por todo o país, as autoridades pareciam estar mais preocupadas em evitar ofender os muçulmanos do que em encontrar os assassinos. Encobrindo a Herdade de Propósito 0 assassinato do rabino israelense Meir Kahane, membro do Knesset (o Parlamento israelense), pelo terrorista egípcio El Say-yid A Nosair, ocorrido em Manhattan, em 1990, foi inicialmente considerado pela polícia como tendo sido provocado por um remédio contra a depressão que Nosair estava tomando. Embora Nosair tenha atirado na cabeça de Kahane, ele foi absolvido da acusação de homicídio e condenado apenas por posse ilegal de arma de fogo. 160 _ Paz” Feita de Ódio • Quando um monomotor pilotado por um simpatizante de bin Laden foi jogado propositadamente contra um prédio de Tampa (Flórida), a culpa recaiu sobre um remédio contra acne chamado Roacutan. Em 2003, quando um saudita assassinou e quase decapitou um israelense, a polícia de Houston não conseguiu encontrar "nem uma evidência” de motivação religiosa. Do mesmo modo, em 1990, o acidente com o vôo 990 da EgyptAir (que matou 217 pessoas) provocado por um co-piloto que arcou os controles propositadamente e mergulhou no oceano dando glórias a Alá, ficou sem explicação por parte do Comitê Nacional de Segurança dos Transportes [dos EUA]. A polícia canadense também se recusou a classificar como "crime provocado por ódio racial” o assassinato de um judeu hassídico por um "skinhead", dizendo um monte de palavrões, matou-o do lado de fora de pizzaria kosher, em Toronto. Mesmo no caso das Torres Gêmeas, não se pode perturbar a ilusão popular de que o "Islã é paz". Serge Trifkovic nos recorda de como os governos ocidentais tornam-se cúmplices da maldade do Islã, no esforço de evitar atitudes que possam ser vistas como uma afronta: Cidadãos americanos podem ficar detidos indefinidamente [na Arábia Saudita], ao bel- prazer de seu pai muçulmano que os seqüestrou da mãe americana. Isso aconteceu, por exemplo, com Patricia Roush, cujas filhas Alia e Aisha andam agora vestidas dos pés à cabeça com a negra aboyo . 3 O mundo ocidental está cego com relação à gravidade do que enfrenta, e precisa acordar. Permitir que os muçulmanos tenham liberdades no Ocidente que são negadas aos ocidentais e mesmo a seus próprios cidadãos nos países islâmicos é encorajar o Islã a atingir sua meta de dominação mundial. Evitar ofender o mundo muçulmano a qualquer preço não é o caminho para a paz, e sim para a subjugação final. Walid Shoebat, um ex-orista da OLP cuja vida foi transformada pela fé em Jesus Cristo e que agora se dedica a expor a verdade sobre o Islã, descreve o que ele foi um dia, ao declarar com toda a sinceridade: Esses monstros agem contrariando todo e qualquer princípio que sociedades civilizadas consideram precioso. Eles não reconhecem _161 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • nenhum código moral ou ético que não seja o de sua própria estrutura social distorcida. Eles são uma ameaça ao mundo inteiro, e o mundo deveria pôr um fim nesta epidemia de barbarismo. Mas, em vez disso, a maior parte do mundo se acovarda. 4 Dentro da Arábia Saudita, "a prática de qualquer religião que não seja o Islamismo é estritamente proibida hoje, assim como era quando Maomé estava vivo. Enquanto os sauditas continuam a construir mesquitas no mundo inteiro, milhares de cristãos entre as centenas de milhares de trabalhadores estrangeiros [que moram na Arábia Saudita], oriundos da índia, Europa, América e Filipinas, têm que adorar a Deus em segredo, quando conseguem. Se demonstrarem publicamente a sua fé, eles são presos, açoitados ou deportados”. 5 Apesar disso, a política de ocultação da verdade continua. Por exemplo: Em julho de 1977, um inglês conseguiu tirar fotos com uma câmera em miniatura que chocaram o mundo... a execução pública, em Jeddah, da princesa Mishael bint Fahd bin Mohammed... e de seu namorado, Khalid Muhallah. Ela levou seis tiros na cabeça, ele foi decapitado. As fotografias fizeram parte do documentário de Anthony Thomas para a TV, intitulado "A Morte de Uma Princesa". Essas notícias enfureceram os sauditas, e os governos ocidentais correram para impedir a exibição do filme. Em 1980, o governo Cárter opôs-se veementemente à exibição do documentário na PBS. 6 A verdade só ameaça os que tentam se esconder atrás de mentiras - e a verdade é uma ameaça para o Islã. Apesar de ser irracional e inconcebível, os líderes políticos e religiosos do Ocidente ajudam os muçulmanos a manter a fraude e encobrir a verdade. E com que propósito? Certamente, fechar os olhos e enterrar a cabeça na areia da negação não vai nos trazer a paz com um inimigo para quem a mentira é uma arma importante! Decapitação: Um Modo Muçulmano de Viver - e de Morrer Hoje em dia, as coisas continuam exatamente como eram no início: não é permitido abandonar o Islamismo. Ainda é lei dentro do 162 _ • 0 Fundamento Pagão Islâmico do Terrorismo • Islamismo que qualquer muçulmano que se converter a uma outra religião deve ser morto, de preferência decapitado. Essa pena ainda é aplicada sem o menor constrangimento em execuções públicas - ou em particular, pela própria família, que é a responsável principal. Na Arábia Saudita, as execuções são realizadas diante de uma grande multidão, na infame "praça corta-corta”, em Riad. Entretanto, o mundo ocidental faz vista grossa. Para os talibãs, as execuções se transformaram no novo esporte que ocupou os estádios de futebol abandonados, onde até mesmo os que não queriam eram obrigados a assistir e a esconder sua desaprovação, para não colocar a própria vida em risco. Os talibãs não eram fanáticos, mas sim verdadeiros muçulmanos que tentaram, como Maomé, forçar os relutantes a aderir ao Islamismo. A flagelação (o recorde é de quatro mil açoites administrados publicamente a um egípcio na Arábia Saudita) e a amputação de membros são amplamente utilizadas como penas judiciais. Os prisioneiros geralmente não recebem nenhum aviso de que vão ser executados. Eles são levados a uma praça pública, são vendados, forçados a se ajoelharem, e decapitados diante da multidão que assiste dando gritos de aprovação. 7 Essa pena foi aplicada recentemente a um pai e a seu filho, que tinham se tornados seguidores de Cristo. 0 número de pessoas decapitadas na Arábia Saudita triplicou entre 1994 e 1995, passando de 59 para 191. 8 Em 2002, o número de decapitados caiu para algo entre cinquenta e cem, mantendo-se praticamente inalterado em 2003, embora as cifras exatas sejam difíceis de obter. A Arábia Saudita é o único país que aplica oficialmente a decapitação como pena para a apostasia, o que faz desse país o mais islâmico do mundo. O Ocidente fica chocado quando terroristas muçulmanos cortam a cabeça de suas vítimas, mas não presta atenção quando o governo saudita faz a mesma coisa. O fato é que essa prática segue os ensinamentos do Islamismo e o exemplo de Maomé. Tarik Allagany, supervisor informação na embaixada da Arábia Saudita em Washington, defendeu essa prática, explicando que a decapitação de três homens no princípio de janeiro de 2002 não ocorreu "por causa de seu homossexualismo, mas porque o tinham praticado com garotos. 'Acredito que aconteça sodomia diariamente na Arábia Saudita... mas não temos execuções por causa disso o tempo todo', disse ele". 9 Ora, isso não é confortador? _ 163 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • 0 Islã Alimentando o Ódio Por um decreto de Maomé que, como vimos, ainda é considerado como lei islâmica, nenhum judeu pode entrar na Arábia Saudita. Esse país opressivo conseguiu o que Hitler sonhava - uma sociedade sem judeus - dando continuidade ao que Maomé havia criado treze séculos antes. Isso é o Nazismo ressurreto? Não, isso é o Islamismo exatamente como era muito antes de Hitler. Lembre-se de que Maomé afirmou que nenhum muçulmano morto poderia ressurgir dos mortos, ou entrar no paraíso, com exceção dos mártires da jihad (guerra santa), enquanto todos os judeus do mundo não fossem mortos. Não poderia haver motivação melhor para defender o anti-semitismo - até a morte. Com esse objetivo, os muçulmanos da Arábia Saudita e de outros países islâmicos são ensinados, desde a mais tenra idade, a odiar os judeus ferozmente. Em 1 de outubro de 2004, o canal de TV IQRA, da Arábia Saudita, fez uma série de entrevistas com "o povo na rua”. Aqui estão algumas perguntas e respostas que foram transmitidas orgulhosamente pela televisão. Elas revelam claramente o efeito das crenças islâmicas fundamentais transmitidas desde Maomé, e as conseqüências da propaganda antijudaica que bombardeia os muçulmanos do mundo inteiro, e principalmente os do Oriente Médio, dia e noite, sem parar: Entrevistador. Você estaria disposto, como ser humano, a apertar a mão de um judeu? Entrevistado 2: Não, porque os judeus são inimigos eternos. Os judeus assassinos violam todos os acordos [e estão] cheios de ódio contra mim. Entrevistador: Você se recusaria a apertar a mão de um judeu? Entrevistado 4: E claro. Assim eu não teria que amputar minha mão depois. Entrevistador: Se uma criança lhe perguntasse: "Quem são os judeus?" O que você responderia? Entrevistado 5: São os inimigos de Alá e de seu profeta. Entrevistado 6: Os judeus são os usurpadores da nossa terra. Entrevistado 7: Os assassinos dos profetas - nossos eternos inimigos, é claro. Entrevistado 8: Se os muçulmanos declarassem a jihad... transformariam [os judeus] em carcaças podres e pisariam nelas. 10 164 Paz” Feita de Ódio • a Em 7 de janeiro de 2005, em seu sermão semanal transmitido pela televisão da Autoridade Palestina, o sheik Ibrahim Madiras declarou: "os judeus são judeus. Sua natureza e costume são a corrupção e destruição desta terra. Continuamos a alertar vocês: os judeus são um câncer que se espalha dentro do corpo da nação islâmica e árabe... Queremos voltar às fronteiras de [antes de Israel]... não podemos esquecer e nunca vamos ... a Grã-Bretanha e todos os governos que contribuíram para a fundação daquele Estado [Israel] nesta terra... um Estado falso..." Ele prosseguiu dizendo que a tsunami que matou cerca de trezentas mil pessoas no Sudeste da Ásia em dezembro de 2004 era culpa dos Estados Unidos e de Israel, e disse ainda: "Os Estados Unidos são hoje os patrocinadores do terrorismo nesta terra [Palestina]. A América... está a caminho do abismo [inferno]". 11 A rede de notícias Al-Jazeera, popular nos países muçulmanos, apresentou várias teorias com toda a seriedade, icluindo a acusação de que os Estados Unidos sabiam do desastre da tsunami com antecedência, mas não avisaram ninguém, de propósito. Outra teoria era de que uma bomba atômica teria sidod etonada debaixo d'água por Israel ou pelos Estados Unidos. 12 Arábia Saudita: o Modelo do Verdadeiro Islamismo Não há necessidade de questionar ou discutir a verdadeira natureza do Islamismo. Basta apenas olhar para o reino feudal da Arábia Saudita, onde a vida diária revela a verdade a respeito dessa religião assassina e semeadora de discórdia. A Arábia Saudita é o lugar onde o Islamismo começou, onde estão seus locais mais sagrados, e onde essa religião ainda é praticada em conformidade com o Corão e com o exemplo de Maomé, segundo os relatos da hadith. Qualquer muçulmano pode ter quatro esposas, bater nelas se desobedecerem suas ordens, e divorciar-se delas apenas repetindo três vezes: "Eu me divorcio de você”. Ibn Saud, fundador da Arábia Saudita (e que foi patrocinado pela Grã-Bretanha na criação desse novo país), teve entre duzentas e trezentas esposas. Mas, em 'obediência ao Islamismo, até onde se sabe, ele nunca teve mais de quatro ao mesmo tempo. Não admira que a família real seja com- 165 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • posta de muitos milhares de pessoas que vivem como príncipes c princesas! Saleh al-Sayeri - um empresário saudita de sessenta e quatro anos, que vive no deserto, a cerca de oitocentos quilômetros a oeste de Riad, e que foi forçado a se casar pela primeira vez aos quatorze anos - casou-se com cinqüenta e oito mulheres em cinqüenta e cinco anos, e esqueceu o nome da maioria delas. Ele se lembra de dez filhos e vinte e cinco filhas, e já pagou mais de 1,6 milhões de dólares em despesas com casamentos e acordos de divórcio. Ele mantém cada esposa numa casa luxuosa, separada das outras, para garantir a paz, e diz a cada uma que ela é sua esposa favorita. Al-Sayeri casou com mulheres de cerca de trinta tribos diferentes. "Como líder tribal, não posso me casar com qualquer uma”, disse ele. Seu último casamento foi com uma garota de quatorze anos, que ele considera "a idade ideal". Havia dez mil convidados. Cada divórcio é documentado por certidões legais emitidas após uma simples declaração feita à esposa: "Você está divorciada”. Al-Sayeri pretende continuar se casando até que o número de esposas que já teve seja igual à idade dele - tudo perfeitamente aceitável dentro do Islamismo. 13 Só muçulmanos podem ser cidadãos da Arábia Saudita. Não há separação entre o Estado e a religião. A lei religiosa rege o país inteiro. Não pode ser construído nenhum local de adoração que não seja muçulmano. A prática de qualquer religião, exceto o Islamismo, é proibida. Ninguém se atreveria a andar pela rua abertamente carregando uma Bíblia. Até mesmo um estudo bíblico feito em segredo na casa de alguém pode significar a prisão ou a expulsão para qualquer estrangeiro. Para um muçulmano convertido, significa a morte. Não existe nenhuma das liberdades que os ocidentais consideram tão preciosas: liberdade de expressão, de imprensa, de consciência, de culto, de voto, etc. Isso é o Islã! E o mesmo aconteceria na América, na Europa, e em todos os países, se os muçulmanos conseguissem cumprir o mandamento de Alá para dominar o mundo inteiro à força. Então haveria "paz" em toda parte - a paz do Islã. Isso não é fanatismo, mas Islamismo genuíno, como Maomé e seus seguidores estabeleceram e praticaram, e do qual nenhum muçulmano tem autoridade para divergir. Não se engane: essa seria a vida em todos os países do mundo onde os fundamentalistas muçulmanos conseguissem impor a sharia (lei islâmica segundo 166 _ Paz” Feita de Ódio • a Corão e os ensinamentos e exemplos de Maomé), como fizeram no Irã, na Arábia Saudita, no Sudão, em partes da Nigéria, na Indonésia, e como o Talibã fez enquanto esteve no poder no Afeganistão - e como os terroristas muçulmanos praticam em todos os lugares onde podem fazê-lo. 0 Islamismo não pode se desenvolver onde existe liberdade verdadeira. Por isso os regimes muçulmanos se opõem tão ferozmente à ação dos Estados Unidos para estabelecer a democracia no Afeganistão e no Iraque. A liberdade poderia se espalhar e pôr fim à sua tirania - e ao Islamismo também. 0 ódio à democracia pode ser visto na violência com que os terroristas tentaram impedir os cidadãos iraquianos de votarem nas primeiras eleições livres que aquele país já teve, e na continuidade dos assassinatos que vêm ocorrendo desde então. A maioria dos terroristas no Iraque é composta de estrangeiros que se infiltraram ali vindos de outros países muçulmanos. São muçulmanos matando outros muçulmanos por cooperarem com o odiado Ocidente para estabelecer a democracia. Entretanto, os líderes muçulmanos não têm críticas ao regime assassino de Saddam Hussein, e muçulmanos de fora do Iraque o elogiam. Um Problema Muito Sério Eleições democráticas, no entanto, não garantem a democracia no Iraque. Elas não transformam o Iraque num país secular - e aqui temos um sério problema para o qual pode não haver solução se os Estados Unidos cumprirem, como têm que fazer, a promessa de dar a autonomia aos iraquianos. Sessenta por cento dos iraquianos são muçulmanos xiitas. A Aliança Iraquiana Unida (UIA) do Grão-Aiatolá Ali al-Sistani (o principal líder religioso xiita do Iraque) conseguiu 140 das 275 cadeiras da Assembléia Nacional - mas ainda ficou muito longe da maioria de dois terços necessária para eleger um presidente. Os curdos do Norte conseguiram 75 cadeiras, o que os coloca numa excelente posição de barganha. Felizmente, a UIA terá que cooperar com os curdos para formar uma coalizão e eleger um presidente, que então dará um mandato ao primeiro-ministro. Não está claro se outras medidas podem ser decididas por maioria simples, situação em que a UIA praticamente teria carta branca _ 167 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • para governar o país. Sistani (como quase todos os outros políticos iraquianos), deu declarações oficiais dizendo que não é favor da sharia, mas essas manobras não passam de politicagem sem consistência. Um dos grupos mais poderosos dentro da UIA é o Conselho Supremo para a Revolução Islâmica no Iraque (SCIRI), um grupo de resistência financiado pelo Irã que foi criado em Teerã, em 1982. Hoje em dia, ele constitui a maior e mais estruturada organização política do Iraque. Eles requereram que a sharia fosse imposta no país. Seria um grande golpe descobrir que o sangue americano foi derramado para substituir Saddam Hussein por um ditador religioso igual ou pior do que ele. Oficiais do exército britânico informaram que existem tribunais ilegais da sharia funcionando em mesquitas, e afirmam que grupos de milicianos transformados em políticos estão tentando faze cumprir severos códigos religiosos. Essa é uma situação perigosa. Um estudante universitário que foi espancado por segurar a mão de sua namorada em público declarou: "Eu não quero um regime radical governando o Iraque, como acontece no Irã; seria um desastre. No fim das contas, acabaríamos ficando com a outra face de uma mesma moeda, saindo de uma ditadura para um governo religioso". Uma das principais queixas dos terroristas é a de que os Estados Unidos dão apoio a ditaduras opressivas em países muçulmanos. Entretanto, através da aplicação da sharia, eles querem estabelece regimes religiosos que seriam tão opressivos quanto esses, ou mais. E claro que estes últimos seriam em nome do Islã e, portanto, na mente deles, estariam plenamente justificados na negação de liberdades básicas e na execução sumária dos transgressores. Com Amigos Assim... Para um muçulmano, mentir a um não-muçulmano a fim de promover ou defender sua fé é considerado um comportamento digno. A embaixada saudita em Washington tem garantido constantemente aos Estados Unidos que o seu país não está financiando nenhum grupo suspeito de terrorismo. No entanto, em documentos capturados por militares israelenses, autoridades sauditas prometem continuar a dar apoio ao terrorismo palestino contra Israel. 14 A inteligência 168 _ Paz” Feita de Ódio • a ocidental verificou que o governo saudita tem financiado organizações terroristas como a Al Qaeda de Osama bin Laden, a OLP, o Hamas, o Hizb'allah (Partido de Alá), e outras. Só o terrorismo palestino recebeu mais de 4 bilhões de dólares, entre 1998 e 2003. Em janeiro de 2002, o príncipe Naif, ministro do Interior da Arábia Saudita, declarou que seu país pagaria 5.333 dólares a cada membro da família de um "mártir". Isso não é apoiar o terrorismo? O rei Fahd Ibn Abd Al-Aziz prometeu assistência a mil famílias de "mártires" palestinos. A esperada redução no terrorismo palestino contra Israel à medida que o "processo de paz” progredia certame não aconteceu! Cada cidadão saudita é incentivado a auxiliar essa campanha com doações ao Fundo da Intifada de Al-Quds. 15 O sheik Saad Al-Buraik, importante clérigo do governo, conduziu um telethon de dois dias que arrecadou 109 milhões de telespectadores sauditas para as famílias dos "mártires” palestinos. Em abril de 2002, numa mesquita do governo em Riad, Al-Buraik declarou: Serei contra os Estados Unidos até morrer... Eles são a raiz de todos os males e perversidades na terra... Irmãos muçulmanos da Palestina, não tenham misericórdia nem compaixão dos judeus... As mulheres deles estão aí para serem possuídas por vocês... Alá as deu a vocês... lutem a jihad... saqueiem seus bens. 16 No entanto, a Arábia Saudita posa de parceira dos americanos na luta contra o terrorismo! Depois de estudar durante um ano mais de duzentos documentos originais publicados na Arábia Saudita e distribuídos através de mesquitas dos Estados Unidos, a ONG de direitos humanos Freedom House emitiu um relatório de oitenta e nove páginas onde afirma que a Arábia Saudita está disseminando "propaganda que estimula o ódio”. Os documentos incitam os muçulmanos comuns que freqüentam as mesquitas "a odiar os cristãos e judeus, e matar qualquer muçulmano que se converta a outra religião... a se comportar [nos Estados Unidos] como se estivesse numa missão atrás das linhas inimigas”. Num caso clássico de jogo duplo, a Arábia Saudita, por intermédio de Abdulmohsen Alyas, porta-voz da embaixada saudita em Washington, afirmou: "A Arábia Saudita condena o extremismo ou qualquer manifestação de ódio entre pessoas, em qualquer lugar do _ 169 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • mundo”. Aparentemente, odiar e matar cristãos e judeus em nome de Alá não são considerados atos de extremismo ou ódio. Na verdade, essa é a obrigação que o Islã impõe a todo muçulmano de verdade. 17 Direitos Humanos? 0 mundo ocidental está realmente preocupado com a liberdade individual. Demonstrando essa preocupação depois da derrota dos regimes fascistas da Alemanha nazista e do Japão, e diante das ameaças dos árabes de aniquilarem Israel, a "Declaração Universal dos Direitos do Homem" foi adotada como Resolução 217 da ONU, em 10 de dezembro de 1948. Entretanto, o Islã se opõe religiosamente às liberdades básicas defendidas nessa declaração. Apesar disso, a Arábia Saudita e outros países muçulmanos continuam fazendo parte das Nações Unidas, reconhecendo direitos de que os muçulmanos gozam no Ocidente, mas que são negados em seus próprios países. Trinta e dois anos depois, enquanto acusavam a democrática nação de Israel de ser "um regime fascista", os muçulmanos mostraram ao mundo quais são as "liberdades" que defendem, ao adotarem sua própria declaração de direitos. A "Declaração Universal Islâmica de Direitos Humanos” foi orgulhosamente anunciada na Conferência Internacional Sobre o Profeta Maomé e Sua Mensagem, realizada em Londres, em abril de 1980, e foi adotada por nações muçulmanas em 19 de setembro de 1981. Por incrível que pareça, ela declara: "O Islã deu à humanidade um código ideal de direitos humanos, há quatorze séculos... baseado no Corão e na Suna [os ensinamentos e exemplos de Maomé]..." Essa declaração considerou a sharia (lei islâmica) como a garantia ideal da liberdade humana! Os verdadeiros muçulmanos realmente levam a sério e pretendem impingir essa "liberdade" ao resto do mundo! Como é possível chegar a uma paz significativa e justa, ou mesmo a um entendimento básico, com pessoas que acham que a sharia é sinônimo de liberdade? O Islã e o Ocidente falam línguas diferentes. Algumas palavras têm o mesmo som, mas seus significados são obviamente bem diferentes. 170 _ Paz” Feita de Ódio • Quinze dos dezenove estados do norte da Nigéria adotaram a sharia, com seus "direitos humanos” islâmicos. O que aconteceu? Milhares de cristãos foram mortos e centenas de igrejas cristãs acabaram destruídas. Em 1983, o governo do Sudão em Cartum, no Norte, impôs a sharia sobre o país inteiro. Em conseqüência principalmente da imposição do Islamismo, e também do fato do Sul ser rico em gás e petróleo, mais de dois milhões de não-muçulmanos do Sul foram mortos, e outros milhares foram torturados ou vendidos como escravos. Existe um mercado de escravos ativo no mundo muçulmano de hoje, no qual a Líbia de Kadhafi compra cada um a quinze dólares. Essa opressão e esse extermínio se devem, principalmente, à tentativa de forçar todo o Sudão a se converter ao Islamismo - mais um passo em direção à meta de submeter todo o mundo a Alá. Mais de cinco mil igrejas foram queimadas na Indonésia (a maior nação muçulmana do mundo), sendo cerca de três mil nos últimos três anos. Milhares de cristãos foram mortos e outros muitos foram forçados a se converter ao Islamismo para não morrerem. Uma lei promulgada em 2002, denominada Carta de Decisão N° 137, permite que igrejas a oeste de Jacarta sejam fechadas por simples desejo da comunidade local, uma lei feita sob medida para os muçulmanos tirarem proveito. São esses os "Direitos Humanos Islâmicos”. Os muçulmanos chamam os "direitos humanos” e a "liberdade pessoal" que defendemos no Ocidente de "a mais perigosa e repugnante" ameaça que o mundo enfrenta. Eles consideram o Islamismo como o verdadeiro guardião dos direitos humanos, ignorando a opressão e o terror criados pela imposição do Islamismo e apontando os males gerados pela "liberdade" ocidental: Os Estados Unidos... como principal superpotência e ocupando a posição isolada como maior influência política e econômica do mundo... lidera... este ataque [contra o Islã], sob os slogans de Democracia, Pluralismo, Direitos Humanos e Economia de Mercado. O mais perigoso desses slogans é o dos Direitos Humanos... um dos pilares de sua política externa. Eles utilizam esse slogan como um pretexto para interferir nos assuntos internos de outros países e tratam os Direitos Humanos como uma lei que tem que ser cumprida... A liberdade pessoal é o aspecto mais repugnante dessas liberdades, pois, de acordo com eles, isso significa que um homem é livre _ 171 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • para escolher o comportamento que quiser, como ser homossexual, fornicar ou tomar drogas... assim, o deboche é uma constituição moral entre os seguidores dessa ideologia. 18 Ao contrário do Alá do Corão, o Deus da Bíblia, que chama a si mesmo de "Deus de Israel", deu ao homem a liberdade moral de agir de forma responsável, sem coerção. 0 homem não poderia amar, confiar e crer verdadeiramente em Deus, e receber o presente gratuito da salvação que Ele provê em Cristo, se não tivesse a liberdade de rejeitá-10, bem como ao amor e à salvação que oferece graciosamente a toda a humanidade. Portanto, o Deus da Bíblia não obriga ninguém a fazer a sua vontade. Deus deseja a obediência voluntária que vem do coração - não uma hipocrisia que foi forçada por ameaças a negar na aparência aquilo que a pessoa pratica em segredo ou em sua imaginação. Ao dar liberdade de escolha à humanidade, o Deus da Bíblia não estimula os homens a pecarem, e muito menos a usarem essa liberdade como uma licença para praticar o mal. Ao contrário, Ele proíbe todo pecado na lei moral que escreveu em toda consciência humana. 19 Ele também determinou que os governos humanos deveriam ser Seus ministros de justiça, impondo a moralidade para manter a ordem no mundo. 20 Entretanto, o próprio Deus não pode forçar ninguém a amar sinceramente aquilo que a Sua lei exige em termos de comportamento exterior. Ele quer o nosso coração, mas nós precisamos entregá-lo voluntariamente. Quando reconhecemos a Cristo como Senhor, cremos nEle e 0 recebemos como Salvador, essa transformação ocorre dentro de nós, por gratidão e amor Aquele que pagou toda a pena pelos nossos pecados e nos livrou do castigo que merecemos. Jesus declarou que cobiçar no coração é o mesmo que cometer o pecado. 21 Essa condenação se aplica a muçulmanos que são ricos empresários ou membros da família real e que, quando visitam o Ocidente, vindos da Arábia Saudita ou de outros países muçulmanos com leis rigorosas, aproveitam a bebida, a prostituição e outros pecados que dizem não cometer, e que condenam quando estão em casa. As palavras de Cristo condenam igualmente a imoralidade dos ocidentais, incluindo aqueles que se dizem cristãos, mas negam a Deus, seu Criador, com seu comportamento. 172 Paz” Feita de Ódio • a A História Violenta do Islamismo Basta dar uma olhada na crônica do Islã para ver os frutos da "moralidade forçada". Houve mais revoluções, assassinatos e atos terroristas nos países muçulmanos, envolvendo muçulmanos contra muçulmanos, do que em todo o resto do mundo junto. Durante a década de 1940, Yasser Arafat, ainda jovem, estava fazendo seu treinamento em terrorismo e era um membro zeloso do grupo kassamita de Amin al-Husseini, tradicionais inimigos da família árabe Nashahibi (todos "bons" muçulmanos], a quem combatiam numa disputa sangrenta. Até mesmo em seu esforço conjunto para destruir Israel em 1947 e 1948, antes que esta nação sequer existisse, os muçulmanos viviam brigando uns com os outros. A "paz" do Islã era incapaz de uni-los: O Mufti... desejava manter o controle de todas as tropas da Palestina e de suas atividades em suas próprias mãos. Mas a Liga Árabe não estava nem um pouco disposta a reconhecer o Mufti como "a única autoridade". Assim que percebeu isso, o Mufti começou a agir independentemente, nomeando seus próprios homens como comandantes em várias áreas do território, os quais competiam com comandantes nomeados pela Liga Árabe . 22 A Síria atacou a Jordânia, sua vizinha muçulmana, em 3 de abril de 1957. Em 10 de junho de 1958, a pedido da Jordânia, dois mil pára-quedistas britânicos (os "pagãos” não-muçulmanos dando socorro outra vez!) aterrissaram em Amã para proteger o rei Hussein das ameaças do Iraque e do Egito. Em 1960, o primeiro- ministro da Jordânia e outras dez autoridades morreram na explosão de uma bomba plantada pelos agentes de Nasser para matar o rei. O presidente da Tunísia acusou Nasser (na época considerado o líder do mundo árabe) de enviar agentes secretos para assassiná-lo. Em 1979, as tropas de Hussein mataram cerca de dois mil guerrilheiros da OLP e milhares de civis palestinos, ao expulsarem a OLP para o Líbano. Sabia-se que o Aiatolá Khomeini, que tomou o governo do Irã num golpe sangrento, havia planejado a queda dos governos de outras nações muçulmanas, inclusive os países do Golfo Pérsico. De 1948 a 1973, houve oitenta revoluções no mundo islâmico, sendo trinta delas bem-sucedidas, incluindo o assassinato de vinte e dois chefes de Estado. O rei Abdullah Ibn Hussein bin Talai foi assas- _173 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • sinado em Jerusalém em 1951, por um palestino. Seu neto e sucessor, o rei Hussein I, escapou de várias tentativas de assassinato. 0 rei Faissal, da Arábia Saudita, foi morto a tiros por seu sobrinho. Muçulmanos tentaram matar Nasser, presidente do Egito, e a Irmandade Muçulmana conseguiu assassinar seu sucessor, Anwar Sadat - um feito elogiado publicamente por Arafat. Por sua vez, o sucessor de Sadat, Hosni Mubarak (comandante da Força Aérea Egípcia durante a Guerra do Yom Kippur, em 1973), escapou por pouco de diversas tentativas de assassinato. Todos esses são muçulmanos praticando entre si a "paz” do Islã. Em 1971, o Paquistão Oriental se rebelou contra o Paquistão Ocidental (ambos Estados muçulmanos) e se tomou um país chamado Bangladesh. Em 1979, um grupo de muçulmanos dissidentes tomou a Mesquita Sagrada, em Meca, em cujo centro está a Caaba. A Guarda Nacional Saudita foi incapaz de resolver a situação. Então, os sauditas recorreram mais uma vez à ajuda dos "pagãos" do Ocidente. É claro que só muçulmanos podem entrar em Meca; portanto, foi necessário disfarçar a equipe de resgate não-muçulmana, que foi vestida com uniformes sauditas. Como de costume, eram muçulmanos combatendo e matando muçulmanos para promover essa religião pacífica - com "pagãos" tendo que ir socorrê-los. Em fevereiro de 1982, o presidente sírio Hafez Assad enviou tanques e tropas para a bela cidade síria de Hama, reduzindo-a a escombros e matando vinte e cinco mil civis. Enquanto isso, criticava os supostos maus tratos de Israel contra os palestinos. Em 1983, Arafat quase foi deposto por uma rebelião (apoiada pelo presidente Assad da Síria e pelo líder líbio Muammar Kadhafi) dentro de sua própria organização, a Fatah, que, na verdade, controla a OLP. Há muitos outros exemplos, e daremos alguns. Esta é a "paz" que o Islã tem produzido desde o início e pretende impor ao mundo inteiro, em obediência a Alá! Espalhando a “Pai” do Islã Tendo restabelecido o Islamismo na Arábia por meio das Guerras da Apostasia, Abu Bakr e os califas posteriores espalharam-no rapidamente através de conquistas brutais. Milhões de pessoas foram mortas pelos guerreiros da jihad. Com rapidez impressionante 174 _ Paz” Feita de Ódio • e ferocidade irresistível, a espada insaciável do Islã criou um império sem precedentes - "...mais rápido que o Romano, mais duradouro que o Mongol, no mais extraordinário feito da história militar" 23 , conquistando um país atrás do outro. Da França até a China, eles obrigaram os relutantes a escolher entre se submeterem ao novo paganismo ou morrerem. Os muçulmanos nos asseguram que todas as suas guerras são "defensivas". É mesmo? Até a China? A fraude é revelada pelos mais de cem versos do Corão que ordenam aos muçulmanos que expandam o Islã pela espada. A seguir estão apenas alguns exemplos: A quem combater pela causa de Deus, quer sucumba, quer vença, concederemos magnífica recompensa. (Surata 4.74) Mas quando os meses sagrados houverem transcorrido, matai os idólatras, onde quer que os acheis; ... porém, caso se arrependam, observem a oração e paguem o zakat [tributo], abri-lhes o caminho [em brutal e humilhante submissão, sob a lei islâmica]. Sabei que Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo. (Surata 9.5) Combatei aqueles que não crêem em Deus e no Dia do Juízo Final, nem abstêm do que Deus e Seu Mensageiro proibiram, e nem professam a verdadeira religião daqueles que receberam o Livro [Bíblia], até que, submissos, paguem o Jizya [tributo]. (Surata 9.29) E quando vos enfrentardes com os incrédulos, (em batalha), golpeai-lhes os pescoços, até que os tenhais dominado, e tomai (os sobreviventes) como prisioneiros. Libertai-os, então, por generosidade ou mediante resgate, quando a guerra tiver terminado. Tal é a ordem. E se Deus quisesse, Ele mesmo ter-Se-ia livrado deles; porém, (facultou-vos a guerra) para que vos provásseis mutuamente. Quanto àqueles que foram mortos pela causa de Deus, Ele jamais desmerecerá as suas obras. (Surata 47.4) Em verdade, Deus aprecia aqueles que combatem, em fileiras... (Surata 61.4) Foi Ele Quem enviou o Seu Mensageiro, com a orientação e com a verdadeira religião, para fazê-las prevalecer sobre toda a religião, ainda que isso desgoste os idólatras. Surata (61.9) Numa prévia da onda de mutilações e assassinatos que o Islã iria criar nessa terra conturbada - isto é, "paz" feita de ódio - três dos quatro primeiros sucessores de Maomé, conhecidos como "os 175 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • quatro califas bem guiados”, foram assassinados por outros muçulmanos. Só Abu Bakr não foi. Tente imaginar os apóstolos de Cristo matando uns aos outros! Abu Bakr foi sucedido no califado por Ornar Abu Hafsa. Seus exércitos tomaram conta de toda a Arábia. Destemidos na batalha, os guerreiros muçulmanos infundiam o terror em seus inimigos. Sua bravura sem qualquer preocupação com a morte foi o segredo de seu sucesso sem paralelo. Na realidade, aqueles muçulmanos dedicados queriam morrer. Os arqueólogos descobriram inscrições datadas daquele período, que diziam: "Por favor, Alá, permite que eu morra na batalha!" Morrer como "mártir” na jihad é a única maneira de um muçulmano ter certeza de que vai para o Paraíso. E é isso que motiva os homens-bomba de hoje. Entretanto, a maioria dos muçulmanos não sabe que nem os antigos "mártires" nem os "homens-bomba” de hoje têm a garantia real de que receberão o Paraíso como recompensa. Abu Bakr, o primeiro sucessor de Maomé, lutou lealmente na jihad, mas ele, a quem o Profeta tinha prometido pessoalmente o Paraíso, lamentou: Não tenho confiança, no que diz respeito aos sistemas de Alá; mesmo que um de meus pés esteja dentro do paraíso, quem pode determinar com certeza qual ato é aceitável e qual não é? A pessoa faz tudo o que está ao seu alcance, mas a palavra final está com Alá. A pessoa pede que ele a aceite. 24 Há um verso no Corão que se refere aos que estão "com os corações cheios de temor, porque retornarão ao seu Senhor [isto é, a Alá, na morte ou no último dia]. 25 A esposa favorita de Maomé, Aisha, pediu-lhe que explicasse esse verso: "Ó apóstolo de Deus, aquele que tem medo de Alá é o que comete adultério, rouba, bebe vinho, e por isso tem medo do castigo?" Maomé deu-lhe uma resposta que explica por que Abu Bakr, o pai dela, não estava seguro de alcançar o Paraíso: "Não... ele é aquele que ora, jejua e dá esmolas, por isso tem medo de que Alá não aceite esses atos dele”. 26 Em contraste com isso, Cristo prometeu: "Quem ouve a min palavra [i.e., crê e age de acordo] e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a v da’’. 21 "Eu sou o bom pastor... [que] dá a vida pelas ovelhas... lhes dou [às minhas ovelhas] a vida eterna; jamais perecerão". 28 176 _ Paz” Feita de Ódio • a 0 apóstolo João declarou a todos os cristãos: "Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus”. 29 A salvação do cristão não depende de saber se Deus aceitará suas boas obras (nenhuma das quais é aceitável para a salvação], mas é assegurada pelo fato de que Cristo pagou, em Sua morte e ressurreição, a penalidade integral pelos pecados do mundo. Esperando merecer sua entrada no Paraíso, os combatentes da jihad do Islã tomaram Damasco em 635, Antioquia em 636, Jerusalém em 638, a Síria em 640, e o Egito e a Pérsia em 641. Milhares foram massacrados. Cidades inteiras foram passadas ao fio da espada, entre as quais Behnesa, Fayum, Nikiu e Aboit, no Egito, Trípoli na África do Norte, e Eucaita, na Armênia. Cartago foi reduzida a ruínas. Essa foi a história da progressão e disseminação da paz do Islã! Defensores da “Paz” Matando Uns Aos Outros Em 644, Ornar, o sucessor de Abu Bakr, foi assassinado por um muçulmano e sucedido por Uthman ibn Affan. Esse terceiro califa, que era genro de Maomé (Abu Bakr era sogro de Maomé), consolidou e expandiu o crescente império muçulmano. Como já comentamos anteriormente, ele padronizou o Corão, queimando todas as cópias alternativas sob protestos dos que ainda estavam vivos e se lembravam de diferentes leituras e de versos que estavam faltando. Entre os que protestaram estava Aisha (filha de Abu Bakr), uma das talvez quinze esposas que o profeta teve simultaneamente por concessão especial de Alá, e agora sua viúva, proibida de se casar de novo (por um favor especial de Alá a Maomé). Ela tinha sido prometida a Maomé aos seis anos de idade, e ele consumou o casamento quando ela tinha apenas nove anos e ainda brincava de boneca. Uthman também foi assassinado por uma facção muçulmana rival. Proibido de ser enterrado num cemitério muçulmano, foi enterrado por amigos, à noite, ironicamente num cemitério judeu. 0 quarto e último dos "califas bem guiados” foi Ali ibn Abi Talib. que era primo e genro de Maomé. 0 Profeta declarou que ele havia sido "preservado do erro e do pecado em suas ações e pala- _ 177 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • vras". Acusado de cumplicidade no assassinado de Uthman (se não foi um dos assassinos, pelo menos os protegeu e se aliou a eles), Ali nunca chegou a consolidar plenamente seu governo, que exercia a partir da cidade de Damasco. Aisha apoiou uma rebelião contra ele, que resultou na Batalha do Camelo, na qual doze mil muçulmanos foram mortos por outros muçulmanos. Ali venceu, mas seus problemas só aumentaram. Em apenas alguns anos após o assassinato de Maomé, mais de cem mil muçulmanos tinham sido mortos por outros muçulmanos, ou em batalha ou assassinados. Os companheiros mais próximos e discípulos mais leais de Maomé (alguns dos quais ele havia enaltecido como muçulmanos perfeitos, prometendo-lhes o Paraíso sem necessidade de martírio) lutaram entre si pela riqueza e poder do Profeta. Houve batalhas para decidir quem seria o próximo líder da próspera mas violentamente dividida religião "pacífica” do Islã. 0 principal inimigo de Maomé em Meca, Abu Sufyan, tinha se "convertido” ao Islamismo para não ter a cabeça cortada. Entretanto, todo mundo sabia que ele nunca havia se tomado um verdadeiro islamita. Contudo, uma simples confissão verbal feita para salvar a vida era considerada por Maomé como suficiente para fazer de alguém um muçulmano. Seu filho, Um’awiyah, foi inimigo mortal de Ali numa disputa feroz por liderança. Depois que Ali tomou o califado, vários combates entre os exércitos dos dois, nos quais muitos morreram, levaram finalmente à batalha de Siffin. Ali odiava Abu Bakr e havia exigido sua parte nos bens de Maomé, mas Abu Bakr negou. Enfim, Ornar, o sucessor de Abu Bakr, cedeu às exigências de Ali e desobedeceu uma ordem de Maomé para não distribuir sua riqueza aos membros da família. Quando Ali finalmente sucedeu Uthman, tomando-se o quarto "califa bem guiado”, ele se viu cercado por muçulmanos que não aceitavam sua liderança por causa de sua participação no assassinato de Uthman. Para manter o controle do Islã, Ali teria que resolver o problema da crescente oposição. Então, Ali e seus homens deixaram suas fortalezas em Basra e Kufa, no Iraque, e partiram contra Um’awiyah. Na batalha de Siffin, dezenas de milhares de muçulmanos (segundo algumas estimativas) foram massacrados por outros muçulmanos, até que uma trégua foi negociada. Em 661, Ali, o último dos "califas bem guiados", foi assassinado durante a oração matinal numa mesquita em Kufa, no Iraque, e 178 _ Paz” Feita de Ódio • a fa sepultado em Najaf, também no Iraque. O local onde está o mausoléu e santuário de Ali (destruído diversas vezes por muçulmanos rivais, e sempre reconstruído] faz de Najaf o centro do poder e da riqueza religiosos do Iraque. Seus tesouros são estimados em 1 bilhão de dólares. Divisão Entre Xiitas e Sunitas Os muçulmanos que consideram que Ali e seus filhos são os legítimos sucessores de Maomé são chamados de xiitas (a maioria no Irã e no Iraque); os outros são os sunitas, e compõem uma maioria muito mais numerosa em todos os outros lugares. Saddam Hussein e seus companheiros sunitas, embora fossem minoria no Iraque, governaram e oprimiram a maioria xiita, assassinando um número não-revelado de pessoas, na casa das centenas de milhares, até Saddam ser deposto pelas forças da coalizão, em 2003. Essas duas facções muçulmanas já demonstraram há muito tempo que o "Islã é paz”, lutando uma contra a outra, como nos oito anos (1980-1988) da guerra entre Irã e Iraque, quando mais de um milhão de soldados foram mortos. A mesquita do Imã Ali em Najaf, cenário de um combate feroz durante a guerra do Iraque, em 2004, é o santuário mais sagrado para os cento e cinqüenta milhões de muçulmanos xiitas do mundo. Desde o início ocorreram guerras brutais entre muçulmanos rivais: coraixitas contra beduínos muçulmanos, os omíadas de Medina contra hashemitas seguidores de Ali, etc. Um dos filhos de Ali, Husayn in-Ali, pretendia estabelecer "o verdadeiro Islã" com sede em Kufa, no Iraque, mas ele e a maior parte de sua família foram mortos por muçulmanos rivais em 680. Meca foi cercada por tropas de Yezid, um omíada; a Caaba foi queimada e reduzida a ruínas, e sua pedra preta quebrada em três pedaços (posteriormente, a Caaba foi reconstruída). Meca foi finalmente reconquistada em 692 por Abd al-Malik, que havia construído o Domo da Rocha em Jerusalém, em 691, para substituir a Caaba. Ele reunificou os muçulmanos pela força, e o Islã continuou suas conquistas. O califado omíada governou o mundo muçulmano de 661 a 749, quando todos os omíadas foram mortos por seus rivais, os abássidas, exceto por um sobrevivente, Abd-al-Rahman, que fugiu para a 179 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Espanha, onde estabeleceu um califado independente. Assim começou o califado abássida, que durou até 1258, apesar das intrigas, assassinatos e rebeliões. As traições e assassinatos de muçulmanos pelas mãos de seus companheiros continuam acontecendo até hoje. É raro um regime muçulmano não ser governado por um ditador que tomou o poder de outros muçulmanos, como ocorreu na Síria e no Iraque. Os dez anos de revolução na Argélia custaram mais de cem mil vidas. No Afeganistão, líderes militares muçulmanos rivais ainda lutam entre si. Os "infiéis” tiveram que intervir ali, assim como no Golfo. Esta é a paz de Alá no mundo do Islã! Só o Deus da Bíblia pode nos libertar - mas o mundo ocidental o expulsou de suas escolas e instituições públicas, e não permite que Ele tenha nenhuma voz em sua política. Essa é uma escolha que o Deus verdadeiro permite que façamos nesta vida - mas depois da morte vem o juízo. 30 0 Mais Sangrento Império da História Em 712, invasores muçulmanos, comandados por Muhammad Qasun, iniciaram a invasão da índia, demolindo templos e palácios e massacrando cidades inteiras. Do mesmo modo que ocorreria depois em Constantinopla, onde as ruas se transformaram em rios de sangue, a carnificina durou três dias na cidade portuária indiana de Debal. "Os massacres perpetrados por muçulmanos na índia não têm paralelo na história, superando o Holocausto em números absolutos...”. 31 Todo mundo já ouviu falar no Taj Mahal, mas poucos sabem que ele foi construído por um magnata muçulmano e o trabalho de vinte mil escravos. E assim o Islã espalhou a "paz” que os terroristas muçulmanos de hoje sonham em impor ao mundo inteiro! As conquistas muçulmanas, incluindo as de uma facção muçulmana em relação a outra, envolvendo múltiplos massacres de milhões de pessoas, continuaram por mais de treze séculos. A dinastia abássida governou até 1258, e, sob seu domínio, o império islâmico alcançou o ponto mais alto de seu poder, prosperidade e cultura. Cesaréia rendeu-se sob a promessa de que seus dois mil cavaleiros seriam poupados. Uma vez desarmados, eles foram massacrados 180 _ Paz” Feita de Ódio • a como os judeus de Yatrib. Antioquia caiu com dezesseis mil cristãos mortos e cem mil escravizados. Na Espanha, onde se diz que o Islã foi mais humano, a guarnição do forte de Muez foi massacrada em 920; Pamplona foi passada ao fio da espada em 923; seguiram-se Córdoba, Zaragoza e Mérida, onde todos os homens adultos foram mortos e as mulheres e crianças foram escravizadas. Os judeus de Granada foram assassinados em 1066, trinta e quatro anos depois de mil judeus terem sido mortos em Fez, no Marrocos. Em 1146, a cidade islâmica de Fez foi dizimada por outra facção de muçulmanos, os almôadas, que conquistaram a maior parte da África do Norte depois de aniquilarem os almorávidas (também muçulmanos], com um saldo de cerca de cem mil mortos ali, e cento e vinte mil mortos em Marrakesh. Os banhos de sangue entre muçulmanos continuaram a ocorrer; citamos apenas a ponta do iceberg. Esse tipo de violência é o fruto inevitável do Islamismo, como seus treze séculos de história têm demonstrado repetida e consistentemente. Não existe nenhum exemplo em que o Islã tenha trazido paz a povo algum , em qualquer lugar do mundo! Os quatrocentos anos de domínio dos turcos otomanos, que terminaram em 1917, incluíram o seqüestro de meninos não-muçulmanos que foram forçados a se "converter” e servir como guerreiros escravos dos turcos pela vida inteira. Muitos pais desesperados mutilavam seus filhos para tomá-los indesejáveis. Ser grego, armênio, sérvio ou de qualquer outra nacionalidade não-muçulmana durante o período do Império Otomano era viver em risco constante de assassinato, estupro, tortura e genocídio. Até hoje os sérvios e búlgaros detestam os muçulmanos turcos e bósnios. Quando o sultão Murad III morreu, seu filho Muhammad mandou matar todos os seus dezenove irmãos. As sete concubinas de seu pai que estavam grávidas foram colocadas dentro de sacos, que depois foram costurados e jogados no Bósforo. Todas as trezentas mulheres do harém de Murad IV tiveram o mesmo destino nas mãos de seu sucessor quando ele foi assassinado por muçulmanos rivais, como tantos outros líderes muçulmanos - tudo no interesse de estabelecer a "paz” à moda do Islã. _181 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Massacre de Cristãos Seriam necessários vários volumes para apenas começar a narrar a brutalidade com que os cristãos foram tratados nas conquistas islâmicas, uma brutalidade que desmascara a falsidade das alegações modernas de que o "Islã é paz". Entretanto, podemos citar só alguns exemplos. "Os cristãos de Damasco foram mortos ou escravizados, e suas igrejas foram reduzidas a cinzas. 0 sultão Baibars... mandou decapitar toda a população após a rendição... Ele enviou uma tropa para destruir a aldeia cristã de Qara [perto] de Damasco... Os habitantes adultos foram massacrados e as crianças escravizadas. Quando os cristãos de Acre enviaram uma comissão para pedir permissão para enterrar seus mortos, ele recusou asperamente, dizendo que, se eles quisessem corpos de mártires, iriam encontrá-los em casa. Para levar a cabo sua ameaça, esse devoto muçulmano marchou rumo à costa e assassinou todos os cristãos que caíam em suas mãos”. 32 Em 1400, outro típico líder devotado ao Islamismo, o infame Tamerlão [Timur, o Manco) "devastou o país em Tbilisi e seus arredores. Em 1403, ele... destruiu 700 grandes cidades e vilas menores, massacrando seus habitantes e arrasando todas as igrejas cristãs... Sob o pretexto de que os cem mil prisioneiros hindus representavam um grave perigo para o seu exército, Tamerlão ordenou sua execução a sangue frio... e fez colunas da vitória com as cabeças cortadas... Tamerlão exterminava os cristãos sistematicamente e, por causa disso, os nestorianos e jacobitas da Mesopotâmia nunca se recuperaram. Em Sivas, 4.000 cristãos foram enterrados vivos; em Tus, houve 10.000 vítimas. Historiadores estimam que o número de mortos em Saray foi de 100.000; em Bagdá, 90.000; Em Isfahan, 70.000". 33 Esta é apenas uma fração do morticínio. Por mais horrível que tenha sido, a perseguição que os judeus sofreram na Europa católica foi branda, se comparada com o que os cristãos e judeus suportaram por quatro séculos, durante o domínio otomano. O massacre incluiu mais de um milhão de armênios nas últimas décadas do século XIX e início do século XX, como muitos milhares de judeus, gregos, sírios, libaneses e outros. Tragicamente, a opressão e o banho de sangue eram freqüentemente desculpados e até encorajados pelas potências ocidentais, principalmente a Inglaterra e, algumas vezes, os Estados Unidos. No grande massacre de 1915, "mulheres turcas recebiam a adaga para 182 _ Paz” Feita de Ódio • a dar a punhalada final nos armênios moribundos a fim de receberem crédito com Alá por terem matado um cristão”. 34 A destruição da cidade cristã de Esmirna (da qual sobrou apenas o bairro turco/muçulmano), em setembro de 1922, quando Mustafá Khemal (Ataturk) massacrou deliberadamente cerca de duzentos mil habitantes armênios e gregos, torna-se ainda mais desprezível quando nos damos conta de que navios de guerra ingleses, americanos, italianos e franceses, ancorados no porto, repeliram as vítimas que fugiam nadando até eles para pedir ajuda. 35 Como acontece hoje em dia, com as atitudes tomadas para apaziguar os muçulmanos, as potências ocidentais não queriam ofender a Turquia. Em seu livro imperdível, The Blight ofAsia [A Praga da Ásia], George Holton, cônsul americano naquela cidade marcada para a destruição, e testemunha ocular da indescritível crueldade do Islã e da cumplicidade ocidental, escreve: "Uma das impressões mais marcantes que trouxe comigo de Esmirna foi um sentimento de profunda vergonha de pertencer à espécie humana". 36 No prefácio, James W. Gerard, ex-embaixador americano na Alemanha, descreve o livro de Holton como "a história completa do selvagem extermínio da civilização cristã [pelos muçulmanos] em toda a extensão do antigo Império Bizantino...” 0 próprio Horton escreve: "Esse processo de extermínio foi desenvolvido ao longo de um período de tempo considerável, com um propósito fixo, com método, e com cuidado nos mínimos detalhes; e foi executado com crueldade indescritível, causando a destruição de uma quantidade de pessoas maior do que os que sofreram quaisquer perseguições semelhantes desde a vinda de Cristo". 37 Apesar disso, o Islã continua a fingir ser uma religião divina com intenções pacíficas - e os líderes religiosos, os políticos, os educadores e a mídia do Ocidente ajudam a promover essa mentira, para sua própria destruição final! Um Novo Tipo de Ameaça Para vergonha nossa, o horror da brutalidade islâmica e a conquista mundial que os muçulmanos pretendem realizar, para a qual o Ocidente tem fechado os olhos de propósito, estão sendo varridos para debaixo do tapete da conciliação política e religio- _ 183 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • sa. Os poucos que conhecem a verdade e o perigo iminente falam sobre eles com paixão e sentimento de urgência. Mas eles descobrem, com profunda tristeza e frustração, que é quase impossível despertar os ocidentais para os fatos históricos e para a imutável e presente ameaça do Islamismo. Ele invadiu o Ocidente de uma forma aparentemente benigna, professando "paz” para todos. Mais desconcertantes ainda são as constantes declarações do presidente Bush e de outros líderes políticos e religiosos do Ocidente de que o "Islã é paz"! Se os líderes do Ocidente continuarem a negar a terrível verdade e não tomarem as medidas apropriadas, o Ocidente será derrotado. Confiando que os crimes dos nazistas também seriam logo apagados da memória do mundo, Hitler disse a seus generais: "Vão! Matem sem piedade! Quem se lembra hoje da aniquilação dos armênios?" Do mesmo modo que o Ocidente se recusa a reconhecer as vítimas da carnificina islâmica através dos séculos, e nega o Holocausto, ou está farto de ser lembrado dele, também continua a fingir que o Islã é paz, em meio ao massacre contínuo que vemos nos dias de hoje. Os imãs pregam a jihad descaradamente nas mesquitas, enquanto os seguidores do Islamismo estão determinados a conquistar, acobertados pela mentira de que o Islamismo é uma religião tão pacífica quanto qualquer outra - como se os batistas e presbiterianos também pudessem estar por trás da disseminação mundial do terrorismo, do mesmo modo que os muçulmanos! No final de 2002, o sheik Muhammad bin Abdul Rahman al-Arifi, imã da mesquita da Academia de Defesa Rei Fahd, da Arábia Saudita, declarou: "Nós controlaremos o território do Vaticano; nós controlaremos Roma e introduziremos o Islamismo ali. Sim, os cristãos... nos pagarão jiziya [imposto individual pago por não-muçulmanos como dhimmis, num governo muçulmano] em humilhação, ou se converterão ao Islamismo”. 38 Desta vez, a invasão não é com exércitos, mas com imigrantes. Como muçulmanos declarados, construindo suas mesquitas e mantendo-se afastados dos vizinhos através de costumes e religião árabes/islâmicos que remontam à época de Maomé, essa nova cepa de "invasores" islâmicos sabe que o Islã precisa inevitavelmente conquistar o mundo. Se eles não conseguirem atingir seus objetivos, então Maomé terá sido um falso profeta e Alá é um falso deus - fa- 184 _ Paz” Feita de Ódio • n nenhum muçulmano pode admitir sem ser sentenciado à pena de morte por apostasia Esse novo exército invasor usa os processos democráticos para assumir o controle em comunidades onde a imigração cria maiorias islâmicas. E quando eles ficarem suficientemente fortes, a sharia virá inevitavelmente. Os mesmos direitos humanos que são negados em países muçulmanos estão sendo usados para destruir o mundo ocidental que os concede. Exemplos como o da notícia abaixo, datada de 25 de janeiro de 2005, existem aos milhares no mundo não-islâmico: Investigadores dizem que o sheik Omar Bakri Muhammad, religioso de 46 anos, nascido na Síria [que recebeu asilo político na Grã-Bretanha anos atrás], conclamou os homens jovens muçulmanos de todo o mundo a prestarem seu apoio aos insurgentes do Iraque, que estão na linha de frente da "jihad global". Ele assumiu um tom desolador semelhante..., num comício assistido por 500 pessoas num salão de reuniões no centro de Londres, onde um telão atrás dele mostrava imagens da queda das torres gêmeas do World Trade Center. "Alahu akbar!" - "Alá é o maior!" - gritavam algumas pessoas da platéia enquanto as imagens eram mostradas. Depois de meses escutando clandestinamente as palavras com que ele elogiava os seqüestradores do atentado de 11 de setembro e os homens-bomba todas as noites, a Scotland Yard disse na semana passada que estava investigando o sheik Omar, líder do maior grupo muçulmano da Grã-Bretanha, o Al Muhajiroun [que, em árabe, quer dizer "os imigrantes"], e as autoridades estão verificando se podem deportá-lo... No domingo [23 de janeiro de 2005], a polícia alemã prendeu um homem suspeito de pertencer à Al Qaeda, e o acusou de estar recrutando homens para a realização de atentados suicidas no Iraque. Essas prisões são parte de uma contínua investigação conjunta com os Estados Unidos, a respeito do recrutamento e de outras atividades terroristas na Europa... Investigadores italianos dizem que vários indivíduos recrutados na Itália realizaram ataques a bomba em Bagdá. Autoridades suíças declararam estar preocupadas com o fato de que diversos religiosos militantes têm incentivado abertamente os homens a se tornarem terroristas... _ 185 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Autoridades da inteligência francesa disseram que Bohre Eddine Benvahia, o imã de 33 anos recentemente deportado pela França para a Argélia, havia incitado jovens de um bairro operário de L'Ariane, na periferia de Nice, a se juntarem à jihad... Em comícios realizados em várias cidades alemães em 12 de janeiro, a polícia prendeu 22 pessoas suspeitas de serem militantes muçulmanos e apreendeu dezenas de passaportes falsos e caixas com panfletos de propaganda... Autoridades britânicas dizem que, se quiserem deportar um imã suspeito de estar incitando a violência, o procedimento pode muitas vezes levar meses ou até anos. Na Grã-Bretanha, onde vive uma população de 1,8 milhão de muçulmanos, várias autoridades eleitas estão exigindo uma ação rápida da polícia contra diversos imãs que segundo eles, se tornaram muito mais atrevidos nas últimas semanas 0 sheik Ornar, que vive aqui desde 1985... advertiu que a Grã-Bretanha precisa reduzir suas leis antiterrorismo ou irá enfrentar ume "horrenda" reação por parte de muçulmanos indignados... Nos meses que se seguiram ao 11 de setembro, cresceu a pressão diplomática para que a Grã-Bretanha tomasse uma atitude contra os imãs que estavam fazendo declarações ousadas. Mas somente no último mês de maio é que as autoridades britânicas prenderam o mais destacado de todos os religiosos militantes, Abu Hamza al-Masri, do mesquita de Finsbury Park, na zona norte de Londres. Ele foi acusado de influenciar ou encorajar terceiros a assassinarem pessoas que não crêem na fé islâmica. 0 senhor Masri também enfrenta um pedido de extradição para os Estados Unidos, onde existem 11 acusações de terrorismo contra ele, inclusive a de tentar montar um campo de treinamento de terroristas no Oregon... 0 imã Abu Abdullah... que agora está à frente da mesquita [de FinsburyJ... disse numa entrevista: "As pessoas nos consideram extremistas porque não admitimos concessões com a religião de Alá". 39 Esta é a “Religião de Alá” Portanto, os terroristas não são "extremistas", mas sim verdadeiros muçulmanos - exatamente o que temos demonstrado e documentado. Os muçulmanos na Inglaterra ameaçam dar uma resposta "indignada" se a Grã-Bretanha não abrandar sua atitude em 186 _ Paz” Feita de Ódio • n relação ao terrorismo. E eles ficam irritadíssimos quando rejeitamos o slogan "Islã é Paz”! Apesar disso, quantos ocidentais estão dispostos a admitir a verdade? 0 sheik Ornar Bakri justifica a violência e os assassinatos praticados contra todos os americanos (os eleitores são tão culpados quanto os líderes que eles elegem) porque "após a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos efetivamente declararam guerra aos muçulmanos e ao Islã... ao darem ajuda militar, financeira e diplomática aos israelenses". Ele justifica o 11 de setembro porque "os americanos não tinham nenhum Pacto de Segurança com os muçulmanos... somente profundos conhecedores da fiqh (jurisprudência islâmica) poderiam ter planejado isso - porque os dezenove [terroristas] usaram pseudônimos não-muçulmanos para entrar no país" (o que lhes permitiu agir legalmente [pela lei islâmica] na jihad - N.A.). Ele prosseguiu: Depois que a Al Qaeda assumiu a responsabilidade, ficou óbvio que ulemás (eruditos islâmicos) qualificados estavam por trás da operação. Assim, a Al Qaeda reviveu a cultura do terrorismo no Islã depois de 200 anos... Em termos da jurisprudência islâmica, somente os muçulmanos são inocentes... todos os não-muçulmanos são criminosos rebeldes contra Alá. Muçulmanos que se envolvem em relações interconfessionais (diálogo) são apóstatas [sujeitos à pena de morte]... Os muçulmanos não atacaram os Estados Unidos... O 11 de setembro foi um ato de retaliação... para forçar os Estados Unidos a saírem do mundo muçulmano [muito embora eles tenham entrado lá para atender o pedido de socorro da Arábia Saudita]. 40 0 uso descarado de dois pesos e duas medidas e de significados especiais para palavras comuns é evidente e alarmante. Será que algum líder político ocidental e seus assessores estão prestando atenção? 0 Ocidente Continua Sonhando! 0 bispo episcopal Bullen Dolli, do Sudão, ficou estarrecido com a atitude que encontrou nos Estados Unidos. Ele chegou a Washington, em outubro de 2001, esperando encontrar compaixão para os _ 187 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • seus dois milhões de compatriotas assassinados pelos muçulmanos do Norte e para aqueles que iriam ter o mesmo destino se não houvesse uma intervenção adequada por parte do Ocidente. 0 World Trade Center tinha acabado de ruir e o Pentágono tinha sido atacado. Apesar disso, suas entrevistas coletivas atraíram poucas pessoas e ele mal conseguiu despertar algum interesse quando alertou que o Islamismo "é uma religião beligerante". Em vão, ...ele ressaltou que o número de pessoas mortas no Sudão é maior que a soma das baixas sofridas na Bósnia, Kosovo, Afeganistão, Chechênia, Somália e Argélia. Nas duas últimas décadas, morreram duas vezes mais sudaneses do que todos os americanos que tiveram mortes relacionadas a guerras nos últimos 200 anos. Mas quase ninguém lhe deu ouvidos. Os anfitriões do bispo não conseguiram nenhum espaço para ele na NPR, nas redes de comunicação ou em outro local de destaque, sempre tão ansiosos em receber qualquer mulá enaltecendo a "Religião de Paz e Tolerância". Para o bispo Dolli, pode parecer incompreensível que os Estados Unidos tenham intervindo militar e politicamente para "salvar" os muçulmanos da Bósnia e do Kosovo de supostos genocídios praticados por seus vizinhos cristãos, mas permanecem indiferentes diante do real genocídio de cristãos que vem sendo perpetrado há duas décadas pelos muçulmanos que governam o Sudão. Ele não entende que o próprio Cristianismo dos membros de seu rebanho os impede de serem considerados vítimas aos olhos das elites governantes do Ocidente. 41 É frustrante e intrigante que exista “uma constante atitude tendenciosa dos americanos em favor do lado muçulmano em praticamente qualquer conflito com uma nação cristã”. 42 Será que algum dia o Ocidente terá firmeza moral para enfrentar a verdade e agir de acordo? Se isso não acontecer, estaremos voluntariamente - e apesar dos muitos avisos - contribuindo para nossa rendição final ao horror do domínio islâmico. 0 tamanho da ingenuidade dos líderes americanos - ou sua cegueira proposital - à verdade sobre o Islã pode ser vista no fato do prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, ter nomeado Ornar Mohammedi para a Comissão de Direitos Humanos de sua cidade, em 15 de outubro de 2002. Isso ocorreu pouco mais de um ano de- 188 _ Paz” Feita de Ódio • n pois que 19 muçulmanos destruíram o World Trade Center de Nova York e atacaram o Pentágono. Mohammedi é conselheiro geral do capítulo Nova York do Conselho das Relações Americano-Islâmicas (CAIR]. 0 CAIR expressou grande preocupação em relação a qualquer discriminação contra muçulmanos nos Estados Unidos - mas não tem nenhuma crítica em relação ao fato de seus companheiros muçulmanos seqüestrarem e decapitarem civis no Iraque, ou ao massacre contínuo de mulheres e crianças por muçulmanos no Sudão, na Indonésia, na Nigéria, ou a qualquer outra atrocidade que os muçulmanos constantemente praticam ao redor do mundo. 0 CAIR tem mantido ligações com grupos terroristas como o Hamas, que treina terroristas suicidas e defende a tomada do poder pelos muçulmanos nos Estados Unidos. Entretanto, essa organização afirma ser "um grupo de defesa dos direitos civis composto de pessoas comuns" que apoiam "direitos iguais para todos", inclusive a "liberdade de religião". 43 A mais recente fraude do CAIR foi o lançamento de uma campanha na mídia, em agosto de 2005, para convencer a opinião pública americana de que o Islamismo não apóia a violência e que os terroristas não são verdadeiros muçulmanos. O mais trágico disso tudo é que a maioria dos americanos continuará a acreditar nessa mentira tão repetida. Será Que o Ocidente Vai Acordar Antes Que Seja Tarde DemaisP A complacência dos britânicos ficou em cacos na manhã de 7 de julho de 2005 quando, num ataque terrorista coordenado, quatro poderosas bombas estrategicamente detonadas por homens-bomba da Al Qaeda (três no metrô de Londres, com intervalo de 50 segundos entre uma e outra, e uma num ônibus de dois andares, menos de uma hora depois) deixaram um saldo de quase 60 mortos e cerca de 700 feridos. Houve momentos em que as redes de telefonia celular não conseguiram dar conta da quantidade de chamadas pedindo socorro. Outra coisa também abalada foi a confiança na Cimeira de líderes do G8, reunidos em Gleneagles, na Escócia, na mesma época. O primeiro-ministro Tony Blair voltou correndo para Londres. _ 189 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Aquele foi o mais mortífero ataque à Grã-Bretanha desde o dia 27 de março de 1945, perto do fim da Segunda Guerra Mundial, quando um foguete V2 alemão matou 131 pessoas em Stepney. A identidade de um dos quatro terroristas, Mohammad Sidique Khan, já tinha sido revelada através do laptop de um membro da Al Qaeda preso em Lahore, no Paquistão, em agosto de 2004. Por incrível que pareça, depois de investigar Khan superficialmente, o MI5, serviço de contra-espionagem britânico, concluiu que ele não era uma ameaça em potencial e por isso não mandou vigiá-lo. Diz-se que aquele computador continha planos de atentados ao metrô de Londres e a edifícios de instituições financeiras em Nova York e Washington. Num caso clássico de trabalho mal feito que não podemos nos dar ao luxo de ter nessa guerra, o governo americano deixou vazar a identidade de uma célula da Al Qaeda na Grã-Bretanha, revelada no laptop, forçando a polícia da Inglaterra e do Canadá a fazerem prisões prematuras. Tom Ridge, Secretário de Segurança Interna dos Estados Unidos, pediu desculpas pelo ocorrido, mas o mal irreparável já estava feito. Duas semanas depois, ocorreram mais quatro explosões no sistema de trânsito, mas desta vez foi só o barulho dos detonadores, jí que as bombas em si não explodiram. Todos os quatro quase homens-bombas/assassinos foram rapidamente capturados - um deles em Roma, onde estava detido sob acusação de terrorismo internacional. Apesar disso, a disposição dos britânicos para aceitarem o Islamismo como uma religião pacífica aparentemente não foi abalada. Aderindo ao mesmo discurso de outros líderes mundiais, Blair declarou: "Nós sabemos que estas pessoas agem em nome do Islã, mas também sabemos que a ampla... maioria dos muçulmanos que vivem aqui e em outros países são pessoas decentes e cumpridoras das leis que abominam os que fazem tais coisas ..."44 Todos os muçulmanos que abominam esse tipo de terrorismo também têm que abominar Maomé por ter feito ainda pior - assim como os milhares de líderes muçulmanos que vêm seguindo seu exemplo desde então. Eles também teriam que abominar a doutrina da jihad que se encontra no Corão e na hadithl A fábrica das bombas foi localizada em Leeds, e foram encontrados explosivos em várias casas revistadas naquela área. Um fato extremamente perturbador foi que os terroristas suicidas/homicidas não eram estrangeiros que tinham invadido a Inglaterra, 190 _ Paz” Feita de Ódio • a mas rapazes criados ali, jovens simpáticos que gostavam de futebol e cricket (três de descendência paquistanesa e um de descendência jamaicana, cujas fotos foram captadas por câmeras do circuito interno de segurança). Cerca de três mil jovens britânicos descendentes de imigrantes do Oriente Médio receberam treinamento nos campos da Al Qaeda no Afeganistão antes da invasão americana. Não há prova melhor da eficiência dos imãs que pregam o terrorismo/y/hac? como parte vital do Islamismo nas mesquitas britânicas. Também não poderíamos culpar os britânicos por passarem a olhar com desconfiança todo indivíduo de pele morena, originário do Oriente Médio, achando que é mais um terrorista em potencial. Entretanto, assim como Blair, eles ainda não estavam preparados para encarar a verdade sobre o próprio Islamismo. É claro que a rainha ficou profundamente chocada ao ver que os terroristas estavam agindo coração da pacífica e cosmopolita Londres. A bandeira britânica foi hasteada a meio-mastro no Palácio de Buckingham. Será que a próxima vai ser a dos Estados Unidos? 0 sheik Ornar Bakri Mohammed (a que nos referimos anteriormente) jurou, em dezembro de 2004, que, se os governos ocidentais não mudassem suas políticas, os muçulmanos lhes dariam "um 11 de setembro dia após dia". De repente, Bakri saiu da Inglaterra e foi para o Líbano - não sem antes declarar que "se ele soubesse que os muçulmanos estavam planejando ataques como as explosões de 7 de julho em Londres, ele não teria informado a polícia”. Ele alegou que a doutrina do Islamismo não lhe permitiria trair muçulmanos delatando-os às autoridades - uma explicação que deve ter aumentado o crescente senso de insegurança dos londrinos. O Secretário do Interior, Charles Clarke, emitiu uma ordem tardia poibindo Bakri, que já deveria ter sido deportado há muitos anos, de voltar à Inglaterra. No entanto, o CAIR se atreve a dizer que esse líder muçulmano - e multidões de outros exatamente iguais a ele - não representam o Islã! Enquanto isso, o terrorismo islâmico, longe de diminuir, parece só estar ganhando impulso. Isso acontece até mesmo dentro do Iraque, onde as forças da Coalizão e as tropas iraquianas (compostas de muçulmanos) vêm batalhando há meses para acabar com o massacre de fundo religioso. Um dos incidentes, por exemplo, foi o seguinte: _ 191 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • ...a série mais mortífera de atentados a bomba num único dia em Bagdá há semanas, embora ataques homicidas com um número muito menor de vítimas ocorram regularmente por aqui... A violência começou quando líderes iraquianos retomaram as negociações em torno do esboço de uma nova constituição... Um terrorista, cujo alvo era atingir policiais, detonou um carro-bomba do lado de fora da rodoviária de Nahda, no centro de Bagdá... Um segundo terrorista explodiu seu veículo perto do hospital Kindi, cerca de 30 minutos depois quando muitos dos feridos no outro ataque estavam chegando para serem atendidos... 43 pessoas morreram e 85 ficaram feridas... Em outra parte, seis recrutas iraquianos foram executados quando homens armados pararam o microônibus em que viajavam... a caminho de um campo de treinamento em Kirkuk. 45 Isso foi noticiado pela Fox News em 17 de agosto de 2005. Mas menos de um mês depois, esse recorde foi quebrado quando ataques coordenados mataram mais de 190 pessoas em Bagdá: Insurgentes que se acredita serem aliados do grupo de Abu Musab Zarqawi [que, entrementes, foi morto - N.R.], braço da Al Qaeda no Iraque, continuaram a série de atentados a bomba na capital nesta quinta-feira [15 de setembro de 2005], executando ataques que elevaram o número de mortos nos dois dias a mais de 190... Três carros-bomba num subúrbio da Zona Oeste da capital mataram quatro funcionários dos correios iraquianos e 17 policiais do batalhão choque, segundo informações da polícia e de funcionários do Ministério do Interior. Líderes iraquianos e americanos identificaram os policiais mortos como a linha de frente do Iraque contra a insurgência... Enquanto isso, um policial foi morto numa troca de tiros com insurgentes e outro foi encontrado algemado e baleado na cabeça, disseram as agências de notícias. Os corpos de sete homens não-identificados foram encontrados em vários lugares da capital, todos vendados e com as mãos amarradas... Um dia antes, pelo menos 14 atentados com carros-bomba em Bagdá mataram mais de 160 pessoas, a maioria delas civis muçulmanos xiitas - o maior número mortes causadas por ataques de insurgentes na capital. 46 0 massacre impiedoso é motivado pela crença de que a jihad o chamado máximo de todo muçulmano e de que cometer suicídio 192 _ Paz” Feita de Ódio • a para destruir o maior número possível de "pagãos” é o caminho mais seguro para se chegar ao paraíso prometido por Maomé. Para obscurecer o propósito do Islã de assassinar todos os que não se submeterem a ele, os atentados suicidas contra civis inocentes são chamados agora de "Operações de Paraíso". Na página de notícias eletrônicas da Al-Jazeera lia-se há algum tempo: "Ariel Sharon ordenou previamente ao ministro da Defesa, Shaul Mofaz, que atacasse com vigor o movimento da Jihad Islâmica, cujo braço armado realizou "am-ma-li-a al cha-deer-ra”, operações de paraíso, que mataram cinco israelenses e feriram dezenas de outros israelenses - ou quem quer que estivesse por perto". Os antigos atentados suicidas agora são chamados de "ammaliat in-ta-har-i-a", operações de suicídio. 47 Essa ilusão é o que alimenta esse jogo mortal. Se demonstrássemos que essa crença é falsa, tendo sido promovida por um falso profeta, as chamadas "Operações de Paraíso" terminariam. 0 primeiro passo na direção certa seria os líderes religiosos e políticos do Ocidente pararem com a correção política de dizer que o Islamismo é "uma religião de paz" e reconhecerem e proclamarem firmemente a verdade: que o próprio Islamismo é responsável pelo terrorismo praticado por muçulmanos no mundo inteiro. Só assim o terrorismo poderia ser combatido honesta, inteligente e eficazmente. Entretanto, o encobrimento da verdade para evitar ofender os muçulmanos continua inalterado, mesmo diante do terrorismo crescente. 0 príncipe Charles da Inglaterra, com sua nova esposa, Camila, duquesa da Cornualha, chegou a Washington em l-o de novembro de 2005 para "convencer George W. Bush e os americanos dos méritos do Islamismo..." 48 Aparentemente, os terroristas podem ficar seguros de que não importa quantos inocentes mais eles matem ou aleijem, o Ocidente continuará a acreditar que o Islamismo é uma religião de paz, cuja reputação está sendo manchada por alguns poucos extremistas. Os que conhecem a terrível verdade gritam para um mundo ocidental que se recusa a ouvir. 0 comentário sucinto reproduzido a seguir, feito por um veterano no combate aos terroristas do Islã ao redor do mundo, trai uma ardente raiva, uma frustração de enlouquecer, mas também uma firme determinação de eliminar essa ameaça à civilização: _ 193 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • A Chechênia parecia quase um período de férias. Tínhamos viajado para as zonas de conflito da Rússia depois de passar semanas no deserto do sul do Sudão. A guerra do Sudão já dura mais de vinte anos, tendo deixado um legado de incomparável devastação, pessoas mutiladas nas tribos e mulheres violentadas numa escala gigantesca e institucionalizada, que faz os piores atos de tortura e degradação de Saddam Hussein parecerem pequenos em comparação. No Sudão, nosso grupo de cinco homens incluía veteranos de unidades militares de elite dos Estados Unidos, Rússia e Grã-Bretanha. Enquanto estivemos lá, prestamos serviços de segurança altamente necessários e participamos da redenção de mais de 3.000 escravos. Todos eram mulheres ou crianças. Os homens adultos das aldeias nunca eram escravizados: ou eles eram mortos na hora, durante os ataques, ou tinham membros decepados a golpes de facão e eram deixados cambaleando no deserto, entregues à própria sorte. As mulheres eram levadas como escravas sexuais ou para mão-de-obra por tropas do governo e da Frente Nacional Islâmica, ligada a Osama bin Laden. 49 Notas: 1. Crônicas de Tabari, II, 258, 272. 2. http://www.jihadwatch.org/archives/004660.php; http://www.jihadwatch.org/arcr-ves/005241.php. 3. Serge Trifkovic, The Sword ofthe Prophet: Islarn, history, theology, impact on the world (Boston: Regina Orthodox Press, 2002), p. 242. 4. Walid Shoebat, Why I Left Jihad: The Root of Terrorism and the Return of Radical islam (Top Executive Media, 2005), p. 11. 5. Trifkovic, Sword, p. 242. 6. Ibid., p. 243. 7. www.cbc.ca/fifth/saudi/justice.html. 8. Dore Gold, Hatred's Kingdom: How Saudi Arabia Supports the New Global Terrorism (Washington, D.C.: Regnery Publishing, Inc., 2003), p. 167. 9. http://www.sodomylaws.org/world/saudi-arabia/saudinewsl7.htm. 10. "Voices of Hate", The Wall Street Journal, 1 de outubro de 2004. 11. www.worldnetdaily.com/news/article.asp?ARTICLE-ID=42305. 12. "Al-Jazeera's tsunami conspiracy theories", em: www.worldnetdaily.com/news/art-cle.asp7ARTICLE- ID=42271. 13. http://www.foxnews.eom/story/0, 2933,143074,00.html. 14. Gold, 1-latred's, p. 247. 15. http://worldnetdaily.com/news/article. asp?ARTICLE-ID=33482. 16. Citado por Cal Thomas, Star Ledger, 30 de abril de 2002. 17. The Washington Times, 29 de janeiro de 2005; www.washingtontimes.com. 18. www.tzemachdovid.org/Facts/claim.shtml.www.middleeastinfo.org/moo_-les.php7op— modload& name=XForum&fi Ie=viewthread8itid=1276. 19. Romanos 2.11-16. 20. Ibid., 13.1-7. 21. Mateus 5.27-28. 194 _ Paz” Feita de Ódio • n 22. Tenente-coronel Netanel Lorch, lsrael's War of Independence, 1947-1949; citado em Sctiechtman, Mufti, p. 222. 23. Will Durant, The Story of Civilization, vol. VI, The Reformation (Simon and Schuster, 1950), p. 188. 24. Abd El Schafi, Behind the Veil (s/ identif. de editor, 2000), p. 274. 25. Surata 23.60. 26. Baydawi, p. 457; Jalalan, p. 288; Zamakh-shari, 111:192; citado em Abd El Schafi, Behind the Veil: Unmasking Islam (s/ identif. de editor, por motivos óbvios), p. 273. 27. João 5.24. 28. Ibid., 10.11,28. 29. 1 João 5.13. 30. Hebreus 9.27. 31. Trifkovic, Sword, p. 112. 32. S. Runciman, A History ofthe Crusades (Cambridge, 1954), III, p. 321. 33. Ibn Warraq, Why I Am NotA Muslim (Amherst, NY; Prometheus Books, 1995), pp. 234-35. 34. Michael J. Arlen, Passage to Ararat (Ballentine Books, 1975). 35. Nicholas Gage, Greek Fire (Alfred A. Knopf, 2000), citado em Trifkovic, p. 125. 36. George Horton, The Blight of Asia: An Account of the Systematic Extermination of Christian Populations by Mohammedans and of the Culpability of Certain Great Powers ; com a verdadeira história do incêndio de Esmirna (Indianapolis: Bobbs-Merrill Company, 1926). 37. http://members.fortunecity.com/fstavl/horton/horton.html. 38. MEMRI Special Dispatch Series, No. 447, 6 de dezembro de 2002. 39. Don Van Natta, Jr. and Lowell Bergman, "Militant Imams Under Scrutiny Across Europe", The New York Times, 25 de janeiro de 2005. 40. Anthony McRoy, "There Can Be No End to Jihad", entrevista com o Sheikh Ornar Bakri Muhammad no final de janeiro de 2005, Christianity Today. 41. Trifkovic, Sword, p. 255. 42. James Jatras, "Pravoslavophobia", Chronicles, fevereiro de 1997, p. 43. 43. http://www.cair-net.org/default.asp?Page=corePrinciples. 44. Noticiário da BBC. 45. Foxnews.com, "Triple Homicide Bombings Kill 43 in Baghdad", 17 de agosto de 2005. 46. http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/arti- de/2005/09/15/AR2005091500355.htmlhttp://www. 47. worldnetdaily.com/news/article.asp?ARTICLE-ID=47121. 48. hltp://www.telegraph.co.uk/core/Content/displayPrintable.jhtml;jsessionid=TL2TYFl- KNHTH5QFIQMFCFFWAVCBQYIV0?xml=/news/2005/10/30/nchas30.xml&site=5. 49. John Giduck, Terror at Beslan: A Russian Tragedy with Lessons for America's School, Archangel Group Pub., pp. 30-31. 195 8 . Enfrentando a Dura Realidade A. }. Abraham e George M. Haddad, analistas do Oriente Médio e escritores, formularam a visão islâmica de uma forma bem clara: "0 Islã é o plano de Deus para o mundo, cada centímetro dele, não apenas as regiões islâmicas. 0 Islã é para todos, quer queiram, quer não. É dever de cada muçulmano ajudar a expandir as fronteiras do Islã até que cada ser humano do planeta admita: "Não há Deus senão Alá, e Maomé é o seu Profeta"'. 1 Nenhum muçulmano honesto negaria isso. Ornar Bakri Muhammad (tardiamente banido da Inglaterra depois de fugir para o Líbano, no início de agosto de 2005), afirmou há muito tempo ser "o homem de Bin Laden na Grã-Bretanha”. Diante disso, não se consegue entender por que permitiram que ele pregasse abertamente o ódio ao Ocidente e a conquista do mundo pelo Islã, por tanto tempo, em Londres e em outros lugares. A intriga política internacional é um confuso ninho de ratos, cheio de falsidade. John Loftus afirma que Haroon Rashid Aswat (que tinha ligação com Ornar Bakri), suposto mentor intelectual dos atentados _ 197 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • de 7 de julho de 2005, em Londres, foi recrutado no passado pela Inteligência Britânica para lutar em Kosovo, "em defesa dos direitos dos muçulmanos". 2 Nossos pecados voltam para nos assombrar. O Iraque e o Afeganistão são dois exemplos disso. As revoltas de muçulmanos que traumatizaram a França em novembro de 2005 foram seus pintinhos "Islã é paz" voltando para o ninho. Enquanto ainda estava em Londres, Bakri declarou: O objetivo do Khilifah [califado] - o Estado islâmico ideal, que não existe atualmente - é conquistar o mundo... A jihad não pode acabar... enquanto os muçulmanos não conquistarem a Casa Branca ... 3 Os conciliadores chamam Bakri de extremista. Na verdade, ele representa o verdadeiro Islamismo, que está ganhando força. Nada senão isso poderia ser justificado pelo Corão, pelas palavras e atos de Maomé registrados na hadith, e pela história do Islã praticada coerentemente pelos sucessores imediatos de Maomé e nos séculos que se seguiram. Embora o Egito tenha um governo secular, o Islamismo ali é forte e representa um problema perpétuo para os governantes do país, muito embora eles sejam muçulmanos - pelo menos nominalmente. Os costumes ocidentalizados do Egito são criticados pelos que acreditam que o único modo de se vestir, comer e se comportar é o modo que Maomé e seus seguidores praticavam no século VII, e que o Talibã instituiu quando estava no poder no Afeganistão. O poder do Islã, mesmo nesse Estado secular, fica evidente no fato de que é no Cairo que se localiza a Universidade Al-Azhar, reconhecida em todo o mundo muçulmano como o centro que tem a palavra final da autoridade no que se refere ao pensamento e à teologia do Islã. Os muçulmanos insistem (aparentemente com toda a sinceridade) que a única liberdade verdadeira vem através da submissão ao Islã. Como é que eles podem crer nisso de sã consciência? Será que não se trata simplesmente de um problema semântico causado por diferentes interpretações do significado das palavras? Ou será que a diferença de pensamento é mais profunda? No capítulo anterior, comentamos que, em 10 de dezembro de 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos foi adotada pela Assembléia Geral das Nações Unidas em sua terceira sessão 198 _ • Enfrentando a Dura Realidade • após o início de suas atividades, em 4 de outubro de 1945. Havia cinqüenta e seis membros na época, e cinqüenta e quatro estavam presentes. A votação para a Declaração foi de quarenta e oito a favor (incluindo, surpreendentemente, os votos de vários países muçulmanos: Afeganistão, Egito, Irã, Iraque, Paquistão, Síria e Turquia), com oito abstenções. Os que se abstiveram foram os países do bloco soviético (União Soviética, Bielorússia, Tchecoslováquia, Polônia, Ucrânia e Iugoslávia), a Arábia Saudita e a África do Sul. Essa Declaração continua sendo uma das mais importantes já adotadas pela ONU. O Artigo Primeiro da Carta de fundação da ONU declara que um dos principais propósitos das Nações Unidas é: "Alcançar a cooperação internacional para promover e estimular o respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais para todos, sem distinção de raça, sexo, língua ou religião”. 4 No processo de composição da Declaração, os membros votavam contra ou a favor de cada artigo proposto. É particularmente interessante que o Artigo 18 foi aceito por todos os cinqüenta e seis membros. Ele diz: Todo homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular. 0 Que Foi Que Você DisseP Apesar de ter preferido se abster de votar contra ou a favor da Declaração como um todo, a Arábia Saudita, juntamente com todos os outros Estados-Membros, aprovou o Artigo 18. Até mesmo a União Soviética e a China concordaram em aceitar o Artigo 18, embora até uma criança que morasse num desses países soubesse que essas liberdades não existiam lá, assim como não existem no Islã. A Arábia Saudita estava prometendo ao mundo que qualquer pessoa naquele país teria o direito de "mudar de religião ou crença” e de "manifestar essa religião ou crença... em público ou em particular". No entanto, como já vimos, a Arábia Saudita manda cortar a cabeça de qualquer muçulmano que deixe o Islamismo por qualquer outra religião, e não _199 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • permite a prática de nenhuma exceto o Islamismo; e essas leis islâmicas entraram em vigor por decreto do próprio Maomé, sendo, portanto, imutáveis. Será que a contradição entre o Islamismo e o Artigo 18 poderia ser mais clara que isso? Como explicar a inegável diferença entre o que a Arábia Saudita diz ao mundo e o que ela realmente faz? E claro que a mesma pergunta poderia ser feita não só a outros países muçulmanos, mas também aos comunistas. Seria melhor acreditarmos que eles não estão mentindo deliberadamente. Então, qual é a explicação? A Bíblia tem uma resposta desconcertante: "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto: quem o conhecerá? Eu, o Senhor, esquadrinho o coração...". 5 Citando Isaías 29.13, Cristo censurou os rabinos de sua época, dizendo: "Hipócritas! Bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens”. 6 Afirmar uma coisa com a boca e negá-la na prática é uma falha humana comum. Os que se dizem cristãos também estão sujeitos a essa hipocrisia, tanto quanto qualquer outro. A Bíblia declara que os corações de todas as pessoas são iguais. Mas algumas culturas encorajam a maldade e a desonestidade natural do coração. Essa era a situação na cultura árabe onde se originou o Islamismo e na qual ele ainda está profundamente arraigado. Uma coisa é um cristão dizer que ama a Cristo e ao seu próximo, e não viver isso na prática. Outra bem diferente é uma religião ensinar seus seguidores a mentirem, cometerem violências, saques e assassinatos a fim de expandir sua causa pelo mundo. Como vimos, é isso que acontece no Islamismo - e a negação hipócrita desse fato ocorre diariamente em todo o mundo muçulmano e em suas relações com o Ocidente. E os líderes ocidentais parecem contentes em aceitar e até estimular essa fraude mortal. Uma Política Baseada na Farsa Por quanto tempo podemos continuar ignorando as perseguições e massacres passados e presentes dos muçulmanos contra judeus e cristãos no mundo inteiro, e chamando o Islã de paz? Como afir- 200 _ • Enfrentando a Dura Realidade • mou certo historiador: "Treze séculos de discriminação religiosa, causando sofrimento e morte a incontáveis milhões de pessoas, foram encobertos pelo mito da 'tolerância' islâmica...” 7 0 Ocidente faz vistas grossas para a negação declarada dos direitos humanos e o apoio que a Arábia Saudita e outros países muçulmanos dão ao terrorismo e, inacreditavelmente, favorece e às vezes até arma terroristas islâmicos, como aconteceu no Afeganistão, na Chechênia, Chipre, na Bósnia, na Caxemira, no Kosovo, na Macedônia, no Sudão e no Timor Leste. Repetidamente, Israel tem sido repreendido por "reagir exageradamente” aos atentados suicidas, por perseguir terroristas dentro do território da Autoridade Palestina, e por destruir as casas de onde os terroristas dirigiam suas operações. Como alguém que age em autodefesa, tentando se manter a salvo de agressores que querem matá-lo, pode ser acusado de reagir exageradamente? Os Estados Unidos e a Inglaterra e seus poucos aliados no Iraque e no Afeganistão estão finalmente descobrindo o que Israel tem enfrentado sozinho e debaixo de críticas nos últimos cinqüenta anos. É chocante descobrir que estamos enfrentando um inimigo que está ansioso para matar ou ser morto para poder conquistar o mundo para lá ou virar um mártir na batalha e, com isso, segundo espera, ganhar o Paraíso prometido por sua religião. A Corte Internacional de Justiça condenou Israel por construir uma cerca de defesa com o propósito de manter do lado de fora os terroristas que querem matar israelenses. Realmente, a cerca reduziu o saldo de mortes nas áreas em que foi completada. Mas, sem demonstrar qualquer compaixão pelas vítimas assassinadas, a ONU e a União Européia censuram Israel por se defender, enquanto jamais expressam qualquer desaprovação em relação aos assassinos que atacam israelenses. Por Que Dois Pesos e Duas MedidasP Citamos muitos líderes muçulmanos que declaram, na linguagem mais clara possível, que Israel deve ser aniquilado e que eles pretendem fazer isso, não importa quantas vidas humanas se percam de ambos os lados. Esta declaração de Farouk Kaddoumi, diretor do departamento político da OLP na época, é um exemplo tí- _ 201 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • pico dessas centenas de ameaças: "Israel, esse gueto sionista, tem que ser destruído”. 8 Ele não teve o menor pudor de dizer isso, pois sabia, como os muçulmanos de hoje também sabem, que não importa qual seja o propósito assassino que eles declarem e efetuem contra Israel, os líderes ocidentais continuarão a pressionar os israelenses como se eles fossem os agressores. Se Israel fizesse ameaças desse tipo contra os que estão determinados a destruí- lo, os muçulmanos ficariam furiosos, e a ONU, a UE e os Estados Unidos o condenariam totalmente. Será que o mundo ficou completamente maluco? A Cortina de Ferro foi corretamente condenada pelo mundo não comunista. A União Soviética sofreu uma dura pressão, que envolvia a opinião mundial e várias sanções. Essa pressão acabou derrubando o muro [de Berlim] e ajudou a produzir pelo menos algumas das mudanças desejadas. Entretanto, os Estados Unidos, a ONU e a UE continuam calados em relação à Cortina Islâmica, embora ela seja mais cruel e impenetrável que as Cortinas de Ferro e de Bambu. Mesmo na época de maior opressão dos governos de Stalin e Mao, pelo menos algumas igrejas tiveram permissão de permanecer abertas. Na China de hoje há muitas igrejas cristãs oficialmente permitidas [além das que se reúnem em segredo), assim como outros locais de culto para budistas, muçulmanos e os de outras crenças. Mas na Arábia Saudita nenhum local de adoração não-muçulmano é tolerado! Mesmo em outros países muçulmanos que têm governos seculares, onde a sharia não é oficialmente praticada, igrejas estão sendo destruídas e cristãos são mortos por muçulmanos, porque é isso que o Islamismo exige. Será que não está na hora do Ocidente fazer uma pressão séria sobre a Arábia Saudita e outros países islâmicos por suas violações aos direitos humanos reconhecidos pelos membros da ONU, assim como foi feito com a União Soviética e ainda é feito com a China? Como os Estados Unidos podem tomar parte na hipocrisia das Nações Unidas, que diz defender os direitos humanos enquanto seus próprios membros ostentam suas violações impunemente? Como podemos continuar ignorando as centenas de milhares de muçulmanos mantidos na escravidão atrás da Cortina Islâmica sem levantar um angustiado clamor de protesto em sua defesa? Embora a UE, a ONU e as potências ocidentais estejam demorando a pressionar publicamente os países muçulmanos, tem havido 202 _ • Enfrentando a Dura Realidade • uma certa coação nos bastidores, especialmente pelos Estados Unidos, durante o governo Bush. Através da maior compreensão e coragem para divulgar a verdade demonstrada por algumas pessoas da mídia ocidental (como Mortimer B. Zuckerman, editor-chefe da U.S. News & World Report ,) a pressão da opinião pública está começando a fazer efeito. A Arábia Saudita, por exemplo, "fará todos os esforços possíveis para melhorar sua imagem internacional... disse o ministro da Educação Superior, Dr. Khaled Al-Anqari", em Riad, em 2 de outubro de 2004. Grande parte disso serão relações públicas vazias. Entretanto, os sauditas estão sentindo a pressão do que Anqari chamou defensivamente de "ruidosas campanhas da mídia para manchar a imagem internacional do reino e... desacreditar seus valores e instituições... desde os acontecimentos de 11 de setembro..." 9 Os sauditas estão tentando encobrir a verdade, como revelou o discurso de Anqari: "Trabalharemos com nossos amigos no mundo para ressaltar a verdadeira imagem da Arábia Saudita, a qiblah do Islã e dos muçulmanos, e coração do mundo árabe". Ele disse que o Ministério da Educação Superior estava entrando em contato com agências e instituições educacionais de outros países "para corrigir a imagem distorcida da Arábia Saudita”. Obviamente, sua intenção não é fazer uma reforma verdadeira, mas dar um polimento em sua imagem falsa, que não tem sido distorcida de modo algum, exceto pelos próprios sauditas que encobrem a chocante verdade sobre o que o Islamismo é na realidade. Ao tentar proteger o que chama de sua "verdadeira imagem", a Arábia Saudita terá que enfrentar uma crítica honesta. No início de outubro de 2004 foi realizado o segundo Fórum Anual de Comunicação, com o tema "A Imagem da Arábia Saudita". O fórum durou quatro dias e contou com a participação de mais de cem importantes personalidades da Arábia Saudita e do exterior. Os sauditas terão que fazer mudanças de verdade. Esperamos que os estudiosos internacionais a quem eles pediram ajuda não se satisfaçam com o ilusionismo de uma cortina de fumaça e truques com espelhos. lembre-se. Isto é o Islã! A maioria dos muçulmanos de hoje (de qualquer origem, inclusive da Arábia Saudita) se esqueceu, se é que algum dia soube, que 203 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • seus ancestrais foram convertidos ao Islamismo à força, sob ameaça de morte. Isso é o Islamismo, como era no início e como tem sido desde então, sempre que possível. Se os líderes religiosos e políticos do Ocidente não acordarem e pararem de repetir a mentira de que o "Islã é paz", logo será tarde demais para defende nossas liberdades! Nos primeiros séculos de existência do Islamismo, seus exércitos quase conquistaram a Europa. Se eles não tivessem sido repelidos em Tours, na França, e em Viena, na Áustria, todos nós poderíamos estar falando árabe hoje. Essa agressão não foi um zelo equivocado ou uma ordem sagrada aplicável apenas ao passado: ela é o verdadeiro cerne do Islamismo, como Maomé e seus sucessores imediatos ensinaram e praticaram, e como continua sendo feito até hoje. A conquista do mundo é a meta imutável exigida pelo Islamismo. A declaração de Maomé é básica para o Islamismo: "Alá me ordenou que lutasse contra todas as pessoas até que todos confessem que Alá é o verdadeiro Deus e Maomé é seu profeta”. O Islamismo divide o mundo em Dar al-Islam (a casa da paz) e Dar al- Harb (a casa da guerra), e exige jihad perpétua em toda parte contra Dar ah Harb, isto é, os não-muçulmanos. Não pode haver "paz” até que o Islã tenha submetido o mundo inteiro a Alá. 0 Islamismo está avançando no mundo inteiro, com a cumplicidade dos que estão cooperando para sua própria subjugação final! Os terroristas estão desempenhando seu papel especial nessa conquista. Indiscutivelmente, o Islamismo está por trás da maior parte das ações terroristas. Contudo, em todo o Ocidente, permite-se a proliferação acelerada das mesquitas muçulmanas, enquanto o Islã nega essa mesma liberdade a outras religiões nos territórios que controla. A maioria das mesquitas é financiada pela Arábia Saudita com dinheiro do petróleo, que nós pagamos quando abastecemos o carro. Muitas mesquitas do Ocidente são núcleos para células e treinamento de terroristas, um fato indiscutível, coerente com o Islamismo (inteiramente documentado no vídeo Jihad inAme rica). 10 Em julho de 2002, "um analista da RAND Corporation disse ao Conselho do Programa de Defesa do Pentágono que a Arábia Saudita era um inimigo dos Estados Unidos... que os sauditas estavam agindo 'em todos os níveis da cadeia terrorista"'. 11 204 _ • Enfrentando a dura Realidade • Fica claro que a Arábia Saudita "exporta dois produtos... petróleo e fanatismo religioso". 12 Dore Gold, ex-embaixador israelense na ONU, documenta a incômoda verdade a respeito da Arábia Saudita em seu excelente livro, que todos os ocidentais deveriam ler. 13 Não há como minimizar a importância dos homens-bomba e terroristas de hoje dizendo que são "extremistas”. Nos países muçulmanos, os terroristas são aclamados como heróis, do mesmo modo que os toureiros na Espanha, e os campeões de futebol [americano] e basquete nos Estados Unidos. Seus retratos aparecem em cartazes por toda parte, com frases de louvor e admiração. Uma Nova e Mais Sutil Jihad Em 732 d.C., naquela que talvez tenha sido a mais importante batalha da história da Europa, Carlos Martel derrotou um exército invasor muçulmano com dezenas de guerreiros da jihad, matando seu comandante, Abd el-Rahman, em Tours, na França. Isso aconteceu há quase treze séculos. Agora, através de uma outra invasão mais bem-sucedida, o Islamismo tomou-se a segunda maior religião da França, com cerca de seis milhões de muçulmanos e mil e quinhentas mesquitas. Jean-Louis Bruguiere, o principal juiz antiterror da França, disse recentemente: "A ameaça terrorista hoje é mais poderosa... do que era antes de 11 de setembro. Rabei Osman El Sayed Ahmed, conhecido como Mohammed, o Egípcio [suposto idealizador do atentado a bomba aos trens de Madri, em 2004, que matou 191 pessoas e feriu 1.400], é um exemplo dessa nova geração de agentes da jihad que aparentemente opera independentemente da velha rede Al Qaeda... um exemplo da futura geração de terroristas islâmicos que a Europa terá que combater agora". 14 A principal ameaça internacional ainda é a Al Qaeda, mas numa nova e ainda mais mortífera versão. Uma nova safra de recrutas está inflando suas fileiras no mundo inteiro. Eles não vêm mais exclusivamente de países muçulmanos do Oriente Médio; são jovens rebeldes que odeiam os países ocidentais onde foram criados e onde têm vivido desde que seus pais imigraram para lá. Segundo uma notícia recente da Fox News: 205 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Com seus fundadores tendo que se esconder, e dezenas de agentes sob vigilância, a Al Qaeda mudou, e está tirando vantagem de pessoas que não precisam atravessar fronteiras, receber dinheiro vivo do exterior ou se envolver em outras transações internacionais que possam chamar a atenção das autoridades... "Estamos lidando agora com muitas pequenas Al Qaedas, com o potencial de Al Qaedas do bairro", disse Brian Jenkins, consultor sênior do presidente da Rand Corp. "Eles podem não ser capazes de executar operações especializadas... mas ainda podem atuar num nível letal". A natureza difusa da Al Qaeda mutante é uma das razões da dificuldade de combatê-la. Os serviços de segurança podem estourar uma célula, mas descobrir poucas pistas ligando-a a outras. Até agora, a polícia da Grã-Bretanha não conseguiu encontrar um culpado pelos atentados de 7 de julho contra três trens do metrô e um ônibus, que mataram 52 pessoas e quatro terroristas suicidas - um ataque que, segundo as autoridades, tinha a marca registrada da Al Qaeda... Parte do objetivo é simplesmente seguir em frente e continuar praticando atentados - conseguindo assim recrutar mais gente para sua causa: a criação de países seguidores do Islamismo. A nova Al Qaeda está encontrando um terreno fértil para o recrutamento... entre os filhos de imigrantes da Europa... Suas famílias partiram em busca de uma vida melhor, mas eles realmente não conseguiram se integrar plenamente nas sociedades receptoras... 15 Um documentário esclarecedor que foi ao ar pela PBS, no fim de janeiro de 2005, explicava: "Pode ser uma surpresa para muitos americanos, mas o que ameaça os Estados Unidos imediatamente não são as supostas células da Al Qaeda dentro do seu território, mas sim as células que operam no exterior, especialmente na Europa Ocidental. Lar de aproximadamente 18 milhões de muçulmanos, a Europa Ocidental tornou-se um novo e mortífero campo de batalha na guerra ao terrorismo". 16 Na Inglaterra se encontram mais muçulmanos nas mesquitas a cada semana do que cristãos nas igrejas. 0 Islã não tem capacidade de lançar um ataque militar frontal contra a Europa, como fez no passado distante, mas está conseguindo um sucesso maior do que os antigos guerreiros da jihad, através da invasão "pacífica" de imigrantes encobertos pela bem-sucedida propaganda a respeito de suas intenções benignas. Sir David Veness, comissário assistente 206 _ • Enfrentando a dura Realidade • para operações especializadas junto à Polícia Metropolitana de Londres, disse recentemente: Este país tem visto ações terroristas desde o final da década de 1960, tanto ações domésticas... quanto terrorismo internacional aqui nas ruas de Londres. O que há de diferente nesta forma de terrorismo é a intenção inequívoca de provocar mortes em massa... sem qualquer tipo de aviso à população. [Os novos terroristas se escondem dentro das mesquitas e em comunidades muçulmanas], A polícia européia frustrou dezenas de planos de terroristas islâmicos que seriam executados em seguida aos atentados de 11 de setembro. Reda Seyam, um cidadão alemão nascido no Egito que, segundo dizem, esteve sob investigação por suspeita de ligação com os atentados em Bali, declarou: 'Qualquer observador pode ver que essa guerra no Iraque criou uma escola para treinar diplomados em atos de terrorismo e combate... Ela revive o espírito da jihod na nação muçulmana'. 17 Certas áreas da Inglaterra, Alemanha e outros países da Europa já concentram um número de muçulmanos capaz de eleger seus próprios candidatos. Em 2009, as três maiores cidades da Holanda terão uma maioria muçulmana. Apesar disso, a Europa não está disposta a reconhecer a ameaça do Islã em seu meio. Inacreditavelmente, mesmo depois dos quebra-quebras promovidos por muçulmanos que assolaram a França em novembro de 2005, a mentira de que o Islamismo é uma religião benevolente e pacífica continua a ser espalhada pelos líderes nacionais franceses. Uma Barreira Intransponível? É quase impossível para os muçulmanos se integrarem na sociedade como os outros imigrantes, porque o Islamismo não permite qualquer separação entre a religião e o Estado. O Islamismo deve ser a regra, não só na mesquita, mas também na vida diária, nos negócios, no sistema legal, nos tribunais e no governo. Portanto, o estabelecimento de uma genuína democracia no Afeganistão, no Iraque e no território da OLP seria o fim do Islamismo. Os países muçulmanos farão tudo que puderem para impedir que esse desastre _ 207 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • aconteça com sua religião. Além disso, até mesmo em países islâmicos secularizados como o Egito e o Paquistão, os islamistas dominam em grande escala. Em contraste, a civilização ocidental segue a clara distinção que Jesus fez entre a Igreja e o Estado, quando afirmou: “Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus". 18 Essa diferença fundamental de filosofia política (reconhecendo que os muçulmanos tentarão usar meios democráticos legítimos para estabelecer a sharia) deve ser confrontada se o Ocidente quiser sobreviver à ameaça interna representada pela enchente de imigrantes. Ornar Ahmad, do CAIR, afirmou com atrevimento: O Islamismo não está na América para ser igual a qualquer fé mas para se tornar dominante... O Corão deveria ser a autoridade suprema na América, e o Islamismo a única religião aceita na terra. Os texanos costumavam exclamar: "Lembrem-se do Álamo!" Os judeus ainda dizem uns aos outros: "Lembrem-se do Holocausto - que nunca mais aconteça!" Da mesma forma, os ocidentais deveriam repetir uns para os outros, do fundo do coração: "Lembrem-se da conquista da índia (o episódio mais sangrento da história); lembrem- se do massacre de um milhão de armênios; lembrem-se do que o Islamismo tem feito durante anos e ainda está fazendo no Sudão, na Indonésia, na Nigéria e em outros lugares; lembrem-se de Nova York, Washington, Madri, Londres e Paris - não deixem acontecer de novo!" Em vez disso, muitos líderes cristãos defendem uma oposição "pacífica" ao terrorismo, como se terroristas fossem persuadidos pela bondade. A organização liberal cristã (supostamente evangélica) Sojourners publicou num jornal de circulação nacional um anúncio de página inteira que presumia ingenuamente que é possível deter a violência através da não-violência. 18 Por decorrência, a culpa pelo terrorismo, que age pela força, era colocada sobre Israel e os Estados Unidos, por se oporem a ele pela força. Uma culpa especial recaía sobre os líderes cristãos que encorajaram o presidente Bush a perseguir terroristas. 0 anúncio criticava uma frase de Jerry Falwell: 208 _ • Enfrentando a dura Realidade • "Mas é preciso matar os terroristas para que as mortes parem. Eu sou a favor do presidente caçá-los por todo o mundo. Mesmo que isso leve dez anos, acabemos com eles em nome do Senhor". 19 Embora a maioria dos cristãos se sinta incomodada com a retórica de Falwell, o anúncio que o denunciava não fazia nenhuma crítica aos terroristas, e muito menos ao incentivo do Islamismo aos assassinatos em nome de Alá. Nós já documentamos o papel do Islamismo. Como declarou sucintamente o ex-ambaixador de Israel na ONU: "Sem uma convicção inabalável nos méritos do martírio e nas recompensas a que ele dá direito na vida após a morte, os terroristas nunca teriam praticado atentados suicidas na década passada". 20 Essa doutrina existe apenas no Islamismo. Nenhuma outra religião chega nem perto de incentivar assassinatos e mutilações, e muito menos oferece recompensa celestial a essa perversidade desprezível. A raiz do terrorismo que assola o mundo é o próprio Islamismo. Os líderes ocidentais têm que partir desse ponto se quiserem vencer a guerra contra o terror! Mas isso é quase impossível, dado o clima que temos nos Estados Unidos, de tolerante aceitação de quase tudo e relutância em criticar verdadeiramente qualquer pessoa ou qualquer coisa. Em 22 de agosto de 2005, depois dos protestos do CAIR por causa de um programa transmitido em 25 de julho, o conservador Michael Graham, apresentador de um programa de entrevistas com três horas de duração na rádio WMAL-AM de Washington, foi despedido porque não quis pedir desculpas por ter declarado, corretamente: "Estamos em guerra com uma organização terrorista chamada Islamismo”. O diretor executivo do CAIR, Nihad Awad, acusou Graham de usar "palavras cheias de ódio” e elogiou a atitude da WMAL como "um passo na direção da eliminação de e da nociva retórica antimuçulmana transmitida pelos meios comunicação em nosso país". 21 "Palavras cheias de ódio"? Elas são a marca registrada do Islamismo - mas, surpreendentemente, são transformadas em "paz" na mente dos ocidentais quando ditas pelos muçulmanos. E não se esqueçam de que as promessas dos muçulmanos de exterminar Israel, destruir os Estados Unidos e conquistar o mundo inteiro não são simples "retórica". _ 209 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • 0 Terrorismo é o Caminho Islâmico Para a “Paz” Para que haja "paz", Alá ordena: "Logo infundirei o terror nos corações dos incrédulos; decapitai-os e decepai-lhes os dedos!” 22 ; "Matai os idólatras, onde quer que os acheis..." 23 ; "0 Profeta, combate os incrédulos e os hipócritas, e sê implacável para com eles" 24 ; "Ó fiéis, combatei os vossos vizinhos incrédulos para que sintam severidade em vós...". 25 Mais de uma centena de outros versos do Corão defendem o uso da violência para trazer paz ao mundo. 26 Lembre-se, as últimas palavras de Maomé foram: "Que Alá amaldiçoe os cristãos e os judeus!" Muhammad Atta, egípcio que liderou os terroristas de onze de setembro, freqüentava uma mesquita em Hamburgo, na Alemanha, onde o imã pregava que "cristãos e judeus deveriam ter as gargantas cortadas”. 27 Tente imaginar um sacerdote cristão pregando isso no púlpito. Vê se acorda, Ocidente! A mesma violência é pregada em muitas outras mesquitas do mundo inteiro. Isto é o verdadeiro Islamismo, de acordo com Maomé e o Corão, apesar das negativas dos que defendem o Islã, como o CAIR. Em toda a sua história, como já documentamos, inquestionavelmente o Islamismo tem sido responsável pelo massacre de muitos milhões de vítimas inocentes, inclusive os próprios muçulmanos assassinados por facções rivais. 0 Islamismo não gera paz nem mesmo entre seus devotos seguidores. No capítulo anterior, mencionamos por alto a guerra de oito anos entre o Irã e o Iraque, ambos países muçulmanos. Eles usaram mil toneladas de gás venenoso, um no outro. Muitos milhares de garotos foram sacrificados para limpar campos minados para as tropas que os seguiam (e foram enganados com a promessa de que, se fizessem isso, receberiam o Paraíso com um sem-número de virgens de olhos escuros para os que morrem na jihad ). Já comentamos os assassinatos de cidadãos muçulmanos por governantes muçulmanos, como os milhares que Saddam Hussein matou no Iraque. Os líderes muçulmanos do Irã e da Síria cometeram atrocidades semelhantes contra seus cidadãos. A destruição e pilhagem do Kuwait (um país muçulmano) pelo Iraque (outro país muçulmano) chocou o mundo - enquanto Arafat e os "palestinos" saudavam Saddam como um grande herói porque ele esta- 210 _ • Enfrentando a dura Realidade • va fazendo chover mísseis Scud sobre Israel. Em doze anos de guerra civil na Argélia, os muçulmanos mataram mais de cem mil de seus companheiros muçulmanos. Assim tem sido desde o início, onde quer que os muçulmanos estejam no poder. A vasta rede terrorista Al Qaeda surgiu no início da década de 1990. Ela era uma amálgama pouco coesa composta por grupos da Argélia, Egito e Arábia Saudita que queriam derrubar seus respectivos governos por não serem fiéis ao fundamentalismo islâmico. Como não tiveram sucesso nessa empreitada, eles voltaram sua atenção para os Estados Unidos, que são vistos como o perverso "Satanás”, representante de uma presença democrática e estabilizadora no Oriente Médio 28 - e, pior de tudo, protetor de Israel. Arafat e a OIP Por mais perigosa que a Al Qaeda seja, ela ainda está muito abaixo das redes da OLP de Arafat, que hoje, apesar da morte dele, ainda detém o recorde do maior número de reféns capturados de uma só vez (trezentos), o maior número de pessoas mortas a tiros num aeroporto, o maior resgate já recebido (5 milhões de dólares pagos pela Lufthansa), o maior número e variedade de alvos (quarenta aeronaves da aviação civil, cinco navios de passageiros, trinta embaixadas ou missões diplomáticas, além de inumeráveis depósitos de combustível e fábricas), e também assassinatos aos milhares, etc. 29 A Jordânia tinha dado abrigo a esses companheiros muçulmanos. Mas os crimes hediondos que eles cometeram contra o povo e a tentativa de Arafat de tomar o poder tomaram-se tão insuportáveis que o rei Hussein I acabou enviando suas tropas beduínas para cima deles e, com a ajuda dos israelenses, expulsou-os do país, mandando-os para o Líbano. Lá a OLP (todos devotos muçulmanos que acreditam sinceramente estar agindo em nome e para a glória de Alá, e em obediência ao Corão) criou um inigualável legado de tortura e morte, matando dezenas de milhares de pessoas e deixando cerca de cem mil jovens grávidas quando foi expulsa. Muitas vezes, os corpos das vítimas da OLP, algumas delas crianças pequenas, eram mutilados e esquartejados. Com o crescimento do poderio armado da OLP e _ 211 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • as bênçãos da Síria, o Líbano tomou-se uma grande base para ataques terroristas contra Israel. A vida dos israelenses tornou-se insuportável na Galiléia por causa dos maciços ataques de artilharia e morteiros lançados pela OLP de dentro do Líbano. Milhares de habitantes abandonaram suas casas ou foram forçados a passar muito tempo em abrigos antibombas. Os ataques aéreos e as incursões de comandos de Israel não conseguiram parar nem diminuir os ataques da OLP, forçando Israel a executar ações mais decisivas. Como disse o ex-secretário de Estado Henry Kissinger: "Nenhum Estado soberano pode tolerar indefinidamente o acúmulo ao longo de suas fronteiras de uma força militar que se dedica à sua destruição e que procura alcançar seus objetivos através de bombardeios e invasões periódicos". 30 Em 6 de junho de 1982, sob o comando do então ministro da Defesa Ariel Sharon, Israel invadiu o Líbano, determinado a expulsar a OLP daquele país, como o rei Hussein I a havia expulsado da Jordânia. Havia ainda uma outra razão: remover grandes depósitos de armas que se sabiam estar escondidos no Líbano - o suficiente para equipar um exército de um milhão de homens, a maioria delas sofisticadas demais para a OLP operar. Obviamente, elas estavam ali para uma futura grande invasão de Israel pelos soviéticos. Foram necessários vários carregamentos de caminhão para levar aquilo tudo para Israel. Quando a batalha se intensificou e Israel apertou o laço, a OLP retirou-se para Beirute. Os homens de Arafat pegavam pessoas na rua, amarravam-nas nos hospitais, mandavam as enfermeiras tirarem até a última gota de sangue para fazer transfusões para seus feridos e depois empilhavam os corpos nos corredores como se fossem pedaços de lenha. Sharon teria exterminado os assassinos da OLP e matado Arafat, mas o presidente Reagan insistiu que o pior terrorista de nossa época deveria poder deixar o Líbano com vida. Arafat recebeu abrigo na Tunísia, onde estabeleceu o quartel-general da OLP em Borj Cedria. Ele ainda estava dirigindo operações terroristas mundiais na Tunísia quando, inacreditavelmente, Israel o adotou como parceiro no processo de paz e reconheceu a OLP como representante oficial do povo palestino. Ele teve permissão de deixar a Tunísia e montar seu novo quartel-general em Ramal-lah, na Margem Ocidental, onde foi recebido como herói. 212 _ • Enfrentando a dura Realidade • Em vez de ser julgado por um tribunal internacional e tratado como os líderes nazistas, sérvios, talibãs e iraquianos, como exige a justiça, Arafat ganhou o status de estadista extremamente honrado. Suas ações sangrentas lhe renderam reconhecimento internacional de líder para o processo de paz, e também o Prêmio Nobel da Paz! As Nações Unidas, a União Européia e incontáveis líderes religiosos e políticos do mundo tomaram partido de Arafat em suas exigências injustas e ações terroristas contra Israel - e tudo indica que seus sucessores igualmente terroristas receberão o mesmo favoritismo. Arafat foi tratado num hospital militar francês durante seus últimos dias de vida e, após sua morte, o presidente Jacques Chirac prestou-lhe tributo como "um homem de coragem e convicção". 31 A Tunísia deu o nome de Arafat a uma de suas principais avenidas. Arafat foi ovacionado pela Assembléia Geral das Nações Unidas, recebido pelo presidente Bill Clinton na Casa Branca e em Camp David, recebido calorosamente pelo menos dez vezes pelo Papa João Paulo II - e o Papa visitou-o em seu palácio na parte de Israel ocupada pela OLP e deu apoio à oposição de Arafat a Israel. Apesar do assassinato de onze atletas da equipe de Israel nas Olimpíadas de Munique, em 1972 (que lhe rendeu um prêmio de 5 milhões de dólares pago pela Líbia de Kadhafi), a OLP foi convidada a enviar sua própria delegação às Olimpíadas! Em 1973, a OLP recebeu o status de observador nas Nações Unidas e, em 1974, Yasser Arafat foi convidado a fazer um discurso perante a Assembléia Geral da ONU, onde foi aplaudido de pé, embora tenha exigido a destruição de Israel. Nos Jogos Olímpicos da Grécia, em 2004, os "Palestinos" receberam mais aplausos que qualquer outra delegação, durante sua entrada. O Ocidente recompensou o terrorismo de Arafat. Ele se tomou a prova de que o terrorismo e os distúrbios relacionados podem render polpudos dividendos. Treinando a Próxima Geração Para a “Pai” A doutrina de que todo judeu deve ser morto e que o mundo inteiro deve ser sujeito ao Islamismo para a glória de Alá não é um ensinamento obscuro. Não é preciso procurar nos cantos escuros de biblioteca para encontrá-lo. Essa ambição é ensinada nos li- 213 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • vros didáticos usados hoje nas escolas muçulmanas do mundo inteiro, inclusive, por exemplo, na Academia Muçulmana localizada nas redondezas de Washington. Ela é pregada com dedicação nas mesquitas, apresentada como ideal heróico para a juventude e alardeada no rádio, na TV e em sistemas de alto-falantes espalhados pelas ruas. Os livros didáticos da Síria levam os alunos à "inevitável conclusão... de que todos os judeus devem ser aniquilados". 32 0 livro-texto egípcio, Studies in Theology: Traditions and Morais (Estudos Teológicos: Tradições e Princípios Morais) explica que o Corão encoraja os fiéis "a lutar a jihad... [e] decapitar os infiéis..." 33 A decapitação de reféns no Iraque simplesmente mostra que os terroristas são muçulmanos que estão seguindo o exemplo de Maomé e os ensinamentos do Corão e da hadith. Apesar disso, o Islamismo continua vendendo ao mundo, com sucesso, a imagem de uma religião de paz. Esse fato ainda é um dos maiores mistérios de nossa época. Deveria haver um indignado clamor internacional contra o crescimento do Islamismo. Este livro não é o primeiro e nem o único a dar o alarme para tentar despertar o mundo para a terrível verdade. Talvez os leitores se sintam motivados a exigir que os líderes ocidentais digam a verdade. Essa é a única esperança de sobrevivência para o Ocidente! Documentos apreendidos revelaram que "nas cerimônias de formatura da rede de jardins de infância da Sociedade Islâmica [do Hamas, fundada pela Arábia Saudita], crianças palestinas encenaram atentados de homens-bomba. As crianças vestiram uniformes militares e imitações de cintos explosivos, carregaram fuzis Kalashnikov de brinquedo e queimaram a bandeira de Israel”. 34 A TV palestina transmite um programa infantil, nos moldes do Vila Sésamo, chamado Clube da Criança. Ele mostra crianças cantando canções que falam de seu desejo de se tomarem homens-bomba contra Israel. 0 Sheik Ikrima Sabri, nomeado Mufti (maior autoridade islâmica) de Jerusalém por Arafat, disse ao semanário egípcio Al-Ah-ram Al-Arabi\ "Quanto mais jovem o mártir, maior o respeito que tenho por ele... uma nova geração levará a missão adiante com determinação". 35 Que tragédia! Será que algum dia conseguiremos restaurar a inocência dessas crianças? Seria possível convencer essa geração daquilo que toda consciência normal sabe com certeza - que o verdadeiro Deus jamais compactuaria com assassinatos, e muito menos daria aos as- 214 _ • Enfrentando a dura Realidade • sassinos uma recompensa especial no Paraíso? Se isso puder ser feito, milhões de vidas talvez sejam salvas. Walid Shoebat, ex-terrorista da OLP, escreveu: Eu nasci e cresci em Beit Sahour, Belém, na Margem Ocidental. O ódio aos judeus foi minha educação, a lição que meus professores, meus pais e toda a comunidade me ensinavam todo dia. Como eu não conhecia mais nada, acreditava que a coisa certa a fazer quando eu crescesse era matar judeus. Minhas cantigas de ninar e muitos dos poemas que memorizei falavam de partes de corpos voando e cabeças rolando. Fiz minha iniciação no grupo terrorista Fatah de Yasser Arafat e fui recrutado por um famoso fabricante de bombas chamado Mah-moud Al-Mughrabi, de Jerusalém... Minha vida virou de pernas para o ar quando descobri que tudo que tinham me ensinado sobre os judeus era mentira. 36 Morrer como mártir na jihad sempre foi o único caminho certo para um muçulmano chegar (talvez) ao Paraíso. Entretanto, cometer suicídio para conseguir isso nunca foi considerado um ato digno, até muito recentemente. Talvez por ter tentado se matar várias vezes, Maomé condenava o suicídio. Segundo relatos, ele teria dito: "Qualquer um que tire a própria vida neste mundo, seja de que forma for, será atormentado dessa mesma forma no dia da ressurreição”. 37 Se a condenação de Maomé ao suicídio como parte da jihad pudesse ser amplamente comunicada, isso poderia fazer com que o mundo islâmico se voltasse contra essa prática. Entretanto, a maioria dos imãs justifica os atentados suicidas como operações de martírio da jihad e alega que o suicídio nesses casos é justificado e recompensado. 0 ódio a Israel e a determinação de destruir aquela nação são assuntos de destaque nas publicações distribuídas oficialmente por ministérios da Educação em países muçulmanos. Por exemplo, um livro usado no primeiro ano do ensino médio da Jordânia afirma: "Israel nasceu para morrer. Prove isso". Um livro usado na oitava série do ensino fundamental em Damasco diz: "Os judeus são inimigos vis e gananciosos da humanidade". Na Síria, um livro para a quinta série traz a bravata: "Nós expulsaremos todos os judeus de iodos os países árabes". _ 215 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • No Egito, um livro didático para a sétima série incita os alunos: "Os árabes não cessam de agir para o extermínio de Israel". Num livro do primeiro ano do ensino médio está escrito: "Israel não sobreviverá se os árabes permanecerem firmes em seu ódio... Mesmo que toda a espécie humana e os demônios do inferno conspirem para ajudá-los, eles deixarão de existir”. Encontramos esse ódio latente e perpétuo em relação aos judeus e a correspondente determinação de aniquilar seu povo nos textos de fundamentalistas muçulmanos de todo o mundo. Em seu depoimento perante a subcomissão do Senado mencionado anteriormente, David A. Harris ressaltou que "os livros didáticos da Arábia Saudita, inclusive as gramáticas, estão cheios de frases exaltando a guerra, a jihad e o martírio. E, embora todas as formas de terrorismo sejam rejeitadas pelos livros didáticos da Arábia Saudita, parece que tais proibições não se aplicam a casos que se encaixam nas categorias de jihad e martírio" 38 - especialmente contra judeus. Harris explicou com mais detalhes num boletim: Os livros didáticos sauditas são um retrato cheio de ódio de um mundo bizarro e fictício - um lugar onde os Protocolos dos Sábios de Sião é um texto histórico... onde Israel não existe no mapa... onde organizações como a Maçonaria, o Lions Club e o Rotary Club estão interligadas numa conspiração sionista global. Os livros didáticos não são produzidos por fanáticos religiosos renegados. Eles são publicações oficiais do Ministério da Educação Saudita - o trabalho de uma monarquia que se faz passar por um regime moderado e aliado dos Estados Unidos... Recentemente, juntamo-nos ao Centro de Monitoração do Impacto da Paz para realizar uma investigação a respeito dos livros escolares da Arábia Saudita. O que descobrimos foi - para usar uma linguagem clara - deprimente. Praticamente todas as lições - de gramática, geografia, história - eram distorcidas de modo a servir de veículo para ensinar o ódio... "Não se consegue encontrar praticamente nenhuma revolta em que não haja participação dos judeus", diz um desses livros didáticos... culpando os judeus pela... I Guerra Mundial e pelas Revoluções Francesa e Russa. Num dos exercícios, os alunos têm que preencher a lacuna deste frase: "Os que atraíram sobre si a ira de Alá são_". Nin- 216 _ • Enfrentando a dura Realidade • guém deveria se surpreender ao ler que a resposta correta é: "os judeus". Mas a intolerância não se dirige exclusivamente aos judeus. Os livros didáticos sauditas também ensinam a juventude a desprezar tubo que vem do Ocidente... Nosso trabalho nesse relatório foi útil na introdução de uma resolução no Congresso dos Estados Unidos condenando a intolerância nos livros didáticos da Arábia Saudita, requerendo à monarquia saudita que modifique o conteúdo de seu currículo escolar e manifestando "extremo desapontamento" com o ritmo lento da reforma escolar... 39 Uma Distinção Importante Não estamos criticando o fundamentalismo ou os fundamentalistas. Toda pessoa que finca suas bases firmemente em suas convicções é um fundamentalista. Todos os cristãos deveriam ser fundamentalistas. Isso significa, simplesmente, ensinar e praticar os princípios fundamentais da fé, conforme estabelecidos na Bíblia e do jeito que foram ensinados e exemplificados por Jesus Cristo. Todos os muçulmanos também deveriam ser fundamentalistas. 0 problema é que os fundamentos estabelecidos no Corão e ensinados e exemplificados por Maomé envolvem força, violência e assassinato a fim de expandir o Islamismo. Mas um verdadeiro cristão é chamado a propagar sua fé pelo amor, pelo exemplo caridoso e pelo apelo à razão - ajudando as pessoas a enfrentarem o fato de que a penalidade para o pecado foi totalmente paga por Jesus Cristo na cruz, e a salvação é oferecida como um presente gratuito para "todo aquele que quiser”. Existe uma grande distinção entre os fundamentos do Islamismo e os do Cristianismo - uma distinção que qualquer pessoa honesta tem que reconhecer. Todo mundo é livre para criar sua própria religião se quiser. Mas ninguém tem liberdade para criar uma religião e chamá-la de Islamismo, porque essa religião já está definida, com um fundador, escrituras, tradições e uma longa história de exemplos estabelecidos por Maomé e por muçulmanos devotos. 0 mesmo se aplica aos que criam sua própria religião e depois a chamam de "Cristianismo”, e afirmam ser "cristãos". Eles não têm o direito de fazer isso. 0 Cris- _ 217 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • tianismo, como o Islamismo, tem seu fundador, suas Escrituras, e uma longa história dos que o praticaram biblicamente. E uma fraude a pessoa se chamar de cristão e não seguir os ensinamentos e exemplos de Jesus Cristo - assim como é uma fraude alguém se dizer muçulmano e não seguir os ensinamentos do Corão e o exemplo de Maomé, conforme registrado na hadith. Isso é axiomático. Ninguém pode justificar a violência e os assassinatos cometidos pelo Islã dizendo que a mesma coisa (embora em escala muito menor) foi feita pelos cruzados. Embora eles ostentassem a cruz e obedecessem à Igreja Católica Romana e aos seus papas em tudo o que fizeram, o fato de massacrarem judeus e muçulmanos era uma violação aos ensinamentos da Bíblia e ao exemplo de vida e doutrina de Jesus Cristo, provando que eles não eram cristãos. Mas o que os muçulmanos fizeram, matando milhões de pessoas na propagação do Islamismo da França à China, e o que os terroristas fazem hoje, está plenamente de acordo com o Corão e com a vida e doutrina de Maomé. Portanto, eles demonstram que são verdadeiros muçulmanos. Os que afirmam que o Islã é paz e que eles não são a favor do uso da violência para propagar o Islamismo, não têm o direito de se chamarem de muçulmanos, e estão enganando os ocidentais quando fazem essas afirmativas. Enfrentando a Terrível Verdade Toda criança das escolas da Autoridade Palestina lê o livro-texto Nosso País Palestina. Na página do título está escrito: "Não há alternativa à destruição de Israel!" Então, a Autoridade Palestina mente descaradamente quando finge desejar a paz com Israel e, ao mesmo tempo, ensina a seus cidadãos que Israel precisa ser destruído! Entretanto, o Ocidente incentiva essa fraude, pressionando Israel a fazer a "paz”. 0 líder muçulmano bósnio Alija Izetbegovic declarou: "Não pode haver paz ou coexistência pacífica entre a fé islâmica e as sociedades não-islâmicas...” Será que ele poderia ter explicado o Islamismo em termos mais claros que isso? E essa declaração, por acaso, não inclui todo o mundo não-muçulmano? Como alguém que nega essa doutrina básica do Islamismo pode se dizer, honestamente, um muçulmano? E, diante dessa doutrina islâmica fundamental, 218 _ • Enfrentando a dura Realidade • não é desonesto da parte dos diplomatas da Arábia Saudita e de outros países islâmicos afirmar o contrário? 0 Islamismo criou uma cultura de ódio e morte que desvalorizou a vida humana. Em 22 de março de 2004, um garoto de onze anos chamado Abdullah Quran foi parado num posto de controle da IDF, na entrada de Nablus. Quando os soldados abriram sua mochila, encontraram, junto com seu boneco do Homem-Aranha, uma bomba de dez quilos. O homem que lhe entregou o pacote, que, obviamente, o estava seguindo e observando à distância (sem ter dito ao garoto que o estava abençoando com uma viagem grátis ao "Paraíso”), havia armado a bomba para ser detonada por telefone celular. Enquanto os sapadores estavam trabalhando para desarmar a bomba, alguém discou o número do celular-detonador. Uma falha técnica salvou a vida do menino e das muitas pessoas que estavam por perto. Neste caso, Abdullah (seu nome significa "servo de Alá") não sabia qual era sua verdadeira missão. Ele disse que tinham oferecido a ele "muito dinheiro” para levar o pacote para dentro de Israel. 40 Discursando nas Nações Unidas em 23 de setembro de 2004, o presidente Bush disse que a causa árabe-palestina "está sendo traída por líderes que se agarram ao poder mas estão alimentando antigos ódios e destruindo a boa vontade de outros". A reprovável necessidade de ser politicamente correto impede que Bush diga a verdade: que não são apenas certos líderes de hoje, mas sim que o próprio Islamismo é a causa direta do ódio dos palestinos a Israel e ao Ocidente, e fornece a motivação para o terrorismo e os atentados suicidas no mundo inteiro. Morton A. Klein, presidente nacional da Organização Sionista da América (ZOA), disse essa verdade com todas as letras: "De fato, o principal obstáculo à paz entre Israel e os árabes palestinos é o fato de que toda a sociedade árabe palestina está envolta numa cultura de ódio e violência contra os judeus. Nisso estão incluídos seu sistema educacional, as colônias de férias, a mídia e os ministros do gabinete da Autoridade Palestina e os membros do parlamento”. 41 E essa cultura é criada pelo Islamismo. Qual o Problema Com o Multiculturalismo? Tomou-se comum nas escolas públicas dos Estados Unidos minimizar qualquer singularidade ou benefício do modo de vida ame- 219 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • ricano estabelecido pelos que fundaram e construíram este país Estão ensinando aos alunos que os valores que os Estados Unidos defendem há séculos, ao invés de serem algo que se deve cultivar e preservar, são motivo de constrangimento e, na verdade, devem ser desprezados. Chegou-se ao ponto em que quase tudo o que vem do Oriente é preferível em relação ao Ocidente. Esse engano começou nas décadas de 1950 e 1960, com o movimento hippie e a apologia às drogas, que viram nossa juventude viajar para o Oriente em busca de "iluminação” em comunidades religiosas de iogues bebedores de urina e "mestres espirituais" fumantes de maconha. Quanto mais bizarro o comportamento, mais "superior” ele era considerado, e mais seguidores atraía. Isso fez com que o Ocidente sofresse uma verdadeira invasão de gurus orientais e resultou no movimento da Nova Era, onde tudo é correto, exceto dizer que uma coisa não é correta. Para comemorar a nova liberdade de idéias, as escolas públicas (especialmente as universidades) começaram a glorificar qualquer coisa que fosse africana ou "nativa", não importava de onde fosse. A pele branca era out e a de cor era in. O branco era feio e mau, o preto era bonito e incapaz de fazer mal algum. Os negócios e o comércio, que construíram nossa civilização, foram execrados por destruir a terra. O ambientalismo, não importa quão extremo e destrutivo seja, à sua maneira peculiar, tomou-se o queridinho do momento. Foi nesse contexto que o Islamismo e os muçulmanos ganharam a admiração que não merecem. Num artigo intitulado "As culturas não são iguais", Michael Barone esclareceu algumas coisas: Qualquer um que venha acompanhando a opinião pública britânica desde os atentados de 7 de julho já percebeu que o "multiculturalismo" está sofrendo um forte ataque. O multiculturalismo prega que... a sociedade não deve ser um cadinho [onde as coisas se misturam, fundem], mas, nas palavras do ex-prefeito de Nova York, David Dinkins, "um grandioso mosaico". E claro que esse mosaico pareceu menos glorioso quando as pessoas viram o trabalho dos rapazes nascidos e criados na Grã-Bretanha que detonaram as bombas. Tempos atrás, Tony Blair defendeu o multiculturalismo. Mas, em 7 de julho, ele mudou o discurso: "Entretanto, é importante que os terroristas entendam que nossa determinação em defender nossos valores e nossa maneira de viver é maior que a determinação deles de 220 _ • Enfrentando a dura Realidade • causar morte e destruição a pessoas inocentes e impor ao mundo o seu extremismo" (itálico acrescentado). Infelizmente, as políticas multiculturais do governo trabalhista de Blair e de seus antecessores conservadores deram refúgio a pregadores do ódio islâmico numa região que já está sendo chamada de "Londrestão..." Agora o governo Blair passou a expulsar os religiosos muçulmanos que pregam o ódio e o terrorismo, e o jornal de esquerda Guardian despediu um redator que era membro do Hizb ut- Tahrir, um grupo radical que defende um "confronto de civilizações" e incentiva os muçulmanos a matarem judeus... O romancista holandês Leon de Winter escreveu que, como a disciplina calvinista se desgastou e os imigrantes muçulmanos rejeitaram a tolerância holandesa, "o delicado mecanismo da tradicionalmente tolerante sociedade holandesa pouco a pouco perdeu o equilíbrio". No jornal The Age [Melbourne, Austrália], Pamela Bone escreveu: "Talvez seja hora de dizer vocês são bem- vindos, mas e assim que as coisas são por aqui". Tony Parkinson, do The Age, citou o comentário sobre a Guerra Fria do escritor francês Jean François Revel: "Uma civilização que se sente culpada por tudo o que é e faz não terá a energia e a convicção necessárias para se defender". As pessoas de bom coração estão começando a ver que tolerar a intolerância não gera necessariamente uma resposta recíproca de tolerância... O multiculturalismo se baseia na mentira de que todas as culturas são moralmente iguais... Mas as culturas não são todas iguais no que dez respeito à representatividade do governo, às liberdades asseguradas e à lei... Nos Estados Unidos, como na Inglaterra, o multiculturalismo tornou-se moda em grandes faixas da nossa sociedade. Assim, os patriarcas da nação são apresentados apenas como donos de escravos. A II Guerra Mundial é limitada ao confinamento de nipo-americanos em campos de concentração e ao bombardeio de Fliroshima. A escravidão é tratada como se fosse exclusiva da América, embora tenha existido em muitas sociedades e o movimento abolicionista tenha surgido primeiro entre os cristãos evangélicos de língua inglesa... Os intelectuais multiculturalistas acham que nosso tipo de sociedade não merece ser defendido. Mas milhões de pessoas aqui e um número cada vez maior na Grã-Bretanha e em outros países sabem que pensamento está errado. 42 _ 221 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Obviamente, o Nazismo criou uma cultura na Alemanha da qual a maioria dos alemães se envergonha hoje e que gostaria de esquecer. Entretanto, mais de sessenta anos depois, como já dissemos, o Mein Kampf de Hitler ainda é um bestseller nos países muçulmanos. O colunista egípcio Ahmad Rajab escreveu: "Agradecemos a Hitler, de abençoada memória, que, no interesse dos palestinos, executou uma vingança antecipada contra os mais vis criminosos da face da terra. Mas nós temos uma reclamação contra ele - sua vingança não foi o suficiente". 43 0 Prêmio Palestino da Paz para a Cultura foi concedido a Abu Daoud por seu livro contando como planejou e executou o assassinato de onze atletas israelenses na Olimpíadas de Munique, em 1972. Imagine se um assassino confesso de muitas pessoas no Ocidente, em vez de ser preso e executado por seus crimes, se vangloriasse deles num livro campeão de vendas e recebesse um prêmio por ele! Os Valores Islâmicos Estão Mudando a Cultura Ocidental. 0 Islamismo destrói o senso fundamental de certo e errado que Deus implantou em toda consciência humana - de modo que o homicídio é recompensado com o Paraíso e os assassinos são enaltecidos como os heróis mais dignos de honra! Essa é a atmosfera que o Islamismo criou e na qual estão imersos desde a infância não alguns poucos fanáticos, mas todas as pessoas comuns seguidoras do Islamismo. Os muçulmanos do Ocidente podem tentar se manter à distância desse mal, mas no fim das contas, isso não é possível. Será que já não é hora deles admitirem a verdade a respeito da religião à qual ainda se agarram, negando suas doutrinas e os muitos séculos de história violenta? Mas até mesmo os governos ocidentais têm recompensado os terroristas. 0 reconhecimento dado a Arafat não é o único exemplo. Preso pela polícia francesa em 1977, Daoud foi solto por medo de represálias da OLP contra a França - uma fraqueza que rendeu uma série de distúrbios que culminaram em novembro de 2005. Se continuarmos a ceder às exigências terroristas por medo, então já renunciamos ao nosso senso moral de certo e errado - e perdemos a guerra. 222 _ • Enfrentando a dura Realidade • Quando apresento a inegável verdade sobre o Islamismo a platéias ao redor do mundo, vejo reações que vão do desconforto à descrença declarada - e alguns até me chamam de mentiroso. É extremamente doloroso para uma pessoa normal reconhecer que uma religião de nossos dias pede o extermínio de um povo inteiro e a subjugação do mundo pela força. 0 principal e mais determinado inimigo de Israel é o próprio Islamismo - e também é inimigo dos muçulmanos, assim como de todos os não- muçulmanos. Embora muitos muçulmanos que vivem no Ocidente não manifestem a paixão pela dominação mundial em nome de Alá, que é seu dever - e alguns possam até não estar cientes desse aspecto do Islamismo - eles aprenderiam depressa essa terrível verdade se fossem morar num país muçulmano. Em vez de desfrutarem as liberdades que tinham antes no Ocidente, eles teriam que se adaptar ao verdadeiro Islã! Por que tantos muçulmanos emigram para o Ocidente? Obviamente, eles preferem viver em liberdade numa democracia a viver sob os regimes totalitários dos países muçulmanos. Falando francamente, com rara coragem, e conclamando os muçulmanos que vivem nos Estados Unidos a enfrentarem a terrível verdade a respeito do que o Islamismo faz com um país, o Dr. M. A. Muqtedar Khan, Diretor de Estudos Internacionais do Adrian College, de Michigan, disse sucintamente: "É hora de nós, muçulmanos, reconhecermos que as liberdades que desfrutamos nos Estados Unidos são mais desejáveis que a solidariedade superficial com o mundo muçulmano. Se você discorda, então prove: faça as malas e vá para qualquer país muçulmano com o qual se identifique". Ele faz parte do número cada vez maior de intelectuais muçulmanos que estão levantando a voz contra o terrorismo praticado por muçulmanos em nome de Alá. É claro que, ao fazerem isso, eles estão criticando o próprio Maomé. Uma Chamada ao Despertamento 0 mundo ocidental se orgulha da liberdade, democracia e liberalidade. Não há melhor prova disso do que a sinceridade, generosidade e oportunidades com que ele recebe os imigrantes - e especialmente os muçulmanos. 0 favorecimento especial desses últimos acima de todos os outros, inclusive os cristãos, reflete claramente o fato de 223 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • que os muçulmanos controlam a maior parte das reservas de petróleo do mundo, e o Ocidente tem medo de desagradá-los. Eles têm permissão de construir mesquitas às milhares e de terem salas de oração especiais em lugares públicos como escolas e aeroportos. Eles também têm o direito de se tomarem cidadãos e de expressarem suas opiniões, desejos e reclamações através do voto e em todas as tribunas oferecidas numa sociedade aberta e livre que respeita os direitos humanos negados nos países muçulmanos: liberdade de consciência, de expressão, de imprensa e de religião. Também não negamos que essas liberdades deveriam ser garantidas igualmente a todos, sem distinção de raça ou religião. Mas não há justificativa para suprimir (e até negar) a verdade sobre a agressividade mortal do Islamismo em relação a todos os que se opõem a ele. Por causa disso, dezenas de milhares de ocidentais iludidos se converteram ao Islamismo, acreditando que ele é "paz” - e sua influência vem crescendo constantemente, de tal modo que os dois partidos políticos dos Estados Unidos cortejaram os muçulmanos nas eleições de 2004. Em total e vergonhoso contraste, nenhuma dessas liberdades é oferecida aos não-muçulmanos nos países islâmicos - e, geralmente, nem aos próprios muçulmanos. Entretanto, nenhuma voz se levanta na ONU para protestar, nem se ouve qualquer objeção dos líderes políticos do Ocidente. Israel, a única democracia verdadeira do Oriente Médio, é criticado por todo passo errado. Entretanto, o mundo muçulmano, praticamente escravizado por uma religião que ameaça com a morte qualquer um que se atreva a questioná-la, e muito mais ainda aos que se opõem a ela, nunca é criticado por sua contínua negação dos direitos humanos básicos. Isso não agrada a Deus, e é apenas um dos pecados pelos quais o juízo divino em breve irá castigar as nações do mundo. O Ocidente defendeu os direitos humanos em face do Comunismo, fazendo uma pressão sobre a Rússia e a China que rendeu frutos. Por que motivo continuamos justificando que os países muçulmanos ocupem uma categoria especial - intocáveis no que se refere aos direitos humanos? O fato de continuarmos a conceder aos muçulmanos que vivem no Ocidente certas liberdades que não existem nos países muçulmanos sustenta uma flagrante injustiça que encoraja a perpetuação do uso de dois pesos e duas medidas, negando tudo que o Ocidente mais preza. Um dia vamos descobrir: que passamos muito tempo andando nessa vergonhosa estrada de 224 _ • Enfrentando a dura Realidade • mão-única que leva à destruição dos direitos que defendemos (seguindo o chamado "mapa do caminho para a paz"), e chegamos a um ponto em que não dá mais para voltar. Em vez de continuarmos nos iludindo, não seria melhor insistir imediatamente numa justa igualdade com os muçulmanos - uma igualdade sem a qual nenhuma paz duradoura pode jamais ser estabelecida entre povos livres? Em vez de continuarmos a promover a mais grosseira iniqüidade, que só pode nos levar à perda de nossas liberdades básicas, não deveríamos aplicar aos países muçulmanos as mesmas pressões que derrubaram a Cortina de Ferro, até conseguirmos derrubar a ainda mais nociva e impenetrável Cortina Islâmica? Basta olhar as taxas demográficas com seriedade para perceber que estamos afundando numa situação que pode se tomar irremediável, a menos que enfrentemos a verdade agora. Pat Buchanan previu que "a Europa será inundada por uma invasão islâmica-árabe-africana [e a África está se tomando um continente muçulmano rapidamente]... As invasões islâmicas da Espanha e da França, no século VIII, e dos Bálcãs e da Europa Central, entre os séculos XIV e XVII, serão reeditadas durante o período de vida da maioria dos que hoje estão vivos. O Islamismo já ultrapassou o Catolicismo como a maior religião da terra... As populações islâmicas estão explodindo... Em 2025, os palestinos irão superar a população judaica de Israel, na proporção de dois para um". 44 0 Que o Ocidente Deveria Fazer? A "Frente Islâmica Para a Jihad Contra os Judeus e os Cruzados", com o aval de Osama bin Laden e de vários líderes de grupos islâmicos militantes do Egito, Paquistão e Bangladesh, declarou: Os Estados Unidos estão ocupando as terras do Islã no mais sagrado de seus territórios, a Arábia... e, usando suas bases [ali] para lutar contra os povos islâmicos vizinhos... Matar os americanos e aliados, tanto civis quanto militares, é o dever individual de cada muçulmano capacitado... Com permissão de Alá, convocamos todos os muçulmanos... a obedecerem à ordem de Alá para matar os americanos e se apoderar de seus bens onde quer que os encontrem sempre que puderem . 45 _ 225 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Essa organização infame foi fundada por bin Laden e seu médico particular, Dr. Ayman Zawahiri, em fevereiro de 1998. Zawahiri vem de uma das mais aristocráticas famílias do Egito. Ele e bin Laden se conheceram no Afeganistão em 1987 e são parceiros no terrorismo desde então. Zawahiri é, de fato, o cérebro por trás da Al Qaeda. Ele declarou à televisão Al-Jazeera sua disposição de morrer na jihad por Alá - apesar disso, ele faz tudo que pode para evitar esse destino. Nenhum dos líderes que exortam os outros ao martírio pratica o que prega. A honra de morrer é deixada para os outros. Zawahiri é um médico talentoso. Ele foi criado entre os ricos, numa luxuosa mansão do Cairo. Dizem que é a pobreza das massas muçulmanas que as impele, em desespero, ao desejo de morrer na jihad. Como muitos terroristas, Zawahiri prova que isso é mentira. Nenhum dos dezenove seqüestradores que participaram do ataque de 11 de setembro vinha de um contexto familiar de pobreza. 0 catalisador do terrorismo é o próprio Islamismo. Como ressaltou o jornalista Stephen Schwartz, em relação a quinze dos dezenove seqüestradores de 11 de setembro: Eles não eram pessoas pobres dos campos de refugiados da Margem Ocidental ou de Gaza. Eles não eram pessoas que cresceraml com mágoa de Israel e dos Estados Unidos por viverem em condições difíceis. Eles não eram pessoas vindas das favelas superpopulosas do Egito ou do Paquistão, ou pessoas que tinham sofrido violência antiislâmica nos últimos vinte anos e, por isso, tinham-se voltado contra as Estados Unidos. Essas pessoas cresceram no país que os americana» muitas vezes consideram como nosso mais sólido e confiável aliado no mundo árabe - o reino da Arábia Saudita... a Al Qaeda é, essencialmente, um movimento político saudita... vinte e cinco por cento da» detidos em Guantánamo são sauditas . 46 Será Que a Europa Ocidental Está Finalmente Acordando? Os muitos atentados terroristas ocorridos na Europa também não são obra de homens atingidos pela pobreza, que saíram furtivamente de regiões oprimidas do mundo muçulmano. Eles são muçulmanos devotos que, em sua maioria, têm bom grau de instrução, 226 _ • Enfrentando a dura Realidade • viveram no Ocidente durante anos, aproveitaram suas liberdades e oportunidades, mas planejaram cuidadosamente sua destruição para a glória de Alá. Só recentemente começaram a surgir sinais de que os europeus estão lentamente despertando para a verdade e se preparando para revidar. Já era hora! Na Holanda, a morte do cineasta Theo van Gogh, em 2 de novembro de 2004, despertou reações indignadas. Ele foi baleado e apunhalado por vingança, por causa de um documentário em que mostrava os abusos sofridos pelas mulheres no Islã. Geert Wilders, um dos políticos mais populares da Holanda, alertou que "a democracia do país está ameaçada, e solicitou que toda a imigração não-ocidental seja suspensa por cinco anos”. 0 homem preso pelo assassinato de Van Gogh é um ativista muçulmano de vinte e seis anos, com passaportes da Holanda e do Marrocos. O próprio Wilders já foi ameaçado de morte várias vezes por falar abertamente sobre o perigo que o Islamismo representa para seu país e para toda a Europa. A última ameaça, transmitida pela internet (em holandês, com fundo musical árabe), "condena Wilders por insultar o Islã e oferece a recompensa do paraíso por sua decapitação". Citando um recente relatório da inteligência holandesa, de que "o recrutamento para a jihad... está ocorrendo em vinte mesquitas da Holanda”, Wilders declara com um sentimento de urgência: Se existe recrutamento para a jihad numa mesquita, ela não é ama casa de oração, é uma casa de guerra, e deveria ser fechada... seus imãs ou pregadores deveriam ser presos e deportados. Sem uma ação rápida e corajosa, o fundamentalismo islâmico vai derrubar o sistema democrático do país. A Holanda tem sido muito tolerante com pessoas intolerantes, e por muito tempo. Não deveríamos importar uma sociedade política islâmica atrasada para o nosso país... fechar as fronteiras não é suficiente. Os imigrantes deveriam ser forçados a se integrar. Se não fizermos nada... iremos perder o país em que vivemos há séculos... isso é uma coisa que me enfurece, e pela qual vou lutar, para que esse país continue a ser holandês ! 47 Na Bélgica, em meados de novembro de 2004, "as autoridades prenderam um suspeito acusado de enviar ameaças de morte a um senador de descendência marroquina que criticou os muçulmanos _ 227 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • radicais". Numa reunião em 19 de novembro de 2004, os ministros do Interior e da Justiça da União Européia concordaram que "deve-se exigir que imigrantes que venham para o bloco das 25 nações aprendam as línguas locais e adotem os 'valores europeus' gerais que os levarão a uma melhor integração... o comissário de Justiça e Assuntos Domésticos da UE, Franco Frattini, disse aos repórteres em Roma que a integração tinha que ser parte essencial de uma política da UE". Apontando o fato de que quinhentos mil imigrantes turcos e marroquinos na Holanda não falam holandês, a ministra da Educação, Rita Verdonk, declarou: "Se você quer viver nos Países Baixos, tem que seguir nossas regras... aprender nossa língua”. 48 Isso é um bom começo para a Europa (os Estados Unidos não tomaram essas medidas), mas o despertar terá que ir muito além de simplesmente pôr a culpa do terrorismo nos extremistas. Até mesmo Wilders ainda imagina que o problema é causado pelos muçulmanos radicais. Os que começaram a denunciar e a exigir uma ação contra o crescente terrorismo na Europa precisam estar dispostos a admitir que o problema é o próprio Islamismo. Enquanto isso não acontecer, eles estarão lutando contra moinhos de vento e deixando escapar o verdadeiro culpado. Os Muçulmanos Precisam Ser Libertos do Islamismo Urgentemente Essa ingenuidade não foi dissipada nem pelos distúrbios de novembro de 2005 na França. Só depois de doze noites de anarquia e destruição descontrolada, que se espalhou por trezentas cidades, o presidente francês Jacques Chirac finalmente declarou o estado de emergência que levou à decretação de toques de recolher. Milhares de veículos foram incendiados e os danos ao patrimônio foram os maiores desde a II Guerra Mundial. No entanto, os distúrbios foram explicados por muitos comentaristas como sendo o resultado da pobreza, desemprego e falta de programas sociais nos enclaves muçulmanos de Paris e outras cidades. Na verdade, a principal causa foi o fracasso da França em enfrentar a verdade sobre o Islamismo durante décadas (um erro grave que está se repetindo por toda a Europa). E inegável que os desordeiros eram "homens jovens oriundos da África do Norte [inclusive muitos nascidos na França, de pais mu- 228 _ • Enfrentando a dura Realidade • çulmanos]... alienados da comunidade mais ampla... Durante metade de uma década, os árabes da França têm realizado uma intifada em pequena escala contra sinagogas, açougues kosher, escolas judaicas, etc... A população árabe da França identificou corretamente a oposição de Chirac à guerra do Iraque como um sinal de fraqueza...” Bombeiros e motoristas de ambulância há muito tempo têm medo de entrar em várias áreas muçulmanas sem escolta policial. Mesmo antes dos distúrbios, trinta ou mais automóveis podiam ser incendiados numa noite tranqüila, e mais de nove mil viaturas da polícia já haviam sido apedrejadas em 2005. A recusa dos muçulmanos em se deixarem assimilar pela comunidade ao seu redor é responsável por sua falta de qualificação profissional. Eles tentam criar um Estado muçulmano como o Islamismo manda. Enquanto cada país ocidental não exigir que os imigrantes se sujeitem às regras nacionais, a situação só vai piorar, não só na França mas em toda parte. Ernest Renan já enalteceu o Islamismo em outros tempos. Mas agora, ele afirma: "Os muçulmanos são as principais vítimas do Islamismo... libertar o muçulmano de sua religião é o melhor serviço podemos lhe prestar". As palavras de Serge Trifkovic podem ser duras, mas são verdadeiras - e quanto mais cedo o Ocidente enfrentar essa verdade incômoda, melhor: O Islamismo é uma psicose coletiva tentando se tornar global, e qualquer busca de conciliação com essa loucura significa fazer parte dela. Ninguém que acredite que a jihad é o direito ou dever de todos os muçulmanos, ou que defenda a adoção da sharia ou o restabelecimento do Califado, deveria ter permissão de fixar residência em qualquer país ocidental, e qualquer candidato à imigração deveria ser questionado sobre isso. O passaporte de qualquer pregador da jihad deveria ser cancelado. Isso pode ser chamado de discriminação, mas a briga não foi idéia nossa. O Islamismo, nos textos de Maomé e em sua codificação, nos discrimina. Ele é extremamente ofensivo. Os que se submetem a essa fé precisam resolver o problema que criaram para si mesmos. O Islamismo discrimina todos os "incrédulos". Até que os petrodólares financiem uma revisão do Corão que não discrimine, devemos enfrenta-lo com açoites e escorpiões, martelo e tenaz. Os secularistas e seguidores de todas as outras crenças precisam agir em conjunto antes seja tarde demais . 49 _ 229 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Precisamos de uma série de debates internacionais para expor o Islamismo ao mundo como ele realmente é. Os próprios muçulmanos (principalmente os que estão sendo recrutados para "Operações de Paraíso"} precisam entender que o terrorismo expõe a falência moral do Islamismo. O fato de precisar recorrer ao terrorismo e à morte para se manter é uma prova de que o Islamismo não atrai a verdade, a honestidade e o amor do coração. Inacreditavelmente, embora fosse previsível, as palavras que os franceses evitaram usar a todo custo para descrever os distúrbios de novembro de 2005 foram Islamismo, muçulmano e terrorismo. 0 verdadeiro Deus suplica: "Vinde, pois, e arrazoemos..." Alá exige submissão sem qualquer raciocínio, exceto o de que recusar significa morte. O fato dos muçulmanos sempre terem tido que usar a ameaça de morte para atrair e manter convertidos prova que o Islamismo não tem nada a oferecer às pessoas de boa vontade. Como Benjamin Netanyahu disse muito bem: "Na verdade, os terroristas é que são fracos, recorrendo às bombas só porque ninguém lhes daria ouvidos de outra maneira”. 50 A determinação dos terroristas de dominar o mundo para Alá e o Islamismo deve ser contraposta por uma determinação ainda maior de proteger as liberdades que amamos, e que toda consciência sabe que foram concedidas à humanidade pelo verdadeiro Deus que nos criou. Como escreve o especialista em antiterrorismo John Giduck: Para uma América que dorme tranqüila na cama, sem pensar no mundo em que vivemos ou nos horrores que outras nações enfrentam - confiante de que nada pode acontecer aqui - já aconteceu muita coisa que deveria ter feito soar o alarme para todos nós. De fato, alarmes estão tocando há algum tempo; nós é que não os ouvimos. Ainda. 51 Notas: 1. A. J. Abraham e George Haddad, The Warriors ofGod (Bristol, IN: Wyndham Hall Press, 1989). 2. FOX News, Day Side Program, 29 de julho de 2005. 230 _ • Enfrentando a dura Realidade • 3. Anthony McRoy, "There Can Be No End to Jihad", entrevista com o Sheikh Omar Bakri Muhammad, no fim de janeiro de 2005, Christianity Today, 31 de janeiro de 2005. 4. United Nations Yearbook Summary, 1948. http://www.udhr.org/history/year- book.htm#(2)%20Provisions%20of%20the%20United%20Nations%20Charter. 5. Jeremias 17.9-10. 6. Mateus 15.7-9. 7. Serge Trifkovic, The Sword ofthe Prophet: Islam, history, theology, impact on the world (Boston: Regina Orthodox Press, 2002), p. 127. 8. Newsweek, 17 de novembro de 1975 e 14 de março de 1977. 9. http://www.arabnews.com/?page=l &section=0&article=52314&d=3&m=10&y=2004. 10. Disponível em: www.amazon.com. 11. Dore Gold, Hatred's Kingdom: How Saudi Arabia Supports the New Global Terrorism (Washington, D.C.: Regnery Publishing, Inc., 2003), p. 2. 12. Fareed Zakaria, 'The Allies Who Made Our Foes - How Arab States we call our friends sow seeds of terror - and what we should do about it", Newsweek, 1 de outubro de 2001, p. 34. 13. Gold, Hatred's. 14. "Al Qaeda's New Front", produzido por FRONTUNE e transmitido em 24-25 de janeiro 2005 pela PBS. 15. Fox News, 8 de agosto de 2005. 16. http://www.pbs.org/wgbh/pages/frontline/press/2306.html. 17. "New Front...", PBS. 18. Mateus 22.21; Lucas 20.25. 19. USA TODAY, 1 de novembro de 2004. 20. CNN Late Edition, 24/10/04. 21. Gold, Hatred's, p. 6. 22. The Associated Press, 23 de agosto de 2005. 23. Surata 8.12. 24. Ibid., 9.5. 25. Ibid., 9.73. 26. Ibid., 9.123. 27. Ibid., 2.190-193, 210, 224; 4.74-76, 89, 101; 5.36, 54; 8.12, 17, 59-60, 65; 9.5, 14, 29, 123; 47.4, etc. 28. The New York Times, 16 de julho de 2002. 29. Zakaria, Newsweek, 1 de outubro de 2001, p. 34. 30. John Laffin, The PLO Connections (Transworld, 1982), p. 18. 31. Washington Post, 16 de junho de 1982. 32. USA Today, 22 de novembro de 2004. 33. Meyrav Wurmser, The Schools of Ba'athism: a Study ofSyrian Textbooks (MEMRI, 2000), xii. 34. Anthony Browne, "The triumph of the East", The Sunday Mail (Brisbane, Australia), 5 de setembro de 2004, p. 54. 35. Gold, Hatred's, p. 246. 36. World Net Daily, 14 de janeiro de 2003. 37. Shoebat, Why I Left, pp. 13-14, 20. 38. Bernard Lewis, A Middle East Mosaic (New York: Random House, 2000), p. 273. 39. Do depoimento de David A. Harris na audiência da subcomissão do Senado. 40. http://www.ajcadvocacy.net/saudi.htm. 41. International Jerusalem Post, 26 de março de 2004. 42. www.middleeastinfo.org/modules.php?op=modload&name=XForum&file=viewth-read&tid=1276. 43. Michael Barone, "Cultures Aren't Equal", U.S. News & World Report, 15 de agosto/22 de agosto de 2005, p. 26. 44. ATAkbar, 18 de abril de 2001. 45. Drudge Report, 2 de janeiro de 2002. 46. AI-Quds-al-Arabi, 23 de fevereiro de 1998; citado em: The Bulletin (Bend, Oregon), 16 de setembro de 2001, Al, p. 9. _ 231 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • 47. Stephen Schwartz, "Radical Islam in America", Imprimis, Maio de 2004, disponível em: www.hillsdale.edu. 48. Anthony Deutsch, "Popular Dutch lawmaker urges halt to non-Western immiyu shutting down radical mosques", 19 de novembro de 2004. 49. Constant Brand, "EU officials implore new immigrants to learn 'European values". Associated Press, Bruxelas, 19 de novembro de 2004. 50. Trifkovic, Sword, p. 173. 51. Benjamin Netanyahu, Fighting Terrorism: How Democracies Can Defeat the International Terrorists NetWork (New York: Farrar, Straus and Giroux, 2001), p. 49. 52. John Giduck, Terror at Beslan: A Russian Tragedy with Lessons for America's Schools, (n.p.: Archangel Group Publishing), 38. 232 Apaziguamento em Nossos Dias AS POTÊNCIAS DO MUNDO DEMOCRÁTICO parecem ter perdido o juízo no esforço inútil de conseguir uma paz verdadeira no Oriente Médio. Como já documentamos sem sombra de dúvida, uma das principais razões para o fracasso das tentativas de paz é a recusa [dos líderes ocidentais em admitirem a verdade: que o cerne do problema é o próprio Islamismo e o que os líderes muçulmanos estão fazendo em nome de Alá para fomentar a agitação e o ódio contra Israel e o Ocidente. A todo instante, Israel é pressionado a viver em paz com os "palestinos” e "devolver” mais terras a eles. Mas o apaziguamento não funciona melhor agora do que no passado: não há jeito de apaziguar ou comover um assassino que mata multidões, enquanto ele tiver a vantagem! Enquanto não estivermos dispostos a admitir a verdade, e a declarar em alto e bom som, a nós mesmos e ao mundo - inclusive ao mundo muçulmano - que o terrorismo não será recompensado com mais concessões, vamos continuar escorregando ladeira abaixo em direção à destruição, numa velocidade cada vez maior. • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Observando esse "processo de paz" abortivo, que já vem se desenrolando há muitos anos, com um presidente americano depois do outro tentando "finalmente conseguir a paz”, lembramo-nos de Neville Chamberlain tentando fazer o mesmo na Europa, no final dos anos 30. Será que vamos precisar aprender de novo a lição amarga e cara de que o apaziguamento (do qual Chamberlain, com seu guarda-chuva e sua camisa de colarinho alto e pontas viradas, tomou-se o símbolo lamentável] não funciona? Chamberlain foi solidário com as reclamações de Hitler de que a Alemanha tinha sido maltratada depois da I Guerra Mundial, com o que, de fato, quase todo mundo concordou depois. Nesse caso, entretanto, com algumas poucas exceções, as reclamações dos "palestinos” sobre a "agressão israelense" são falsas - e, mesmo que fossem verdadeiras, não justificariam os ataques terroristas fatais contra a população civil israelense. Chamberlain estava confiante de que Hitler era um homem razoável, um homem de palavra. O mundo tratou Arafat da mesma maneira, como se ele também fosse um homem de palavra com quem se pudesse arrazoar e em quem se pudesse confiar, apesar dele ser o principal terrorista e assassino do mundo. Fazer Arafat assinar outro acordo era o objetivo que trazia esperança quando o acordo anterior não estava funcionando porque os palestinos violavam todos os termos que tinham prometido cumprir. No entanto, como era de se esperar, o fracasso em se chegar à paz era sempre culpa de Israel, embora o país tentasse se manter fiel a cada nova revisão. As concessões feitas às exigências de Hitler e Mussolini por "um pouco mais de terras" para evitar a guerra naquela época, guardam enorme semelhança com o que está acontecendo hoje - a entrega de um pedaço atrás do outro da terra de Israel para conseguir uma suposta paz. Depois de visitar a Alemanha, Lord Halifax (que assumiu o Ministério das Relações Exteriores depois da renúncia de Anthony Eden em protesto contra a conciliação com Hitler] disse que estava muito impressionado com os líderes nazistas, e confiante de que finalmente haveria paz. Mas as contínuas manobras apaziguadoras da Grã-Bretanha e da França só encorajaram Hitler a ser mais atrevido. Conforme a crise foi piorando e a guerra parecia inevitável, Chamberlain anunciou na Câmara dos Comuns que faria "um súbito e dramático movimento". Ele ia dizer a Hitler que estava indo à Alemanha para conversarem pessoalmente. Toda a Grã-Bretanha aplau- 234 _ • Apaziguamento em Nossos Dias • diu "tal coragem”. Já tivemos muita conversa no Oriente Médio - presidentes americanos e outros líderes ocidentais lançando uma corajosa "iniciativa de paz" depois da outra, mas a situação só piorou. No meio de seu longo discurso, Chamberlain recebeu um bilhete de Hitler que havia acabado de chegar, convidando-o a ir a Munique encontrar-se com ele, Mussolini e o presidente da França, Daladier. Ao ouvirem as maravilhosas notícias, os membros da Câmara dos Comuns deram pulos de alegria, subiram nas cadeiras e gritaram: "A paz precisa ser salva agora, e com ela o mundo!" 1 Quantas vezes já vimos o otimismo se acender de novo por outra proposta de "paz" intermediada pelo Ocidente entre Israel e os palestinos”? E o que se conseguiu, a não ser a assinatura de Arafat em outro papel sem valor, anunciando acordos promissores que ele nunca teve a intenção de cumprir? Também não se pode esperar coisa melhor da assinatura do sucessor de Arafat, e seu parceiro de longa data no terrorismo, Mahmoud Abbas, que recebeu seu Ph.D. em História no Oriental College de Moscou com a tese de que o Holocausto nunca aconteceu! Chamberlain voltou em triunfo de Munique para a Inglaterra, depois de dar à Alemanha a região industrial e fortificada dos Sudetos, praticamente eliminando todas as principais defesas da Tchecoslováquia contra os nazistas. Anunciando bravamente "paz em nossos dias”, ele foi aclamado por sua coragem e capacidade de conseguir um acordo tão favorável. Como qualquer pessoa com coragem moral mediana deveria ter percebido, se não estivesse acovardada por Hilter e cega por seus próprios interesses egoístas, o líder alemão não estava satisfeito, nem jamais estaria. Nem a Grã-Bretanha estava salva da guerra que mais custaria ao país em toda a sua história. A Alemanha completou a planejada conquista da Tchecoslováquia em março de 1939. Era só o começo. A "paz em nossos dias" revelou-se o pesadelo de um tolo. E a história de todas as tentativas de conseguir paz entre Israel e seus vizinhos muçulmanos não tem sido diferente, desde o primeiro cessar-fogo em 1948 até hoje. Paz a Qualquer Preço? Anthony Eden avisou que a Grã-Bretanha estava deixando "que crescesse a impressão no exterior de que nós cedemos à 235 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • pressão constante”. É claro que ele estava certo, e Hitler não precisou fazer muita pressão para descobrir essa falta de determinação moral. Do mesmo modo, Arafat descobriu bem depressa que no interesse de uma suposta paz, o Ocidente também estava posto a pagar quase qualquer preço, às custas de Israel, quando uma nova pressão era aplicada. Muitas vantagens em termos propaganda e outras recompensas foram conseguidas com a Intifada, os homens-bombas e falsas acusações sobre atrocidades cometidas por Israel, como o suposto massacre em Jenin, que a mídia noticiou avidamente para depois descobrir que a OLP tinha mentido - de novo. Depois de noticiar em manchetes e histórias sensacionais de "testemunhas oculares" que centenas de civis tinham sido massacrados por tropas israelenses em Jenin, no início de abril de 2002, a mídia foi forçada a admitir que tinha sido enganada pela máquina de propaganda palestina. Relatos de que Israel tinha bombardeado Jenin, transformando tudo em ruínas, provocaram protestos no mundo inteiro e pedidos de uma intervenção das Nações Unidas. Quando a verdade foi finalmente revelada, viu-se que as coisas eram bem diferentes. Para minimizar as baixas entre civis, as tropas de Israel arriscaram a vida tomando o controle de Jenin através de combates de porta em porta, em vez de usar os aviões e a artilharia de que dispunham. O coronel Gal Hirsh, chefe das operações no Comando Central, declarou: A maioria dos palestinos mortos eram terroristas armados; muitos tinham dispositivos explosivos amarrados ao corpo [quando fingiam se render]. Lamento que alguns civis palestinos tenham sido feridos e alguns tenham sido mortos. Nós estávamos lutando contra terroristas armados. Pedimos aos civis palestinos que evacuassem suas casas para não serem feridos; alguns preferiram ficar. O Minneapolis Star Tribune, um dos muitos jornais que alardearam os relatos falsos a fim de mostrar a pior imagem possível de Israel, teve finalmente que reconhecer que o modo como tratou o suposto "massacre de Jenin” tinha sido "muito ruim... um desastre editorial... um tropeço sem tamanho..." O New York Times e a Associated Press finalmente admitiram que o Human Rights Watch não tinha encontrado "nenhuma evidência" de um massacre. O sal- 236 _ • Apaziguamento em Nossos Dias • do final de mortes nos dez dias de combates ferozes foi de 45 palestinos (em sua maioria, terroristas) e 23 soldados israelenses. Entretanto, grande parte da mídia ocidental continua esperando ansiosamente por outra história estarrecedora para mostrar que os palestinos estão matando, mutilando e atingindo propositadamente milhares de civis inocentes só porque estão sendo forçados a se defenderem do terrorismo de Israel. 0 general-brigadeiro Eyal Shlein, comandante das operações do exército na campanha de Jenin, disse: "É importante enfatizar que quem quer que use [civis] como escudo pagará um preço por isso. Nós descobrimos grandes quantidades de armas, munições, explosivos, bombas, bem como dezenas de laboratórios para a fabricação de bombas”. Tudo isso estava em áreas residenciais, muitas vezes dentro das casas das pessoas. Quanta Semelhança! Hugh Christie, um agente do MI6 radicado em Berlim, tinha relatado à Grã- Bretanha que, numa conversa particular, Hermann Goering havia admitido que a Alemanha pretendia anexar toda a Tchecoslováquia e a Áustria e "queria liberdade total para agir na Europa Ocidental”. E Arafat não disse muitas vezes, não em particular, mas abertamente para o mundo inteiro (assim como vários outros líderes árabes, por mais de cinqüenta anos), que os "palestinos" pretendem ter sua própria nação, desde o Jordão até o Mediterrâneo, com Jerusalém como capital? Quantas vezes mais os sucessores terroristas de Arafat (e os líderes muçulmanos do mundo inteiro) terão que nos dizer isso para que acreditemos que eles estão falando sério, e que não ficarão satisfeitos com mais nada, senão a diestruição de Israel? Será que é menos condenável entregar Israel aos árabes pedacinho por pedacinho, em vez de tudo de uma vez? Hitler desfilou suas violações do Tratado de Versalhes na cara da Europa, aumentando suas forças armadas três vezes além do limite acordado. Seguindo um padrão quase idêntico, Arafat fez o mesmo, transformando o que deveria ser uma força policial doméstica num moderno exército dentro de Israel, capaz de entrar em guerra dentro de suas fronteiras. Através das manobras conciliatórias de Chamberlain, a Alemanha fez um acordo de paz com a In- _ 237 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • glaterra que deu tempo ao inimigo para fortalecer seu exército, e só retardou ligeiramente a inevitável guerra. E os resultados do apaziguamento no Oriente Médio não foram os mesmos? As promessas do agressor nunca são cumpridas e seu apetite nunca é satisfeita Cada concessão abre a porta para mais exigências e só gera mais mortes, pelas quais Israel sempre leva a culpa. Será que não vamos aprender nunca? Será que ninguém se importa, a não ser Israel? Enquanto as condições de Versalhes eram descumpridas uma atrás da outra, a Liga das Nações fazia apenas reclamações leves, enquanto a Inglaterra só parecia interessada em conseguir a "paz" para si mesma a qualquer preço, já que outros estavam pagando a conta humilhante. Não há como negar os paralelos com a situação atual. Há décadas as potências ocidentais tentam apaziguar Arafat e o mundo árabe. Elas estão ainda mais dispostas a fazer o mesmo com seu sucessor, Mahmoud Abbas - sempre às custas do território e da segurança de Israel, e ao preço de vidas israelenses. Não querendo acreditar nas palavras claras de Arafat e de todo o mundo árabe, de que seu objetivo é a aniquilação de Israel, cada vez mais concessões vão sendo feitas, no sonho louco de que os "palestinos" finalmente ficarão satisfeitos e pararão de fazer exigências. 0 atual mapa para a paz, que deveria estar completo em 2005 mas ainda nem começou, é mais um passo mal dado no caminho do apaziguamento. Há outras semelhanças inegáveis entre o que aconteceu no passado e o que está acontecendo agora. À medida que Hitler avançava audaciosamente com intenções declaradas de tomar toda a Tchecoslováquia, a agressão calculada e intencional da Alemanha era desculpada como uma reação justificada à violência e às atrocidades cometidas pela brutal polícia tcheca contra alemães na região dos Sudetos. As notícias eram falsas, mas os nazistas não se importavam, e aparentemente o mundo, que as aceitava, também não - tudo no interesse da "paz em nossos dias". Do mesmo modo, Israel agindo em autodefesa, é hoje acusada de agir com violência contra os que acolhem, treinam e enviam homens-bomba para matar seus civis. Inacreditavelmente, as pessoas dão crédito aos terroristas quando eles acusam Israel de agredi-los gratuitamente; mas elas acham que Israel está sempre mentindo, não importa o que diga. Debaixo da enorme pressão da opinião pública mundial, Israel tem sido forçado a negociar com assassinos em massa e a fingir que não vê quando eles violam todas as cláusulas de todos os acor- 238 _ • Apaziguamento em Nossos Dias • dos que assinaram solenemente. Arafat constantemente ostentava suas violações diante dos líderes de Israel. Intimidado pela pressão da ONU e da UE, que poderiam falir o país recusando-se a comprar seus produtos, Israel tem desculpado a má fé de seus "parceiros na paz” e continuado a tentar negociar "cessar-fogos”, contrariando o bom senso. Vez após vez, Israel fracassou em fazer Arafat cumprir sua palavra e, em vez disso, atendeu às suas exigências gananciosas. Os israelenses permitiram que mentiras e agressões continuassem sem uma resposta adequada a fim de "conseguir a paz" com os que só falam palavras de paz para encobrir suas verdadeiras intenções. Hitler Anunciou Suas Intenções Claramente Os judeus não eram as únicas pessoas marcadas para morrer. Em 1938, Hitler disse que enviaria seus exércitos para o Leste com "ordem de mandar para a morte, cruel e impiedosamente, todo homem, mulher e criança de origem e língua polonesa. Essa é a única maneira de conseguirmos o espaço vital de que necessitamos. A Polônia será despovoada e colonizada por alemães". 2 Entretanto, os judeus eram seu principal alvo, onde quer que fossem encontrados. Os alemães sabiam muito bem o que estava acontecendo - e o resto do mundo também. 0 livro Mein Kampf (Minha Luta) rendeu a Hitler um milhão de dólares por ano em direitos autorais porque todas as prefeituras eram obrigadas a comprá-lo e a entregar um exemplar gratuitamente a todos os recém-casados. 0 capítulo 11 desse livro é uma violenta crítica aos judeus, que são descritos assim: "Ele (o judeu) não pára por motivo algum. Sua conduta extremamente desprezível é tão apavorante que realmente ninguém pode se surpreender se, na imaginação do nosso povo, o judeu representa a encarnação de Satanás e o símbolo do mal”. Mais uma vez, existe aqui uma nota familiar que se repete na propaganda antijudaica proveniente da Arábia Saudita e de todo o mundo muçulmano, seja em livros didáticos e outras publicações oficiais, sermões pregados nas mesquitas, notícias transmitidas pelo rádio e pela televisão, etc. - todas, de alguma forma, justificadas pela provocação representada pela própria existência de Israel no seio da "nação árabe”. _ 239 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Em Mein Kampf Hitler defende o argumento de que "o perigo judeu ficará claro no momento em que o público em geral tiver em suas mãos... Os Protocolos dos Sábios de Sido [uma reconhecida fraude, mas ainda popular nos círculos muçulmanos atualmente]... e entendê-los". 3 Ele não podia esperar que isso acontecesse, então planejou e executou eficazmente o extermínio em massa dos judeus da Europa em campos especialmente construídos para isso. No discurso de Hitler ao Reichstag (Parlamento), em 30 de janeiro de 1939, ele disse com todas as letras que a guerra resultaria na aniquilação dos judeus da Europa. Sua ânsia de exterminar todos os judeus, embora manifesta de forma tão clara e freqüente, não foi levada a sério, ou foi tolerada porque ninguém se importava em fazer nada a respeito. Obviamente, depois do fato consumado, ele foi condenado por todo o Ocidente, com a desculpa de que ninguém tinha percebido direito a verdade sobre o Holocausto - mas isso é mentira, e as pretensas boas intenções chegaram muito tarde para ajudar qualquer uma das seis milhões de vítimas. E agora, o que fazer a respeito da afirmação ainda mais clara feita por Maomé de que todos os judeus do mundo devem ser mortos? Quando é que as pessoas vão começar a acreditar que isso é doutrina corrente e irrevogável do Islamismo, e a mídia e os líderes mundiais passarão a condená-la? E quando é que a nossa política externa passará a se basear na verdade, em vez de acobertar e desculpar as mentiras muçulmanas? Hoje, como na época de Hitler, nenhuma voz se levanta nas Nações Unidas ou na Europa contra os juramentos claramente expressos por líderes muçulmanos, de que um povo inteiro precisa ser exterminado. Ingenuamente, a declaração inequívoca de Maomé é tratada como se não se aplicasse mais aos nossos dias, quando na verdade se aplica. Nenhum líder muçulmano tem autoridade para mudar um só verso do Corão ou qualquer coisa que Maomé tenha ensinado ou praticado, conforme o registro da Hadith. As repetidas ameaças e ações da OLP e dos líderes árabes também não são recebidas com a indignação internacional que merecem. Em vez disso, a persistente exigência dos árabes de que Israel seja destruído é considerada como um clamor legítimo em defesa de "palestinos" prejudicados, que precisam ser apaziguados através dos planos de "paz" que o Ocidente pretende impor a Israel. 240 _ • Apaziguamento em Nossos Dias • Não se Permite Que Haja Paz Os árabes que reconhecem que Israel não será derrotado, e desejam normalizar as relações com aquele país pelo bem de todo o Oriente Médio, descobrem que é difícil e extremamente perigoso expressar essa opinião, e quase impossível colocá-la em prática. A visita de Anwar Sadat a Jerusalém, em 1977, foi apenas uma de suas várias ações consideradas ofensivas pelos fundamentalistas islâmicos e que levariam ao seu assassinato. Muçulmano devoto, ele foi à mesquita de Al-Aqsa para rezar - outra ofensa imperdoável. A família real saudita havia jurado não fazer isso até que Jerusalém fosse "libertada” e estivesse totalmente sob controle muçulmano. Velhas rivalidades entre sauditas e egípcios se reacenderam. A última gota d'água veio quando Sadat promoveu a "paz”. O grão-mufti de Jerusalém, sheik Saadeddin Alami, emitiu uma fatwa ordenando que Sadat fosse morto e prometendo a seu assassino um lugar no Paraíso. Que outro "deus” ou religião incita e recompensa assassinatos a sangue-frio? Na mente dos muçulmanos, negociar com Israel em boa fé, por qualquer motivo, é o pecado imperdoável. Arafat foi criticado e teve que andar na corda bamba - enganando Israel e o Ocidente com promessas, sem se arriscar a desagradar seus companheiros muçulmanos. Até mesmo fingir fazer a paz com Israel, embora fosse um ardil para ganhar sua confiança e conseguir destruí-lo, era considerado uma afronta. Veja o que diz a Al-Da 'wa, revista egípcia da Irmandade Muçulmana: Por causa da natureza essencial do judeu, era inútil tentar estabelecer relações com forças progressistas israelenses, como Yasser Arafat, presidente da OLP, havia proposto. De fato, todos os judeus, como Menachem Begin, tinham derramado o sangue dos árabes e usurpado suas terras e casas. A tendência à traição e à beligerância está’ profundamente arraigada na alma de todo judeu. 4 0 sentimento expresso pela Irmandade Muçulmana não pode considerado apenas a visão de uma facção extremista fundamentalista. Isso é o Islamismo. Qualquer árabe criado no território OLP ou em qualquer outro país muçulmano confirmará que pendeu a odiar os judeus e a trabalhar para sua aniquilação desde _ 241 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • que tinha idade suficiente para entender os slogans e levantar pequeno punho como sinal de aprovação. Depois de perderem a Guerra dos Seis Dias em 1967, uma guerra cujo objetivo era aniquilar Israel, os chefes de Estado árabes reuniram em Cartum, no Sudão, entre 29 de agosto e 1 de de 1967. Sob a liderança de Nasser, eles adotaram os infames nãos": Não fazer paz com Israel; não negociar com Israel; não conhecer Israel. Esse acordo expressa o verdadeiro cerne do Islamismo e nunca foi rescindido, tomando todas as pretensas negociações de paz com Israel uma completa fraude. À medida que o "processo de paz" continua, os palestinos matam e queimam as casas de árabes suspeitos de cooperar com Israel. A mesma coisa foi feita nas décadas de 20, 30 e 40 (século XX} a qualquer árabe que não se juntasse a al-Husseini nas rebeliões contra os judeus, e que fosse favorável à coexistência pacífica. De fato, naquela época havia mais árabes sendo mortos pelos terroristas seguidores do mufti do que por judeus ou soldados britânicos: "Prefeito, funcionário subordinado, sheik, mukhtar (chefe de vila, personalidade árabe rival e até figuras religiosas muçulmanas proeminentes - todos foram vítimas” dos asseclas do mufti. A partir de abril de 1936, "o extermínio sistemático promovido pelo mufti provocou a morte ou a fuga do país de qualquer árabe suspeito de ter menos do que total lealdade” à contínua perseguição e assassinato de britânicos e judeus. 5 Como naquela época, hoje os terroristas muçulmanos que matam judeus são homenageados com nomes de ruas e feriados, essa a gloriosa base para a "coexistência pacífica?" No entanto, um anúncio no The Jerusalem Post dizia com orgulho que: "As Coberturas de Jerusalem Heights” eram "o mais perto do céu que você pode chegar". De fato, elas ficam tão perto do inimigo que podem ser destruídas com alguns tiros de morteiro. Será que Israel vai acordar para a sombria realidade antes que seja tarde demais? Falando em nome de Deus, o profeta Ezequiel condena os líderes de Israel que "andam enganando, sim, enganando o meu povo. dizendo: Paz, quando não há paz... que profetizaram a respeito Jerusalém e para ela têm visões de paz, quando não há paz’’. 6 A condenação de Ezequiel, tão oportuna naquela época, é também uma profecia que certamente descreve Israel e seus líderes atuais. 242 _ • Apaziguamento em Nossos Dias • As Recompensas da “Paz” Cercado de grandes esperanças, o Acordo de Autonomia de Gaza-Jericó (Acordo do Cairo} foi assinado em 5 de abril de 1994 por Yitzhak Rabin e Yasser Arafat, e testemunhado pelos Estados Unidos, a Federação Russa e a República Árabe do Egito. Ele foi formulado para ser uma "implementação das resoluções 242 e 338 da ONU” dentro do quadro do "processo de paz do Oriente Médio iniciado em Madri, em outubro de 1991". Ele exige explicitamente que Israel e a Autoridade Palestina (AP) "cooperem no combate da atividade criminosa que possa afetar ambos os lados” 7 e "tomem todas as providências necessárias a fim de prevenir atos de terrorismo, crimes e hostilidades de uma parte contra a outra, contra indivíduos que estiverem sob a autoridade da outra parte e contra suas propriedades, tomando medidas legais contra os agressores...” 8 É só mais um pedaço de papel sem valor entre tantos outros. Arafat e a Autoridade Palestina nunca tiveram intenção de cumprir nenhuma cláusula. Não será diferente com seus sucessores. A AP viola todas as promessas descaradamente, e a ONU finge que não vê. Em vez de exigir o cumprimento do acordo (o que poderia fazer através de sua superioridade militar), Israel não faz nada, mesmo com o aumento do terrorismo, e aceita o fato de que a AP nunca irá extraditar nem ladrões de carro, muito menos terroristas. Os próprios policiais da AP dirigem automóveis roubados em Israel. Quando Israel tenta perseguir terroristas em seus esconderijos no território da AP, o mundo condena Israel por "atacar” os pobres palestinos oprimidos. A propaganda palestina, ajudada pela mídia mundial, tem feito um trabalho de mestre, mostrando o pequeno Israel como um Golias cruel, e os inimigos muçulmanos que o cercam, com sua esmagadora superioridade numérica, como um pequeno Davi, enfrentando honradamente o perverso gigante. A suposta paz também trouxe conseqüências comerciais devastadoras. Os palestinos que devem dinheiro a israelenses não pagam mais suas prestações mensais, deixando os credores sem esperança de reaver o dinheiro. 0 mesmo ocorre com a dívida de milhões de dólares de palestinos que compraram a crédito de comerciantes e industriais israelenses. "0 advogado Amnon Zichroni, que representa a AP em Israel, disse asperamente aos credores israelenses que 'suas chances de recuperar o dinheiro eram praticamente nulas'”. 9 _ 243 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • E o mesmo acontece com ladrões e outros criminosos, que podem roubar carros, vender drogas, furtar e roubar livremente, sabendo que basta andar alguns passos e estarão em segurança dentro do território da AP, onde a polícia israelense, contrariando os "acordos” assinados, não pode persegui-los nem descobrir seu rastro. 10 0 Tão Elogiado “Processo de Paz" Enquanto os líderes de Israel negociam a "paz" com a Síria, foguetes Katyusha disparados por terroristas do Hezbollah, apoiados e protegidos pela Síria, caem como chuva sobre a Galiléia. 0 ministro da Defesa da Síria, Mustafá Tlass, disse que Israel era "um fardo para os Estados Unidos e o resto do mundo”. 11 Entretanto, até o recente crescimento dos atentados suicidas e a escalada hostilidades, os líderes de Israel tinham mantido a fé durante anos, continuando a acreditar que, de algum modo, a paz podia ser estabelecida com aqueles cujo ódio implacável só busca a sua aniquilação, como exige o Islamismo. Os atentados em Nova York, no Pentágono, em Madri e Londres foram a prova final de que negociar com terroristas é a mesma coisa que suicídio. Em setembro de 1995, pouco antes de partir para a Conferência de Cúpula de Washington, Arafat, falando na TV jordaniana, reafirmou aos árabes que o Plano de Fases da OLP de 1974 (fingir a paz para conseguir uma base dentro de Israel de onde seria deflagrada sua destruição final), estava em andamento. Em vários discursos públicos desde o início do "processo de paz", Arafat continuava a exigir a destruição de Israel. Diversas fontes têm vídeos com imagens gravadas nos últimos vinte anos que mostram Arafat seus porta-vozes e religiosos islâmicos dizendo claramente em árabe para audiências muçulmanas que todas as negociações de "paz” só têm um objetivo: a destruição final de Israel. O Artigo 19 da Carta da OLP não poderia ser mais claro: "A fundação do Estado de Israel não tem validade, independentemente da passagem do tempo". Mas a mídia e os líderes políticos e religiosos do Ocidente deliberadamente fecham os olhos e ouvidos para a óbvia verdade e sonham com novos "planos de paz", como se fosse isso que os árabes realmente quisessem. 244 _ • Apaziguamento em Nossos Dias • Em contraste com a maioria de seus colegas ao redor do mundo, Mortimer Zuckerman, editor-chefe do U.S. News & World Report, não tem medo de esclarecer os fatos. Enquanto os líderes da Europa e da ONU ainda estavam enaltecendo Arafat como um pacificador, digno do Prêmio Nobel que havia recebido, Zuckerman escreveu abertamente: "A duplicidade do homem [Arafat] é lendária. Dennis Ross, ex-enviado dos E.U.A. ao Oriente Médio, escreveu: Nunca encontrei um líder árabe que confiasse em Arafat... Quase todos os líderes árabes têm histórias sobre como ele os enganou ou traiu”. 12 0 Kuwait aprendeu isso do modo mais duro quando Arafat, que eles tinham sustentado com centenas de milhões de dólares, traiu-os fornecendo a Saddam Hussein as informações secretas para sua invasão. Arafat tinha certeza de que Hussein venceria até mesmo os Estados Unidos, e queria estar do lado do vencedor, não das vítimas. Apesar disso, o Ocidente continuou a dar apoio financeiro a Arafat enquanto forçava Israel a tratá-lo como um líder honesto empenhado em obter a paz. Arafat Reconstruído Alguns discursos violentos de Arafat jurando destruir Israel foram reunidos em vídeo pelo então presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara, Ben Gilman [Republicano, Nova York]. Gilman anunciou que apresentaria as gravações de Arafat ao mundo numa entrevista coletiva em 21 de setembro de 1995. Ninguém da mídia se interessou! 0 mais incrível é que o embaixador de Israel nos Estados Unidos, Itamar Rabinovich, implorou a Gilman que não mostrasse as fitas - pois isso poderia dificultar o "processo de paz”! 13 E como esse alardeado "processo de paz” começou? Essa é incrível história de pressão da opinião pública mundial forçando Israel a aceitar Arafat e a OLP, apesar de eles estarem exilados na Tunísia e da Carta da OLP negar totalmente a existência Israel e exigir sua aniquilação. Nenhum escritor de ficção esperaria que seus leitores acreditassem nesse cenário - mas aconteceu, jeff Jacoby explicou isso no Boston Globe, da melhor maneira possível: _ 245 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Em 1993, depois de negociações secretas em Oslo, [Israel] envolveu-se num "processo de paz" planejado para elevar Arafat e a OLP a níveis de poder, riqueza e respeito que eles jamais haviam experimentado. Em troca da promessa de paz feita por escrito por Arafat - "a OLP renuncia ao emprego do terrorismo e outros atos de violência" - Israel concordou em esquecer a longa história de assassinatos em massa da OLP e em tratá-la como legítimo representante dos palestinos. O acordo foi selado na Casa Branca em 13 de setembro 1993, quando o primeiro- ministro Yitzhak Rabin estendeu a mão a Arafat e confirmou seu novo status como parceiro de Israel na paz O que aconteceu em seguida não tem precedentes na história diplomacia. Arafat e milhares de assassinos da OLP, agora reconstruídos como a "Autoridade Palestina", entraram em Gaza e na Margem Ocidental em triunfo. Num piscar de olhos, Israel transferiu praticamente todas as cidades e vilas árabes dos territórios para o controle de Arafat. Também permitiu que a Autoridade Palestina assumisse o poder administrativo total sobre o povo palestino. Israel não só concordou com a criação de uma milícia armada da Autoridade Palestina, como forneceu as armas. Também começou a pagar a Arafat um subsídio mensal de muitos milhões de dólares e fez um lobby internacional para obter apoio financeiro adicional. Permitiu que a Autoridade Palestina construísse um aeroporto, operasse redes de rádio e televisão e mantivesse relações com outros países como um governo soberano. 14 Netanyahu escreveu: “Meu partido e eu estávamos praticamente sozinhos ao alertar que Arafat não cumpriria a palavra... Fomos duramente criticados como inimigos da paz... Nosso argumento era que entregar Gaza a Arafat criaria imediatamente um esconderijo perfeito para os terroristas...” É claro que Netanyahu estava certo. E agora Israel fez isso de novo, e até de modo mais decisivo, com o abandono de seus assentamentos e defesas na Faixa de Gaza. Entregando Gaia ao Inimigo A entrega de Gaza à Autoridade Palestina criou exatamente os problemas que Netanyahu previu, deixando os assentamentos israelenses dentro de Gaza numa situação precária. Em meados de 246 _ • Apaziguamento em Nossos Dias • setembro de 2005, cerca de quatorze mil soldados e policiais israelenses desarmados estavam esvaziando vinte e cinco assentamentos israelenses na faixa de Gaza, despejando pacientemente os moradores que se recusavam a sair pacificamente. Houve choro e agonia, protestos indignados, uma mulher ateando fogo ao próprio corpo em absoluta frustração. Alguns colonos reagiram violentamente, mas nenhum tiro foi disparado, exceto pelos palestinos num posto avançado militar de Israel. Os soldados choravam junto com os despejados. A última cidade de Gaza a ser evacuada foi Netzarim, nos arredores da cidade de Gaza. Ela havia sido alvo de freqüentes ataques de militantes palestinos e era o mais isolado assentamento israelense na faixa costeira. Durante os últimos cinco anos, foi necessário um batalhão israelense inteiro de cerca de quinhentos e cinqüenta soldados para proteger os colonos de Netzarim, que saíram em ônibus blindados, chorando e em silêncio, para o reassentamento na Margem Ocidental. Para impedir que os palestinos desfrutassem do que os israelenses haviam conseguido com seu trabalho, Israel destruiu as casas e outras construções feitas pelos colonos. A Faixa de Gaza passou finalmente para o controle dos palestinos pela primeira vez, desde 1967. 0 primeiro-ministro Ariel Sharon disse que era impossível assistir aos despejos sem chorar, mas insistiu em que a retirada traria mais segurança a Israel. Ele propôs seu "plano de desengajamento" primeira vez em 2003 para diminuir o fardo de segurança de Israel e para ajudar a preservar o caráter judeu do país, colocando 1.3 milhões de palestinos fora das fronteiras israelenses. Previsivelmente, os palestinos classificaram a retirada como uma vitória de seus atentados suicidas e dos ataques com foguetes. Numa entrevista, em 19 de agosto de 2005, o líder do Hamas Mahmoud Al-Zahar vangloriou-se: "Eu enfatizo que foi a resistência que expulsou a ocupação da Faixa de Gaza... Vamos ficar em pé sobre as ruínas dos assentamentos israelenses e dizer ao nosso povo que vencemos". 15 Não há dúvida de que o derramamento de sangue vai recomeçar quando a retirada de Gaza estiver terminada. Em protesto, Benjamin Netanyahu entregou seu cargo como ministro da Economia. Seguem alguns trechos de sua carta de renúncia que julgamos importante reproduzir aqui: _ 247 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Sr. Primeiro-Ministro, Desde o momento em que o Sr. me apresentou seu plano de desengajamento, eu lhe disse que era contra uma retirada unilateral em que Israel não recebesse nada em troca. Uma retirada como essa, argumentei, só iria fortalecer as forças do terror... e pior de tudo, estamos permitindo que os palestinos abram um porto marítimo que lhes permitirá importar armas à vontade. Infelizmente, o governo avança cegamente. Como eu temia, o Hamas está ficando mais forte, o terrorismo continua, morteiros e [mísseis] Qassam estão sendo lançados sobre nossas cidades, e nossos inimigos declaram com ousadia que irão transferir os foguetes que nos expulsaram da Faixa de Gaza para a Judéia e Samaria, e atirá-los até conseguirem seu objetivo de "completa libertação da Palestina... Assim como eu estava convicto em 1993 de que o Acordo de Oslo resultaria em ataques de foguetes a partir de Gaza e atentados terroristas a partir da Judéia e Samaria, estou convicto hoje de que o plano de desengajamento irá fortalecer o terrorismo, e não enfraquecê-lo... Em suma, está ficando claro como água que o desengajamento unilateral não está trazendo nenhum benefício para Israel. Ao contrário, está pondo em risco a nossa segurança, dividindo a nação e justificando a inaceitável exigência de que Israel retorne às indefensáveis fronteiras de 1967. Este não é o meio de se obter a paz... O que Israel está conseguindo em troca de sua decisão de expulsar famílias, destruir suas casas e desenterrar seus entes queridos [os restos mortais tiveram que ser removidos, ou seriam violados pelos palestinos]. Em troca, estamos conseguindo uma nova base para o terrorismo islâmico. Depois dos atentados terroristas em Nova York, Washington, Madri, Londres e no Sinai, o mundo está começando a entender que o terror precisa ser confrontado, não apaziguado. E Israel, a nação que um dia mostrou ao mundo inteiro como um povo livre confronta corajosamente o terrorismo, agora está tomando um rumo diferente.. Não estou disposto a tomar parte num processo que prefere ignorar a realidade e desenvolve cegamente uma política que irá criar uma base terrorista islâmica que... põe em risco a segurança do Estado, divide a nação, estabelece um precedente para o retorno de ls- 248 _ • Apaziguamento em Nossos Dias • rael às indefensáveis fronteiras de 1967 e até põe em perigo o futuro de uma Jerusalém unida. Assim sendo, entrego esta carta de renúncia. Benjamin Netanyahu É claro que Netanyahu estava certo novamente, como em seu protesto anterior contra o processo de Oslo. Infelizmente, ninguém parece disposto a reconhecer o que todos os lados estão ignorando: que esta é a terra de Deus, uma terra que Ele deu ao Seu povo escolhido há quatro mil anos. Também não se reconhece hoje que, exatamente como Maimonides e Ben Gurion disseram, ninguém tem o direito de tirar de Israel nenhum pedaço dessa terra, nem há qualquer opção de negociá-la. 0 juízo de Deus cairá sobre todas as partes, e todas as evidências indicam que esse aterrorizante ato de vingança divina irá ocorrer num futuro não muito distante. 0 Triunfo da Propaganda Sobre a Verdade De acordo com a Fundação Instituto Árabe-Americano, com sede em Washington, estima-se que haja duzentos e cinqüenta e dois mil "palestinos" vivendo nos Estados Unidos. Alguns deles, que imigraram para a América há vinte anos ou mais, foram entrevistados pela Fox News em meados de agosto de 2005, para saber sua reação diante da retirada dos israelenses de Gaza. Seus comentários refletem o triunfo da propaganda promovida pela mídia muçulmana e repetida pela maior parte da mídia ocidental: "Os palestinos foram chutados de sua terra, 50 ou 60 anos atrás. Os palestinos estão sem pátria desde muito antes da Guerra dos Seis Dias, em 1967, quando Israel tomou a Faixa de Gaza, a Margem Ocidental e Jerusalém Oriental, que tem controlado desde então. Se os palestinos não cabem em si de tanta alegria de ver os colonos judeus partirem é porque para eles isso é justiça". 16 Sem pátria desde... ? Eles nunca tiveram uma pátria! Já mostramos os fatos anteriormente e não vamos tratar disso de novo, exceto resumidamente. A verdade é que essas áreas foram tomadas pelo Egito e pela Jordânia durante o ataque das forças armadas de seis nações árabes, cujo objetivo expresso era "empurrar _ 249 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • os israelenses para dentro do Mediterrâneo” e exterminar o recém-fundado Estado de Israel. 0 Egito e a Jordânia mantiveram esses territórios por dezenove anos e os usaram como bases para ataques terroristas contra Israel. Durante aqueles dezenove anos, em vez de darem aos "palestinos” um Estado próprio (o que ninguém os impedia de fazer), o Egito e a Jordânia os colocaram em "campos de refugiados". Israel não construiu esses campos - foram os árabes que fizeram isso a seu próprio povo e os têm mantido na miséria desde então. Já citamos declarações do ditador do Egito, Gamai Abdel Nasser, e de outros líderes muçulmanos durante os dezenove anos entre 1948 e 1967, no período em que juntavam forças e armas, expressando repetidas vezes sua determinação de "varrer Israel do mapa” numa invasão que não deixaria vivo um só judeu, homem, mulher ou criança - como o Islamismo exige. Como as nações árabes em volta estavam prontas para atacar, Israel não teve escolha senão fazer um ataque preventivo em autodefesa, derrotando em seis dias os que queriam aniquilá-lo. Israel nunca ameaçou nem atacou seus vizinhos. 0 país só agiu em autodefesa depois de todos os ramos de oliveira que havia empunhado terem sido pisados pelos que haviam jurado muitas vezes: "Não fazer paz com Israel; não negociar com Israel; não reconhecer Israel". Apenas mentes distorcidas poderiam condenar Israel por se opor aos que se recusaram terminantemente a viver em paz com essa nação. No entanto, Israel é criticado porque trata os que o ameaçam como alguém que precisa ser vigiado de perto, controlado e impedido de atingir seu objetivo. É o cúmulo do absurdo inimigos reclamarem porque não estão sendo tratados como dignos de confiança e parceiros na paz - embora Israel tenha tentado fazer isso também. Israel é como um homem cercado por uma gangue de matadores apontando armas contra sua cabeça. Seus seqüestradores ameaçam: "Entregue a escritura de sua propriedade, ou nós o mataremos. Vamos matá-lo de qualquer maneira, mas você pode adiar isso um pouco se nos der o que queremos". Para reforçar a ameaça, um de seus filhos é explodido com uma bomba. A mídia culpa o homem por "provocar” seus seqüestradores ao não ceder a suas exigências. Uma vez assinado o documento e tomada a propriedade "legalmente”, os criminosos exigem: "Agora entregue sua conta bancá- 250 _ • Apaziguamento em Nossos Dias • ria. Vamos matá-lo de qualquer maneira. Nossa religião o exige. Mas transfira sua conta bancária para nós, e adiaremos um pouco a execução”. Para reforçar a ameaça, matam sua mulher. Vendo isso, o mundo aplaude os assassinos como defensores da justiça para os oprimidos, condena o homem por tratar mal os que querem matá-lo e roubar sua terra, e promete ajudá-lo a negociar a "paz” se ele entregar mais um pouco, e depois mais um pouco aos assassinos. Essa é a loucura imposta a Israel pelas potências mundiais! Notas: 1. De uma anotação no diário de Henry (Chips) Cannon, 28 de setembro de 1938. 2. http://www.geocities.com/onemansmind/hr/hitler/Hitler05.html. 3. http://www.stormfront.org/books/mein-kampt/mkvlchll .html. 4. G. Kepel, The Prophet and Pharaoh (Londres: Al-Saqi Books, 1985), pp. 112-13. 5. Joan Peters, From Time Immemorial: The Origins ofthe Arab-Jewish Conflict Over Palestine (Nova York: J. KAP Publishing U.S.A., 1984), p. 314. 6. Ezequiel 13.10,16. 7. Artigo XII, 2. 8. Artigo XVIII. 9. The Jerusalem Post International Edition, Semana terminando em 6 de janeiro de 1996, p. 10. 10. Ibid. 11. Ibid., p. 1. 12. U.S. News & World Report, 8 de julho de 2002. 13. The Jerusalem Post International Edition, Semana terminando em 25 de novembro de 1995, p. 30. 14. http://www.science.co.il/Arab-lsraeli-conflict/Articles/Jacoby-2002-04-04.asp. 15. MEMRI (The Middle East Media Research Institute), Special Dispatch No. 964. 16. Jane Roh, "Palestinian-Americans Hopeful About Gaza", Fox News, 21 de agosto de 2005. 251 10 . Ilusões e Destino O Ocidente vibrou quando o presidente Jimmy Cárter, em 26 de março de 1979, realizou a cerimônia para a assinatura do que havia sido um sonho durante décadas: um verdadeiro tratado de paz para o Oriente Médio. Seria o primeiro tratado jamais assinado entre Israel e uma nação muçulmana. Cárter conseguira reunir o presidente egípcio Anwar Sadat (que seria assassinado pouco depois] e o primeiro-ministro de Israel Menachem Begin, depois de convencer Israel a "devolver" o Sinai ao Egito, embora ele nunca tivesse realmente pertencido ao Egito. A escritura de propriedade assinada pelo Deus da Bíblia há quatro mil anos estabelecia que a Terra Prometida se estendia "desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates". 1 Sadat não estava assinando esse acordo por amor aos judeus ou a Israel, mas para obter prestígio no mundo árabe pela tomada de um enorme pedaço de terra de Israel sem disparar um só tiro. Em setembro de 1953, havia boatos de que Hitler ainda estava vivo. O semanário oficial Al Mussawar, controlado pelo governo egípcio, fez a seguinte pergunta a celebridades egípcias: "Se você quisesse enviar uma carta pessoal a Hitler, o que escreveria?" Um dos que responderam a pergunta foi o então coronel Anwar el-Sadat. Eis _ 253 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • aqui parte de sua resposta: "Caro Hitler, eu o parabenizo de coração. Mesmo que, aparentemente, você tenha sido derrotado, na verdade foi o vencedor". 2 Cristão professo, Cárter sentiu que tinha uma missão. Certamente a história lembraria dele como o presidente que finalmente trouxe paz ao Oriente Médio. Para tomar o evento ainda mais memorável, em seu discurso transmitido pela televisão no momento da assinatura formal do acordo, na Casa Branca, Cárter queria citar um versículo da Bíblia sobre a paz e outro do Corão, para mostrar a concordância entre as duas religiões. A Bíblia tem mais de quatrocentos versículos assim, mas os redatores do discurso de Cárter tiveram um trabalhão para encontrar um único verso no Corão que falasse sobre a paz. Existem 114 Suratas (capítulos) no Corão. 0 verso raro que eles encontraram estava na Surata 8, verso 61. Se os redatores do discurso conhecessem bem o Islamismo e o Corão, eles poderiam não ter dado esse verso ao presidente - mas foi o melhor que eles conseguiram encontrar. Entusiasmado, Cárter declarou ao mundo: "No Corão, lemos: ‘Mas se o inimigo se inclina para a paz, inclina-te também para a paz e confia em Deus’. 3 Então, deixemos de lado a guerra... Oremos a Deus... pedindo que esses sonhos se realizem". Entretanto, o "sonho” do Islã, como vimos, não é o que Cárter e Israel imaginavam. 0 verso diz "Alá”, não "Deus", e Alá odeia os judeus e decretou a sua destruição - isso não é uma base plausível para a paz com Israel! Além disso, o título da Surata 8 é "Despojos de Guerra” e todo o capítulo fala de lutas e saques para espalhar o Islamismo pelo mundo inteiro. 0 verso 66, por exemplo, diz: "0 Profeta, estimula os fiéis ao combate”. 0 verso 68 diz: "Não é dado a profeta algum fazer cativos, antes de lhes haver subjugado inteiramente a região”. A única coisa que estava faltando para Cárter ficar igualzinho a Chamberlain era um guarda-chuva na mão. A única paz que o Islã oferece é que os derrotados na jihad se rendam aos guerreiros muçulmanos e reconheçam que Alá é o único Deus e Maomé é seu profeta. Nenhum líder muçulmano do mundo pode contrariar o exemplo que Maomé estabeleceu em 628 d.C., no Tratado de Hudaybiya, sobre o qual já falamos. Foi por isso que, assim que assinou os Acordos de Oslo em 1993, Arafat começou imediatamente a se desculpar em árabe com os muçulmanos do mundo inteiro, explicando que estava apenas seguindo o 254 _ • Ilusões e Destino • exemplo de Maomé, entrando numa hudna para enganar e finalmente destruir Israel. Ele não queria ter o mesmo destino de Sadat, assassinado pela Irmandade Muçulmana por ter se atrevido a fazer paz com Israel. Como Israel Chegou a Este Ponto? Como Israel chegou à situação de considerar como seu "parceiro para a paz" um inimigo que está determinado a aniquilá-lo? O doloroso "processo de paz" está em andamento há quase trinta anos. Ele começou quando Sadat finalmente percebeu que atacar Israel numa guerra após a outra não estava levando os árabes a lugar nenhum. De 19 a 21 de novembro de 1977, ele fez uma visita sem precedentes a Jerusalém - a primeira de um chefe de Estado árabe a Israel. Sadat fez um discurso no Knesset (Parlamento israelense) e foi eleito "Homem do Ano de 1977” pela revista Time. As negociações de paz entre Israel e Egito tinham começado. Quando das chegaram a um impasse em 1978, Sadat e o primeiro-ministro israelense Menachem Begin aceitaram o convite do presidente Cárter para uma conferência de cúpula americana/israelense/egípcia em sua residência de verão em Camp David (Maryland), em 5 de setembro de 1978. Doze dias de intensas negociações resultaram no acordo mencionado acima, supostamente baseado nas resoluções 242 e 338 da ONU. Sadat e Begin dividiram o Prêmio Nobel da Paz de 1978 por seu acordo histórico. Ele deveria servir de exemplo para qualquer outra nação vizinha que quisesse negociar com Israel. Para chegar ao "acordo”, Cárter subornou Sadat com segredos militares de Israel (dados também à Arábia Saudita na mesma época). 0 Egito saiu de Camp David com uma grande recompensa em dinheiro e alguns dados secretos de Israel. 0 que Israel recebeu foi só um pedaço de papel sem valor que violava o Corão e tudo que o Corão defende, e que jamais seria honrado por qualquer muçulmano. Foi uma péssima troca! Em 14 de outubro de 1988, Arafat (o pior assassino em massa dos tempos modernos depois de Hitler, Stalin, Pol Pot e Mao), numa carta ao primeiro-ministro de Israel, condenou todas as formas de terrorismo e reconheceu o direito de Israel à própria existência. _ 255 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Não importa se ele não estava sendo sincero - essa promessa fraudulenta criou uma ilusão que mudou tudo para o Oriente Médio. Imagine Osama bin Laden sendo levado a julgamento e condenado por seus muitos crimes. Admitindo sua culpa, ele declara ao juiz: "De agora em diante, palavra de escoteiro, prometo ser bonzinho. Para mim chega de terrorismo!” Devidamente impressionados com a sinceridade de bin Laden, o juiz, o júri, os advogados e a platéia o aplaudem de pé, e o juiz diz: "Nós lhe daremos o Prêmio Nobel e o nomearemos embaixador da paz!" Esse cenário inacreditável não é mais absurdo que a re-invenção de Arafat como um ícone da paz. De fato, tudo foi extremamente simples: ele jurou se regenerar e - pronto! - foi como se suas quatro décadas de crimes hediondos nunca tivessem existido. Sob a pressão mundial, Israel cometeu o enorme erro de aceitar esse mestre do terrorismo como seu "parceiro na paz". Sem um só voto dos próprios palestinos, a OLP - uma organização terrorista, e que não tinha sido criada originalmente por palestinos - foi reconhecida como representante oficial dos palestinos e recebeu status de organização não-governamental (ONG) perante a ONU. A Conferência de Paz de Madri em outubro de 1991 ocorreu pouco depois, reunindo delegados de Israel, Síria, Jordânia e Líbano, juntamente com a OLP, que tinha assumido a identidade dos palestinos. Isso levou a negociações secretas entre a OLP e Israel em Oslo, em janeiro de 1993, que culminaram no que hoje chamamos de "Acordos de Oslo". Numa carta ao primeiro-ministro israelense Yitzhak Rabin, datada de 9 de setembro de 1993, Arafat disse: "A OLP reconhece o direito... de Israel de existir em paz e segurança... compromete-se... com uma solução pacífica para o conflito entre os dois lados... renuncia ao uso do terrorismo e outros atos de violência e afirma que os artigos do Pacto Palestino que negam a Israel o direito de existir... estão agora inoperantes e não são mais válidos [e] se encarrega de submeter as modificações necessárias ao Conselho Nacional Palestino para aprovação formal...” Como já vimos, mentir é um ato honrado para um muçulmano, se isso conseguir enganar o inimigo - e as palavras podem ter significados diferentes. Como Arafat disse muitas vezes, "para nós, 'paz' é a destruição de Israel”. Como recompensa por essa mentira cristalina, o presidente Clinton prometeu pagar 500 milhões de dólares dos contribuintes 256 _ • Ilusões e Destino • americanos à OLP e suas agências. Em troca, Arafat jurou solenemente cumprir todos os termos dos Acordos de Oslo. Como eventos posteriores demonstraram, ele não tinha intenção de cumprir essa promessa tanto quanto Hitler não pretendia cumprir as que tinha feito a Chamberlain. Foi mais um dejá vu. A habilidade de Arafat para mentir como Hitler, e assim conseguir que os crédulos israelenses fizessem mais concessões, exaltou-o, não só aos olhos dos palestinos mas de todo o mundo árabe. Afinal, para eles Hitler está abaixo apenas de Maomé! 0 Fruto dos Acordos de Oslo Em 13 de setembro de 1993, o primeiro-ministro Yitzhak Rabin e Yasser Arafat assinaram a "Declaração de Princípios" de Oslo - um arremedo da Declaração de Princípios da Liga das Nações, de 1922 - e Israel reconheceu oficialmente Arafat e a OLP. Na verdade, Arafat nunca cumpriu nenhuma cláusula desse acordo, e jamais teve intenção de fazê-lo (nem seu sucessor). Ele não poderia cumpri-lo sem trair o Islamismo. Imediatamente depois, como já comentamos, Arafat começou a se justificar em árabe, pelo rádio e na televisão, reafirmando aos muçulmanos suas verdadeiras intenções para não ter o mesmo destino de Sadat. Em 4 de maio de 1994, no Cairo, Arafat e Rabin (este último seria assassinado em 4 de novembro de 1995) assinaram o Acordo de Paz "Primeiro Jericó”, supostamente implementando Oslo. 0 "processo de paz" inteiro era uma manobra de Arafat, e não será diferente com seu sucessor e parceiro de longa data no terrorismo, Mahmoud Abbas. Oslo exigia que Arafat removesse da Carta da OLP a intimação à destruição de Israel. Mentindo, ele disse que a cláusula havia sido revogada. Entretanto, no mesmo discurso, ele enalteceu os terroristas e os países terroristas. Aquilo era uma mentira descarada, como declarou o Daily Telegraph de Londres, em 2 de maio de 1996. A cláusula não tinha sido removida, e ainda não foi. E, mesmo que fosse, isso não mudaria nada. Não é só a Carta da OLP que pede a destruição de Israel, mas o próprio Islamismo, que os membros da OLP (como bons muçulmanos) têm que seguir, sob ameaça de morte. A viúva de Rabin estava tão extasiada que não conseguia ver a verdade, e exclamou cheia de alegria: "Hoje posso dizer-lhes que o _ 257 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Conselho Nacional Palestino revogou as cláusulas de seu Pacto que exigia a destruição de Israel!" O sucessor de Rabin, o primeiro-ministro Shimon Peres, considerou que esse era "o mais importante acontecimento histórico em nossa região em 100 anos". No programa Voice of Israel Radio, ele exultou (mais uma vez evocando a assustadora memória de Chamberlain): "Hoje encerramos o conflito israelense-árabe - a Utopia está chegando!" Que loucura! Desde aquele dia, ele já engoliu e teve indigestão muitas vezes com aquelas palavras ridiculamente irracionais. Os líderes israelenses estavam deliberadamente fechando olhos e ouvidos aos freqüentes clamores pedindo o fim de Israel repetidos muitas vezes por Arafat e outros líderes da OLP durante as "negociações de paz". O representante de Arafat, Abu Iyad, declarou: "É nosso direito ter... um Estado palestino independente que funcionará como uma base para a libertação de Jafa, Acco e toda a Palestina". 4 Em vez da Utopia, o inferno que o Islã criou para Israel estava só ficando mais quente. Nos dez anos que antecederam Oslo, cerca de duzentos israelenses tinham sido mortos por terroristas; nos dez anos seguintes, cerca de mil e duzentos foram mortos e mais de cinco mil feridos. Isso é paz ? Não, isso é guerra. E Israel é sempre culpado. O editor-chefe do U.S. News & World Report, Mortimer B. Zuckerman, escreve: Yasser Arafat pode estar morto, mas o arafatismo continua vivo. Esse é o fato crucial em meio a toda conversa sobre ressuscitar o mapa do caminho para a paz. O principal legado de Arafat é o ódio, seu presente para o mundo foi um tipo de terrorismo cujas técnicas foram copiadas da Indonésia ao Iraque. Arafat... usou toda plataforma - rádio, TV, jornais, as mesquitas, escolas, até mesmo as colônias de férias - para inculcar o ódio aos judeus, Israel e o Ocidente... palestinos que se aglomeravam em volta do caixão dele representavam tanto o ódio que ele havia fomentado quanto a dor do luto. Apesar disso, mesmo quando ele quebrou suas promessas, o governo Clinton recusou-se a responsabilizá-lo enquanto os milhões de dólares que ele recebera para melhorar a vida dos palestinos eram desviados para financiar uma rede terrorista... A falha fatal de Oslo foi que as violações das obrigações dos palestinos foram o argumento usado não para censurá-los, mas para fazer mais concessões... Se 258 _ • Ilusões e Destino • George Bush [responsabilizar os palestinos e] pensar em termos de conseqüências futuras, ele pode se tornar não só um presidente de guerra, mas um presidente de paz, também. 5 A Herança Mortal do Islã - e a Cegueira do Ocidente Na mesma tarde do histórico aperto de mão com Yitzhak Rabin, no gramado da Casa Branca, o nome de Arafat apareceu perto do topo de uma lista de terroristas mundiais emitida por uma comissão do Congresso. Al Gore foi um dos quase cinqüenta senadores que haviam assinado uma petição em 1988 para que Arafat fosse preso e julgado como terrorista. Posteriormente, Clinton e Gore o receberam várias vezes na Casa Branca com honras de chefe de Estado e bom amigo. Felizmente, o presidente Bush recusou-se a manter qualquer contato com Arafat. Em suas condolências ao povo palestino pela morte de Arafat, em 11 de novembro de 2004, Bush teve todo o cuidado para não enaltecer Arafat de forma alguma. Ele se referiu ã morte de Arafat como "um momento importante na história palestina", e pediu que, no "período de transição que virá", "todas as pessoas da região e do mundo inteiro se unam no esforço de avançar em direção... à meta final da paz". 6 Entretanto, o que o presidente Bush e o restante do mundo ainda não admitem abertamente que a carreira sangrenta de Arafat estava baseada no Islamismo. Além disso, o Islamismo tem que continuar controlando as ações sucessores de Arafat, e vai fazê-lo, a começar por Abbas e quer que venha a substitui-lo no futuro! Todos os dezenove seqüestradores que participaram dos atentados de 11 de setembro de 2001 eram muçulmanos - quinze da Arábia Saudita, nosso suposto aliado na guerra contra o terrorismo. Nós descobrimos todos os seus passos até aquele acontecimento fatídico e sabemos que todo o mal que fizeram foi em nome de e para glória de Alá e do Islamismo. Eles deixaram registrados os rituais islâmicos de purificação pelos quais passaram durante sua preparação e as orações que recitaram para Alá pouco antes do impacto. O FBI reuniu evidências que mostram que as Torres Gêmeas foram derrubadas com o objetivo de conquistar _ 259 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • o mundo para Alá e obter o paraíso prometido pelo Islamismo para os seqüestradores. No entanto, imediatamente após 11 de setembro, num discurso proferido no Centro Islâmico em Washington, o presidente Bush declarou: "A face do terrorismo não é a verdadeira face do Islã. O Islã é paz”. Ele assegurou a uma sessão conjunta do Congresso e do Senado, e ao povo dos Estados Unidos: "Os terroristas praticam uma forma marginal de extremismo islâmico que foi rejeitada pelos religiosos muçulmanos [e] perverte os ensinamentos pacíficos do Islamismo... Seus ensinamentos são bons e pacíficos”. Fazendo eco a essa mesma ilusão politicamente correta, o [então] primeiro- ministro Tony Blair declarou: "Esse ato terrorista não tem nada a ver com o Islamismo". Colin Powell disse também: "Deixem o Islamismo fora disso. 0 Islamismo é uma religião pacífica". E impossível que eles ignorem tanto a horrível verdade a ponto de acreditar na mentira com que tranqüilizam o público. Os terroristas foram muito estimulados a persistirem em seu intuito assassino tendo recebido mais uma prova de que não importa o que façam serão chamados de pacificadores. Amir Taheri, muçulmano iraniano praticante e editor do Politique Internationale, com sede em Paris, alertou que continuar a negar a inegável responsabilidade do próprio Islamismo nos ataques de 11 de setembro de 2001 para não ofender os muçulmanos é "uma dissimulação”. Ele acrescentou que essas negativas são "não apenas hipócritas, mas prestam um desserviço aos muçulmanos... É desonesto e perigoso para os muçulmanos permanecerem num estado de negação...” 7 Apesar disso, o presidente Bush insiste: "Os terroristas são traidores de sua própria fé, tentando, na verdade, seqüestrar o próprio Islamismo". Se isso é verdade, então Maomé "seqüestrou” o Islamismo há treze séculos, quando ele começou. Mas como seria possível que o fundador e seus sucessores imediatos praticassem uma forma extrema e ilegítima de Islamismo? Quem conheceu e viveu o Islamismo melhor que o próprio Maomé? No Wall Street Journal, Eliot Cohen, da Escola de Estudos Internacionais Avançados Johns Hopkins, lembrou a todo líder mundial que quisesse ouvir, que "uma hora passada surfando na Internet... nos dá a mesma percepção [a respeito do Islamismo]... que se obtinha durante a II Guerra Mundial lendo Mein Kampf ou os tex- 260 _ • Ilusões e Destino • tos de Lênin, Stalin ou Mao. Ninguém gostaria de saber que uma das principais religiões do mundo tem um tom profundamente agressivo e perigoso... mas dizer verdades incômodas e desagradáveis... define liderança”. A principal ameaça a Israel hoje - e ao mundo - não vem de alguns poucos fanáticos, como já ressaltamos, mas sim de devotos muçulmanos. Na verdade, vem do próprio Islamismo! I Que Tal Retornar a1967P A solução proposta para o problema do Oriente Médio é repetida a toda hora: "Basta voltar as fronteiras ao que eram em 1967. Os palestinos ficarão contentes, e haverá paz”. Entretanto, foi em 1964, durante o período de dezenove anos compreendido entre 1948 e 1967, quando a Jordânia e o Egito detinham o controle da Margem Ocidental e da Faixa de Gaza (e poderiam ter criado o "Estado Palestino”, se quisessem), que a Organização Para a Libertação da Palestina foi formada. Então, obviamente, retornar às fronteiras de 1967 não é o que os árabes realmente desejam - embora eles aceitassem isso como um primeiro estágio em direção à planejada destruição de Israel. De fato, em 1967 eles se encontravam tão descontentes com as fronteiras da época (estabelecidas pela guerra de 1948) que estavam quase prontos para atacar e aniquilar Israel depois de dezenove anos de preparação. Não existe nenhum significado especial em 1967. A Carta da OLP declara que a existência de Israel em si é ilegítima em qualquer época. Ela diz que os judeus são simplesmente cidadãos dos países onde vivem ao redor do mundo, não tendo direito a uma nação própria, e que a intenção dos árabes é tomar toda a Palestina para si e literalmente "exterminar” os judeus. 0 logotipo da OLP mostra a Palestina como uma região que compreende todo o território desde o Mediterrâneo até o Rio Jordão. Israel não é nem um pontinho nessa figura - no que diz respeito ao Islamismo, o país não existe, por razões que já explicamos. Em 26 de julho de 1959, o presidente do Egito, Gamai Abdel Nasser, que fundaria a OLP cinco anos depois, no Cairo (os peões palestinos nos campos de refugiados não tomaram parte em sua formação), vangloriou-se durante um discurso em Alexandria: _ 261 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • "Anuncio daqui, em nome do povo da República Árabe Unida, que desta vez exterminaremos Israel”. A expressão "desta vez” era um lembrete de que as derrotas de 1948 e 1956 nas mãos de Israel seriam vingadas. De fato, os árabes planejavam aquela revanche desde o dia em que a guerra de 1948 havia supostamente terminado Em 1967, o cidadão muçulmano comum referia-se à "guerra dos dezenove anos", querendo dizer com isso que, em obediência ao Islamismo, nunca tinha havido "paz”. No que dizia respeito aos árabes, eles ainda estavam envolvidos na mesma guerra de 1948, em ações de planejamento e preparação, até estarem confiantes de poder aniquilar Israel. Em 26 de março de 1964, Nasser declarou à Assembléia Nacional do Egito que o problema era "a própria existência de Israel". Em 8 de março de 1965, mais uma bravata: "Entraremos [na Palestina] com seu solo encharcado de sangue". Pouco depois, ele declarou: "Nosso objetivo é... a erradicação de Israel”. Após dezenove anos se preparando para essa guerra, o mundo árabe estava extremamente confiante que desta vez Israel seria finalmente vencido e destruído. Em 16 de maio de 1967, Nasser ordenou que as forças de paz da ONU deixassem o Sinai, demonstrando o quanto essa organização é impotente para manter a paz. Em 18 de maio, as tropas egípcias estavam reunidas no Sinai, na fronteira de Israel, e as tropas sírias tinham feito o mesmo no Golã. 0 programa de rádio Voz dos Árabes anunciou: "0 único método que aplicaremos contra Israel é a guerra total, que resultará no extermínio da existência sionista". Em 20 de maio, o ministro da Defesa da Síria disse com arrogância: "Nossos exércitos agora estão totalmente prontos... para explodir a presença sionista na terra natal dos árabes... para entrar numa batalha de aniquilação". Em 22 de maio, o Egito fechou o Estreito de Tirana a qualquer navio israelense, cortando uma das principais vias de abastecimento. Aquele foi um ato de guerra. Em 27 de maio, Nasser ameaçou: "Nosso objetivo básico será a destruição de Israel... Não aceitaremos qualquer coexistência com Israel...". Em 30 de maio, Nasser, autoproclamando-se líder do mundo árabe, gabou-se, confiante: "Os exércitos do Egito, da Jordânia, da Síria e do Líbano estão posicionados nas fronteiras de Israel... enquanto na nossa retaguarda estão os exércitos do Iraque, da Argélia, do Kuwait, do Sudão e de toda a nação árabe... a hora crítica 262 _ • Ilusões e Destino • chegou". O presidente do Iraque ameaçou: "A existência de Israel é um erro que precisa ser reparado. Essa é a nossa oportunidade de apagar a ignomínia que está entre nós desde 1948. Nosso objetivo é claro - riscar Israel do mapa". Esse era e ainda é o objetivo inabalável dos muçulmanos, como requer o Islamismo, e que eles nunca tiveram vergonha de declarar ao mundo. Nós Estávamos lá Naquela época, minha esposa Ruth e eu estávamos viajando pelo Egito com nossos quatro filhos, com idades entre oito e quinze anos, em nosso microônibus VW, e somos testemunhas oculares das intenções dos árabes. No início de junho, num cargueiro egípcio que ia de Alexandria para Beirute (naquela época a "jóia do Mediterrâneo”, comparável a qualquer cidade européia], eu estava sentado no saguão, cercado de árabes agitados e alegres, assistindo na TV a concentração de tropas sob o comando de Nasser e ouvindo- o jurar insistentemente que Israel seria destruído. Nós vimos a confiante alegria com que o mundo árabe estava embriagado, momentaneamente unido atrás de Nasser com um objetivo comum, certo de que finalmente havia chegado a hora de exterminar os judeus. Estávamos dirigindo pelas estradas da Síria, a caminho da Jordânia, quando o Senhor graciosamente nos redirecionou para o norte, para a Turquia. Atravessamos a fronteira turca em segurança antes de estourar a guerra. Em vez de esperar passivamente enquanto os inimigos que o cercavam e ameaçavam decidiam a hora e a maneira de começar o ataque, Israel fez um ataque preventivo em autodefesa. Como amigos fariam, Israel contou seus planos aos Estados Unidos e foi imediatamente traído por eles, que entregaram as informações aos árabes. A destruição das forças aéreas do Egito e da Síria ainda no solo e a humilhante derrota dos árabes no conflito que ficou conhecido como a "Guerra dos Seis Dias” é fato histórico. Ela representou simplesmente mais um cumprimento da inerrante profecia bíblica: "Naquele dia, porei os chefes de Judá como... uma tocha entre a palha; eles devorarão, à direita e à esquerda, a todos os povos em redor, e Jerusalém será habitada outra vez... ” 8 . _ 263 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Em 8 de junho, na manhã do quarto dia de guerra, o USS Liberty, um navio auxiliar de pesquisa técnica (AGTR-5), chegou ao largo da costa do Sinai. Ele começou a fazer uma varredura em Israel, sugando todas as comunicações militares israelenses e passando tudo para o gigantesco posto de escuta do Serviço Secreto Britânico em Chipre, que podia filtrar, decodificar e analisar a massa de dados que o Liberty estava coletando. Essa informação foi então transmitida para as forças armadas árabes, fornecendo antecipadamente mapas completos de toda a movimentação militar israelense. Com essa ajuda, os árabes poderiam ter conseguido usar sua esmagadora superioridade numérica para virar a maré da guerra. No mínimo, as baixas de ambos os lados teriam sido muito maiores. A CIA já havia começado a vazar informações secretas israelenses para os jordanianos, mas o que o Liberty estava fazendo era levar o jogo da diplomacia longe demais. Israel não tinha escolha senão colocar esse navio americano fora de combate, o que acabou fazendo. E claro que a mídia criticou pesadamente esse ataque covarde. Ninguém acreditou na desculpa esfarrapada de Israel (embora os Estados Unidos, estranhamente, a tenham aceitado) de que o Liberty tinha sido confundido com um navio inimigo egípcio. Nem os Estados Unidos nem Israel quiseram dizer a verdade, de modo que as críticas permanecem até hoje. Vergonha Para os Estados Unidos 0 incidente com o Liberty está envolto em segredo. Ninguém pode provar nada, mas podemos chegar à verdade simplesmente usando a lógica, baseados no que sabemos com certeza. Em primeiro lugar, não há dúvida de que Israel sabia que o Liberty era um navio americano. Os caças israelenses sobrevoaram o Liberty à luz do dia e a baixa altitude durante toda a manhã. Eles fizeram nada menos que nove vôos de reconhecimento, obviamente se certificando da missão do Liberty e avisando-o para que deixasse a zona de guerra. Ele deveria estar envolvido em atividade hostil a Israel, ou seus aviões nunca o teriam bombardeado. Caso não estivesse, qual teria sido o motivo de Israel? Os críticos de Israel não apresentaram nenhuma razão lógica que explicasse por que esse navio americano, que o almirante Thomas 264 _ • Ilusões e Destino • Moorer descreveu como "o mais sofisticado navio de inteligência do mundo em 1967”, estava justamente ao largo da costa de Israel, quatro dias após o início de uma guerra entre Israel e seus vizinhos árabes! Os israelenses, que certamente sabiam que o Liberty não os estava ajudando, devem ter tido uma urgente razão de segurança para atacar esse navio americano e correr o risco de despertar a ira de seu único aliado e principal protetor. Obviamente, a Casa Branca deve ter sido apanhada traindo Israel ou certamente não teria aceitado a desculpa inventada de que o Liberty tinha sido confundido com um navio egípcio hostil. É claro que houve um acobertamento mútuo que partiu dos mais altos escalões dos governos de Israel e dos Estados Unidos. Segundo o almirante Thomas Moorer, caças de dois porta-aviões americanos que estavam a apenas alguns minutos de vôo do local receberam ordem de decolar para fazer o resgate. Então, momentos depois, foram chamados de volta por ordem direta da Casa Branca! Esta declaração do almirante Thomas Moorer é reveladora: Os aviões militares de resgate dos Estados Unidos foram chamados de volta - não uma, mas duas vezes - por uma intervenção direta do governo Johnson. O cancelamento da tentativa da Marinha de socorrer o Liberty , ordenada pelo Secretário de Defesa Robert McNamara, que confirmei com os comandantes dos porta-aviões America e Saratoga, foi o ato mais vergonhoso que testemunhei em toda a minha carreira militar. 9 Ou será que a verdadeira vergonha foi a traição a Israel pelos Estados Unidos para bajular e cair nas boas graças dos árabes, e esse foi o verdadeiro motivo encoberto? Não existe outra explicação racional. A Internet está cheia de páginas pedindo uma investigação do Congresso - algumas pertencentes a sobreviventes do ataque ao Liberty - e criticando o governo por não dizer a verdade, além de acusar os Estados Unidos de ocultação da verdade no mais alto grau. Oficiais superiores da Marinha, como o almirante Moorer, exigiram que o governo americano fizesse uma investigação rigorosa - mas não deu em nada. Por que esses requerimentos legíti¬ mos só tiveram o silêncio como resposta? Moorer classifica o incidente do Liberty como "um dos mais chocantes casos de encobrimento da verdade da história americana". 10 De fato, mais chocante ainda é a verdade que foi encoberta! _ 265 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Todas as informações fornecidas por testemunhas oculares confirmam que o ataque foi intencionalmente dirigido contra um navio que os israelenses sabiam que era americano. Esse fato inegáveL juntamente com a conivente insistência tanto dos E.U.A. quanto de Israel de que foi um infeliz caso de engano de identidade, encheu de raiva os sobreviventes, como era de se esperar. Também jogou combustível no ódio a Israel que já estava em fogo brando. Um grupo de sobreviventes declarou: "Nós NÃO somos anti-semitas. 0 que nós SOMOS é anti-Israel. Sabemos que Israel vem contro¬ lando o Congresso americano há anos... ao ponto de permitir que a morte de 34 marinheiros fique sem investigação!" A relutância em enfrentar a verdade de uma traição das forças de Israel por parte dos Estados Unidos faz com que os críticos digam esses absurdos. Então a Casa Branca e o Congresso são, no fim das contas, meros peões nas mãos dos israelenses? Qualquer um que acredite nisso está obviamente cego, ou pelo anti-semitismo ou pelo anti-israelismo, que é simplesmente outro nome para o primeiro. Abba Eban, ministro das Relações Exteriores de Israel, foi o que chegou mais perto de revelar a verdade, se lermos nas entrelinhas. Ele estava em Nova York, nas Nações Unidas, tentando conseguir um cessar-fogo. Embora os egípcios, nos meses que antecederam a guerra, tivessem declarado oficialmente várias vezes que iriam atacar Israel e exterminariam todos os israelenses, eles agora exigiam hipocritamente que Israel se retirasse primeiro. Mas quando o Liberty foi neutralizado, Eban relata que o embaixador egípcio na ONU, El-Kony, começou a chorar, tendo recebido uma mensagem do Cairo "para conseguir um cessar-fogo o mais rápido possível”. 11 Essa não foi a única vez que os americanos traíram Israel, seu único aliado verdadeiro no Oriente Médio. Afinal, ao contrário dos soviéticos, na época em que eram os principais patrocinadores dos árabes, os E.U.A. tentam fazer um jogo duplo. Nasser nunca se recuperou do golpe recebido em seu ego por essa humilhante derrota militar em 1967, e morreu de um ataque cardíaco em 1970. Seu sucessor, Anwar el-Sadat, é lembrado por ter feito a "paz" com Israel. Por esse crime, como já comentamos, ele foi assassinado por um soldado de suas próprias tropas que fazia parte da Irmandade Muçulmana, quando assistia a uma parada militar. 266 _ • Ilusões e Destino • A impressionante vitória de Israel na Guerra dos Seis Dias elevou o ódio aos judeus a níveis mais altos e deixou os muçulmanos ainda mais decididos a aniquilá-lo. Em Aden, o resultado foi um surto de "assassinatos, saques, novos casos de destruição de sinagogas". Quando os britânicos souberam que os árabes estavam "planejando massacrar o que restava da comunidade judaica", eles ajudaram a evacuá-la. 12 Ao sofrer novos ataques, a comunidade judaica do Marrocos começou uma intensa imigração para Israel. Os assassinatos de judeus líbios que ocorreram logo após a ONU ter feito a partilha da Palestina em 1947 recomeçaram após a Guerra dos Seis Dias, literalmente forçando os judeus restantes a fugir para salvar a vida. Em 1970, o presidente Kadhafi "confiscou propriedades judaicas que os judeus líbios em fuga haviam deixado para trás". 13 Aconteceu o mesmo em toda parte, de modo que a maioria dos judeus que ainda permaneciam em países muçulmanos e conseguiram escapar tiveram que sair só com a roupa do corpo. No Egito, todos os homens judeus entre dezesseis e setenta anos de idade foram postos em campos de concentração quando a guerra estourou. Quando finalmente foram libertados para se juntarem a suas famílias no êxodo para Israel, eles tiveram que assinar uma declaração de que não estavam sendo expulsos do Egito e de que nunca mais voltariam. 14 I o Que Está Acontecendo Atualmente? Os clamores pela aniquilação dos judeus ainda ecoam por todo o mundo muçulmano. Por exemplo, num típico sermão de sexta-feira na mesquita de Zayed bin Sultan Al Nahyan, em Gaza, em 14 de outubro de 2000, o imã gritava: "Não tenham piedade dos judeus... matem-nos... e também aqueles americanos que... estabeleceram Israel aqui, no coração pulsante do mundo árabe...” 15 Naquele mesmo dia, dois reservistas israelenses pegaram um caminho errado e entraram em Ramallah, onde foram literalmente estraçalhados por uma multidão enfurecida - um acontecimento que foi aplaudido quando a TV palestina mostrou os detalhes horríveis, inclusive os assassinos segurando e sacudindo as vísceras das vítimas nas mãos ensangüentadas. De forma parecida, multidões de muçulmanos de todo o mundo também dançaram de alegria nas _ 267 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • ruas quando uma chuva de mísseis Scud de Saddam Hussein caiu sobre Israel. Será que o Islamismo desumaniza seus seguidores? Mahmoud al-Zahar, líder do Hamas, expressou sucintamente o sentimento do Islã: "Do ponto de vista de nossa ideologia, não é permitido reconhecer que Israel controla um metro quadrado sequer da Palestina histórica”. 0 Hamas se opõe totalmente a qualquer movimento em direção à paz com Israel, porque há sempre o risco de que, nesse processo, os muçulmanos possam fazer concessões e permitir que os judeus mantenham a posse de uma mínima parte da Palestina. 0 lema do Hamas é: "Alá é o alvo, o Profeta é o modelo, o Corão é a Constituição, a jihad é o caminho e a morte por amor de Alá é o mais elevado dos anseios". Num jardim de infância dirigido pelo Hamas, as paredes têm slogans como: "As crianças do jardim de infância são os santos mártires de amanhã". 0 Hamas se gaba: "Israel tem bombas nucleares; nós temos bombas humanas". Diante da paixão do Islã pela destruição de Israel, os planos de "paz” são uma piada macabra! Apesar disso, o mundo põe a culpa em Israel pelo fracasso em se conseguir a paz! Até mesmo o moderado Rei Hussein da Jordânia, o mais amigável de todos os chefes de Estado árabes em relação a Israel, disse a seus compatriotas, em 1 de dezembro de 1973: "Depois que cumprirmos nosso dever de libertar a Margem Ocidental e Jerusalém, nosso dever nacional é libertar todos os terrirórios árabes ocupados". Isso é um eufemismo para a aniquilação de Israel. 0 rei Hussein morreu de câncer em 7 de fevereiro de 1999 e foi sucedido por seu filho, Abdullah II. Em 4 de setembro de 1999, na cidade egípcia de Sharm el-Sheikh, a OLP e Israel assinaram um memorando solicitando a implementação total de todos os acordos anteriores, desde setembro de 1993. 0 acordo requeria que as negociações sobre o status final estivessem concluídas em 13 de setembro de 2000, conforme as resoluções 242 e 338 da ONU. Ele permitia que os palestinos tivessem seu próprio porto marítimo, cuja construção deveria começar em 1 de outubro de 1999. O acordo foi assinado por Israel e pela OLP, e testemunhado por representantes da República Árabe do Egito, do Reino Hashemita da Jordânia e dos Estados Unidos. Tentando auxiliar a implementação do acordo de Sharm el-Sheikh, o presidente Clinton convidou o primeiro-ministro israe- 268 _ • Ilusões e Destino • lense Ehud Barak e Yasser Arafat para uma conferência de cúpula em Camp David, Maryland, em 11 de julho de 2000. Sob intensa pressão de Clinton, e num esforço para chegar a uma solução final, além das promessas de apoio americano e garantias de segurança, o primeiro-ministro Barak fez amplas concessões que foram além de todas as antigas "linhas vermelhas" de Israel, definidas em negociações anteriores, especialmente com relação a Jerusalém. Ele ofereceu a entrega da Margem Ocidental e de toda a Faixa de Gaza - tudo que podia e mais alguma coisa. Jerusalém Oriental seria a capital do Estado palestino. Todos os refugiados teriam o "direito de retorno" a seu próprio Estado. A Margem Ocidental e a Faixa de Gaza seriam ligadas por uma rodovia elevada sem postos de controle israelenses, e os refugiados receberiam uma indenização retirada de um fundo internacional de 30 bilhões de dólares. A equipe americana qualificou a oferta de Barak como "corajosa". Em troca, Arafat tinha que declarar o "fim do conflito” e concordar em que não haveria mais nenhuma exigência a fazer a Israel no futuro. Os israelenses ficaram estarrecidos com as concessões radicais oferecidas por Barak, mas Arafat rejeitou-as imediatamente. Indicando que não abriria mão do retomo dos refugiados de 1948 para o próprio território de Israel, nem da soberania total sobre o Monte do Templo, inclusive o Muro Ocidental, tão importante para os israelenses, Arafat não se dignou sequer a apresentar uma contraproposta. Em vez disso, ele foi para casa em 25 de julho e, na primeira oportunidade, iniciou a intifada de Al-Aqsa. Barak comentou, desapontado: "Israel estava disposto a chegar a um acordo a um preço doloroso, mas não a qualquer preço". 0 que mais Barak, os Estados Unidos, ou qualquer pessoa racional que quisesse encarar a verdade poderiam esperar? Todo esse processo de paz é uma farsa desde o início - e continua sendo. Afinal de contas, Arafat e todo o mundo árabe declararam oficialmente muitas vezes que só se satisfariam com a entrega de todo o território de Israel, deixando os israelenses vivendo como cidadãos de quinta categoria (dhimis), sob a "benevolente proteção” dos palestinos muçulmanos. O próprio Islamismo não permitia que Arafat aceitasse a proposta de Barak. Se ele tivesse feito isso, teria sido assassinado como muitos outros líderes palestinos antes dele. _ 269 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Entrando na Mente Muçulmana Lealdade ao Islã significa que os muçulmanos não podem jamais perdoar os americanos por terem ido à Arábia Saudita e profanado seu solo sagrado com suas botas pagãs, embora eles tenham ido a pedido dos sauditas para socorrê-los da agressão impiedosa de Saddam Hussein. Eles não podem jamais esquecer a humilhação dos tanques americanos patrulhando as ruas de Bagdá, o centro do poder islâmico por seiscentos anos - ou perdoar as tropas americanas e britânicas por dominarem o Afeganistão, embora a ordem e a segurança que elas trouxeram ao país seja muitas vezes preferível ao reino de terror do Talibã e às lutas constantes entre os comandantes das milícias locais. Estes últimos são todos muçulmanos devotos e até fanáticos seguidores dessa "religião de paz”, assim como seus ancestrais o foram durante séculos. Mas não há paz entre eles. 0 Islamismo não traz paz. Nunca a trouxe e jamais a trará. Esse é o resultado de sua própria natureza. Nenhum muçulmano consegue apontar um só exemplo na história em que o Islã tenha trazido paz. Não há paz nem mesmo entre os próprios muçulmanos em lugar nenhum do mundo de hoje. 0 muçulmano não pode esquecer jamais que, nos dias gloriosos de suas primeiras conquistas, o Islã dominava pela força um império que ia da França à China, incluindo toda a Palestina. 0 Islã não permite a perda da posse de nenhum território que tenha sido controlado por muçulmanos. Portanto, não pode haver perdão para as "imperialistas" que roubaram esse glorioso império do Islã. Qualquer muçulmano instruído entende que o Islã está destinado a recuperar aquele império de antigamente, precisa fazer isso, e deve finalmente dominar o mundo inteiro - e que cada muçulmano é um guerreiro dessa causa. Essa meta é justificada pela crença aparentemente sincera, mas incrivelmente pervertida, de que o Islamismo é a melhor das religiões e realmente traz liberdade aos que estão sob seu domínio. Até mesmo o aiatolá Khomeini, apesar da brutalidade do governo islâmico que impôs no Irã, declarou, aparentemente sem qualquer tom de ironia: "0 Islamismo é a religião dos que lutam pelo direito e a justiça, a religião dos que exigem liberdade e independência, e dos que não querem que os infiéis dominem os crentes”. Ele acusou os "imperialistas" de mentirem a respeito do Islamismo, retra¬ tando-o como uma religião contrária à paz e à liberdade! 270 _ • Ilusões e Destino • Engano ou Fraude? Os líderes muçulmanos estão lutando para conter a onda crescente de oposição da opinião pública ao Islamismo por causa da brutalidade assassina dos terroristas muçulmanos, que o público finalmente está identificando como sinônimo do próprio Islamismo. Em 9 de julho de 2005, em sua página pessoal na Internet, Juan Cole, professor de história da Universidade de Michigan e apologista do Islamismo, atacou violentamente o jornalista Tom Friedman, alegando que ele não reconhecia as muitas condenações de Osama bin Laden e da Al Qaeda por parte de líderes muçulmanos de todo o mundo. A lista desses líderes que ele apresenta é impressionante e inclui o aiatolá Muhammad Husain Fadlallah do Líbano e o grão-imã do seminário Al-Azhar, sheik Muhammad Sayyid Tantawi. 16 Outros apologistas muçulmanos também criticaram Friedman por culpar o próprio Islamismo pelos atos de apenas alguns extremistas (segundo eles). "No mais abrangente parecer oficial desse tipo nos Estados Unidos, a maior associação de estudiosos da lei islâmica deste país... considerada qualificada para interpretar a lei islâmica... o Conselho Fiqh da América do Norte (presidido por Muzammil Siddiqi) emitiu uma fatwa (decisão religiosa) em 28 de julho de 2005, condenando todos os atos de terrorismo e extremismo religioso, considerando-os fundamentalmente não- islâmicos”. Siddiqi declarou: "0 Islamismo condena severamente o extremismo religioso e o uso da violência contra vidas inocentes. Não há justificativa no Islamismo para extremismo ou terrorismo. Procurar atingir a vida e as propriedades de civis através de homens-bomba ou outro método de ataque é... proibido - e os que cometem esses atos bárbaros são criminosos, não mártires”. 17 Aproximadamente cento e trinta organizações islâmicas nos Estados Unidos endossaram quase imediatamente a fatwa (que não tem força de lei - e certamente muito menos em países muçulmanos). Saiam al-Marayati, diretor executivo do Conselho Muçulmano de Relações Públicas (MPAC), com sede na Califórnia, enfatizou que "a voz mais influente, moderada, dos muçulmanos americanos e do mundo inteiro é contrária ao extremismo forjado por radicais islâmicos que não têm qualquer legitimidade no Islã... O MPAC lançou recentemente uma campanha de esclarecimento dentro da comunidade muçulmano-americana com o objetivo de refor- _ 271 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • çar a rejeição do Islamismo ao terrorismo... Rubina Khan, tesoureira da Associação dos Estudantes Muçulmanos dos E.U.A. e Canadá (MAS), acrescentou o endosso de sua organização à fatwa, declarando que a MAS nacional condena nos mais duros termos possíveis quaisquer ataques terroristas, considerando-os atos repulsivos e covardes, independentemente da motivação ou de quem os realize”. 18 "Mais de 500 líderes religiosos e eruditos muçulmanos britânicos emitiram uma fatwa em resposta aos atentados de Londres”. O decreto religioso expressava "sinceras condolências às famílias de todas as vítimas dos ataques de Londres... Os atentados suicidas que mataram e feriram pessoas inocentes em Londres são haram - veementemente proibidos no Islamismo, e os que cometem tais atos são criminosos, não mártires". 19 Nós não vamos prender a respiração até ver quando esse novo "Islamismo moderado" vai pegar entre os palestinos, que então se arrependerão da atitude "não-islâmica” que tiveram contra Israel todos esses anos. Que transformação isso faria no Oriente Médio! 0 porta-voz do CAIR (Conselho de Relações Americano-Islâmico), Ibrahim Hooper, insiste em dizer que os principais "grupos muçulmanos sempre condenaram os atentados suicidas, decapitações e ataques terroristas", mas apesar disso foram acusados de não fazê-lo. Ah, é? Quem protestou contra a declaração do Al-Ha-yat Al- Jadida, em 11 de setembro de 2001, de que os terroristas suicidas eram a nata da sociedade, os motores da história - ou contra as muitas declarações semelhantes de líderes e publicações muçulmanos nos últimos cinqüenta anos? Ninguém! Mas agora, de repente, "os líderes muçulmanos americanos se dizem frustrados com o que parece ser uma convicção cada vez maior, dentro dos Estados Unidos, de que o Islamismo é sinônimo de violência e terrorismo... o apresentador de um programa de entrevistas de Washington disse no rádio que o Islã era uma organização terrorista”. 20 Toda criança que estuda nas escolas palestinas, sírias, egípcias, etc., sabe que essa "nova política” é mentira. Todas elas são ensinadas a odiar Israel e a trabalhar pela sua destruição. Existem literalmente milhões de jovens em madrasas no Paquistão e em outros países cuja educação é voltada para transformá-los em terroristas suicidas, e esta é sua maior ambição. Numa recente campanha sem 272 _ • Ilusões e Destino • data para terminar, com a bênção integral de seus líderes políticos e religiosos, o Irã contratou e treinou quarenta mil voluntários (e o número está aumentando) para atuarem como terroristas suicidas em operações no Iraque, em Israel, e onde quer que pagãos estejam "ocupando terras muçulmanas”. 21 Na Arábia Saudita, o rádio e a televisão fazem campanhas para angariar fundos para recompensar as famílias desses terroristas. E agora, de repente, e ao mesmo tempo, temos um esforço organizado, não só nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, mas até no próprio mundo muçulmano, para dizer: "Não é bem assim, pessoal; o Islamismo é, e sempre foi, rigidamente contra atentados suicidas/homicidas!'' Como podem mil e trezentos anos de comprovada história de violência serem varridos para debaixo do tapete tão facilmente? Isso é só um jogo? Não é um repúdio a Maomé e a toda a religião do Islamismo em si? Será que uma epidemia de esquizofrenia está varrendo os líderes muçulmanos do Ocidente? Só podemos esperar agora que líderes muçulmanos tardiamente constrangidos façam pressão para tornar o terrorismo anátema para todos os muçulmanos. Mas isso representaria uma mudança genuína no Islamismo em si, ou apenas uma maquiagem feita para escapar da justa ira do público, que está finalmente sendo despertada? Propaganda Cnordenada Como parte da recente campanha publicitária para limpar a imagem do Islamismo de qualquer conexão com o "terrorismo", vários sermões foram pregados simultaneamente por imãs em mesquitas de países muçulmanos. Na sexta-feira 15 de julho de 2005, cerca de 90 por cento das mesquitas dos Emirados Árabes Unidos condenaram o terrorismo e o que está sendo chamado ultimamente de "extremismo religioso” - um termo que Maomé não conhecia. No mesmo dia (obviamente como parte desse esforço coordenado para melhorar a imagem do Islamismo), o grão-mufti da Arábia Saudita pregou contra o terrorismo e condenou os sauditas que estavam lutando ao lado dos insurgentes no Iraque. Simultaneamente, o Conselho Muçulmano da Grã-Bretanha condenou veementemente os atentados em Londres e convocou os muçulmanos da Grã- Bretanha para ajudarem a caçar os terroristas. Existem boas razões para os _ 273 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • líderes muçulmanos unirem suas forças e agirem como um só corpo. Estima-se que duzentos religiosos muçulmanos tenham sido assassinados em diversos países no ano passado por criticarem individualmente os terroristas. Só podemos esperar que haja uma mudança verdadeira no Islamismo. Mas como isso poderia acontecer sem desacreditar Maomé e o Corão, que contém mais de cem versos defendendo o uso da violência contra não-muçulmanos a fim de conquistar o mundo para o Islamismo e Alá? E a orgulhosa confissão: "Não há outro deus senão Alá, e Maomé é o seu profeta", que milhões de pessoas foram forçadas a repetir para não morrerem, não teria que ser abandonada também? Essa atitude da mídia oficial dos países muçulmanos, assumindo o clamor contra o "terrorismo e extremismo religioso”, não só está atrasada como é hipócrita, tendo em vista a alegria geral e os elogios à Al Qaeda em todo o mundo islâmico pelo ataque de 11 de setembro nos Estados Unidos. Mas agora que os não-muçulmanos não são mais a maioria das vítimas, principalmente no Afeganistão e no Iraque, mas sim seguidores devotos de Maomé que estão devorando uns aos outros, o tom mudou. Como resultado dessa campanha de propaganda, será ainda menor o número de não-muçulmanos dispostos a admitir a verdade que já demonstramos (e certamente nenhum muçulmano admitirá): que os terroristas de hoje estão simplesmente fazendo o que Maomé e seus seguidores fizeram e têm feito por mais de mil e trezentos anos. E claro que o objetivo fraudulento é exatamente este. "Renunciar” à agora impopular idéia de "terrorismo e extremismo”, mas não admitir que foi deste modo que o Islamismo se expandiu ao longo dos séculos, a começar com seu fundador e com os companheiros mais próximos que o sucederam, é uma hipocrisia do tamanho do Himalaia! A Verdade Não Pode Ser Galada Tão Facilmente Bin Laden tem sido renegado pela corrente oficial do Islamismo há anos. Portanto, não é difícil condenar a ele e à Al Qaeda - mas onde está a condenação do terrorismo islâmico que vem ocorrendo há tantos anos no mundo inteiro? Não se pode deixar de notar que 274 _ • Ilusões e Destino • a grande imprensa, até pouco tempo atrás, não fez a menor crítica aos dois milhões de pessoas assassinadas e ao número ainda maior que foi escravizado por muçulmanos no Sul do Sudão. Também não se ouve falar sobre os milhares que estão sendo assassinados e forçados a se "converter” ao Islamismo diariamente na Indonésia, na Nigéria, nas Filipinas, na Malásia e outros lugares. Nunca houve uma só palavra de reprovação na grande imprensa (nem mesmo um noticiário honesto) ao perpétuo terrorismo islâmico contra Israel - e certamente nenhuma crítica das Nações Unidas! Também não houve nenhuma autoridade muçul¬ mana que desaprovasse as freqüentes declarações de líderes muçulmanos de que Israel deve ser aniquilado - ou as declarações de Maomé de que os muçulmanos devem lutar contra "todas as pessoas, até que todos confessem que não há outro deus senão Alá, e Maomé é o seu profeta", e que, enquanto os muçulmanos não matarem todos os judeus, nenhum muçulmano poderá ressuscitar. Nenhum muçulmano ousaria questionar - e muito menos contradizer - essas crenças fundamentais estabelecidas por Maomé! Como já vimos, o próprio Maomé, fazendo a jihad por Alá, atacou caravanas e vilas, e nisso muitos milhares foram decapitados, torturados e escravizados enquanto ele era vivo. E o que dizer dos vinte e sete ataques terroristas que ele comandou pessoalmente e dos quase quarenta outros realizados por seus seguidores, que ele enalteceu ainda em vida? Será que os reformadores de hoje estão preparados para condenar Maomé também? E quanto ao massacre de talvez setenta mil ex- muçulmanos, executado pelo sucessor de Maomé, Abu Bakr, e seus guerreiros durante as Guerras da Apostasia, forçando a Arábia a voltar para o Islamismo quando multi¬ dões tentaram abandoná-lo? Como esses acontecimentos inquestionáveis da história do Islã podem escapar da condenação aos "extremistas religiosos” de hoje? E como a norma de que os apóstatas devem ser decapitados, que foi estabelecida por Maomé e faz parte da política oficial nos países que adotam a sharia (lei islâmica), pode ser conciliada com a "liberdade de religião” que está sendo alardeada como sendo parle do Islamismo? Os líderes muçulmanos vão ter que dar muitas explicações embaraçosas quando o Ocidente finalmente acordar de sua letargia e começar a fazer essas perguntas óbvias! _ 275 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Se a atual condenação dos terroristas suicidas pelos líderes muçulmanos está correta, então milhares de homens-bomba estão inferno - juntamente com centenas de milhares de guerreiros muçulmanos que morreram na jihad em ataques fatais, muitas vezes contra outros muçulmanos. Sobre isso, as fatwas não dizem nada. Inacreditavelmente, os líderes muçulmanos estão reclamando, agora que o Ocidente não reconhece a "natureza ecumênica do Islamismo". Natureza ecumênica? Estão zombando de nós? 0 que eruditos muçulmanos americanos tinham na cabeça quando emitiram aquela fatwa em 28 de julho de 2005? Tudo parece tão lindo, mas só se esquecermos treze séculos de história e a atual realidade mundial. A fatwa termina com essa oração piedosa: Oramos pela derrota do extremismo e do terrorismo. Oramos segurança de nosso país, os Estados Unidos, e de seu povo. Ora pela segurança de todos os habitantes do planeta. Oramos para a harmonia e a cooperação entre os credos prevaleça... em todo globo ". 22 Segurança de todos os habitantes do planeta? Mas Maomé disse que Alá havia ordenado a ele e seus seguidores que lutas contra todas as pessoas até que o mundo inteiro confessasse que não há outro deus senão Alá e que Maomé é o seu mensageiro - e que levassem todos à submissão pela espada, se necessário. Harmonia entre os credos , enquanto não se pode construir nenhum local de culto não-muçulmano na Arábia Saudita, nem se pode praticar outra religião qualquer naquele país, e qualquer muçulmano que se converta a outra religião é decapitado? Será que tudo isso faz parte de um novo programa de desinformação cujo objetivo é fazer com que o Ocidente baixe suas defesas para a dominação final? O tempo dirá. Um Grave Problema Semântico? Ou Alguém Está Mentindo? Um dos maiores problemas é a definição de palavras como “terrorismo” e "extremismo", além do fato de que os muçulmanos são os campeões mundiais da ambigüidade. Eles chegam até a se con- 276 _ • Ilusões e Destino • tradizerem uns aos outros. Por exemplo, numa mesa redonda entre proeminentes muçulmanos americanos, Fawaz Damra (que está para ser deportado por mentir num formulário da imigração sobre seu trabalho na Jihad Islâmica) 23 declarou: "0 terrorismo, e só ele, é o caminho para a libertação”. Mas Abd Al Aziz Awdi, líder espiri¬ tual da Jihad Islâmica discorda: "Estão sendo praticados atos de agressão contra nós [como a própria existência de Israel] e nós queremos que eles cessem. Nós recusamos categoricamente o rótulo de terrorismo para as providências de proteção que temos tomado”. 24 Então não é terrorismo matar mulheres e crianças inocentes, desde que eles sejam israelenses cuja presença em Israel é considerada uma agressão contra os "palestinos”! É claro que foi esse tipo de "agressão” contra o Islã que fez com que os muçulmanos saíssem em autodefesa, indo da França até a China, matando literalmente milhões de pessoas no caminho - e tudo para a glória de Alá. 0 muçulmano comum no Oriente (e muitos no Ocidente) aceita a desculpa de bin Laden de que o 11 de setembro não foi um ato de terrorismo, mas uma ação de autodefesa contra os Estados Unidos por profanarem terras muçulmanas com sua presença militar. Para nossa própria proteção, temos que ler a condenação que os líderes muçulmanos estão fazendo ao terrorismo tendo em mente o significado que os muçulmanos dão às palavras. Tem que haver algo mais grave envolvido nisso tudo do que um simples problema com o sentido das palavras. Será que pelo menos alguns líderes muçulmanos, constrangidos pelo fato do mundo ter percebido finalmente que o terrorismo de hoje quase sempre é praticado por muçulmanos agindo em nome do Islã, estão simplesmente mentindo, na esperança de que a mídia liberal entre no jogo e ocidentais crédulos acreditem neles? Não importa quão irracionais essas declarações pareçam ser, temos que levar a sério as pessoas que as fazem. 0 modo como o Ocidente avalia e reage a esse novo ataque da propaganda neste momento decisivo da história terá grande importância na definição do seu futuro. Notas: 1. Gênesis 15.18. 2. http://www.jtf.org/israel/israel.arab.moderates.part.one.htm. 277 3. Surata 8.61. • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • 4. Jornal do Kuwait, Al-Sachrah, 6 de janeiro de 1987. 5. Mortimer B. Zuckerman, "A look at life after Arafat", U.S. News & World Report, 29 de novembro de 2004, p. 68. 6. http://www.usembassy.org.uk/bush307.html. 7. The Wall Street Journal, 27 de outubro de 2001. 8. Zacarias 12.6. 9. Stars & Stripes, 16 de janeiro de 2004. 10. Ibid. 11. Abba Eban, Personal Witness: Israel Through My Eyes (Londres: Jonathan Cape 1993), p. 422. 12. Sir Tom Hickinbotham, Aden (Londres: 1958), p. 87. 13. The New York Times, 22 de julho de 1970. 14. Joan Peters, From Time Immemorial: The Origins of the Arab-Jewish Conflict Over Palestine (Nova York: J. KAP Publishing U.S.A., 1984), pp. 98-115. 15. Mitchell G. Bard, Myths and Facts: A Guide to the Arab Israeli Conflict (American-lsrael Cooperative Enterprise, 2001), p. 195. 16. www.juancole.com/2005/07/friedman-wrong-about-muslims-again-and.html. 17. Noreen S. Ahmed-Ullah, "Muslim decree to oppose terrorism", chicagotribune.com. 2i de julho de 2005; "Muslim-American scholars issue fatwa condemning terrorism", arabicnews.com, 29 de julho de 2005; The New York Times, 28 de julho de 2005 18. arabicnews.com, 29 de julho de 2005. 19. Noticiado na BBC, 19 de julho de 2005. 20. Laurie Goodstein, "From Muslims in America, a New Fatwa on Terrorism", The Nem York Times, 28 de julho de 2005. 21. WorldNetDaily, 7 de julho de 2005. 22. arabicnews.com, 29 de julho de 2005. 23. Nathaniel Popper, "Muslim Council Condemns 'Extremism'", Forward, 5 de agosto de 2005. 24. , 27 de julho de 2005. 278 11 . Rebelião e Juízo AS Profecias bíblicas se referem com freqüência aos "dias vindouros”, aos "últimos dias” e aos "últimos tempos”. 1 A primeira ocorrência de uma expressão desse tipo encontra-se em Gênesis 49.1, onde Jacó declara a seus filhos: " Ajuntai-vos , e eu vos farei saber o que vos há de acontecer nos dias vindouros Além de dizer o que iria acontecer naquele tempo, a profecia de Jacó afirma claramente que, "nos dias vindouros", Israel existirá e será importante nos planos de Deus - um ensinamento bíblico que atualmente é negado por muitos dos que se declaram cristãos. Da mesma forma, como já destacamos anteriormente, Israel e sua importância como nação, de posse de toda a Terra Prometida, não podem cessar jamais. A Bíblia declara diversas vezes que Deus deu a Terra Prometida a Israel através de uma "aliança perpétua". 2 A integridade de Deus está atrelada a Israel, sua sobrevivência, sua restauração final e sua bênção eterna, conforme a promessa que Deus faz em Sua Palavra, através de Seus profetas. Portanto, como vimos, se Satanás pudesse destruir Israel e, dessa forma, impedir sua completa restauração e bênção final, ele provaria que Deus é mentiroso, retirando dEle toda e qualquer base legal para puni-lo por suas mentiras à humanidade, inclusive as mentiras 279 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • com que enganou Eva no Jardim do Éden. Esse é o motivo do conflito no Oriente Médio. OVeidadeiro Motivo 0 objetivo satânico de destruir Israel é a única explicação racional para o anti- semitismo mundial, inclusive a inacreditável doutrina fundamental do Islamismo, de que todos os judeus da Terra têm que ser aniquilados para que os muçulmanos possam ressuscitar. Obviamente, a sobrevivência de Israel e sua bênção completa sob a proteção do Messias são essenciais, não só para vingar o Deus de Israel e da Bíblia, mas também provar que Maomé, o Islamismo e Alá são fraudes. Portanto, a importância do que acontece a Israel ultrapassa os planos dos líderes religiosos e políticos do mundo. A atitude deles em relação a Israel é um reflexo do relacionamento que têm com seu Criador e Juiz supremo. As questões centrais são eternas. Como já vimos, das centenas de profecias concernentes a Israel, muitas só podem se cumprir nos "últimos dias”. Esse é mais um motivo pelo qual Israel não pode deixar de existir, ou muitas profecias seriam falsas. Mesmo que apenas uma profecia fosse falsa, como poderíamos confiar em qualquer outra coisa que a Bíblia dissesse? Mas, por incrível que pareça, existem pastores e professores de seminários que escolhem os trechos da Bíblia em que acreditam, descartando outros. Ao fazerem isso, eles estão destruindo o próprio fundamento da fé que hipocritamente professam. Poderia haver maior tolice do que meros homens se colocando no lugar de juízes de Deus? Se a Bíblia é a Palavra de Deus, toda ela é verdadeira. Se não é, então vamos parar de reverenciá-la e de adorar ao Deus que afirma tê-la escrito, e ao Cristo do qual ela nos fala, e admitamos honestamente que o Cristianismo é uma ilusão perigosa. 0 clímax de toda profecia envolve Jerusalém e ocorre no "dia do Senhor”, também chamado de "aquele dia". Por exemplo: "Eis que vem o Dia do SENHOR [...]. Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém 3 . Como já comentamos, muitas pessoas perguntam: Os Estados Unidos estão nas profecias bíblicas? A resposta é sim. Todas as nações (e isso inclui os 280 _ • Rebelião e Juízo • Estados Unidos) se juntarão sob o comando do Anticristo num ataque maciço contra Israel e Jerusalém, ao final da Grande Tribulação. Cristo intervirá para salvar Seu povo, destruindo os exércitos e o reino do Anticristo no Armagedom. Deus diz: "Eu ajuntarei todas as nações". Mas não é Satanás que odeia Israel e que continuará tentando destrui-lo até o final? Não é ele que ajunta todas as nações contra Israel sob o comando de seu falso messias, o Anticristo? Como Deus e Satanás podem trabalhar juntos? A resposta é: eles não podem. Deus usa Satanás e seus seguidores, mas Ele não inspira Satanás para o mal - essa é a natureza de Satanás. Deus também não encoraja ninguém a procurar destruir Israel, e muito menos provoca esse desejo em alguém. Ele permite que esse ódio contra Israel se manifeste a fim de que a verdade sobre o coração do homem seja revelada. Essa permissão também faz parte do juízo de Deus sobre Israel. Esse juízo está claramente expresso nas profecias proclamadas pelos profetas inspirados da própria nação de Israel. Foi Israel que nos deu a Bíblia e o Messias. A atenção da Bíblia está focada em Israel do início ao fim. A atual crise do Oriente Médio está se desdobrando exatamente como previsto na Bíblia. Com base nas provas esmagadoras, não se pode evitar a conclusão de que o grand finale das profecias sobre os "últimos dias" está muito perto, como veremos no próximo capítulo. Profecia é História Registrada com Antecedência Toda a história do povo judeu e da nação de Israel foi anunciada com antecedência pelos profetas hebreus, sob a inspiração do Espírito Santo. Pudemos examinar apenas uma pequena fração dessas profecias surpreendentes e o contínuo processo de cumprimento de algumas delas nos dias de hoje. Quando Deus trouxe os israelitas para sua terra, ele os alertou de que, se eles O trocassem por deuses pagãos, Ele os espalharia até as extremidades da terra. Eles seriam odiados, perseguidos e mortos como nenhum outro povo. Entretanto, Ele nunca os abandonaria completamente. Um remanescente seria preservado. Nos últimos dias, Ele os levaria de volta a sua própria terra novamente. Nessa época, Deus faria de Jerusalém um cá- _ 281 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • lice de tontear para todos os povos em redor - e uma pedra pesada para o mundo inteiro. Já falamos sucintamente a respeito dessas profecias, cujo cumprimento está se processando em nossos dias. como se vê claramente. É surpreendente que o "povo de Deus" 4 , apesar de todos os milagres que testemunhou durante a saída do Egito, tenha se rebelado contra Deus, se desviado para a idolatria e a imoralidade (essas duas sempre andam juntas) e, por causa disso, tenha sido expulso de sua terra, debaixo da ira de Deus! No entanto, esse fato não poderia ter sido exposto de forma mais clara do que nas muitas declarações acerca do futuro feitas pelos próprios profetas de Israel. Essas profecias são detalhadas e esmiuçadas por muitos profetas hebreus ao longo de toda a Bíblia. As profecias abaixo não são pronunciamentos feitos por anti-semitas, mas palavras do próprio Deus falando através de Seus profetas escolhidos. Ninguém pronunciou o juízo de Deus sobre o Israel rebelde de forma mais severa do que Moisés, que liderou o povo desde a saída do Egito até chegar às fronteiras da Terra Prometida. Quando eles estavam para entrar em Canaã, Deus os alertou mais uma vez através daquele grande líder, com quem falava “face a face, como qualquer fala a seu amigo''. 5 Também não se pode negar que tudo isso ocorreu exatamente como Deus predisse através de Moisés: “Será, porém, que, se não deres ouvidos à voz do SENHOR, tem Deus, não cuidando em cumprir todos os seus mandamentos e os seus estatutos que, hoje, te ordeno, então, virão todas estas maldições sobre ti e te alcançarão: [...] 0 SENHOR te fará cair diante dos teus inimigos; por um caminho, sairás contra eles, e, por sete caminhos, fugirás diante deles, e serás motivo de horror para todos os reinos da terra /.../. Virás a ser pasmo, provérbio e motejo entre todos os povos a que o SENHOR te levará [...]. Todas estas maldições virão sobre ti, e ir perseguirão, e te alcançarão, até que sejas destruído, porquanto não ouviste a voz do SENHOR, teu Deus, para guardares os mandamentos e os estatutos que te ordenou. Serão, no teu meio, por si¬ nal e por maravilha, como também entre a tua descendência, para sempre [...]. Se não tiveres cuidado de guardar todas as palavras desta lei, escritas neste livro, para temeres este nome glorioso e terrível, o SENHOR, teu Deus [...]. Ficareis poucos em número /.../. 282 _ • Rebelião e Juízo • Assim como o SENHOR se alegrava em vós outros, em fazer-vos bem e multiplicar- vos, da mesma sorte o SENHOR se alegrará em vos fazer perecer e vos destruir; sereis desarraigados da terra à qual passais para possui-la. 0 SENHOR vos espalhará entre to¬ dos os povos, de uma até à outra extremidade da terra [...]. Nem ainda entre estas nações descansarás, nem a planta de teu pé terá repouso, porquanto o SENHOR ali te dará coração tremente, olhos mortiços e desmaio de alma. A tua vida estará suspensa como por um fio diante de ti; terás pavor de noite e de dia e não crerás na tua vida. Pela manhã dirás: Ah! Quem me dera ver a noite! E, à noitinha, dirás: Ah! Quem me dera ver a manhã! Isso pelo pavor que sentirás no coração e pelo espetáculo que terás diante dos olhos... " 6 Com certeza, os milhões de judeus que, ao longo da história, sofreram exatamente as agruras que Moisés profetizou (nas mãos dos cruzados da Igreja Católica Romana, em terras muçulmanas durante séculos, nos pogroms da Rússia, no ódio e na perseguição da Europa e, finalmente, no Holocausto) não conheciam suas próprias Escrituras, ou teriam reconhecido o cumprimento das profecias e se arrependido, clamando pela misericórdia de Deus. E o que está acontecendo hoje? Será que os israelenses compreendem sua situação à luz do que seus profetas disseram? 0 surpreendente é que milhões de cristãos afirmam não ver nenhuma conexão entre a Bíblia e o Israel moderno. iufzo Que se Estende Até Hoje 0 tema do juízo derramado sobre um povo disperso foi abordado por muitos outros profetas hebreus, enquanto Deus reiterava Suas advertências. 0 cumprimento desses juízos sobre os israelitas dispersos por toda parte é mais uma prova de que eles são o povo de Deus a quem foi dada a Terra Prometida. Nenhum outro povo sofreu esse contínuo juízo específico ao longo da história. Existem centenas de passagens desse tipo na Bíblia. Citaremos apenas alguns trechos de algumas delas: "Se transgredirdes, eu vos espalharei por entre os povos [...]”. 7 " Entregá-los-ei para que sejam um espetáculo horrendo para todos os reinos da terra 8 "Porque eis que darei or- _ 283 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • dens e sacudirei a casa de Israel entre todas as nações, assim como se sacode trigo no crivo 9 "Então, saberão que eu sou o SENHOR, quando eu tomar a terra em desolação e espanto, por todas as abominações que cometeram". 10 "Também, começando de madrugada, vos enviou o SENHOR todos os seus servos, os profetas, mas vós não os escutastes, nem inclinastes os ouvidos para ouvir, quando diziam: Convertei-vos agora, cada um do seu mau caminho e da maldade das suas ações. [...] Todavia, não me destes ouvidos, diz o SENHOR, mas me provocastes à ira com as obras de vossas mãos, para o vosso próprio mal". 11 "Dize-lhes: Tão certo como eu vivo, diz o SENHOR Deus, não tenho prazer na morte do perverso, mas em que o perverso se converta do seu caminho e viva. Convertei-vos, convertei- vos dos vossos maus caminhos; pois por que haveis de morrer, ó casa de Israel?" 12 Através dos séculos, e apesar da incredulidade da maioria dos judeus em todo o mundo, sempre houve um núcleo que acreditava nas promessas de Deus - e que até reconhecia e admitia que a dispersão dos judeus pelos quatro cantos do mundo era juízo de Deus por causa de seus pecados. Em 1172, Moisés ben Maimon (Maimonides), famoso médico e filósofo judeu cuja família foi para Fez (Marrocos) fugindo da perseguição islâmica na Espanha (ele mesmo teve que fugir do Marrocos, tempos depois), escreveu em sua Epístola ao Iêmen: Um dos pontos fundamentais da fé de Israel é que o futuro redentor de nosso povo [...] reunirá nossa nação, ajuntará os exilados, nos redimirá de nossa degradação [...]. Por causa da multidão de nossos pecados, Deus nos lançou no meio deste povo, os árabes, que nos têm perseguido violentamente [...] como a Escritura já nos havia advertido de antemão [...]. Nunca houve um povo que nos maltratasse, degradasse, aviltasse e odiasse tanto quanto eles Um Acontecimento incrível! Tanto as bênçãos quanto os juízos de Deus sobre Israel ao longo de sua história revelam o caráter divino: Deus é amoroso, bondoso. 28 a_ • Rebelião e Juízo • fiel e sincero, mas Ele não deixa a rebelião impune e não revoga Suas promessas, sejam elas de bênção ou de castigo. Israel é um retrato de toda a humanidade. A história de Israel mostra que Deus conhece a nossa fraqueza e está disposto a nos perdoar. Mas ela também mostra que, assim como Israel, todos nós somos, por natureza, rebeldes obstinados, orgulhosos, egoístas, teimosos, determinados a fazer nossa própria vontade; e que o amor, a misericórdia e o perdão de Deus têm que ser temperados com a Sua justiça. Do fogo de Sua presença que ardia no alto do Monte Sinai, Deus declarou os Dez Mandamentos com voz tonitruante e majestosa, de modo que todo o Israel ouviu - mas, incrivelmente, não obedeceu! Como não poderia deixar de ser, o povo tremeu diante dessa terrível demonstração da presença e do poder de Deus. Nenhum escritor de ficção poderia ter imaginado, e muito menos ousado narrar, a incrível rebelião que a Escritura nos diz que ocorreu depois. Uma das muitas evidências de que a Bíblia é a verdadeira Palavra de Deus reside no fato de que, ao nos apresentar a história do homem desde o Jardim do Éden, passando pelo Dilúvio e assim por diante, ela revela o mal que habita o coração até mesmo daqueles que Deus abençoa graciosamente - e em nenhum lugar isso fica mais claro do que no episódio do Monte Sinai. Embora seja estarrecedor, apesar dessa prova audível e visível de quem era exatamente o Deus verdadeiro - o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, o Deus de Israel, que os havia libertado do Egito milagrosamente - os judeus se rebelaram contra Ele. Deus os havia feito cruzar o Mar Vermelho sobre terra seca, afogando em seguida os egípcios que os perseguiam. Ele os havia guiado com uma coluna de nuvem durante o dia e uma coluna de fogo à noite, alimentara-os com maná e saciara sua sede com água que jorrou milagrosamente de uma rocha. Porém, enquanto Moisés estava no Monte Sinai recebendo a lei de Deus, o povo lá embaixo quebrava os mandamentos que havia jurado cumprir, tendo acabado de ouvir sua proclamação saindo de dentro do fogo e do trovão que cobriam o topo do monte, onde Moisés se demorava: "Mas, vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte, acercou-se de Ardo e lhe disse: [...] faze-nos deuses que vão adiante de nós [...]. Então, todo o povo tirou das orelhas as argolas e as trouxe a Arão. Este, recebendo-as das suas mãos, trabalhou o ouro com buril efez dele um bezerro fundido. Então, disseram: São es- _ 285 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • tes, ó Israel, os teus deuses, que te tiraram da terra do Egito. Aarão [...] edificou um altar diante dele e, apregoando, disse: Amanhã será festa ao SENHOR. No dia seguinte, madrugaram, e ofereceram holocaustos, e trouxeram ofertas pacíficas; e o povo assentou-se para comer e beber e levantou-se para divertir-se. Então, disse o SENHOR a Moisés: Vai, desce; porque o teu povo, que fizeste sair do Egito, se corrompeu e depressa se desviou do caminho que lhe havia eu ordenado; fez para si um bezerro fundido, e o adorou, e lhe sacrificou [...] eis que é povo de dura cerviz. Agora, pois, deixa-me, para que se acenda contra eles o furor, e eu os consuma; e de ti farei uma grande nação. Porém Moisés suplicou ao SENHOR, seu Deus [...] Lembra-te de Abraão, de Isaque e de Israel, teus servos, aos quais por ti mesmo tens jurado e lhes disseste: Multiplicarei a vossa descendência como as estrelas do céu, e toda esta terra de que tenho falado, dá-la- ei à vossa descendência, para que a possuam por herança eternamente. [...] E, voltando- se, desceu Moisés do monte com as tábuas do Testemunho nas mãos [...] a escritura era a mesma escritura de Deus, esculpida nas tábuas"A 4 Deus estava pondo Moisés à prova com a oferta de fazer com que seus descendentes substituíssem as doze tribos de Israel, uma grande tentação - e Moisés passou no teste. Ele relembrou as promessas que Deus havia feito a Abraão, Isaque e Jacó - promessas que Ele precisava cumprir para manter Sua integridade. Se não estabelecesse os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó nação na terra que lhes havia prometido, as outras nações diriam com razão, que Ele não era o verdadeiro Deus. 0 mesmo argumento continua válido hoje. 0 Deus da Bíblia precisa cumprir Suas promessas de restaurar Israel completamente como nação em sua própria terra para jamais ser dispersa novamente - ou será um mentiroso, e não o verdadeiro Deus e Criador Nós conhecemos muito bem a trágica história. Quando Moisés retornou ao acampamento de Israel e viu com os próprios olhos a idolatria e a fornicação em que o povo havia mergulhado ainda no próprio sopé do Sinai, ele ficou louco de raiva e jogou ao chão as tábuas de pedra em que Deus havia escrito Seus mandamentos, reduzindo-as a pedaços. E por que não faria isso? 0 povo já havia quebrado a lei. Que história extraordinária e instrutiva, tão reveladora da índole humana! 286 _ • Rebelião e Juízo • 0 Amor Compassivo de Deus - e a Sua Justiça Foi em meio a essa cena terrível que Moisés implorou a Deus: 'Rogo-te que me mostres a tua glória". 15 O monte fumegava, a serra tremia e o povo estava sendo castigado por seu pecado atroz, quase inacreditável. Era o cenário perfeito para que Deus trovejasse: Eu te mostrarei que sou juiz severo! Mas, em vez disso, Ele convidou Moisés a subir novamente ao monte até Sua presença, onde Ele escreveria a lei em tábuas de pedra mais uma vez - a lei que Israel já havia quebrado. Em resposta ao pedido de Moisés, Deus replicou: "Farei passar toda a minha bondade diante de ti ”. 16 De volta ao topo do monte, "passando o SENHOR por diante dele, clamou: SENHOR, SENHOR Deus compassivo, clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade; que guarda a misericórdia em mil gerações, que perdoa a iniquidade, a transgressão e o pecado, ainda que não inocenta o culpado 17 Deus parece acrescentar "ainda que não inocenta o culpado” com uma certa relutância. Repetidas vezes, o Deus da Bíblia diz aos judeus que os ama: "o SENHOR, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio [...] porque o SENHOR vos amava [,..]". 10 0 apóstolo João, inspirado pelo Espírito Santo, declara: "Deus é amor ". 19 Ele não pode fazer nada senão amar, não só a Israel, mas a toda a humanidade, porque o amor não é apenas Sua natureza, mas Sua própria essência. Entretanto, Deus também é perfeitamente justo. Ele não pode "inocentar o culpado", pois isso seria fazer vista grossa ao pecado e corromper a justiça divina. 0 preço pelo pecado, estipulado por Deus, precisava ser pago. E, maravilha das maravilhas, o próprio Deus viria como homem para pagar esse preço integralmente (pois só Ele poderia fazer isso], de modo que todo aquele que cresse pudesse ser perdoado de forma justa. Geração após geração, Deus enviou Seus profetas para rogar ao povo escolhido, que continuava rebelde contra Ele: "Vinde, pois, e arrazoemos, diz o SENHOR; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve [...] Se quiserdes e me ouvirdes, comereis o melhor desta terra [prometida]. Mas, se recusardes e fordes rebeldes, sereis devorados à espada; porque a boca do SENHOR o disse". 20 Deus não queria castigar Seu povo (assim como não quer derramar Sua ira sobre este _ 287 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • mundo), mas Ele não pode compactuar com o mal. Finalmente. Seus apelos a Israel chegaram ao fim - como em breve acontecerá com a humanidade. Sua santidade e justiça exigiram que Ele finalmente punisse Israel: " Todavia, começando eu de madrugada, lhes enviei os meus servos, os profetas, para lhes dizer: Não façais esta coisa abominável que aborreço. Mas eles não obedeceram, nem inclinaram os ouvidos para se converterem da sua maldade [...] Derramou-se. pois, a minha indignação e a minha ira, acenderam-se nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém, que se tornaram em deserto e em assolação, como hoje se vê ”. 21 Infelizmente, apesar dos apelos de Deus ao Seu povo para que se convertesse a Ele de todo o coração, Israel continua até hoje era ! incredulidade e rebelião contra Ele, e, portanto, perdeu a bênção, completa que Deus havia prometido graciosamente a Seus antepassados. Desde os dias de Moisés até hoje, o Israel rebelde está debaixo do juízo de Deus. No entanto, a restauração total e final de Israel (que já está em andamento) está assegurada, e depois disso, Israel nunca mais estará debaixo de juízo novamente - mas só pela graça de Deus, e não por seus méritos próprios. A Escritura deixa isso bem claro: "Porque tu és povo santo ao SENHOR, teu Deus; o SENHOR, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra [...] porque o SENHOR vos amava e, para guardar o juramento que fizera a vossos pais J...fNão é por amor de vós que eu faço isto, ó casa de Israel, mas pelo meu santo nome, que profanastes entre as nações para onde fostes [...] Envergonhai-vos e confundi-vos por causa dos vossos caminhos, ó casa de Israel''. 22 A Promessa do Messias Desde a eternidade, era propósito de Deus incluir toda a humanidade em Sua misericórdia para com Israel. Já no início, quando Deus disse a Abraão: "Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem ", Ele também declarou "em ti serão benditas todas as famílias da terra". 23 Essa assombrosa garantia foi repetida a Abraão 24 , e mais tarde a seu filho Isa- 288 _ • Rebelião e Juízo • que 25 , e depois a Jacó 26 . É claro que essa promessa só poderia ser cumprida através do Messias, descendente de Abraão, Isaque e Jacó. Ele viria para pagar todo o preço pelos pecados da humanidade inteira. "Todas as famílias da terra” poderiam ser perdoadas e levadas à plena comunhão com seu Criador - se estivessem dispostas a aceitar a salvação nos termos de Deus. 0 Messias não apareceria na terra de repente, como se surgisse do ar. Ele também não desceria de um OVNI e diria: "Voilàl Aqui estou eu, o tão esperado Messias!” Ele precisava de uma genealogia de ancestrais humanos para que fosse um homem genuíno. Ele tinha que ser Deus para ser sem pecado e capaz de pagar a penalidade infinita que Sua própria justiça exigia pelos pecados da humanidade. Contudo, Ele tinha que ser um verdadeiro homem de carne e sangue para poder pagar o preço em favor de toda a humanidade. Deus escolheu Abraão, e através dele Isaque, Jacó e o rei Davi (e, revelando Sua graça e perdão, até mesmo a meretriz Raabe e Rute, a moabita] para serem os ancestrais do Messias. 0 Messias tinha que ser, e é, um judeu - outra razão pela qual Deus tem um lugar especial para Israel em Seu coração. Não há como fugir da profecia do grande profeta hebreu Isaías: "Porque um menino nos nasceu [o bebê nascido em BelémJ, um filho se nos deu [o eterno Filho de Deus, que veio como homem]; o governo está sobre os seus ombros [portanto, esse Prometido é o Messias]; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade [portanto, Deus é Pai e tem um Filho a quem Ele entrega para ser o Messias, e os dois são um], Príncipe da Paz [Ele é Aquele que trará paz eterna]. 27 Ser o povo escolhido de Deus é uma grande honra, mas significa ter responsabilidades, além de bênçãos. 0 fato de que os judeus seriam dispersos por todo o mundo, odiados, perseguidos e mortos era mais do que uma profecia - era o juízo de Deus sobre eles por sua rebeldia e pela pior rebelião de todas: rejeitar o seu Messias. Entretanto, através dessa rejeição viria a crucificação - e, através desta, a salvação de todo aquele que cresse. Muitos séculos depois de Deus ter prometido o Messias a Abraão, Isaque e Jacó, o profeta Isaías não apenas profetizou acerca de Sua vinda, como citamos acima, mas também predisse que Ele seria rejeitado por Seu próprio povo e, através disso, viria a redenção da humanidade: _ 289 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • "Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso [...] Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades [...] pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos. [...] Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar: quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a su posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do SENHOR prosperará nas suas mãos 28 A Promessa da Restauração Apesar de os judeus estarem debaixo do severo castigo dei Deus por sua incredulidade, e apesar da profecia de que eles rejeitariam seu Messias por séculos, Javé prometeu dezenas de vezes em Sua Palavra que eles seriam preservados da destruição total. 29 Finalmente, Ele os restabeleceria em sua própria terra como uma etnia identificável (embora em incredulidade); depois disso o Messias retomaria para socorrê-los no Armagedom e ocupar o trono de seu pai, Davi. 30 A integridade de Deus está ligada a essa restauração de Israel em sua própria terra, de onde nunca mais será tirado: "Não temas, pois, tu, servo meu, Jacó, nem te espantes, ó Israel; porque eu te livrarei do país remoto e a tua descendência, da terra do seu cativeiro; Jacó voltará e ficará tranqüilo e confiante; não haverá quem o atemorize. Não temas, servo meu, Jacó [...] darei cabo de todas as nações para as quais eu te arrojei; mas de ti não darei cabo; castigar-te-ei, mas em justa medida; não te inocentarei de todo ”. 31 Fizemos referência a apenas algumas das muitas profecias bíblicas relativas a Israel. Entretanto, documentamos suficientemente o que está se cumprindo em nossa época para mostrar, sem sombra de dúvida, que tudo o que Deus profetizou a respeito de Israel e do mundo que se opõe a ele, e que ainda não se cumpriu, irá ocorrer exatamente como foi predito. A promessa de 290 _ • Rebelião e Juízo • Deus de que iria reunir todos os judeus dispersos ao redor do mundo para estabelecê- los de volta em sua própria terra como uma nação soberana está inegavelmente em andamento, e será plenamente cumprida. Deus começou a restaurar Israel, conforme havia declarado que faria, em 1948 (quase dois mil e quinhentos anos após a diáspora babilónica), e isso apenas parcialmente e com a contínua e feroz oposição das nações árabes vizinhas e do restante do mundo. Não pode haver dúvida de que as seguintes profecias começaram a se cumprir, e estarão completadas na época determinada: "Tomar-vos-ei de entre as nações, e vos congregarei de todos os países, e vos trarei para a vossa terra ”. 32 "Estabelecê-los-ei, e os multiplicarei, e porei o meu santuário no meio deles, para sempre ". 33 "Ouvi a palavra do SENHOR, ó nações, e anunciai nas terras longínquas do mar, e dizei: Aquele que espalhou a Israel o congregará e o guardará, como o pastor, ao seu rebanho. Porque o SENHOR redimiu a Jacó e o livrou da mão do que era mais forte do que ele. Hão de vir e exultar na altura de Sião, radiantes de alegria por causa dos bens do SENHOR, do cereal, do vinho, do azeite, dos cordeiros e dos bezerros; a sua alma será como um jardim regado, e nunca mais desfalecerão [...] tornarei o seu pranto em júbilo e os consolarei; transformarei em regozijo a sua tristeza. [...] e o meu povo se fartará com a minha bondade, diz o SENHOR". 34 "Como o pastor busca o seu rebanho [...], assim buscarei as minhas ovelhas; livrá- las-ei de todos os lugares para onde foram espalhadas [...]. Tirá-las-ei dos povos, e as congregarei dos diversos países, e as introduzirei na sua terra [-]"- 35 "Eis que eu os congregarei de todas as terras, para onde os lancei na minha ira [...]; tornarei a trazê-los a este lugar e farei que nele habitem seguramente. Eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus. [...] Farei com eles aliança eterna, segundo a qual não deixarei de lhes fazer o bem; e porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim. [...] assim lhes trarei todo o bem que lhes estou prometendo ”. 36 "Mudarei a sorte do meu povo de Israel; reedificarão as cidades assoladas e nelas habitarão [...] e, dessa terra que lhes dei, já não serão arrancados, diz o SENHOR, teu Deus ”. 37 _ 291 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Uma Teoria Andbíblica e Irracional Hoje em dia, existem cristãos que afirmam que essas profecias não se referem aos últimos dias em que vivemos, mas à libertação de Israel do Egito, sob a liderança de Moisés. A linguagem precisa da Escritura mostra claramente que essa interpretação está errada. Só a palavra novamente já é suficiente para jogar por terra essa teoria. É claro que as frases recorrentes: "todos os lugares para onde foram espalhadas ” e "de todas as terras, para onde os lancei na minha ira" não poderiam referir-se ao êxodo de um único país, o Egito. Da mesma forma, o tempo futuro não poderia ser empregado em profecias pronunciadas muitos séculos após o Êxodo para fazer referência àquele evento passado. Qual é o propósito de uma "profecia" que prevê eventos que já ocorreram? A linguagem precisa da Escritura refuta completamente a idéia de que as profecias que falam do retomo dos judeus à sua terra se referem ao êxodo do Egito para Canaã. Isso não seria profecia, e sim história. A seguinte passagem de Jeremias, por exemplo, escrita no tempo futuro, cerca de novecentos anos depois da libertação do Egito, declara especificamente que ela não se refere à saída do Egito em direção à Terra Prometida, mas sim a um futuro retomo do povo judeu, vindo de muitas terras diferentes depois de ter sido expulso da sua própria terra e disperso pelo mundo por causa de seu pecado: "Portanto, eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que nunca mais se dirá: Tão certo como vive o SENHOR, que fez subir os filhos de Israel do Egito; mas: Tão certo como vive o SENHOR, que fez subir I os filhos de Israel [...] de todas as terras para onde os tinha lançado. Pois eu os farei voltar para a sua terra, que dei a seus pais. Eis que mandarei muitos pescadores, diz o SENHOR, os quais os pescarão; depois, enviarei muitos caçadores, os quais os caçarão [...]. Porque os meus olhos estão sobre todos os seus caminhos; ninguém se esconde diante de mim, nem se encobre a sua iniquidade aos meus olhos. Primeiramente, pagarei em dobro a sua iniqüidade e o seu pecado, porque profanaram a minha terra [...] a minha herança [...] Portanto, [...] lhes farei conhecer a minha força e o meu poder; e saberão que o meu nome é SENHOR [Javé] ”. 38 Obviamente, hoje, pela primeira vez na história, podemos afirmar com propriedade as palavras dessa espantosa e precisa profe- 292 _ • Rebelião e Juízo • cia: "Tão certo como vive o SENHOR, que fez subir os filhos de Israel [...] de todas as terras para onde os tinha lançado". De fato, os judeus que vivem em Israel hoje vieram de mais de uma centena de países. Por essa razão (e por outras profecias que já citamos), temos certeza de que estamos testemunhando o reajuntamento de Israel dos últimos dias (Ezequiel 38.12), com todos os seus inimigos reunidos à sua volta e o mundo inteiro debaixo do peso de Israel, e especialmente de Jerusalém. Todas as evidências apontam para o fato de que estamos nos encaminhando para uma falsa paz que levará à batalha do Armagedom, sobre a qual voltaremos a falar nos capítulos finais. Certamente, "reedificarão as cidades assoladas", não poderia descrever a primeira entrada de Israel, sob o comando de Josué, na Terra Prometida, que naquele tempo era uma terra que "mana leite e mel" e cujas cidades eram prósperas e não tinham nada de “assoladas". Do mesmo modo, a frase "dessa terra que lhes dei, já não serão arrancados" também não poderia descrever a entrada na terra depois da libertação do Egito, ou essas profecias seriam falsas, em vista do cativeiro babilónico e das diásporas de 70 e 135 d.C., bem como do fato de que a terra ficou improdutiva durante séculos antes do retomo dos judeus em 1948, que levou ao renascimento de Israel, exatamente como essas profecias haviam predito. Não dá para fugir ao fato de que essas profecias previram uma restauração futura e final de Israel, para nunca mais ser removida novamente - e que culminará com a volta do Messias para reinar no trono de seu pai, Davi. Apesar do caráter inequívoco dessas afirmações e da clareza de sua linguagem, a maioria dos judeus não creu nelas, nem no passado nem no presente, quer em Israel ou no resto do mundo. Da mesma forma, a maioria dos cristãos professos também não as tem aceitado pelo seu valor nominal. A Igreja Católica Romana rejeita essas promessas porque afirma ser a substituta de Israel. A maioria dos calvinistas também assume uma postura "reformada” semelhante, de que Israel foi substituído, mas pela igreja protestante. A Oposição de Muitos Cristãos a Israel Vimos, a partir das passagens citadas acima (e, literalmente, há centenas de outras semelhantes), que Deus prometeu uma restaura- 293 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • ção final e total de Israel, tanto no aspecto físico, em relação à sua terra, quanto no aspecto espiritual, em relação ao próprio Deus. A respeito dessa restauração final, Paulo declara: " Pergunto, pois: porventura, tropeçaram para que caíssem? De modo nenhum! Mas, pela sua transgressão, veio a salvação aos gentios, para pô-los em ciúmes. Ora, se a transgressão deles redundou em riqueza para o mundo, e o seu abatimento, em riqueza para os gentios, quanto mais a sua plenitude! [...] Porque, se o fato de terem sido eles rejeitados trouxe reconciliação ao mundo, que será o seu restabelecimento, senão vida dentre os mortos? [...] veio endurecimento em parte a Israel, até que haja entrado a plenitude dos gentios. E, assim, todo o Israel será salvo, como está escrito: Virá de Sião o Libertador e ele apartará de Jacó as impiedades ". 40 É espantoso o número de pessoas que afirmam ser cristãs mas aparentemente não têm temor do Deus da Bíblia. Elas não têm medo de enxovalhar Israel ostensivamente diante do Criador do universo, que se autodenomina 203 vezes como "o Deus de Israel” e declarou que os judeus são Seu povo por uma aliança perpétua. Moisés disse: "Porque a porção do SENHOR é o seu povo; Jacó é a parte da sua herança. [...] guardou-o como a menina dos olhos''. 41 É claro que isso não se refere aos judeus como indivíduos, mas a Israel como nação - e muito menos se refere à Igreja como substituta de Israel! Como já comentamos (mas é sempre bom repetir), há outra passagem na Escritura em que a nação de Israel é carinhosamente designada como a menina dos olhos de Deus. 42 Apesar disso, a maioria dos calvinistas e muitos dos que se intitulam "reformados” insistem em dizer que Israel foi substituído pela Igreja. Por exemplo, em 2002, o corpo docente do Seminário Knox, calvinista, de Fort Lauderdale, Flórida (D. James Kennedy - fundador, chanceler, presidente e professor de evangelismo) publi¬ cou um documento intitulado: "Uma Carta Aberta aos Evangélicos e Outros Interessados: O Povo de Deus, a Terra de Israel e a Imparcialidade do Evangelho". Essa declaração - que negava que os descendentes carnais de Abraão, Isaque e Jacó (i.e., os judeus) tenham quaisquer bênçãos especiais ou lugar de destaque na profecia, e muito menos que tenham qualquer direito de posse sobre a terra de Israel - foi inicialmente assinada por setenta e um líderes evangélicos proeminentes, entre os quais R. C. Sproul e Michael S. Horton. Esse documento declara: 294 _ • Rebelião e Juízo • Seção VI: As promessas de herança que Deus fez a Abraão [...] não se aplicam a nenhum grupo étnico em particular, mas à Igreja de Jesus Cristo, o verdadeiro Israel [...]. Seção IX: O direito legal de qualquer grupo étnico ou religioso sobre o território do Oriente Médio conhecido como "Terra Santa" não tem apoio bíblico. De fato, as promessas territoriais específicas para Israel no Antigo Testamento foram cumpridas na época de Josué. Cumpridas na época de Josué? Mas se referem à Igreja? Ah, fala sério! A Igreja nem existia na época de Josué! A aberração dessa declaração deveria ser evidente para qualquer um que estude a Bíblia com seriedade. Vimos que a terra foi dada a Abraão, Isaque e Jacó, e a seus descendentes de sangue, através de uma "aliança perpétua". Certamente, a posse "perpétua" daquela terra não poderia ter ocorrido na época de Josué, porque ele morreu com 110 anos - um período que está longe de ser "perpétuo". As "promessas territoriais específicas para Israel no Antigo Testamento” incluem profecias de que Israel seria expulso de sua terra por causa da incredulidade mas seria trazido de volta nos últimos tempos. Sem dúvida, nem a expulsão nem a restauração se cumpriram plenamente na época de Josué. Do mesmo modo, não poderiam ter se cumprido na época de Josué as profecias de que o Messias viria em carne para aquela terra a fim de redimir Israel, de que Israel O rejeitaria e crucificaria naquele lugar, ou de que Israel, tendo retomado à sua terra depois de ser disperso pelo mundo inteiro, seria atacado por todas as nações do mundo na batalha do Armagedom e o Messias interviria para salvá-lo. Veja só o que é o poder do preconceito contra os judeus, que consegue até cegar o entendimento de líderes cristãos quanto ao ensino claro da Palavra de Deus! 0 fato de a maioria dos judeus de hoje (inclusive a maior parte dos rabinos) também ignorar ou negar essas profecias evidentes não é menos estarrecedor. Israel Precisa Ser Totalmente Restaurado Para que Satanás seja derrotado, não basta que alguns judeus sobrevivam individualmente. E necessário que Israel exista como na- _ 295 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • ção em sua própria terra: " Assim diz o SENHOR , que dá o sol para a luz do dia e as leis fixas à lua e às estrelas para a luz da noite , que agita o mar e faz bramir as suas ondas [...]. Se falharem estas leis fixas diante de mim, diz o SENHOR, deixará também a descendência de Israel de ser uma nação diante de mim para sempre 43 Muitos judeus no mundo inteiro rejeitam a Bíblia e negam a existência do Deus de Israel. Seu caráter judaico é unicamente cultural e tradicional. Por isso, eles censuram o que o mundo chama de "Sionismo”. Norman G. Finkelstein, que já mencionamos, é um exemplo dessa idéia. Ele rejeita a própria existência de uma nação chamada Israel "que seja propriedade dos judeus”. 44 Entretanto, ele não tem problema com o fato de que a Alemanha seja "propriedade" dos alemães ou de que a França seja "propriedade" dos franceses, etc. Ele não pode tolerar que exista um Estado judaico que seja a pátria de um povo que foi expulso diversas vezes de sua terra por vários agressores e perseguido e morto no mundo inteiro durante séculos! Ele alega que a própria existência de uma "pátria histórica do povo judeu" tomaria "o povo judeu 'estrangeiro' em todos os outros países/unidades territoriais, sancionando, assim, as reivindicações do anti-semitismo”. 45 Aparentemente, é aceitável que todos os outros povos (sejam eles índios americanos, finlandeses ou zulus) reivindiquem a posse de uma "pátria histórica” - mas não os judeus. Finkelstein até apóia o imperialismo árabe que reivindica todo o Oriente Médio para a "grande nação árabe”, sem lugar para a existência de Israel! Ele não vê que sua posição anti-Israel é inspirada por um outro ser em quem ele não acredita - Satanás. Essa mesma oposição a Israel é firmemente sustentada por muitos que se dizem cristãos. É estarrecedora a quantidade de cristãos, verdadeiros que interpretam corretamente a maior parte da Bíblia, mas se opõem de forma inflexível ao que a Escritura diz tão claramente a respeito da futura restauração completa de Israel em sua terra, nos últimos dias. Poderíamos dizer sem errar que a atitude de uma pessoa em relação a Israel (que é, de longe, o maior assunto da Bíblia, ocupando pelo menos 70 por cento de suas páginas) define se essa pessoa crê ou não em Deus. Quase todos os acontecimentos mencionados na Bíblia aconteceram com ou em Israel; o mesmo se aplica aos eventos profetizados que ainda estão para se cumprir. 296 _ • Rebelião e Juízo • A Igreja não é uma nação, mas se compõe de pessoas vindas de todas as nações e, portanto, não poderia ter substituído Israel na profecia. Só existe uma nação e um povo - somente os judeus - a quem Deus deu uma terra com promessas perpétuas específicas concernentes a ela. Certamente, a Terra Prometida nunca foi dada à Igreja, nem esta jamais a ocupou como uma "nação". A Igreja nunca foi expulsa da Terra Prometida por causa de sua rebeldia contra Deus. Nem jamais lhe foi prometido que voltaria a ser uma nação estabelecida naquela terra. Mas tudo isso e muito mais foi profetizado e se cumpriu com Israel. Está claro que a Igreja não é Israel - nunca foi e nunca poderia ser! Uma Clara Distinção Deus declara através de Jeremias (como citamos anteriormente) que, se uma nação distinta chamada Israel (que deve ser composta dos descendentes de sangue da nação de Israel que foi estabelecida na Terra Prometida sob a liderança de Josué) não existir mais, não haverá sol no céu, as estrelas terão desaparecido e toda a ordem na¬ tural estará destruída! Todavia, existem não só muçulmanos e ateus mas também muitos judeus e cristãos praticantes que dizem que o Israel de hoje não tem importância profética nem legitimidade divina. Eles se colocam diretamente contra Deus e Sua Palavra. De fato, eles estão negando a principal prova profética que Deus fornece de Sua existência e de que a Bíblia é a Sua Palavra. Eles precisam se arrepender, ou serão punidos por se colocarem contra o que foi predito pelos profetas. Os capítulos 9 e 10 da Epístola aos Romanos esclarecem da melhor forma possível a distinção que há entre a Igreja e o povo carnal conhecido como os judeus, que constitui a nação de Israel. Paulo afirma que estaria disposto a ir para o inferno eternamente se isso pudesse trazer a salvação a "meus compatriotas, segundo a carne. São israelitas [...] deles descende o Cristo, segundo a carne”. 46 Mas uma pessoa precisa ser salva para estar na Igreja - a Igreja é composta apenas de pessoas salvas. Além disso, na Igreja existem alemães, franceses, espanhóis, australianos, aborígenes, zulus - de fato, pessoas de toda tribo e _ 297 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • nação da terra. Como essa variedade de raças poderia ser chamada de " israelitas", os "compatriotas, segundo a carne" de Paulo e Cristo? Impossível! Mais adiante, ele diz que "a boa vontade do meu coração e a minha súplica a Deus a favor deles são para que sejam salvos". 47 Paulo declarou que Israel não está salvo. Então, como Israel poderia ser a Igreja? Esse ensinamento vira a Bíblia do avesso! De fato, esse ensino é tão perverso que muitos que o adotam afirmam que a promessa feita por Cristo de que voltaria à terra já se cumpriu - que Ele voltou no ano 70 d.C. na pessoa dos exércitos romanos para destruir Jerusalém e punir os judeus por tê-Lo rejeitado. Bem, os mortos certamente não ressuscitaram naquela época nem os vivos foram arrebatados para encontrar-se com Cristo nos ares e serem levados para o céu, como afirma a Escritura. 48 Ele virá para salvar Israel, não para destrui-lo - e para governar o mundo no trono de Davi, em Jerusalém. Mais assombroso ainda é o fato de que alguns que ensinam a doutrina de que "Israel agora é a Igreja” chegam a afirmar que nós estamos vivendo no reino milenar de Cristo. Mas o leopardo não se deita junto ao cabrito e o leão não come palha como o boi, 49 como a Escritura diz que ocorrerá no Milênio; e, certamente, não se pode dizer que Satanás esteja preso. 50 Na verdade, ele ainda anda "em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar". 31 Infelizmente, desde os dias de Moisés até hoje, a nação de Israel tem estado debaixo do castigo de Deus, como prova sua história - e continuará a estar, embora de volta a sua terra, até que se arrependa e busque ao Senhor. Ao mesmo tempo, porém, ela está debaixo da proteção de Deus, e ai daqueles que lhe fizerem algum mal! Jerusalém continuará a ser pisada pelos gentios "até que os tempos dos gentios se completem". 52 No capítulo quinze, veremos quando terminará esse juízo de Deus, com o cumprimento final dessas profecias dos "últimos dias". Notas: 1. Números 24.14; Deuteronômio 4.30; 31.29; Isaías 2.2; Oséias 3.5; Miquéias 4.1: Atos 2.17; 1 Timóteo 4.1; 2 Timóteo 3.1; Tiago 5.3; 2 Pedro 3.3, etc. 2. Gênesis 17.7, 13, 19; 2 Samuel 23.5; 1 Crônicas 16.17; Salmos 105.8-11; Isaías 55.3; 61.8, etc. 3. Zacarias 14.1-2. 298 _ • Rebelião e Juízo • 4. Juízes 20.2; Hebreus 11.25, etc. 5. Êxodo 33.11; Deuteronômio 34.10, etc. 6. Deuteronômio 28.15-68. 7. Neemias 1.8. 8. Jeremias 15.4. 9. Amós 9.9. 10. Ezequiel 33.29. 11. Jeremias 25.4-5, 7. 12. Ezequiel 33.11. 13. Isadore Twersky, ed., A Maimonides Reader (Nova York, 1972), pp. 456-457. 14. Êxodo 32.1-14. 15. Ibid., 33.18. 16. Ibid., 33.19. 17. Ibid., 34.6-7. 18. Deuteronômio 7.6-8. 19. 1 João 4.8,16. 20. Isaías 1.18-20. 21. Jeremias 44.4-6. 22. Deuteronômio 7.6-8; Ezequiel 36.22, 32, etc. 23. Gênesis 12.3. 24. Ibid., 22.18. 25. Ibid., 26.4. 26. Ibid., 28.14. 27. Isaías 9.6. 28. Ibid., 53.3-10. 29. Jeremias 30.10-17; 46.27-28, etc. 30. Jeremias 31; Ezequiel 34, 36, 37, etc. 31. Jeremias 46.27-28. 32. Ezequiel 36.24. 33. Jeremias 31; Ezequiel 34, 36, 37, etc. 34. Jeremias 31.10-14. 35. Ezequiel 34.12-13. 36. Jeremias 32.37-42. 37. Amós 9.14-15. 38. Jeremias 16.14-21. 39. Êxodo 3.8, 17; 13.5; Levítico 20.24; Números 13.27; Deuteronômio 31.20; Josué 5.6, etc. 40. Romanos 11.11-16,25-26. 41. Deuteronômio 32.9-10. 42. Zacarias 2.8. 43. Jeremias 31.35-36. 44. Norman G. Finkelstein, Image and Reality of the Israel-Palestine Conflict (Londres: Verso, 1995), p. 10 . 45. Ibid., 14. 46. Romanos 9.3-5. 47. Ibid., 10.1. 48. 1 Coríntios 15.51-57; 1 Tessalonicenses 4.13-18. 49. Isaías 11.1-9; 65.24-25. 50. Apocalipse 20.1-3, 7-9. 51. 1 Pedro 5.8. 52. Lucas 21.24; Romanos 11.25. 299 12 . Diferenças Importantes ACREDITANDO QUE SEUS MEMBROS substituíram Israel como povo de Deus, a Igreja Católica Romana tomou para Roma os títulos que Deus deu a Jerusalém: Cidade de Deus, Cidade Eterna, Cidade Santa. Em 1904, ano de sua morte, Theodor Herzl, fundador do movimento sionista moderno, anotou em seu diário que havia pedido ajuda ao Papa Pio X para assentar colonos judeus de volta em sua terra. Ele registra que o Papa respondeu: "Nós não podemos impedir os judeus de retomarem, mas jamais compactuaremos com isso". Em 1919, o Cardeal Pietro Gaspari, secretário de Estado do Vaticano, confessou: "O que mais nos assusta é a criação de um Estado judeu na Palestina". Por que a Igreja Católica Romana se oporia e até ficaria assustada com a perspectiva dos judeus retomarem à sua própria terra, cumprindo as muitas promessas que Deus fez de restaurá-los? Se essa "única igreja verdadeira" está tão fora de sintonia com Deus e com a Sua Palavra no que se refere a esse assunto, que outros erros ela não estará promovendo? Discutimos essa questão detalhadamente em outros livros, de modo que não o fare- _ 301 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • mos aqui. 1 O que nos interessa no momento é apenas o anti-semitismo da Igreja Católica Romana. Antes de tomar-se o Papa Pio XII, o Cardeal Eugênio Pacelli (na época, Núncio Apostólico na Alemanha) doou dinheiro do Vaticano a Hitler para ajudá-lo a fundar o Partido Nazista. A Concordata do Vaticano de 1933, que Pacelli negociou com Hitler, deu uma certa legitimidade aos nazistas e, nas palavras de Hitler, foi uma grande ajuda na "luta contra os judeus do mundo inteiro”. Ao tomar-se Papa, Pacelli enviou uma mensagem condescendente ao Führer, assegurando-lhe a boa vontade do Vaticano. Um dos trechos dessa mensagem diz: Ao ilustre Herr Adolf Hitler, Fuehrer e Chanceler do Reich Alemão Lembramos com grande alegria os muitos anos que passamos no Alemanha como Núncio Apostólico, ocasião em que fizemos tudo oque estava ao nosso alcance para estabelecer relações harmoniosas entre a Igreja e o Estado. Agora [...] quão mais fervorosamente oramos para alcançar essa meta [...]. 0 "Vigário de Cristo" não deveria ter mais discernimento? Isso ocorreu em 1939, quando os maus tratos de Hitler em relação aos judeus e suas intenções para com eles tinham sido totalmente expostos ao mundo. Em janeiro daquele ano, Hitler tinha avisado que a guerra resultaria "no extermínio do povo judeu”. Através dos cardeais, bispos e padres da Alemanha, o Papa sabia exatamente o Hitler estava fazendo aos judeus, e que ele pretendia exterminá-los. Portanto, o fato de Pio XII bajular Hitler daquele jeito, apesar saber o que estava ocorrendo, é ainda mais incriminativo. A longa História do Anti-Semitismo Católico Romano Como vimos, uma das doutrinas da Igreja Católica Romana diz que a terra de Israel e o povo judeu não têm mais nenhum significado especial para o "Deus de Israel", porque a Igreja tomou o lugar de Israel. Os judeus receberam a culpa pela crucificação de Cristo, quando, na verdade, eles não tinham autoridade para isso. Foram os romanos que O executaram. O que os judeus fizeram foi 302 _ • Diferenças Importantes • rejeitá-Lo como rei e requerer que Ele fosse crucificado - e assim Ele se tomou o Salvador do mundo, morrendo pelos pecados de todos. De fato, a vasta maioria da humanidade ainda O rejeita. Tendo culpado os judeus pela crucificação (sem a qual ninguém poderia ser salvo), o tratamento que a Igreja deu a eles foi moralmente inaceitável. O Concilio de Viena (1311 d.C.) proibiu qualquer relação entre católicos romanos e judeus. 0 Concilio de Zamora (1313) decidiu que os judeus deveriam ser mantidos em estrita sujeição e servidão. 0 Concilio de Basiléia (1431-33) instruiu as autoridades seculares a confinar os judeus em bairros separados, obrigá-los a usar um símbolo de identificação (como faria Hitler mais tarde) e assegurar que eles assistissem sermões elaborados para convertê-los. 0 Papa Eugênio IV (1431-47) proibiu os judeus de ocuparem cargos públicos e de herdarem propriedades de católicos, além de ordenar o confisco dos bens de qualquer judeu italiano que fosse encontrado lendo literatura talmúdica. Os maus- tratos, perseguições e assassinatos de judeus perpetrados pela Igreja Católica Romana ao longo de sua história vão muito além de qualquer coisa que possamos citar neste livro. É claro que houve católicos que não incorreram nessa condenação, mas, ao fazerem isso, arriscaram sua própria situação diante da Igreja. Durante a Segunda Guerra Mundial, alguns judeus foram salvos por católicos agindo individualmente, mas não pela Igreja como um todo. Os autores de Shoah assinalam: "Mesmo tendo a Igreja se envolvido em atividades de salvamento isoladas, sua motivação parece ter sido a de levar os judeus resgatados para o seio do Cris¬ tianismo [Catolicismo]. Milhares de crianças judias foram levadas para mosteiros e, depois da guerra, muitas não foram devolvidas ao seu povo e à sua fé, mesmo quando parentes requeriam que elas fossem soltas”. 2 0 Papa Bento XIV (1740-58) havia decretado que, se uma criança judia fosse batizada, ela seria católica romana, mesmo que o batismo tivesse ocorrido contra a vontade da própria criança e de seus pais. Em 1851, num dos muitos exemplos dessa prática, uma empregada católica batizou secretamente um bebê judeu do sexo masculino logo após seu nascimento, sem o conhecimento ou aprovação dos pais da criança. Quando o menino fez sete anos, Pio IX decidiu que ele era católico e ordenou _ 303 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • que a polícia papal tirasse a criança de seus pais e o pusesse num colégio interno católico, de onde nunca mais voltaria para a família. Os papas mantinham uma Casa de Catecúmenos em Roma, que conseguia doutrinar e batizar vários judeus anualmente. Os altos funcionários da igreja lamentavam que somente os judeus menos inteligentes e mais pobres e esfarrapados se apresentavam voluntariamente para serem batizados, e só o faziam para escapar da pobreza e do confinamento no gueto. Poucos papas (uma ínfima minoria) tiveram compaixão, e algumas vezes até ajudaram os judeus: Gregório I, Alexandre III. Gregório IX (embora fundador da Inquisição que devoraria centenas de milhares de judeus e não-judeus, estes últimos em muito maior quantidade), e Inocêncio IV. Entretanto, a ampla maioria dos papas perseguiu os judeus - e essa era a posição oficial da Igreja Católica Romana. 0 Papa Urbano II, que organizou a primeira Cruzada, prometeu entrada instantânea no céu para os que morressem lutando por aquela causa (em nada diferente da promessa islâmica de dar o Paraíso aos mártires da jihad ). No caminho para a Terra Santa, os cruzados massacraram judeus (mais de mil em 1096, só na cidade [alemã] de Worms), e, ao tomarem Jerusalém, eles reuniram os judeus dentro de uma sinagoga e a incendiaram. Urbano II tinha dito a eles para conquistarem aquela terra - não para devolvê-la aos judeus, a quem ela pertencia, como diz a Bíblia tão claramente, mas sim para entregá-la à Igreja, como novo povo de Deus. 0 Papa João Paulo II fez um espetáculo para se "desculpar” pelas perseguições que a Igreja Católica promoveu contra os judeus no passado (sem nenhuma menção aos cristãos evangélicos que morreram nas mãos dos católicos em muito maior número que os judeus). No entanto, ele escolheu as palavras cuidadosamente, pedindo perdão pelos "erros dos filhos e filhas da Igreja”, mas jamais admitindo que foi a própria Igreja Católica, sob a liderança específica dos papas, que cometeu aquelas atrocidades. De fato, a história mostra que "por mais de seis séculos, sem cessar, o papado foi inimigo mortal da justiça mais elementar. Nenhum dos oitenta papas que se sucederam desde o século treze desaprovou a teologia e o aparato da Inquisição. Pelo contrário, um após outro acrescentou seu toque pessoal de crueldade ao funcionamento dessa máquina mortífera”. 3 304 _ • Diferenças Importantes • Cristãos Verdadeiros: Vitimados Como os Judeus No século XIX, um professor católico de história eclesiástica em Munique escreveu: "Tanto o início quanto o desenvolvimento desse novo princípio [a Inquisição] devem ser atribuídos unicamente aos papas [...] a longa série de determinações papais acerca da Inquisição, cada vez mais severas e cruéis [...] segue sem interrupção [...] cada papa aperfeiçoa os instrumentos de seu predecessor, contradizendo os princípios mais elementares da justiça cristã [■■■]"- 4 Outro historiador escreve: De Roma e Madri vieram as ordens para torturar e matar [...] as masmorras se enchiam com a mesma rapidez com que eram esvaziadas pelo patíbulo. Homens e mulheres eram quebrados na roda, torturados, arrastados por cavalos; eles perdiam a visão, suas línguas eram arrancadas pela raiz [...] eram deixados sem comida, afogados, enforcados, queimados, mortos das formas mais lentas e agonizantes que a perversa engenhosidade dos padres conseguia imaginar [...] pendurados em ganchos pelo meio do corpo [...] e depois eram balançados para frente e para trás, sobre fogo lento, até ficarem completamente assados [...] tudo era feito debaixo da autoridade do santo padre, o Papa. 5 Durante o breve pontificado de Paulo IV (1555-59), a população de Roma foi reduzida quase à metade, sendo os judeus as principais vítimas. Ele emitiu uma bula histórica, Cum nimis absurdum, que mandou os judeus de volta para seus guetos, forçou-os a venderem suas propriedades com grandes prejuízos, e reduziu-os à condição de escravos e mascates de tecidos - o único artigo que eles tinham permissão de vender. Os judeus não podiam sequer sair do gueto sem a permissão de um alto funcionário da Igreja. Apesar de tudo isso, continuou a mentira de que os judeus estavam por trás de todos os males e tramavam a conquista do mundo. 0 que nunca foi explicado é como eles conseguiriam fazer isso estando confinados em guetos. Hitler estava "bem ciente do longo histórico antijudaico da Igreja Católica”. 6 Em 26 de abril de 1933, justificando seu plano de extermínio dos judeus, Hitler recordou aos representantes da Igreja, Bispo Beming e Monsenhor Steinmann, que "por 1.500 anos, a Igreja considerou os judeus como parasitas, os confinou em guetos e proibiu os cristãos [católicos] de trabalharem para eles... [e que] ele, Hitler, pre- _ 305 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • tendia simplesmente realizar de modo mais eficaz o que a Igreja havia tentado executar 1 Um erudito judeu francês, após cuidadosa pesquisa, afirmou que "sem os séculos de catequese e pregação cristã [católica], os ensinamentos, propaganda e afrontas de Hitler não teriam sido possíveis”. 8 Os autores de Shoah concluíram o mesmo: Sem o Cristianismo [Catolicismo Romano], o sucesso do Nazismo não teria sido possível [...]. Se dezenas de gerações de europeus não tivessem sido doutrinadas com o ódio religioso, o crescimento do ódio racista em relação aos judeus nos tempos modernos não poderia ter ocorrido. 9 Esses escritores judeus não entendem a diferença entre os católicos romanos e os verdadeiros cristãos evangélicos. Eles imaginam que todos os que afirmam ser cristãos realmente o são, mas isso não é verdade. Jesus era judeu - o maior de toda a história. Nenhum cristão de verdade perseguiria o povo de Cristo; ele os amaria e desejaria para eles todas as bênçãos que Deus prometeu em Sua Palavra. A violência e os assassinatos de judeus através dos séculos contrariam a alegação do Catolicismo de ser uma religião cristã. A maioria das pessoas imagina que os judeus foram as únicas vítimas da Inquisição, mas isso também não é verdade. De fato, os judeus eram um grande alvo da Inquisição, principalmente na Espanha, mas a Inquisição atuou em todos os países. A verdade é que a quantidade de cristãos evangélicos mortos na Inquisição superou em muitas centenas de milhares a quantidade de judeus. Os cristãos evangélicos eram amigos sinceros dos judeus naquela época e, como já comentamos, são os melhores amigos de Israel atualmente. Por exemplo, nos dias de hoje, quando o terrorismo praticamente acabou com a indústria turística de Israel, os evangélicos constituem o maior número de visitantes que o país recebe, superando - em muito as outras categorias de turistas. Igreja Católica Remana Versus Verdadeiros Cristãos Nós nascemos de novo na família de Deus e nos tomamos cristãos verdadeiros quando cremos no Evangelho, que é "o poder de 306 _ • Diferenças Importantes • Deus para a salvação de todo aquele que crê”. 10 O Catolicismo Romano apresenta um evangelho falso: que ser batizado quando criança livra a pessoa do castigo pelo pecado e faz dela um cristão; que o sacrifício de Cristo na Cruz não foi suficiente para pagar a penalidade pelos pecados, embora Ele mesmo tenha declarado "Está consumado [tetelestai, no original grego, i.e., totalmente pago]". Por isso os padres católicos precisam continuar a oferecê-Lo sobre os altares católicos, sob a forma da hóstia, no sacrifício da missa. Além disso, de acordo com Roma, o sofrimento de Cristo na Cruz pelos pecados da humanidade não foi suficiente para abrir as portas do céu, pois é preciso que cada um sofra pelos seus próprios pecados nas chamas do purgatório - um castigo para o qual a Igreja oferece livramento gradual (mediante uma taxa], sacrificando "Cristo” em mais missas; mas não garante quantas missas são necessárias. Segundo o próprio Cristo, os que crêem nesse evangelho falso não são cristãos, e o Cristianismo não deveria levar a culpa pelos seus maus atos. É importante que principalmente os judeus saibam que os papas e a Igreja Católica Romana mataram muito mais evangélicos do que judeus. 0 "Edito dos Imperadores Graciano, Valentiniano II e Teodósio I", datado de 7 de fevereiro de 380, estabeleceu o Catolicismo Romano como a religião do Estado e definiu a distinção entre os que aceitavam o falso evangelho de Roma e os cristãos bíblicos. Num trecho, o edito declarava: Ordenamos que os que seguem esta doutrina recebam o título de cristãos católicos; quanto aos outros, nós os julgamos loucos e desvairados e dignos de incorrerem na desgraça do ensino herético, e suas assembléias não devem ser chamadas de igrejas. Eles devem ser castigados, não só pela retribuição Divina, mas também por nossas próprias providências, que foram decididas em concordância com a inspiração Divina. 11 De fato, o que a Igreja Católica Romana fez com os verdadeiros cristãos foi muito pior do que o que ela fez com os judeus. Os que seguiam a Cristo e à Sua Palavra foram perseguidos e mortos aos milhões durante mais de mil anos antes da Reforma. Martim Lute- ro disse: "Nós não somos os primeiros a declarar que o papado é o reino do Anticristo, já que, por muitos anos antes de nós, tantos ou _ 307 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • tros [...] incumbiram-se de expressar a mesma coisa claramente Os verdadeiros cristãos eram conhecidos sob vários nomes (albigenses, waldenses, cátaros, bogomilos, huguenotes, hussitas, etc.). Chamados de hereges, foram torturados, afogados, queimados na estaca e martirizados de várias outras formas por causa de sua fé. Essas pessoas foram marcadas por Roma para o extermínio, tão certo quanto os judeus foram marcados pelos muçulmanos. Em 1429 (cem anos antes da Reforma), o Papa Martinho V (1417-31), ordenou ao rei da Polônia que matasse todos os hussitas (simpatizantes do mártir João Huss): "Saiba que os interesses da Santa Sé, e os de sua própria coroa, tomam um dever exterminar os hussitas que ousam proclamar princípios de igualdade [...] que Cristo veio à terra para abolir a escravidão; eles conclamam o povo à liberdade [...]. Mande seus exércitos contra a Boêmia; queime, massacre [...] nada poderia ser mais agradável a Deus, ou mais útil à causa dos reis, que o extermínio dos hussitas”. 12 Após muitos anos de pesquisas, Henry H. Halley escreveu com pesar: [Os albigenses] pregavam contra [...] as alegações da Igreja de Roma; usavam muito as Escrituras [...]. Em 1167, eles provavelmente abarcavam a maioria da população do Sul da França [...]. Em 1208, o Papa Inocêncio III mandou organizar uma Cruzada; seguiu-se uma sangrenta guerra de extermínio, com poucos paralelos na história; vila após vila foi passada ao fio da espada, sendo os habitantes assassinados sem distinção de idade ou sexo [...] em 100 anos, os albigenses foram completamente exterminados. Entre 1540 e 1570, nada menos que 900.000 protestantes foram mortos na guerra papal para extermínio dos waldenses [...]. Na noite de 24 de agosto de 1572, setenta mil huguenotes, incluindo a maior parte de seus líderes, foram massacrados [no massacre de São Bartolomeu], Outros 200.000 pereceram como mártires [...] e 500.000 fugiram para países protestantes. 13 Um Ninho de Ratos Cheio de Falsidade! Muito do anti-semitismo a que nos referimos, e que se revela bem claramente no mundo inteiro, é apenas a ponta do iceberg. 0 anti-semitismo mais virulento e de mais longo alcance é o que tem 308 _ • Diferenças Importantes • sido praticado por governos, corporações multinacionais (principalmente companhias de petróleo) e instituições religiosas, tanto protestantes quanto católicas. Não existem princípios morais nem lealdade - a única motivação para qualquer parceria é o lucro. Uma semana antes de morrer em decorrência de uma hemorragia cerebral, em 4 de abril de 1945, Franklin D. Roosevelt prometeu a Ibn Saud que os Estados Unidos não ajudariam os judeus na luta contra os árabes. Seu sucessor, Harry S. Truman (que chocaria o mundo três anos depois ao reconhecer Israel minutos após sua declaração de independência), percebendo que seus ministros o estavam traindo, iniciou uma investigação que foi interrompida pelas ameaças de Allen Dulles de secar as fontes de petróleo. No fim da guerra, Dulles conseguiu contrabandear dinheiro nazista de volta para seus clientes. Apesar disso, ele se tomou chefe da CIA! É claro que a destruição de Israel era parte importante dos planos. Era preciso escolher entre ajudar Israel e ter muito petróleo - uma escolha que a maioria não achou difícil de fazer. A pressão para não permitir que o Estado de Israel fosse fundado era tremenda, o que toma ainda mais surpreendente o milagre de seu nascimento. Para esses "enxadristas" internacionais, Israel é, na melhor das hipóteses, um estorvo, e na pior, um fardo que pode ser lançado ao mar a qualquer hora para garantir o petróleo e a boa vontade dos árabes para o Ocidente. A única hesitação se deve ao medo do que os árabes poderiam fazer se não houvesse Israel servindo de zona- tampão entre eles e o Ocidente. John Loftus e Mark Aarons merecem nossa gratidão por seu livro monumental, fruto de quase duas décadas estudando minuciosamente arquivos secretos do governo e entrevistando centenas de ex-espiões. A introdução do livro é chocante: As principais potências do mundo planejaram diversas operações secretas para provocar a destruição parcial ou total de Israel. Muito antes de sequer existir um Estado judaico na Palestina, espiões ocidentais já estavam agindo para fazer naufragar o sonho sionista. A dimensão brutal das guerras secretas contra os judeus deixará o público ocidental horrorizado. Este capítulo da história da espionagem, que começou na década de 1920 e se estende até os dias de hoje, nunca foi revelado antes [...]. Ninguém é mais desprezado em Washington do que quem insiste em dizer a verdade e é capaz de documentá-la com bons arquivos _ 309 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • [...]. Em sua forma não-diluída, a verdade é ácida [...]. Os "velhos espiões" mantém os segredos de seus líderes guardados dentro de si, e isso dói. E possível perceber queimando dentro deles o sofrimento de saber o que realmente aconteceu. Embora queiram denunciar essas intrigas [...] eles preservam com doloroso silêncio as mentiras ditas por seus superiores [...]. Seu silêncio garante que os cheques da pensão continuem sendo pagos [...]. Não importa se estamos falando do escândalo das poupanças e empréstimos, ou da corrida armamentista, ou das guerras de inteligência contra Israel [...] nossos políticos transformaram o encobrimento da verdade numa verdadeira arte [...]. Com relação ao Oriente Médio, nossos governos não querem que seus próprios cidadãos saibam que uma política secreta de dois pesos e duas medidas tem sido aplicada aos judeus, por isso mentem para nós há meio século. Você talvez não possa ser convencido [de que o que este livro afirma] seja verdade em todos os aspectos, mas pelo menos pode ser convencido de que muito do que tem sido aceito pela história até agora é falso ou, na melhor das hipóteses, extrema¬ mente incompleto. A única coisa que podemos afirmar com certeza em relação a este livro é que ele é um relato preciso de como muitos espiões vêem a conduta do Ocidente em relação a Israel. Esta é a história deles [...] uma visão bem diferente da história oficial [...]. Desde a sabotagem da CIA na presidência de Jimmy Cárter, passando pelos doze longos anos dos presidentes Reagan e Bush, a traição secreta de Israel foi a pedra de toque dos homens que obtiveram lucros fantásticos das mãos dos árabes [...]. Se os "velhos espiões' estão certos, a política dos EUA foi indulgente, se comparada com a dos britânicos, franceses, japoneses, soviéticos e alemães. De fato, todas as grandes nações têm tratado os judeus como descartáveis [...] obstáculos ao fornecimento seguro de petróleo árabe. 14 Depois da II Guerra Mundial, com o pleno conhecimento e bênção da inteligência americana, francesa e britânica, o Vaticano operou uma rede de fuga secreta conhecida como "Caminhos de Ratos do Vaticano”. Milhares dos piores criminosos de guerra nazistas foram levados para a América do Sul por esses meios, a maioria para a Argentina e o Paraguai. 15 Cientistas nazistas foram levados secretamente para o Egito, para ajudar a construir mísseis e outras armas que seriam usadas contra Israel. Tudo isso ocorreu com o conhecimento e a bênção das principais potências ocidentais - 310 _ • Diferenças Importantes • inclusive os Estados Unidos - que estavam, na verdade, tirando a sua casquinha dos nazistas para proveito de seus próprios programas científicos e políticos. A inteligência soviética, a melhor do mundo na época, penetrou na operação e a subverteu para atingir os propósitos de Stalin. Por baixo de tudo isso, em todos os lados, estava a tendência anti-Israel que tem permeado a política mundial há séculos e ainda corre desenfreada atualmente, embora escondida do público e nunca noticiada na mídia. Somente a mão do "Deus de Israel" por trás dos acontecimentos poderia explicar o milagre do nascimento de Israel. 0 Milagre do Nascimento de Israel 0 rei Eduardo VIII da Inglaterra era pró-nazista, um inimigo dos judeus que incentivou Hitler a ocupar a Tchecoslováquia. J. Edgar Hoover, do FBI, queria mandar prendê-lo. John Foster Dulles, que viria a ser secretário de Estado, e seu irmão Allen, que se tomaria chefe da CIA, eram anti-Israel e pró-árabes, e seu propósito era obter uma posição dominante para seus clientes corporativos com relação ao petróleo do Oriente Médio. A Standard Oil era dirigida pelo amigão dos Dulles, John D. Rockefeller. Na década de 1930, Allen Dulles montou uma rede financeira que incluía corporações nazistas, empresas petrolíferas americanas e a Arábia Saudita. Seu quadro de investidores americanos e britânicos continuou fazendo negócios com os nazistas durante toda a guerra. Em face da oposição árabe, o sonho sionista de restabelecer Israel era um obstáculo às suas ambições. Considerando-se a oposição mundial, o fato de Israel existir hoje é um milagre absolutamente assombroso que atesta a intenção de Deus de cumprir cabalmente as promessas que fez a Abraão, Isaque e Jacó. E esse milagre que nos dá a mais forte certeza de que estamos de fato vivendo o final dos últimos dias, e que está muito próximo o momento em que a Igreja, composta de todos os crentes verdadeiros, será levada da terra para o céu. Israel é o grande sinal de Deus que precisamos observar. Os acontecimentos no Oriente Médio estão nos conduzindo para mais perto do tempo em que o programa de Deus se transferirá completamente da Igreja para Israel, porque Israel ficará sozinho. A Igreja _ 311 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • terá desaparecido da Terra num evento chamado Arrebatamento, e o cumprimento das profecias concernentes a Israel nos últimos tempos será acelerado. Muitos céticos imaginam que o instantâneo desaparecimento em massa de milhões de verdadeiros cristãos no Arrebatamento é pura fantasia inventada por fracos que sonham em escapar deste mundo. Esses céticos precisam raciocinar que a mesma Bíblia de onde temos citado as profecias que previram sem qualquer erro toda a história de Israel e os acontecimentos que estão ocorrendo atualmente também prevê o Arrebatamento. Ser deixado para trás seria, de fato, algo muito grave. É claro que é isso que vai acontecer com todos os judeus e gentios - que não creram em Cristo como seu Messias, os quais terão que enfrentar o Anticristo. A salvação de Israel virá através do Armagedom, quando essa nação parecerá estar fadada à destruição. Ver a morte frente a frente tem o poder de mudar as atitudes e crenças de uma pessoa. Talvez no último momento, dentro das câmaras de gás nazistas ou em pé na borda de uma vala comum, diante dos carrascos nazistas, muitos judeus tenham clamado a Deus e crido. Alguns judeus sobreviventes do Holocausto, que antes eram incrédulos, "se sentiram compelidos a voltar ao judaísmo [porquej as coisas pelas quais tinham passado simplesmente lhes davam a certeza de que não havia meio de fugir ao destino judaico - que a assimilação entre os gentios era totalmente impossível”. 16 Cristãos Evangélicos: os Verdadeiros Amigos de Israel A maioria dos cristãos evangélicos que crêem que a Igreja será arrebatada antes do surgimento do Anticristo tem apoiado ativamente a volta dos judeus à Terra Prometida. Eles confiam que isso acabará acontecendo, mesmo que do ponto de vista terreno pareça impossível. Sua fé está firmada sobre profecias bíblicas que prevêem claramente o renascimento de Israel em sua própria terra nos últimos dias. Um dos primeiros homens a dar apoio a Israel foi William E. Blackstone, descendente de William Blackstone, famoso jurista inglês do século dezoito. Estudando a Bíblia, ele se convenceu de que o povo judeu realmente voltaria para sua própria 312 _ • Diferenças Importantes • terra e que esse acontecimento precederia o retorno de Cristo a este mundo, muito embora isso parecesse altamente improvável na época em que ele viveu. Em 1878, Blackstone escreveu um livro de 96 páginas intitulado Jesus Vem, posteriormente ampliado para 256 páginas. 0 livro foi traduzido em mais de quarenta e duas línguas, inclusive hebraico e iídiche. A versão hebraica, publicada em 1925, recebeu o título Ho-faat Ha-Mashiach Ha-Shin (A Segunda Aparição do Messias). Muitos dizem que a resposta mais simples para a pergunta "Por que você acredita em Deus?” se resume em duas palavras: "Os judeus!" Blackstone dizia sempre: "Se alguém deseja saber qual é a nossa posição na cronologia de Deus [...] olhe para Israel”. Aqui está um trecho do que ele escreveu sobre o povo escolhido de Deus: Mas talvez você diga: "Eu não creio que os israelitas voltem para Canaã e que Jerusalém seja reconstruída". Caro leitor! Você já leu a declaração da Palavra de Deus sobre isso? Com certeza, não há nada nas Escrituras que seja dito de forma mais clara [...]. Leia [as passagens bíblicas cuidadosamente], é o que pedimos. Ponha de lado todo preconceito e idéias preconcebidas, e deixe o Espírito Santo mostrar-lhe, em Sua Palavra, o glorioso futuro do povo escolhido de Deus, "amados" (Romanos 11.28), e preciosos para Deus como "a menina do seu olho" (Zacarias 2.8). Em novembro de 1890, Blackstone organizou uma conferência entre judeus e cristãos sobre "O Passado, o Presente e o Futuro de Israel". A conferência teve como resultado a "Petição Blackstone de 1891", que ficou conhecida depois como "Memorial Blackstone". Assinada por 413 destacados líderes cristãos e judeus (entre eles o presidente da Suprema Corte Melville W. Fuller, o porta-voz da Câmara Thomas B. Reed, e o deputado de Ohio William McKinley, que mais tarde seria eleito presidente dos EUA), a petição dizia respeito aos maus-tratos contra judeus, particularmente na Rússia, e propunha a realização de uma conferência internacional com o propósito de devolver a terra da Palestina a Israel, o povo da aliança. Blackstone apresentou a petição ao presidente Benjamin Harrison, em 5 de março de 1891. Ela pedia ao presidente e ao secretá- _ 313 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • rio Blaine para "usarem sua posição e influência" junto ao czar Alexandre III, ao sultão Abdul Hamid II, à rainha Vitória e a outros governantes europeus para convocar uma conferência internacional que considerasse com simpatia "a situação dos israelitas e suas reivindicações à Palestina como sua antiga pátria Através do Departamento de Estado, o documento foi enviado às principais nações do mundo. Fazendo a pergunta: "0 que será feito pelos judeus russos?”, a petição propunha ousada e biblicamente: Por que não lhes devolver a Palestina? Segundo a distribuição das nações feita por Deus, essa é a pátria deles, uma propriedade inalienável da qual foram expulsos à força [...]. Por que as potências que pelo tratado de Berlim de 1878, deram a Bulgária aos búlgaros e a Sérvia aos sérvios, não devolveriam agora a Palestina aos judeus? [...] Vamos levá-los agora de volta à terra da qual foram tão cruelmente despojados por nossos ancestrais romanos. Outros evangélicos, como William H. Hechler, amigo íntimo de Theodor Herzl, trabalharam diligentemente para promover o Sionismo político como solução final para o problema dos judeus. Hechler tentou fazer com que chefes de Estado apoiassem as propostas de Herzl (entre eles o sultão da Turquia que, na época, controlava a Palestina, parte do Império Otomano). Hechler acompanhou Herzl à Palestina em 1898 para encontrar o Kaiser Guilherme II. 0 apoio ativo desses cristãos sionistas em muitos países influenciou a ação política e teve papel importante nos pequenos passos dados pelas potências mundiais antes da Resolução 181 da ONU, que deu a Israel pelo menos parte da terra, embora apenas uma pequena fração do que lhe pertencia por direito. Cari Hermann Voss, a quem já nos referimos anteriormente, foi outro notável empresário americano cristão que trabalhou pelo renascimento do Estado de Israel, para que os judeus que sofriam em muitos lugares tivessem o seu refúgio. Ele teve papel importante na fundação do Comitê Cristão Palestino dos Estados Unidos. 0 número de membros desse comitê alcançou a marca de vinte mil líderes, entre eles William F. Albright, arqueólogo da Universidade Johns Hopkins. Voss deu muitas palestras persuasivas e enfrentou o Departamento de Estado americano que, naquela época, assim como hoje, era contrário a Israel. Em seu discurso no Dia de Balfour, em 2 de novembro de 1943, Voss declarou: 314 _ • Diferenças Importantes • Os árabes possuem hoje [...] mais de dois milhões e meio de quilômetros quadrados [...]. Os judeus não têm nenhum. Após a última guerra, os árabes ganharam liberdade e independência para o Iraque, a Arábia Saudita e posteriormente a Transjordânia [...]. Os árabes terão novos ganhos expressivos ao final deste conflito [II Guerra Mundial], e deveriam agradecer aos soldados judeus [...] que deram a vida para ajudar a repelir Rommel quando seus tanques rugiam pelo Egito. Permitir a criação de um Estado judeu na Palestina, "um entalhe minúsculo" na vasta extensão de terras árabes, não será nenhum sacrifício para os árabes; ao contrário, isso lhes dará um vizinho progressista e democrático, ansioso por construir um futuro em conjunto, no qual as esperanças de ambos os povos possam se realizar. Para os judeus, desistir da Palestina seria um convite a uma nova calamidade para um povo cujo grande infortúnio é não ter uma pátria. 17 Em 30 de outubro de 1977, Billy Graham discursou na reunião do Conselho Executivo Nacional do Comitê Americano-Judaico e pediu que os Estados Unidos voltassem a se dedicar à existência e segurança de Israel. No Congresso Profético Bicentenário, em Filadélfia, no ano anterior, uma proclamação em apoio a Israel foi assinada por onze destacados evangélicos fundamentalistas. Em pouco tempo, ela recebeu mais sete mil assinaturas e foi apresentada ao embaixador de Israel. Declarações de apoio também foram publicadas nos jornais, em anúncios de página inteira, vários deles no New York Times. Incredulidade de Judeus e Pseudocristãos Hoje, infelizmente, a maioria dos judeus, inclusive os que vivem em Israel, não crê que a Bíblia seja a infalível Palavra de Deus e, portanto, não crê nas promessas que Deus fez a Abraão, Isaque e Jacó. A frase alegre: "Ano que vem em Jerusalém”, e até a oração solene: "Soai o grande Shofar pela nossa libertação [...] ajuntai nossos exilados e reuni-nos dos quatro cantos da terra 18 vêm sendo repetidas pelos judeus do mundo inteiro há séculos, mas muito mais como tradição do que por convicção ou desejo. Conseqüentemente, eles mesmos se deixam sem um motivo melhor para reclamar a posse da terra do que o que os _ 315 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • árabes têm - e ficam à mercê das potências mundiais que votaram para que eles pudessem entrar ali e, da mesma forma, podem votar para que eles saiam. Até mesmo muitos sionistas não crêem totalmente nas promessas de Deus. O movimento acabou se dividindo em torno da decisão de aceitar ou não um território na África ou em outro lugar qualquer, o que alguns achavam tão bom ou até melhor do que a Palestina. A idéia de estabelecer-se em qualquer lugar fora do antigo território de Israel foi finalmente rejeitada pelo Sétimo Congresso Sionista, em 1915. É claro que, além do fato de que Alá não é o Deus da Bíblia, outro grande ponto de divergência entre um cristão e um muçulmano é Israel. Os muçulmanos ficariam felicíssimos de concordar que a Igreja substituiu Israel. Se isso é verdade, então quem são aqueles judeus que estão vivendo lá? Os muçulmanos considerariam a mútua rejeição a Israel como uma base para a unidade com os que afirmam que os israelenses não são realmente judeus, mas khazares, e que o povo judeu desapareceu. Se isso é verdade, então Deus é mentiroso, Sua Palavra não é confiável e não podemos acreditar no que ela diz sobre o Messias e a salvação. Entretanto, nós sabemos que a Bíblia é 100 por cento precisa em tudo o que diz - e esse fato pode ser provado justamente através das profecias concernentes a Israel. Os que dizem que uma parte qualquer da Bíblia não é verdade, e principalmente o que ela diz sobre Israel, se habilitam a crer nas informações errôneas divulgadas pelo Islã. Doces Palavras do Rebeldia A ampla maioria dos que se intitulam cristãos lê a Bíblia e escolhe aquilo em que quer crer, rejeitando o resto. Já mostramos a irracionalidade dessa atitude; ela reduz a Palavra de Deus àquilo que o homem quer aceitar, faz parecer que o homem sabe mais do que Deus, rejeita qualquer repreensão de Deus ao homem e, deste modo, elimina qualquer esperança do perdão divino. O próprio conceito de que os judeus são o "povo escolhido” de Deus, embora claramente expresso centenas de vezes na Escritura, em linguagem inequívoca, é rejeitado como algo antidemocrático, como se os de- 316 _ • Diferenças Importantes • eretos de Deus precisassem primeiro ser aprovados por voto majoritário. Por causa disso, muitos erros são introduzidos, como por exemplo: Somente numa teologia enraizada num Deus que ama todos os povos pode haver genuína reconciliação, justiça e paz. Cristãos, muçulmanos e judeus, seguidores das três fés abraâmicas, precisam rejeitar um "Deus" que escolhe um povo em detrimento de todos os outros, pois neste "Deus" reside o mandato fundamental para o genocídio. 19 Essa afirmação pode soar de modo agradável, mas sua natureza irracional e antibíblica é óbvia. Antes de tudo, tem que ocorrer reconciliação entre o homem e Deus - e isso só ocorre segundo as condições de Deus. Nós não podemos negociar com Ele. A citação acima foi tirada de um artigo de página inteira publicado no National Catholic Repórter, que embora critique violentamente os israelitas, não diz uma só palavra de censura ao assassinato de milhões de judeus, cristãos e pagãos pelo Islã (assim como de muitas centenas de milhares de muçulmanos mortos por outros muçulmanos). A propaganda faz o Islamismo passar por uma religião de "justiça e paz", quando isso é tão obviamente falso que nem precisamos comentar mais a respeito. 0 fato de Deus amar toda a humanidade não entra em nenhuma contradição com Sua escolha de Abraão, Isaque e Jacó, de quem o Messias seria descendente, humanamente falando. Na verdade, foi precisamente por causa de Seu amor por toda a humanidade que o Filho eterno de Deus veio a esta terra como homem - " Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigénito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". 20 Para que o Messias fosse um homem de verdade, e assim pudesse representar a humanidade ao pagar o preço pelos pecados de todos, era necessário que ele tivesse ancestrais humanos. 0 fato de Jesus ter sido judeu não significa que eles sejam superiores a todos os outros - eles são simplesmente o povo que Deus escolheu para que, através dele, nascesse o Messias. Algum grupo étnico tinha que ser o "escolhido". Os judeus tinham que viver em algum lugar. Deus lhes deu uma terra definida, e nessa terra estão entrelaçados pessoas e aconteci- _ 317 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • mentos, cumprindo profecias específicas que nos dão prova absoluta da existência desse Deus, que ama a todos, e do Messias, que iria nascer naquela terra, descenderia daquele povo e seria o Salvador da humanidade. Rejeite esses fatos e você terá rejeitado a única salvação que Deus tem para a humanidade, e se declarará um rebelde incorrigível, sem esperança para a eternidade. Além disso, fechar os olhos às importantes diferenças entre Islamismo, Judaísmo e Cristianismo é, mais uma vez, rejeitar a salvação de Deus. Chamar o Islamismo de "fé abraâmica" é rebelião da pior espécie"! De fato, é a mais clara rejeição da fé de Abraão que se pode conceber! “0 Islã e os Cristãos de Mãos Dadas"? Os muçulmanos têm trabalhado bastante para enganar o Ocidente através de conferências que promovem a suposta "solidariedade e entendimento" entre muçulmanos e cristãos. Parece que estes últimos não estão cientes ou não dão importância ao fato de que essas conferências jamais poderiam ocorrer num país muçulmano, onde um muçulmano que se toma cristão recebe a pena de morte. Que "solidariedade" é essa?! Um exemplo típico foi a "Semana de Conscientização Islâmica”, organizada pela Associação Muçulmana de Waikato, um distrito da ilha norte da Nova Zelândia, em meados de agosto de 2004. A notícia sobre esse evento publicada num jornal dizia: "O Islã e os cristãos de mãos dadas", e noticiava com entusiasmo: "As semelhanças entre as Fés Abraâmicas: Islamismo e Cristianismo [estranhamente, não havia qualquer menção ao Judaísmo ou reconhecimento de que os judeus são descendentes de sangue de Abraão!], foi o tema de um diálogo no salão de recepção do Conselho da Cidade de Hamilton que atraiu [...] membros do Parlamento, autoridades locais e líderes eclesiásticos [...]. Yahya Ibrahim, que decorou todo o Corão, disse que ele fala mais sobre Jesus do que sobre Maomé [...]". Essa afirmação de que há mais coisas no Corão a respeito de Jesus do que a respeito de Maomé é questionável. Mas mesmo que isso fosse verdade, não seria motivo para imaginar que o Islamismo e o Cristianismo têm alguma coisa em comum. De fato, eles não têm nada em comum. Aparentemente, nunca passou pela cabe- 318 _ • Diferenças Importantes • ça dos cristãos participantes dessas palestras que eles deveriam procurar descobrir por si mesmos o que o Corão diz sobre Jesus. Eles talvez perdessem um pouco de seu entusiasmo e boa vontade, se soubessem que o Corão nega o próprio cerne do Cristianismo, inclusive a divindade de Cristo, Sua morte na Cruz pelos nossos pecados, Sua ressurreição, sua vida dentro do crente, Sua Segunda Vinda em poder e glória para reinar sobre o mundo assentado no trono judaico de Davi, e muito mais. Essa ignorância é apavorante, e temo que em muitos casos seja também intencional. 0 artigo continuava dizendo: "Alan Leadley, membro da Executiva do Conselho Interconfessional de Waikato, disse que a noite foi muito positiva [...] para Hamilton [...] um sinal de esperança e entendimento [...]. 'Aprendi muito sobre a fé islâmica', disse o Reverendo Dennis Clow". Ao contrário; ele não aprendeu nada verdadeiro a respeito do Islamismo. Tudo que ele recebeu foram as informações truncadas que muçulmanos transmitem aos cristãos crédulos e voluntariamente simplórios. "Descobri que existe uma considerável superposição de idéias entre o Cristianismo e o Islamismo”, acrescentou Clow. 21 Na verdade, não existe superposição nenhuma. Como já demonstramos fartamente através de trechos do Corão e da Bíblia, mesmo quando o Islamismo alega estar se referindo a Abraão, Moisés, Cristo ou outras personalidades bíblicas, todos eles são supostamente muçulmanos e são mostrados sob uma luz contraditória. Nessa "Semana de Conscientização Islâmica", em que "muçulmanos e cristãos” iriam supostamente "dar as mãos", os muçulmanos só disseram o que eles achavam que garantiria a boa vontade dos ouvintes. Eles esconderam a verdade sobre o Islã, que teria revelado o quanto ele contradiz o Cristianismo bíblico em todos os pontos e mostraria sua intenção básica de matar todos os judeus e conquistar o mundo para Alá. Mas esse tipo de subterfúgio é característico de qualquer conferência ecumênica. Um Engano Indesculpável, Se é Que Não é Proposital A ingenuidade e a disposição do público para se deixar enganar foi algo além da compreensão, mas bem normal nesse tipo de fó- 319 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • rum. Chamberlain teria se sentido em casa. Aparentemente, em meio à euforia da nova "compreensão", as pessoas se esqueceram (ou negligenciaram por ignorância) de que, se um não-muçulmano tentasse promover uma "Semana de Conscientização Cristã" em qualquer país muçulmano, seria preso ou deportado; e, se fosse muçulmano, provavelmente seria morto. A celebrada "superposição de idéias entre Cristianismo e Islamismo" não é suficiente para eliminar a pena de morte para muçulmanos que se convertem ao Cristianismo (ou apenas desejam examinar mais de perto as doutrinas cristãs), uma lei criada pelo próprio Maomé e ainda praticada na Arábia Saudita e em todos os lugares em que o Islã pode aplicá-la. Como um muçulmano pode compreender o Cristianismo se não tem condições de examiná-lo abertamente por medo de receber a pena de morte? Muitas dessas afirmações sem pé nem cabeça não são feitas por ignorantes, mas sim por pessoas que, dizendo-se mais instruídas, odeiam a Bíblia, o Deus da Bíblia e Israel, o povo escolhido por Ele. Seminários e conferências ecumênicas anti-Israel (seu "ecumenismo" engloba todos, exceto judeus e cristãos evangélicos) estão sempre ocorrendo em algum lugar do mundo. Um exemplo típico foi a V Conferência Internacional do Centro Ecumênico Palestino de Teologia da Libertação Sabeel, realizada de 14 a 18 de abril de 2004, no Centro Ecumênico Pontifício Notre Dame, um centro católico romano localizado em Jerusalém. 0 tema da conferência era "Confrontando o Sionismo Cristão...”. Foram apresentados os comentários anti-Israel típicos dos líderes eclesiásticos liberais. A saudação de abertura foi feita pelo arquimandrita* Attalah Hanna, da Igreja Ortodoxa Grega (defensor declarado dos terroristas suicidas que visam atingir mulheres e crianças deliberadamente). Hanna enxovalhou a Bíblia e rejeitou todas as promessas de Deus para Israel. O Decano da Faculdade Anglicana de Teologia Te Rau Kahikatea, na Nova Zelândia, organizador da Rede Global Anglicana de Paz e Justiça, qualificou o Sionismo Cristão (a crença bíblica de que Deus deu a terra de Canaã ao Seu povo escolhido, descen- * Monge superior de um mosteiro na Igreja Ortodoxa. (N. da T.). 320 _ • Diferenças Importantes • dente de Abraão, Isaque e JacóJ como um "um mal evidente, uma presença traiçoeira". 0 cônego Jonathan Geogh, Secretário de Ecumenismo subordinado a Rowan Williams, Arcebispo de Canterbury, apresentou um discurso em nome de Williams, traçando a diferença entre o Israel moderno e o Israel da Bíblia, mas não usou a retórica anti-Israel dos outros palestrantes. 0 Reverendo Michael Prior, professor de Bíblia e Teologia no St. Mary’s College (Universidade de Surrey], começou sua palestra com as palavras: "A Bíblia é um livro muito perigoso. Em sua capa, deveria estar escrito: ‘Este livro é perigoso. Sua leitura pode afetar a saúde de outra pessoa’”. Ele qualificou o livro de Êxodo como uma "vigarice" cheia de mitos e lendas, além de chamar Josué de "padroeiro da limpeza racial [...] um genocida contumaz [...]". Desafiando a Deus e à Sua Palavra, esses cristãos professos ficam muito felizes em manifestar sua "solidariedade” em relação aos inimigos do povo de Deus, como o líder muçulmano paquistanês que, menos de um mês após os ataques de 11/9, declarou que "a vida de um muçulmano vale a vida de todos os americanos". Juntamente com outros líderes islâmicos, ele conclamou todos os muçulmanos do mundo a se unirem numa guerra santa contra os Estados Unidos. 22 Que paz! Contudo, no caso de Israel, muitos líderes cristãos praticamente concordam com os muçulmanos que dizem que Israel tem que ser destruído. Na verdade, muitos cristãos dizem até que Israel já foi destruído em 70 d.C. Não é difícil imaginar o mundo inteiro condenando Israel no futuro e atacando-o para consumar a "solução final para o problema judaico", proposta por Hitler. 0 mundo secular tem como justificar sua atitude, porque existem "cristãos” que dizem que os judeus de Israel estão lá ilegalmente, e que eles não são o povo escolhido por Deus de forma alguma, pois essa honra pertence à Igreja. A Oposição “Cristã" a Israel Está registrado sem sombra de dúvida que o Papa Pio XII nunca se pronunciou publicamente para criticar Hitler por tentar exterminar os judeus. Se tivesse feito isso com energia, e se tivesse proibido os católicos romanos (que constituíam uma grande parcela dos _ 321 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • militares alemães, Gestapo, SS, etc.) de participarem das torturas e extermínio dos judeus, sob pena de excomunhão (será que assassinos deveriam permanecer em boa situação dentro da igreja?), ele poderia ter salvo milhões dos fomos de Hitler. Os defensores de Pio XII alegam que ele trabalhou contra o Holocausto na surdina. Entretanto, os arquivos nazistas não fornecem nenhuma evidência que confirme essa alegação - e o acesso aos arquivos do Vaticano é proibido aos que buscam a verdade. 0 Papa sabia se expressar com energia, quando queria - e fez isso para mostrar sua oposição à volta de Israel para sua Terra Prometida. Ele trabalhou muito, tanto por debaixo dos panos quanto abertamente, para impedir a restauração de Israel, a que ele e sua igreja se opunham ferozmente. Em 22 de junho de 1943, quando a fumaça dos judeus incinerados pairava como uma mortalha sobre a Europa, o Papa escreveu ao presidente Roosevelt: É verdade que, antigamente, a Palestina era habitada pela etnia hebraica, mas não existe nenhum axioma na história que justifique a necessidade de um povo retornar a uma terra que eles deixaram dezenove séculos antes. Se houver o desejo de instituir uma "Pátria Hebraica", não será muito difícil encontrar um território mais adequado que a Palestina. O aumento da população judaica naquele lugar faria surgir novos e graves problemas internacionais. É claro que “não existe nenhum axioma na história” que exija o retorno dos judeus à sua terra (este acontecimento é singular) - mas existem centenas de promessas de Deus quanto a isso. Se o Papa fosse realmente o representante de Cristo na terra, o chefe da Igreja verdadeira, como ele poderia desprezar as centenas de pro¬ messas contidas na Palavra de Deus garantindo que Deus faria as judeus retornarem à sua antiga terra? De fato, como o Papa e sua Igreja ousariam contrariar Deus a esse respeito? Quando a guerra se aproximava de seu fim, o Papa intercedeu junto às Forças Aliadas para que tratassem Hitler e Mussolini com condescendência. Ambos foram católicos até sua morte. Pio XII nunca excomungou nenhum desses arquicriminosos e genocidas. Não são só os muçulmanos e a Igreja Católica que têm se colocado contra a existência de Israel, mas também muitos evangélicos, como vimos rapidamente no capítulo anterior. A alegação na- 322 _ • Diferenças Importantes • tibíblica de que a Igreja agora é o povo de Deus, tendo ocupado o lugar dos judeus, é uma doutrina católica romana da qual alguns líderes da Reforma nunca foram libertos. Ela tem persistido entre igrejas reformadas, como as presbiterianas e algumas batistas. Como já mostramos antes, presbiterianos, luteranos e o Conselho Nacional de Igrejas propuseram um boicote às empresas que fazem negócios com Israel, numa manobra para tentar arruinar financeiramente o país. Existem evangélicos hoje que negam qualquer legitimidade a Israel porque, dizem eles, "os judeus de lá se rebelaram contra Deus, rejeitaram seu Messias e estão naquela terra em incredulidade"! Mas a Bíblia declara que os judeus espalhados e perseguidos precisam voltar para sua terra em incredulidade. Por quê? Porque será lá que Israel irá crer que seu Messias foi aquele que nasceu Deus e homem, foi crucificado e ressuscitou: "Naquele dia, procurarei destruir todas as nações que vierem contra Jerusalém. E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o espírito da graça e de súplicas; olharão para aquele a quem traspassaram; pranteá-lo-ão como quem pranteia por um unigénito e chorarão por ele como se chora amargamente pelo primogênito. Naquele dia, haverá uma fonte aberta para a casa de Davi e para os habitantes de Jerusalém, para remover o pecado e a impureza ". 23 Se a Palavra diz que, depois de terem retomado à sua antiga terra, os judeus reconhecerão e passarão a crer no seu Messias como Deus de Israel, Aquele que foi "traspassado" por seus pecados e interveio para salvá-los no Armagedom, então, obviamente, eles precisam voltar para aquela terra em incredulidade. Esse fato foi reconhecido e pregado há mais de cem anos por importantes evangelistas como D. L. Moody e James M. Gray, ex-decano e presidente do Instituto Bíblico Moody. Gray declarou que "os judeus terão retornado a Jerusalém antes da Grande Tribulação, ainda sem estarem convertidos em relação ao Messias". 24 0 presidente Bush diz ser cristão. Então, como ele pôde arquitetar um "mapa do caminho para a paz” que contraria a vontade de Deus para Israel e, com certeza, trará juízo de Deus sobre os Estados Unidos e o mundo? Aparentemente, ele consegue ignorar Joel 3.2 com facilidade e ficar com a consciência tranqüila. Ele tem conselheiros que adotam a teologia reformada e ensinam que esse _ 323 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • versículo não se aplica mais porque Israel rejeitou a Cristo e foi cortado fora. As Últimas Palavras de Moisés Deus dirá a última palavra em tudo isso. As últimas palavras que ele disse a Israel através de Moisés foram expressões de conforto e segurança. Apesar da rebeldia daquele povo, Deus declarou que não o abandonaria e lhe daria mais bênçãos no final do que no princípio. Profecias específicas foram dirigidas a cada uma das doze tribos de Israel - outra prova de que dez tribos não estão "perdidas”. Arrependimento e fé teriam trazido essas bênçãos sobre Israel em qualquer período de sua história. Infelizmente, a nação continuou em rebeldia, como está até hoje. As últimas palavras que Moisés disse a Israel ainda aguardam seu cumprimento final nos últimos dias. Seu discurso termina assim: "0 Deus eterno é a tua habitação e, por baixo de ti, estende os braços eternos; ele expulsou o inimigo de diante de ti e disse: Destrói-o. Israel, pois, habitará seguro, a fonte de Jacó habitará a sós numa terra de cereal e de vinho; e os seus céus destilarão orvalho. Feliz és tu, ó Israel! Quem é como tu? Povo salvo pelo SENHOR, escudo que te socorre, espada que te dá alteza. Assim, os teus inimigos te serão sujeitos, e tu pisarás os seus altos ”. Com certeza, algumas declarações de Deus tinham que provocar terror no coração dos que se fizeram Seus inimigos ao tentarem contrariar Seus propósitos para com Israel. Antes de pronunciar a bênção de Deus sobre Israel nos últimos dias, Moisés transmitiu mais uma advertência de Deus às nações que se opusessem a Israel e oprimissem Seu povo: "Vede, agora, que Eu Sou, Eu somente, e mais nenhum deus além de mim; eu mato e eu faço viver; eu firo e eu saro; e não ha quem possa livrar alguém da minha mão. Levanto a mão aos céus e afirmo por minha vida eterna: se eu afiar a minha espada reluzente, e a minha mão exercitar o juízo, tomarei vingança contra os meus adversários e retribuirei aos que me odeiam. Embriagarei as minhas setas de sangue (a minha espada comerá carne], do san- 324 _ • Diferenças Importantes • gue dos mortos e dos prisioneiros , das cabeças cabeludas do inimigo. Louvai, ó nações, o seu povo, porque o SENHOR vingará o sangue dos seus servos, tomará vingança dos seus adversários efará expiação pela terra do seu povo ”. 26 A linguagem é vivida e aterrorizante. Deus está afiando Sua espada para o juízo. Israel será enganado por uma falsa paz, e depois todas as nações o atacarão para destrui-lo. Quando Israel estiver à beira da aniquilação e dois terços dos judeus da terra tiverem sido mortos 27 , Deus embriagará "suas setas de sangue (a [sua] espada comerá [a] carne)” dos seus inimigos. Nos dois capítulos finais, falaremos sobre esses eventos iminentes. Notas: 1. Dave Hunt, A Mulher Montada na Besta: a Igreja Católica Romana e os Últimos Dias, Vol I. (Porto Alegre: Actual, 2001); Dave Hunt, Occult Invasion (Eugene, OR: Harvest House, 1998), 2. Rabbi Nosson Scherman/Rabbi Meir Zlotowitz, Editores Gerais, Shoah (Brooklyn, Nova York: Mesorah Publications, Ltd., 1990), p. 161. 3. Peter De Rosa, Vicars of Christ: The Dark Side ofthe Papacy (Nova York: Crown Publishers, Inc., 1988), pp. 175-76. 4. J. H. Ignaz von Dollinger, The Pope and the Council (Londres: Roberts, 1869), pp. 191-92. 5. E. M. MacDonald (prefácio), A Short History ofthe Inquisition (Nova York: The Truth Seekers Co., 1907), pp. 202, 296. 6. Guenter Lewy, The Catholic Church and Nazi Ge.rmany (McGraw Hill, 1964), p. 274. 7. Ibid. 8. Jules Isaac, Jesus e Israel. São Paulo: Perspectiva, 1986. 9. Rabbi Nosson Scherman/Rabbi Meir Zlotowitz, Editores Gerais, Shoah (Brooklyn, Nova York: Mesorah Publications, Ltd., 1990), p. 159. 10. Romanos 1.16. 11. Sidney Z. Ehler, John B. Morral, trads. e eds., Church and State Through the Centuries (Londres, 1954), p. 7. 12. R. W. Thompson, The Papacy and the Civil Power (Nova York, 1876), p. 553. 13. Henry H. Halley, Manual Bíblico de Halley. São Paulo: Vida, 2002. 14. John Loftus e Mark Aarons, The Secret War Against the Jews: How Western Espionage Betrayed the Jewish People (Nova York: St. Martin's Press, 1994), introdução, p. 1-14. 15. Veja Dave Hunt, A Mulher Montada na Besta: a Igreja Católica Romana e os Últimos Dias, Vol. I / (Porto Alegre: Actual, 2001), p. 265-328; também Mark Aarons e John Loftus, Unholy Trinity: How the Vaticaris Nazi Networks Betrayed Western Intelligence to the Soviets (Nova York: St Martin's Press, 1991); e Mark Aarons e John Loftus, The Secret War Against the Jews: How Western Espionage Betrayed the Jewish People (Nova York: St. Martin's Press, 1994). 16. Shoah, p. 271. 17. Citado em David A. Rausch, The Middle East Maze: Israel and Her Neighbors (Chicago: Moody Press, 1991), pp. 73-74. 18. Livro de Oração Diária, Ha-Siddur Ha-Shalem (Nova York, 1949). 19. Rosemary Radford Ruether, "Jewish settlers as pushy 'chosen people' - Christian Peacemakers have thankless task", National Catholic Repórter, 26 de abril de 1996, p. 12. 20. João 3.16. 21. Waikato Times, 16 de agosto de 2004, p. 11. 325 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações 22. CNN, 3 de outubro de 2001. 23. Zacarias 12.9-10; 13.1. 24. Rausch, Middle East, p. 63, 65. 25. Deuteronômio 33.27-29. 26. Ibid., 32.39-43. 27. Zacarias 13.8-9. 13 . Um Raio de Esperança? Alguns muçulmanos se surpreendem e ficam muito irritados quando o Islamismo é associado com o terrorismo. Esse estado de negação não ajuda em nada. Mas, felizmente, existem sinais de que os repetidos casos de inocentes assassinados por muçulmanos vêm provocando um constrangimento cada vez maior. 0 Conselho Mu¬ çulmano Britânico está pressionando os imãs de toda a Inglaterra para que mudem essa imagem. Em seus sermões das sextas-feiras, eles têm pedido aos fiéis que cooperem com a polícia nas investigações e nas medidas de combate ao terrorismo. Em 2004, o governo turco ordenou que as mesquitas daquele país pregassem uma mensagem antiterrorismo, enquanto as autoridades reuniam evidências para descobrir quem estava por trás dos atentados suicidas (uma marca registrada do Islã] que mataram cinqüenta e sete pessoas e feriram centenas de outras. Existe um cres¬ cente movimento dentro das mesquitas dos Estados Unidos com o objetivo de lembrar aos fiéis que o Islamismo não compactua com atos ilegais. 1 _ 327 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Essa terminologia, entretanto, pode ser enganosa. Na mentalidade muçulmana, os terroristas islâmicos estão obedecendo a Alá, a Maomé e ao Corão, e, portanto, não estão infringindo a lei. 0 fato de eles serem assassinos de mulheres e crianças inocentes, segundo a lei dos homens, não significa nada. Eles não são considerados co¬ mo foras-da-lei, mas sim admirados como mártires heróicos da jihad islâmica contra o mundo dos infiéis. Entretanto, graves conflitos de opinião surgem quando uma facção islâmica é o alvo do terrorismo praticado por outra facção islâmica. Para surpresa da maioria dos ocidentais, que imaginam que os não-islâmicos sejam os únicos alvos do terrorismo islâmico, a maior parte dos atos terroristas é praticada por muçulmanos contra muçulmanos. Vimos esse cenário no Iraque, onde o número de civis muçulmanos mortos pelo terrorismo é muito maior que o de soldados da coalizão. As notícias sobre o Iraque correm o mundo inteiro, mas os muitos atentados a bomba realizados por terroristas em outros países muçulmanos passam praticamente desapercebidos no Ocidente. Um dos vários exemplos que poderíamos dar foi o ataque suicida de I o de outubro de 2004, durante as orações de sexta-feira, na mesquita xiita de Masjid Zanabiya, em Sialkot, no Paquistão Oriental. O saldo foi de cerca de trinta mortos e mais de uma centena de feridos. Os mortos são considerados sahid (mártires da jihad), com entrada imediata no Paraíso. Contudo, o homem-bomba que realizou o atentado, um muçulmano sunita, imaginava que, matando-os, ele mesmo estaria garantindo sua entrada imediata no Paraíso. E claro que os religiosos xiitas dizem que ele foi direto para o inferno. 2 Quem está com a razão? Essa é uma questão séria! 0 Terrorismo e as Mesquitas Não se pode negar o fato de que muitas mesquitas são centros de treinamento e apoio a terroristas. Em algumas delas, até mesmo no Ocidente, o terrorismo é pregado abertamente, assim como ocorre em todas as mesquitas dos países muçulmanos. Já vimos que isso não é extremismo, mas o verdadeiro Islamismo conforme estabelecido por Maomé e praticado por seus sucessores durante séculos, desde a Europa até a China. Atualmente, o terrorismo é 328 _ • Um Raio de Esperança • um fenômeno mundial perpetrado em nome de Alá para promover, por meio da intimidação, a causa do Islamismo - ou de uma determinada modalidade de Islamismo, dependendo da facção islâmica envolvida. Obviamente, todos os muçulmanos de todas as facções estão unidos no ódio comum a Israel e ao Ocidente. Em 30 de setembro de 2003, o exército israelense fez uma apreensão de material de propaganda do Hamas na mesquita de al-Ein, em al- Bireh. O material incluía cartazes enaltecendo sahids que morreram como homens- bomba em ataques contra Israel. Outro material falava dos terroristas presos. Também foram encontrados cartazes enaltecendo a coragem e a virtude dos que realizaram os atentados suicidas de 9 de setembro de 2003, próximo às cidades de Ramla e Jerusalém, e em outras localidades. 3 Na mesquita, havia também manifestos islâmicos atacando Israel, o povo judeu, os Estados Unidos e todo o mundo ocidental. É bom lembrar da declaração publicada em 11 de setembro de 2001 no jornal oficial da AP, o Al-Hayat Al-Jadida: "Os homens-bomba de hoje [...] são o sal da terra [...] os mais nobres indivíduos que há entre nós". De que modo essa realidade diária que se vê em grande parte do mundo se encaixa na nova imagem que o Islã está tentando criar no Ocidente? O exército israelense encontrou um agente do Hamas enrolado num tapete de oração na mesquita de Abd al-Nasser, em Ramalá. Ahmad Odeh, outro terrorista foragido do Hamas, foi descoberto na mesquita Zeid, perto da entrada da cidade de Tulkarm, na Margem Ocidental. Ele abriu fogo contra as tropas israelenses, que re¬ vidaram e o mataram. Mas a relação das mesquitas com o terrorismo não se restringe ao Oriente. Muitas mesquitas no Ocidente, inclusive algumas nos Estados Unidos, têm sido associadas a células terroristas. Em fevereiro de 2004, o deputado Peter King (Republicano, Nova York), membro do Comitê de Segurança Interna da Câmara, afirmou que 85 por cento das mesquitas têm lideranças extremistas, e que "nenhum muçulmano está cooperando" com a lei na guerra contra o terrorismo. Uma batida realizada pelo FBI na mesquita de Masjid As-Salam ("Casa da Paz”) em Albany, Nova York, em agosto de 2004, resultou no indiciamento do imã da mesquita e de um outro membro envolvido em fraudes contra o governo. Ambos foram _ 329 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • acusados de lavagem de dinheiro e de promover o terrorismo. 4 Esses são apenas alguns dos muitos exemplos que existem. Infelizmente, as pessoas continuam cometendo o erro de chamar os verdadeiros muçulmanos de "extremistas”. Maomé era um "extremista"? Isso seria absurdo. Como poderia o fundador do Islamismo ser um extremista? Com certeza, se já houve alguém que exemplificou o verdadeiro Islamismo, essa pessoa foi Maomé! E, no entanto, Maomé saqueou e assassinou em nome de Alá, para glória do Islã. Essa recusa dos líderes ocidentais de enfrentarem a verdade de que o inimigo é o próprio Islamismo está nos custando muito caro. Contudo, ao mesmo tempo, existem sinais de que as opiniões estão mudando. Uma Religião de Morte Fallujah, a "cidade santa” do Iraque, a maior cidade sunita a oeste de Bagdá, com mais de uma centena de mesquitas, abrigava tantos terroristas (agindo em prol do Islã e para glória de Alá» e era um centro irradiador de ataques terroristas de proporções tão grandes, que os militares americanos e iraquianos tiveram que tomar a cidade combatendo de casa em casa. Nesse processo, centenas de terroristas foram capturados ou mortos. A operação militar apreendeu pelo menos quinze mísseis portáteis terra-ar capazes de abater um avião, dezenas de morteiros e sofisticadas armas antitanque entre centenas de armas escondidas, muitas delas em mesquitas. Uma em cada duas mesquitas de Fallujah era usada como esconderijo de insurgentes e/ou armas. 5 Essa prática só se pode esperar no Islã, porque ele não reconhece nenhuma distinção entre religião e Estado. 0 lugar do sepultamento é muito importante para um muçulmano, no que diz respeito à sua esperança para a próxima vida. Najaf, outra "cidade santa" do Iraque, esta xiita, tem um florescente negócio inteiramente dedicado aos cadáveres. Nessa cidade está localizado o túmulo de Ali, primo e genro de Maomé. Seu assassinato por muçulmanos sunitas rivais perto de Kufa, há uns mil e trezentos anos, deu origem ao movimento xiita. Perto do mausoléu de Ah está situado o maior cemitério do mundo, com mais de um milhão 330 _ • Um Raio de Esperança? • e oitocentos mil túmulos. Por que tantos? Amir Taheri, editor de uma publicação muçulmana explica: Para os 150 milhões de muçulmanos xiitas, Najaf é o local de sepultamento ideal. Supõe-se que a proximidade com Ali aumente as chances de evitar a Geena, a morada dos perdidos, segundo o Corão. [Aumentar as chances? Que segurança é essa?] Os fiéis gastam as economias de uma vida inteira para que seus corpos sejam transportados para Najaf e enterrados perto do mausoléu de Ali. Cinco gerações da minha família estão enterradas lá, graças a uma tradição que começou no século XVII [O que isso tem a ver com justiça e verdade? Parece o Catolicismo!] Ali a morte está no centro da vida. Dezenas de milhares de coveiros, agentes funerários, mestres de cerimônias funerárias, vigias de túmulos, pessoas que rezam pelos mortos, intercessores, recitadores do Corão, médiuns para comunicação com os falecidos, e assim por diante, compõem a maior parte da mão-de-obra local. Enquanto as principais importações de Najaf são os defuntos, seu principal produto de exportação são os mulás. A cidade abriga o mais renomado seminário xiita, que, no auge de sua prosperidade teológica, na década de 1950, ostentava 124 madrassas com 40.000 mulás aprendizes. Todos os grandes aiatolás dos últimos 150 anos estudaram ou ensinaram nesse local. 6 Ali, o genro de Maomé, representa para os xiitas o mesmo que os "santos” católicos para seus devotos. Contudo, nem o fato de orar a um santo católico nem o de ser enterrado perto dos restos mortais de Ali poderá jamais pagar a penalidade pelo pecado. Nem a justiça terrena - e muito menos a de Deus - funciona desta forma. Certamente, ser enterrado no mesmo túmulo que Ali não ajudaria. Os muçulmanos estão todos sendo enganados! Como o Deus verdadeiro pode permanecer santo e, ainda assim, perdoar os pecados? Eis a questão. É exatamente nisso que reside a principal diferença entre o Corão e a Bíblia - entre o Islamismo e o Cristianismo - uma diferença que não pode ser varrida para debaixo do tapete ilusório do ecumenismo. 0 Islamismo realmente não oferece nenhuma esperança que satisfaça a consciência, no que se refere à justiça de Deus. A penalidade pelo pecado tem que ser paga - e, certamente, isso não _ 331 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • se consegue sendo enterrado perto de Ali, morrendo na jihad ou oferecendo boas obras para contrabalançar os maus atos. A questão é: Como um Deus justo poderia perdoar os pecadores? Inspirado pelo Espírito Santo, Paulo declarou: “Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas; justiça de Deus mediante a fé em jesus Cristo, para todos e sobre todos os que crêem; porque não há distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus. sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus''. 7 Neste trecho e em outros, a Bíblia declara que Cristo pagou o preço pelos nossos pecados e que nós precisamos apenas aceitar o pagamento que Ele fez em nosso lugar. Se isso é verdade, a consciência tem uma base legítima para a paz - e se não é, então precisamos passar a eternidade pagando nós mesmos esse preço no inferno. Não há alternativa. 0 "mártir'' da jihad, entretanto, acredita que seu sangue paga pelos seus pecados, embora, ao morrer, ele mande outros para o inferno. Seus restos mortais estraçalhados não são lavados nem vestidos, mas enterrados do modo como ele morreu. Dessa forma, supostamente, seu sangue servirá de testemunho diante de Alá de que ele é digno de entrar no Paraíso, porque sacrificou sua vida para matar outras pessoas. Esse tipo de perversão revolta qualquer consciência! Israel não devolve os corpos mutilados dos terroristas muçulmanos a suas famílias porque elas fariam um desfile com os restos e isso provocaria um fanatismo ainda maior nos funerais. En¬ tretanto, Israel afirma que dá a cada um deles um genuíno sepultamento muçulmano. Supostos Caminhos Para o Paraíso 0 Islamismo tem uma característica em comum com todas as outras religiões, que as distingue do verdadeiro Cristianismo: a tem- 332 _ • Um Raio de Esperança? • tativa de obter a paz com Deus através de obras e sacrifícios. Para um muçulmano, isso inclui dar a própria vida para ganhar o Paraíso. Não importa o que aconteça, cabe a cada muçulmano, individualmente, viver uma vida santa e reparar quaisquer maus atos a fim de ser aceito por Alá. Mas Alá muda de idéia e decide enviar alguns para o inferno, independentemente do que eles possam pensar ou fazer. Dentre todos os terroristas, os homens-bomba são os mais difíceis de descobrir ou deter. Existem literalmente milhões de jovens e garotos que estão treinando no Iraque, no Paquistão, no Irã, na Arábia Saudita e em outros países muçulmanos para se tomarem terroristas suicidas. Eles não ouviram a última propaganda veiculada no Ocidente, que diz que o terrorismo é contrário ao Islamismo e que os homens-bomba mancham a imagem do Islã. Só no Irã, como já comentamos, atendendo a apenas uma convocação, quarenta mil se alistaram para missões suicidas no Iraque, onde milhares de combatentes estrangeiros se infiltraram para lutar contra as forças da coalizão e as tropas iraquianas. Para muitos, não existe maior ambição na vida do que essa. Quanto maior o número de pessoas inocentes que o terrorista matar, maior a recompensa de Alá. A família de um sahid bem-sucedido (i.e., que morre levando outros consigo) recebe uma polpuda recompensa em dinheiro. Antigamente, o dinheiro vinha de Saddam Hussein, mas agora vem da família real saudita e de doações de cidadãos sauditas. 0 sahid tem a promessa de que entrará instantaneamente no Paraíso, onde encontrará rios de vinho (proibido aos muçulmanos nesta vida), mesas postas com todas as iguarias que se pode desejar, e pelo menos setenta e duas, talvez centenas ou até milhares de virgens (houris) de olhos escuros para seu deleite. Também é pro¬ metido que ele terá o apetite e a força de cem homens para a bebida, a comida e o sexo. O "céu" muçulmano é hedonista e sensual, gratificando os desejos mais primários em vez de desfrutar do amor, da comunhão e das maravilhas de Deus. De fato, Alá, o deus muçulmano, não pode ser conhecido nem amado. Para a maioria dos muçulmanos, o martírio é a melhor esperança de alcançar o Paraíso - mas mesmo assim não há garantia. Abu Bakr, o primeiro sucessor de Maomé, recebeu do Profeta a promessa de que entraria no Paraíso sem martírio. Contudo, no capítulo sete citamos as palavras dele, declarando que temia ser "o primeiro _ 333 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • a entrar [no fogo do inferno]". Ele tinha medo que, mesmo estando com um pé no Paraíso, Alá pudesse lançá-lo fora. Será, então, que um terrorista suicida pode realmente ter certeza de seu destino, já que Abu Bakr não tinha? E com base em que autoridade, já que Abu Bakr tinha dúvidas, apesar da promessa feita pelo próprio Maomé? 0 fato desastroso é que a primeira coisa que um "mártir" da jihad descobre depois de seu suicídio é que ele não está no céu, mas no inferno (como sua própria consciência deve ter-lhe dito], e que. em vez de ser recompensado, ele está sendo castigado pela morte e destruição que causou no último ato de sua vida. É triste que tantas pessoas estejam sendo enganadas dessa maneira. Que "deus" recompensa assassinos com o céu? A consciência que Deus deu a cada pessoa clama em protesto! Os que estão debaixo desse engano imoral são tão vítimas quanto aqueles que são mortos por eles. O fato de as Nações Unidas, os líderes mundiais e bilhões de cidadãos do mundo inteiro não se levantarem contra essa prática bárbara denuncia a culpa do mundo de uma forma tão clara quanto o seu eloqüente silêncio diante do Holocausto, no período nazista! A Justiça Tem Que Ser Satisfeita Vamos pensar um pouquinho. Teria cabimento anular os pecados que alguém cometeu durante toda a vida por causa de uma única "boa ação” final - e quanto mais por causa de um pecado de assassinato em massa? Que tribunal aceitaria isso? De fato, o assassino seria punido por mais esse crime. E imagine só as centenas de milhares de crédulos muçulmanos cujos parentes pagam uma fortuna para que eles sejam enterrados o mais perto possível do túmulo de Ali, na esperança de obter assim uma porção maior de misericórdia da parte de Alá. Amir Taheri é um homem inteligente. Será que ele realmente acredita que os pecados de seus familiares foram perdoados por eles terem sido enterrados nas proximidades dos restos mortais de Ali? Que "justiça” é essa? Mas esse não é o único engano mortal que aprisiona os muçulmanos. Já comentamos que os muçulmanos só podem conseguir que venha o seu "dia final" se matarem todos os judeus do mundo. 334 _ • Um Raio de Esperança? • E qual é a importância desse dia? Ele é o dia em que, supostamente, os atos de cada indivíduo serão pesados por Alá numa balança, e se os bons superarem os maus, a pessoa será admitida no Paraíso sem precisar ser um mártir da jihad. Qualquer consciência rejeita esse raciocínio. Que juiz isentaria alguém de pagar uma multa por excesso de velocidade, baseado na alegação de que a pessoa dirigiu mais vezes dentro do limite do que fora? Ou que juiz declararia um homicida inocente só porque uma vez ele salvou a vida de duas pessoas (ou mesmo uma dúzia) que estavam se afogando ou estavam num prédio em chamas? Se uma pessoa dissesse ao juiz que, se ele a deixasse sair livre dessa vez, ela prometia nunca mais transgredir a lei, o juiz com certeza responderia: "Se você nunca mais transgredir a lei, estará fazendo apenas o que a lei exige. Andar dentro da lei daqui por diante não lhe dá nenhum crédito que pague a pena pelos pecados anteriores". A humanidade, individual e coletivamente, é culpada de rebeldia contra Deus. Vivendo segundo suas próprias regras e buscando alcançar seus próprios objetivos, a humanidade está desafiando coletivamente o Criador do Universo! Essa rebelião não ficará impune. Deus pronunciou a morte eterna (i.e., separação dEle, em dor e remorso conscientes) como penalidade por quebrar Sua lei, até mesmo num detalhe ínfimo. De fato, não existe essa história de "detalhe ínfimo". Quebrar qualquer item da lei é rebelião contra Deus. Viver de modo egoísta, e não para Deus, era algo inevitável para a humanidade. Então, obviamente, Deus precisava de um meio para perdoar e restaurar o homem. Mas perdoar o homem sem que a pena fosse paga significaria que Deus tinha feito vista grossa ao pecado e se tomara até conivente com ele. A Penalidade Tem Que Ser Integralmente Paga A consciência ensina a todos que é errado mentir, roubar, matar, cometer adultério, fornicar, cobiçar o que pertence a outro, ser orgulhoso, egoísta, etc. 8 Todo mundo sabe, também, que a justiça exige uma pena por quebrar a lei de Deus. Não se pode subornar Deus. Ele não negocia nem oferece a chance de um acordo especial a ninguém. Sua justiça santa e perfeita tem que ser satisfeita. A pena tem que ser paga. Contudo, Deus ama as pessoas tão profunda- _ 335 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • mente que encontrou um meio de perdoar a humanidade de forma justa. 0 único meio de fazer isso era o próprio Deus vir a esta terra como homem e pagar a penalidade por toda a espécie humana - o que, segundo a Bíblia, Ele fez em Jesus Cristo: "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigénito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele”. 9 "Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus". 10 Essa é a mensagem da Bíblia, de Gênesis a Apocalipse - a promessa do Messias proclamada pelos profetas de Deus. Se ela não é verdadeira (de fato, podemos provar que é), então não há esperança. Buda certamente não forneceu nenhum meio para que o homem fosse perdoado por Deus (em quem ele nem sequer acreditava) - e nem Maomé ou qualquer outro líder religioso. Também não há nenhuma esperança racional de um perdão justo de Deus no Corão ou nas escrituras de qualquer outra religião. Só os profetas hebreus previram infalivelmente o futuro de Israel e a vinda do Messias com detalhes suficientes para identificá-10 sem sombra de dúvida. Como já comentamos anteriormente, o grande profeta hebreu Isaías declarou o seguinte em relação ao Messias, cuja vinda e rejeição por parte de Seu povo foram profetizadas por ele: " Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos”. 11 O verdadeiro Cristianismo crê e ensina simplesmente que o Messias prometido a Israel pelos profetas - e ao mundo, através dessa nação - realmente veio à terra da forma e no tempo preciso que haviam sido profetizados, foi rejeitado pelas autoridades roma¬ nas, pela hierarquia religiosa judaica, e por seu próprio povo, foi crucificado pelos pecados do mundo, e ressurgiu ao terceiro dia, como os profetas haviam afirmado e como registra a história. Mas a história comprova a vida, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo? E claro que sim. Até a ressurreição? Uma pessoa esclarecida, dos dias de hoje, pode acreditar nisso? As provas são esmagadoras. Lord Lyndhurst, um dos maiores juristas da história da Inglaterra, afirmou: "Eu sei muito bem o que é uma prova; e digo-lhe 336 _ • Um Raio de Esperança? • que uma prova tão sólida como a da Ressurreição nunca foi derrubada". 12 Simon Greenleaf, co-fundador da Escola de Pós-Graduação em Direito de Harvard, chegou à mesma conclusão quando era agnóstico, e se tornou um cristão fervoroso. Ele escreveu um livro intitulado The Testimony ofthe Evangelists [0 Testemunho dos Evangelistas], endereçado a seus colegas profissionais de Direito, desafiando-os a confrontar as evidências. Sir Robert Anderson, chefe da Divisão de Investigação Criminal da Scotland Yard, foi outro que deu seu testemunho acerca da veracidade da Ressurreição, assim como muitos eminentes cientistas e historiadores - um número muito grande de pessoas para citarmos aqui. 0 professor Thomas Arnold, catedrático de História Moderna na Universidade de Oxford, escreveu: Estou acostumado, há muitos anos, a estudar as histórias antigas e a examinar e avaliar as evidências fornecidas pelos que as escreveram, e não conheço nenhum fato da história da humanidade que seja confirmado por evidências melhores e mais completas do que o grande sinal que Deus nos deu de que Cristo morreu e ressuscitou dos mortos, para qualquer um que busque a verdade honestamente. 13 Muitas pessoas sinceras foram empurradas para o ceticismo e até para o ateísmo pelas declarações desdenhosas de religiosos ou professores universitários liberais, feitas com o propósito de demonstrar uma sabedoria superior, de que "nenhuma pessoa inteligente e instruída acredita mais nos milagres da Bíblia, e muito menos na Ressurreição!" Nada poderia estar mais longe da verdade. Entretanto, esta não é uma tribuna apropriada para continuarmos a apresentar as esmagadoras provas que existem. 0 verdadeiro Cristianismo, portanto, está separado de todas as religiões do mundo por um abismo intransponível - e toda consciência percebe essa diferença. Todas as religiões propõem que o indivíduo pratique boas obras, realize rituais, faça sacrifícios ou alguma outra coisa para aplacar a ira de Deus; já a Bíblia ensina que a questão é fazer justiça, não abrandar a ira. A penalidade tem que ser integralmente paga. A justiça de Deus e a penalidade por quebrar a sua lei são infinitas porque Deus é infinito - e, portanto, Ele era o único que podia pagá-la. E Ele fez isso tornando-se homem _ 337 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • em Cristo. Tudo que uma pessoa precisa fazer para ser perdoada é aceitar a morte substitutiva de Cristo, que suportou toda a penalidade pelos pecados da humanidade. Essa é a boa nova que todo cristão deve comunicar ao mundo, persuasivamente, com amor e racionalidade, e sem se deixar intimidar por ameaças ou demonstrações de força. Cristãos Intimidados por Muçulmanos É uma tragédia que os muçulmanos não saibam o que é a certeza de ter os pecados perdoados. E essa tragédia é acentuada pela relutância dos cristãos em levar as boas novas aos muçulmanos por medo de uma retaliação. Mark A. Gabriel (um pseudônimo, por razões óbvias) foi muçulmano fervoroso e ensinava história islâmica na Universidade Al-Azhar, no Cairo, Egito, o mais respeitado centro de doutrina islâmica do mundo. Aqui está um trecho de seu testemunho: Eu via cristãos por toda parte no meu país, mas nenhum deles tentou falar comigo sobre seu Jesus Cristo [...] exceto aquela maravilhosa farmacêutica que me deu a Bíblia [...]. Alguns fundamentalistas tentaram incendiar sua farmácia, e ela acabou saindo do Egito e indo para o Canadá. Os cristãos que vivem no Egito [...] são perseguidos pelos grupos fundamentalistas muçulmanos. Por isso, eles decidiram viver discretamente e se distanciar o máximo possível dos mais de 50 milhões de muçulmanos do país que precisam ouvir sobre Jesus Cristo. Essa comunidade cristã vive debaixo de grande temor, e seus membros realmente se recusam a dar seu testemunho aos muçulmanos. Quando fui convocado, passei um ano no serviço militar do Egito e dividi o quarto com outro soldado que era cristão [...]. Eu o questionava constantemente a respeito de sua fé. Eu perguntava como ele podia acreditar na [...] Trindade [...] como ele podia acreditar que Deus tinha um filho. Deus tem esposa? - zombava eu. Todos esses conceitos são blasfêmias para o Islamismo. Sempre que eu o questionava, ele não respondia. Ele dizia: "Vamos ser só amigos. Deixe a religião para Deus, por favor [...]" Ele tinha muito medo de mim e dos muçulmanos da nossa tropa [...] foi um dos anos mais difíceis da sua vida. 338 _ • Um Raio de Esperança? • Depois que encontrei o Senhor Jesus Cristo, lembrei daquele homem [...] triste pelo modo como ele permitiu que o medo controlasse sua vida, recusando-se a compartilhar com outros o verdadeiro Jesus Cristo [...]. Quando voltei para falar com a farmacêutica que tinha me dado a Bíblia e declarei minha fé em Jesus Cristo [...] ela deu um jeito de me levar ao encontro do líder da igreja egípcia. Ela esperava que ele me batizasse e me ajudasse no estudo da Bíblia e me recebesse como um novo membro [...]. Nós nos reunimos no escritório dele e, basicamente, ele me disse: "Meu filho, volte para casa. Nós não precisamos acrescentar mais um membro à nossa congregação. E se você voltar para casa, também não perderemos nenhum membro. Não estamos interessados". Tempos depois, ele disse à minha amiga farmacêutica que não queria que outros muçulmanos soubessem que ele tinha aberto sua igreja para um [ex-]muçulmano, porque tinha medo que eles fossem lá e incendiassem o prédio. 14 Contudo, Cristo ordenou a Seus primeiros discípulos (e a todos os cristãos de hoje também]: "Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura". 15 Milhões de muçulmanos vieram para o Ocidente, de modo que não podemos alegar que não temos como alcançá-los. Eles vieram até nós. Com amor e compaixão, os verdadeiros cristãos precisam compartilhar as boas novas do Evangelho de Jesus Cristo com muçulmanos e judeus - e com o mundo inteiro. 0 maior desafio que enfrentamos é como levar essa mensagem do amor de Deus não só aos muçulmanos que vivem no Ocidente, mas também aos que continuam em seus países de origem. Há muitos anos, venho orando pela queda da Cortina Islâmica, que é mais impetrável do que foram, no passado, a Cortina de Ferro e a Cortina de Bambu. 0 mundo muçulmano precisa desesperadamente ouvir as boas novas da salvação em Jesus Cristo. Eles precisam ter a chance de fazer uma opção livre, sem intimidação. Para que isso seja possível, grandes mudanças têm que acontecer. Hoje em dia, o simples fato de questionar o Islamismo ou cogitar crenças alternativas (e muito mais ainda deixar o Islamismo para abraçar outra religião) provocaria perseguição e até a morte. Essa é a situação assustadora em que vivem até mesmo os muçulmanos que moram em países ocidentais. 0 longo braço dos zelosos executores chega a todos os lugares. _ 339 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Sinais Promissores Uma indicação de que os ventos estão soprando numa direção melhor é que os universitários [americanos] [geralmente unânimes em sua oposição a Israel) têm se mostrado dispostos a ouvir o que palestrantes que criticam o Islamismo têm a dizer. Por exemplo, na noite de 11 de maio de 2005, o Salão Montezuma da Universidade Estadual de San Diego ficou lotado de estudantes que tinham ido ouvir as críticas de Walid Shoebat à OLP e seu discurso em defesa de Israel, mesmo tendo que enfrentar longas filas para passarem pelas revistas de segurança. Não faz muito tempo, uma reunião como essa teria sido alvo de tantos protestos que praticamente ninguém teria comparecido - e isso ainda acontece em muitas universidades americanas. Shoebat [pseudônimo) escreve e dá palestras criticando a OLP. uma organização à qual ele mesmo já serviu como terrorista. Ele é autor de um livro intitulado Why I Left Jihad [Porque Deixei a Jihad ). No dia da palestra, foi montado um forte esquema de segurança. As interrupções grosseiras foram poucas, mas, na parte das perguntas e respostas, houve discussões acaloradas. Uma jovem, que disse que sua família também era de Belém, discordou da afirmação de Shoebat de que as escolas palestinas negam o Holocausto. Mas ela teve que baixar o tom, envergonhada, quando Shoebat contestou a afirmação dela de que civis palestinos inocentes nunca foram mortos por outros palestinos no território da OLP: - Quer dizer, então, que os palestinos não lincharam civis nas ruas de Ramalá e Belém? Isso é mentira? - perguntou Shoebat. - Eu nunca vi uma coisa dessas - disse ela. Então, Shoebat respondeu: - Estou surpreso de ouvir você dizer uma coisa dessas. Mas eu era exatamente assim [...] eu negava que o Holocausto tivesse existido. 16 Outro fato animador é que alguns líderes ocidentais e certos segmentos da mídia estão acordando para a verdade a respeito do Islamismo - e, o que é mais importante, têm tido coragem de admitir isso. Durante vários meses depois dos atentados de 11 de setembro, quase todas as figuras públicas do Ocidente repetiam a mentira de que Islã quer dizer paz. Porém, a sinceri- 340 _ • Um Raio de Esperança? • dade não pode fechar os olhos à verdade para sempre. No fim das contas, não dá mais para evitar a constatação de que os responsáveis pela ampla maioria dos atos terroristas praticados no mundo atualmente (que estão se alastrando como um vírus) são muçulmanos devotos. Também não dá para negar que o terror que eles infligem ao mundo tem o propósito de difundir o Islamismo, fazendo com que todos os indivíduos se sujeitem a Alá e a Maomé. Como conseqüência disso, as pessoas têm demonstrado uma coragem cada vez maior, não só para se manifestarem contra o terrorismo, mas também para expor sua ligação com o próprio Islamismo. Como já comentamos, uma das figuras de proa desse movimento de esclarecimento honesto é Mortimer B. Zuckerman, editor-chefe do U.S. News & World Report. Em meados de 2004, num editorial intitulado "Looking evil right in the eye" (Encarando o mal), ele escreveu: As crueldades grotescas [...] não deixam dúvida a respeito do inimigo que enfrentamos. As notícias de seus seqüestros e decapitações correm o mundo [...] através de tecnologias que, na mente desses terroristas, foram inventadas por infiéis [...]. Os covardes mascarados posam com seus prisioneiros indefesos enquanto fazem exigências que eles sabem que não podem e não serão atendidas. O objetivo deles é a manipulação: aumentar o medo da família e dos amigos da vítima; forçar os governos ocidentais a moderar sua oposição às redes terroristas; fazer os estrangeiros entrarem em pânico e fugirem das terras muçulmanas [...]. Nós estamos no meio do caminho desses homens mal orientados que querem criar uma nova umma (comunidade) muçulmana unificada, regida por um novo califado, governada segundo a lei islâmica, e organizada para fazer a jihad contra o resto do mundo. Quanto ao mundo muçulmano que gerou essa praga, ele terá que decidir quem é o inimigo [...] ele não pode ter dois proveitos num saco só: zombar do Ocidente e tolerar o mal em seu meio. E uma vergonha que [...] a Arábia Saudita, lar de 15 dos 19 assassinos dos atentados de 11 de setembro, não tenha feito praticamente nada para acabar com a intolerância em suas faculdades. Precisamos convencer os governos muçulmanos a condenarem essa nova barbárie - antes que ela os consuma também. 17 _ 341 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Surge Uma Nova Autocrítica Entre os Muçulmanos Dentro da própria comunidade muçulmana também surgem sinais promissores. Um número cada vez maior de intelectuais e religiosos islâmicos vem demonstrando desconforto e contrariedade diante das ações de pessoas que eles chamam de "extremistas islâmicos". Mas, como já dissemos, por essa definição, até mesmo® Maomé, o profeta fundador do Islamismo, teria que ser considerado um extremista e terrorista, assim como a maioria de seus seguidores nos últimos mil e trezentos anos. Mas não precisamos pressionar os líderes muçulmanos a admitirem o óbvio. O reconhecimento virá com o tempo, e com ele esperamos que venha também a disposição de estabelecer um diálogo aberto sem que a espada do Islã ameace o pescoço daqueles que se decidirem, com base nos fatos, a deixar essa religião destrutiva e a viver uma nova vida. Algumas tentativas foram feitas no sentido de erradicar as idéias "extremistas" de escolas muçulmanas: "Em 5 de setembro de 2004, sua alteza real, o príncipe Abdullah bin Abd Al-'Aziz, disse às principais autoridades educacionais do país: 'Fiquem de olho em seus professores. Queremos servir à religião e à pátria, não ao terrorismo 0 ministro da Educação saudita, Muhammad Ahmad Al-Rashid, declarou que [...] o Ministério da Educação não aceitará de forma alguma um professor que defenda opiniões equivocadas que possam influenciar as novas gerações, e que qualquer elemento que ponha em prática uma política extremista será eliminado sistema educacional’. Mais uma vez, o termo errôneo "extremista” demonstra a má vontade de admitir a terrível verdade. "Num discurso aos membros do Conselho Educacional de Tabouk, em 12 de setembro de 2004, o príncipe Fahd bin Sultan. Governador do Distrito de Tabouk, declarou: 'É inaceitável que qualquer um de nós dissemine extremismo, fanatismo, terrorismo apostasia. Não podemos permitir que qualquer um que se identifique com o grupo que defende essa visão perigosa e fora dos padrões permaneça em nosso meio [...]'. A Administração Educacional de Meca organizou campanhas informativas em todas as escolas da cidade para conscientizar a população acerca do perigo do terrorismo e da visão extremista, e para incentivar a adoção de uma posição de centro no Islã”. 18 Embora ainda haja má vontade em admitir a verdade sobre o Islamismo - uma verdade que vem sendo varrida para baixo do tapete do "extremismo” - pelo menos alguns 342 _ • Um Raio de Esperança? • passos estão sendo dados na direção certa, por mais reduzidos e vacilantes que sejam. 0 mundo pode agradecer por isso. A realização de eleições democráticas no Iraque pela primeira vez na história foi um fato bastante encorajador, apesar dos esforços brutais do terrorismo para impedir que as pessoas fossem às urnas. Bush o conseguiu, surpreendendo uma multidão de pessimistas. Durante o processo, o terrorismo, em sua forma mais horrenda e brutal, revelou-se como inimigo da liberdade. A oposição do próprio Islamismo à paz e à justiça está sendo exposta. Os olhos estão se abrindo para a verdade nua e crua. Agora é preciso que ocorram outras mudanças promissoras. Será Que o Mundo Muçulmano Está Acordando? Algumas das mentiras usadas para justificar os atentados suicidas estão sendo desmascaradas por líderes muçulmanos que se opõem ao uso dessas táticas. Um dos primeiros a se manifestar contra os terroristas foi Hamza Yusuf, que declarou que cabe "aos muçulmanos erradicá-los. E acho que os muçulmanos têm que travar agora uma jihad nos países muçulmanos para se livrarem desses elementos”. 19 "Vários colunistas árabes publicaram artigos recentemente criticando a [desculpa comum] de que a principal motivação por trás do terrorismo é a pobreza e o desespero. Em vez disso, eles apontam o papel de fatores culturais e religiosos na raiz do terrorismo e, principalmente, o incitamento por parte dos sheiks que incentivam os jovens a realizar operações terroristas”. Há anos, não só no território palestino, mas em todo o mundo árabe, ser um homem-bomba tem sido apresentado a milhões de jovens muçulmanos, desde a tenra idade, como o mais sublime ideal que se pode ter na vida. Agora, essa fraude está sendo questionada abertamente no próprio mundo islâmico, com coragem e vigor renovados. Por exemplo, recentemente, o colunista saudita Muhammad Mahfouz escreveu com ousadia na Saudi Gazette: "O fenômeno de terrorismo e da violência que estamos enfrentando é executado por um grupo de jovens que sofreram uma lavagem cerebral e foram iludidos por slogans sedutores [...]. Na minha opinião, [...] a demora em travar essa batalha ideológico-cultural contra o terrorismo _ 343 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • poderá arrastar nosso país para o abismo da instabilidade [...]. Nossa determinação abrirá o caminho para o desmantelamento da estrutura ideológica e cultural que fornece um terreno fértil para a proliferação desse fenômeno". 20 Mohammed Sayed Tantawi, grão-sheik da mesquita de Al-Azhar, no Cairo, reconhecido como a mais alta autoridade em Islamismo Sunita, declarou numa conferência em Kuala Lumpur, Malásia, que grupos extremistas islâmicos se apropriaram do Islamismo e do conceito de jihad, ou guerra santa, para atingir seus próprios objetivos. 0 erudito islâmico Dr. Muqtedar Kahn, numa sarcástica carta aberta datada de 12 de fevereiro de 2003 e endereçada a Osama bin Laden, declarou corajosamente: "Eu preferiria viver nos Estados Unidos, no pior governo de Ashcroft e Bush, do que no melhor governo de qualquer 'Estado islâmico’ fundado por rebeldes ignorantes, intolerantes e assassinos como você e o mulá Ornar”. Outro destacado erudito islâmico, Dr. Yussef Al-Qaradawi. condenou abertamente a Al-Qaeda pela morte de civis inocentes e pelo atentado a bomba contra uma sinagoga centenária na ilha tunisiana de Djerba, em abril de 2002. 21 Na crista dessa nova onda, o escritor Abdallah Rashid, dos Emirados Árabes, escreveu no diário Al-Itihad: "A situação sócio- econômica da maioria dos terroristas que participam de operações criminosas no mundo inteiro é muito boa [...]. Os interrogatórios realizados pelas autoridades iraquianas com terroristas presos du¬ rante buscas e batidas [...] revelaram que a maioria dos jovens sauditas e alguns dos jovens do Golfo que foram para o Iraque para se juntar aos grupos de terroristas da Al-Qaeda, vinham de famílias que não eram pobres e viviam num ambiente social sem problemas econômicos [...]. A razão para o envolvimento da juventude muçulmana árabe nesses atos criminosos e deploráveis [...] é a terrível lavagem cerebral [...] nas mãos de 'religiosos' que alimentam os jovens muçulmanos com [...] hostilidade, ódio e ressentimento em relação a [...] seguidores de outras religiões [...]. Eles incitam os outros a [...] combaterem 'os infiéis ateus e cristãos’, como são chamados por eles, ao passo que nenhum deles se oferece para ir lutar também [...] dando o exemplo e servindo de modelo para os outros [...]". 22 (Enquanto todos os discípulos de Cristo - exceto Judas e possivelmente João - morreram como mártires]. 34a_ • Um Raio de Esperança? • Abdallah Nasser Al-Fawzan, outro colunista saudita, apontou a mesma hipocrisia desses imãs agitadores no diário saudita Al-Watan, com o perspicaz e embaraçoso título: "Por que os sheiks que encorajam os jovens a lutar na jihad não fazem isso também?" Ele pedia aos jovens que sonhavam com o martírio na jihad que raciocinassem por si mesmos: Se existe um ato valoroso que põe em risco a vida de uma pessoa mas garante sua entrada no paraíso, como a Jihad por amor a Alá, devemos supor que jovens adolescentes nas primeiras fases da vida deveriam ansiar por ele? Ou, ao contrário, seriam os mais idosos, que se aproximam da morte, [...] os que deveriam aspirar por terminar sua vida com um feito honroso que lhes garantirá o paraíso [...]? Um jovem foi a um país estrangeiro para matar um homem acusado de ateísmo, a fim de se aproximar de Alá [...] e assim chegar ao paraíso. Por ironia do destino, a primeira pessoa que ele conheceu num café e que lhe deu as boas-vindas era exatamente a vítima que ele procurava. Eles conversaram amistosamente e começaram a falar de sua vida [...]. Quando o jovem disse que estava procurando alguém, e mencionou exatamente o nome do homem que conversava com ele, este ficou espantado e perguntou: - Por que você está procurando esse homem? O jovem respondeu que aquele homem era um ateu perverso, e que ele pretendia matá- lo para se aproximar de Alá e merecer o paraíso. Surpreso, o homem perguntou ao jovem: - Como você tem certeza de que esse homem é um ateu que merece morrer, e que matá-lo vai garantir sua entrada no paraíso? O jovem respondeu: - Uns sheiks me disseram. Então, o homem perguntou: - Será que esses sheiks não querem ir para o paraíso? Por que eles mandam você executar esse ato tão honroso, em vez de fazê-lo eles mesmos? O jovem ficou confuso, e respondeu: - Eu não sei. Hoje, poderíamos fazer essa mesma pergunta aos jovens que se explodem [...] para entrar no paraíso [...] influenciados pelas Fatwas [...] e instruções de homens que conquistaram sua confiança [...]. Essas pessoas exercem influência sobre a mente dos jovens e os enga- _ 345 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • nam, fazendo-os pensar que estão praticando um ato de Jihad que os levará para o Paraíso [...]. Pergunto a você, jovem, que busca o paraíso: Onde estão seus sheiks na hora de executar esse feito honroso [...]? Por que eles se esquivam [da Jihad] e não participam de sua 'gloriosa' missão?" 23 Progressos Encorajadores Artigos como esses, publicados em revistas e jornais que são populares em países muçulmanos certamente terão algum efeito. Um relatório publicado recentemente no U.S. News & World Report revelou que a opinião pública nos países muçulmanos está indo na direção certa. 0 relatório baseava-se numa pesquisa de opinião do Pew Global Attitudes Project de 2005, realizada em seis países muçulmanos, que indicava que "a mentalidade está mudando na direção certa [...] o apoio ao terrorismo em defesa do Islã 'declinou drasticamente [...]’ em países muçulmanos, exceto na Jordânia (que tem uma maioria palestina] e na Turquia, onde o apoio permaneceu em tomo de 14 por cento". Houve um declínio na Indonésia (de 27 para 15 por cento, desde 2002), no Paquistão (de 41 para 25 por cento, desde 2004), no Marrocos (de 40 para 13 por cento, desde 2004), e entre os muçulmanos do Líbano (de 73 para 26 por cento, desde 2002). Semelhantemente, ao serem indagados se achavam que a democracia era um tipo de regime exclusivamente ocidental, ou se ela também poderia funcionar em seus próprios países, entre 77 e 83 por cento dos entrevistados no Líbano, no Marrocos, na Jordânia e na Indonésia disseram que ela poderia funcionar em seu país - em cada caso, um aumento significativo [...]. Duas gerações atrás, os americanos, ao custo de centenas de milhares de vidas, mudaram a mentalidade na Alemanha e no Japão. Os resultados obtidos pelo Pew Global Attitudes Project nos dão motivos para acreditar que os americanos de hoje estão mais uma vez mudando o modo de pensar do mundo muçulmano, a um custo bem inferior. 24 0 que irá acontecer? Uma escalada do ódio centenário que poderia inflamar o mundo? Ou a submissão sincera (jihad redefinida 346 _ • Um Raio de Esperança? • em termos realmente pacíficos) ao Deus de Abraão, Isaque e ]acó? Se a segunda hipótese ocorrer, Deus abraçará toda a humanidade num relacionamento de justiça e paz. Notas: 1. http://www.foxnews.eom/story/0. 2933, 103872.00.html. 2. http://www.shaheedfoundation.org/foundationnews.asp?ld=292&Type=News. 3. http://www.intelligence.org.il/eng/sib/mpa-ll-03/alein-12-03.htm. 4. The Christian Science Monitor, 12 de agosto de 2004. 5. USA TODAY, 29 de novembro de 2004, 1 A. 6. Amir Taheri, Times, 28 de agosto de 2004, http://www.benadorassociates.com/article/6890. 7. Romanos 3.21-26. 8. Ibid., 2.14-16. 9. João 3.16-17. 10. Ibid., 3.36. 11. Isaías 53.6. 12. Wilbur M. Smith, Therefore Stand: Christian Apologetics (Baker Book House, 1965), pp.: 425, 584. 13. Professor Thomas Arnold, Sermons on the Christian Life (Simon and Schuster, 1944), p. 324. 14. Mark A Gabriel, Ph.D., Islam and Terrorism: What the Qur'an really teaches about Christianity, violence and the goals ofthe Islamic jihad (Lake Mary, FL: Charisma House, 2002), pp. 188-90. 15. Marcos 16.15. 16. The Daily Aztec (San Diego State University), 11 de maio de 2005. 17. Mortimer B. Zuckerman, Editor-Chefe, "Looking evil right in the eye", U.S. News & World Report, 19-26 de julho de 2004, p. 84. 18. , "Public Debate in Saudi Arabia on Extremism in the School System", Special Dispatch - Saudi Arabia/Reform, 5 de janeiro de 2005. 19. Programa 60 Minutes, da CBS, 30 de setembro de 2001. 20. "Arab Columnists", . 21. BBC News, 11 de julho de 2003. 22. "Arab Columnists," . 23. Al-Watan (Arábia Saudita), 1 de janeiro de 2005. 24. Michael Barone, "Of Minds and Metrics", U.S. News & World Report, 29 de agosto de 2005, p. 42. 347 14 . 0 Mundo Precisa de um Messias O CONFLITO ENTRE ISRAEL E SEUS VIZINHOS árabes no Oriente Médio, que cada vez mais joga esse pequeno país contra o mundo inteiro, é apenas um sintoma da batalha contra Deus que se desenrola ferozmente no coração humano - e que inclui judeus e gentios, muçulmanos e não-muçulmanos. Dentro de cada ser humano existe um desejo ardente de viver para si mesmo, de comandar seu destino. Mas não fomos nós que nos trouxemos à existência, e esse simples fato prova, desde o princípio da vida até o seu fim, na morte, que não temos o controle sobre nós mesmos e sobre o nosso destino. O primeiro passo para enxergar a realidade é admitir essa verdade simples. Enquanto não fizermos isso, estaremos apenas nos enganando com ilusões pretensiosas. A humanidade não criou o planeta Terra, e muito menos o Universo do qual nosso planeta é uma parte ínfima. Nós também não evoluímos por acaso. Cada um de nós começa a vida como uma única célula do tamanho do ponto final desta frase. Como essa célula pequenina sabe o que fazer para construir um corpo inteiro _ 349 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • composto de trilhões de células de diferentes tipos? E como cada um desses trilhões de células sabe como operar a multidão de nanomáquinas químicas incrivelmente complexas que a compõem? A construção e as instruções de operação do corpo inteiro estão escritas em palavras codificadas no DNA de cada célula. Chamamos essas detalhadas instruções inteligentes de "informação”. Só Uma Inteligência Pode Criar Informação Einstein reconheceu que a matéria não pode se organizar em informação e, portanto, não pode pensar. Desse modo, não é o cérebro material que origina os pensamentos, mas sim a mente imaterial, ou o espírito. A matéria só pode fornecer informação que foi previamente gravada nela. No mundo de hoje, a informação pode ser transmitida de muitas maneiras: voz humana, áudio ou vídeo, ondas de rádio, televisão, disquetes, CDs, DVDs, internet, etc. Livros impressos são a forma mais comum. Os meios de comunicação (como tinta e papel] não geram informação. Sem dúvida, a informação aponta para a existência de algo fora de si mesma, para uma inteligência que tem um propósito, que concebeu os pensamentos e os expressou de uma forma significativa. Toda informação só pode ter origem numa inteligência consciente, e só pode ser comunicada através de idéias conceituais. Em si mesmas, as idéias são estruturas imateriais, embora possam descrever coisas e processos materiais e ser transmitidas por meios físicos, como fitas de áudio e livros. Nem os meios materiais de comunicação nem a coisa ou o processo material descrito dá origem à informação que está sendo expressa. Obviamente, qualquer inteligência que dê origem a idéias imateriais e conceituais tem que ser ela mesma imaterial. Portanto, a mente do homem, embora esteja conectada de alguma forma extraordinária a um corpo material durante esta breve vida, é tão imaterial quanto o Deus à imagem de quem foi criada. É claro que a mente imaterial, não estando sujeita a leis físicas, continua a existir e a pensar depois da morte do corpo, fazendo com que a intimidade com Deus no céu ou a separação de Deus no inferno sejam experiências conscientes, ou de uma alegria transcendente, ou de tormento inexprimível. Esse espírito que vive dentro do corpo 350 _ • 0 Mundo Precisa de Um Messias • material é responsável, diante do Criador, por seus pensamentos, escolhas e ações. A Bíblia diz: "Aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo" (Hb 9.27). 0 DNA é um meio de transmitir informação às células. Se a informação contida numa quantidade de DNA do tamanho da cabeça de um alfinete fosse impressa, seria necessária uma pilha de livros de altura igual a quinhentas vezes a distância da terra à lua para contê-la. Obviamente, a "inteligência” que pôs essa informação no DNA de incontáveis "zilhões” de células está além de qualquer capacidade humana. Só Deus poderia ter feito isso. A procura por fósseis e elos perdidos (que deveriam existir aos bilhões), na esperança de comprovar a veracidade da teoria da evolução, é perda de tempo. A informação contida no DNA não poderia nem se originar da matéria nem evoluir. Só essa evidência já é suficiente para provar que a evolução é a ilusão dos que estão de¬ terminados a negar a existência do Criador para fugir da sua responsabilidade moral diante dele. Todos Nós Quebramos as Regras de Deus Uma célula permanece saudável enquanto segue as instruções originais do DNA. Mas algumas células não as seguem. Nós chamamos isso de câncer. Ele precisa ser destruído para curar o paciente. Deus disse: "Ouve os estatutos... para os cumprirdes, para que vivais” (Dt 4.1; 5.33; 6.1-2; 8.1; etc.). 0 homem é como um câncer nesta terra, recusando-se a seguir as instruções que Deus deu para a vida - Sua lei, que Ele gravou em cada consciência humana. Os que acreditam que somos um produto do acaso estão negando seu Criador, e assim descartam qualquer propósito ou sentido para a vida. Eles decidiram fazer suas próprias regras. Embora não possam impor sua vontade às células de seu corpo nem ao universo material que os rodeia, eles insistem em dizer que podem seguir suas próprias regras no que se refere à alma e ao espírito. Essa decisão, é claro, os põe em conflito com outros que pensam da mesma maneira e também querem fazer as coisas "do seu jeito”. Não se pode nem jogar um jogo sem regras. Se cada um dos jogadores faz suas próprias regras, não há jogo. 0 resultado é o caos. _ 351 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Quem deve fazer as regras para o "jogo da vida”? Eis a questão! Alguém tem que fazer isso. A história da humanidade é feita de guerras entre nações, entre partidos rivais dentro das nações, entre famílias, entre marido e mulher, entre pais e filhos, entre irmãos e irmãs - e entre religiões - para ver quem pode fazer e impor as regras que todos os outros devem seguir. Os que não querem regras fizeram uma regra de que não deve haver regras - e esperam que todos os outros obedeçam a esse decreto. Os que dizem que não há absolutos insistem em "absolutamente nenhum absoluto!” E até o anarquista tem um objetivo na vida: viver segundo suas próprias regras. Buda propôs que a motivação que cria todos os problemas e tristezas da espécie humana era o "desejo". Ele tentou se livrar do desejo e assim alcançar o nirvana. Mas fugir do desejo tomou-se seu desejo obsessivo. 0 problema entre o homem e Deus é uma questão de justiça. Nós quebramos as regras de Deus. Ele não pode nos perdoar de uma forma justa sem comprometer Sua integridade - a menos que a penalidade que Ele determinou seja integralmente paga. Mas só Deus poderia pagar essa pena. Nós precisávamos que Deus viesse a esta terra como homem para pagar essa penalidade por toda a humanidade. Vimos que essa foi a promessa que Deus fez a Israel. 0 mundo precisa dEle para ser o seu Messias, ou Salvador. No passado, houve vários homens (e ainda os há hoje em dia] que reivindicaram para si essa identidade. Não precisamos listar todos eles, porque os requisitos são tão rigorosos que somente Um poderia estar qualificado. Quantos Candidatos a MessiasP A Bíblia, e só ela, contém literalmente centenas de profecias relativas à vinda do Messias - profecias tão bem definidas que a identidade dele seria estabelecida sem qualquer sombra de dúvida. Essas profecias se encontram por todo o Antigo Testamento, e foram proferidas por diferentes profetas hebreus, a maioria dos quais nunca conheceu nenhum dos outros, já que eles viveram em diferentes épocas da história; apesar disso, não existe nenhuma contradição nos detalhes específicos. 0 Salvador vindouro nasceria de uma virgem em Belém, 1 faria milagres, 2 seria aclamado como Messias, seria traído por trin- 352 _ • 0 Mundo Precisa de Um Messias • ta peças de prata, 3 que seriam arremessadas no templo e usadas para comprar um campo 4 para enterrar estrangeiros, seria rejeitado por Seu próprio povo, 5 e seria crucificado, 6 ressuscitando dentre os mortos ao terceiro dia. 7 Em outros livros, este autor e muitos outros documentaram essas profecias detalhadamente com base na Bíblia. Se alguém cumprisse todas essas profecias, isso seria prova cabal de duas coisas: da validade sobrenatural das profecias, e de que essa pessoa era o Messias que tinha sido profetizado. Esta seria a única identificação confiável. Diante da lista de requisitos do parágrafo anterior, uma Pessoa se destaca imediatamente - e só Ele - por ter cumprido todas as exigências. Não há como negar o fato de que só Jesus Cristo (nem Buda, nem Maomé, nem qualquer outro) se qualifica como o Messias, tendo cumprido todas as profecias messiânicas. Isso ainda deixa uma objeção teórica: quem pode dizer que uma outra pessoa não pode também atender a esses critérios - no ano que vem, ou daqui a cem anos, ou até daqui a mil anos? Essa remota possibilidade é facilmente eliminada. 0 profeta Daniel apresenta uma profecia definitiva que tinha que se cumprir numa certa data, aproximadamente dois mil anos atrás. Ela foi proferida pelo anjo Gabriel: ", Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo [os judeus] e sobre a tua santa cidade [Jerusalém], para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a iniquidade, para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a profecia e para ungir o Santo dos Santos [i.e., para completar todas as profecias messiânicas]”. 8 0 original hebraico diz literalmente "setenta setes". Estas são conhecidas como as "setenta semanas de Daniel”. Não são semanas de dias, mas semanas de anos. Este autor e outros discutiram esse fato detalhadamente em outras obras, de modo que não vamos fazê-lo aqui novamente. 0 próprio dia em que o Messias se apresentaria a Israel foi previsto: “Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém [não confundir com a reconstrução do Templo, que já teria sido completada], até ao Ungido, ao Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas...” 9 . Portanto, quando se passassem 7 mais 62, ou seja, 69 setes (i.e., 483 anos) após a ordem para reconstruir Jerusalém, o Messias en- _ 353 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • traria em Jerusalém e seria aclamado como Rei de Israel. E Ele faria uma entrada extremamente improvável e inesperada: "Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis aí te vem o teu Rei, justo e salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta". 10 O Messias vindo para libertar Jerusalém sem um exército, e sobre um jumento? Incrível! Quem receberia com júbilo uma tal figura? Na época, Israel ansiava por um Messias guerreiro que comandaria um exército para livrar a nação da opressão romana. E assombroso que, cumprindo a profecia, Jerusalém aclamasse como seu Salvador um homem manso e humilde que vinha sentado no lombo de um jumentinho de pernas bambas! Ele não vinha para oferecer à nação o livramento do domínio romano, mas sim a salvação através do pagamento da pena por seus pecados. Essa oferta não interessou a Israel na época - mas em breve virá o dia em que interessará. A Previsão da Data da Primeira Vinda do Messias A Bíblia fornece a data precisa em que o verdadeiro Messias seria aclamado ao entrar em Jerusalém. Neemias declara que a reconstrução de Jerusalém foi autorizada "No mês de nisã, no ano vigésimo do rei Artaxerxes”. 11 0 reinado de Artaxerxes Longimanus, a quem Neemias serviu, começou em 465 a.C. 0 ano vigésimo de seu reinado foi em 445 a.C. Portanto, o Messias deveria entrar em Jerusalém 483 anos mais tarde, no dia 10 de Nisã, no ano 32 d.C. Esse era o dia em que, anualmente, os cordeiros pascais eram separados do rebanho e deixados em observação durante quatro dias. É impressionante que Jesus de Nazaré, "o Cordeiro de Deus” (João 1.29), tenha se apresentado a Israel naquele exato dia, na forma que havia sido profetizada, e tenha sido crucificado no dia 14 de nisã, ao mesmo tempo em que os cordeiros pascais estavam sendo imolados. Isso não foi coincidência, mas cumprimento de profecia! (Se quiser verificar as contas, não esqueça de que os calendários hebraico e babilónico tinham 360 dias, e não esqueça do ano bissexto). Hoje, os poucos judeus que acreditam num Messias ainda estão esperando Sua primeira vinda. Contudo, segundo os próprios profetas judaicos, se Ele viesse agora pela primeira vez estaria atrasa- 354 _ • 0 Mundo Precisa de Um Messias • do cerca de dois mil anos. Na sua Segunda Vinda, Israel saberá que Ele é o que foi rejeitado por eles quando veio exatamente conforme as profecias - e chorarão e se arrependerão como nunca antes na história (Zacarias 12.11-14). Jesus foi aclamado com entusiasmo por uma multidão que cobriu o chão para que Ele passasse. Quando os fariseus exigiram que Ele repreendesse Seus discípulos por chamá-10 de Messias, Cristo lembrou-os de que aquele era o dia em que o Messias deveria entrar em Jerusalém, e que, portanto, se ninguém mais O exaltasse, as próprias pedras clamariam: “E, quando se aproximava da descida do monte das Oliveiras, toda a multidão dos discípulos passou, jubilosa, a louvar a Deus em alta voz, por todos os milagres que tinham visto, dizendo: Bendito é o Rei que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória nas maiores alturas! Ora, alguns dos fariseus lhe disseram em meio à multidão: Mestre, repreende os teus discípulos! Mas ele lhes respondeu: Asseguro-vos que, se eles se calarem, as próprias pedras clamarão". 12 Mais Estranho Que Ficção Numa reviravolta aparentemente impossível, Daniel declara que o Messias, pouco depois de ter sido recebido com grande alegria em Jerusalém, seria morto pelos que o haviam aclamado: "Depois das sessenta e duas semanas, será morto o Ungido e já não estará”. 13 Agindo pelo restante da humanidade, os judeus se juntariam aos romanos para crucificá-10 - exatamente como os profetas haviam predito. Como resultado dessa rejeição, "o povo de um príncipe que há de vir [i.e., o falso príncipe, ou Anticristo] destruirá a cidade [de Jerusalém] e o santuário [o templo]". 14 Cristo, é claro, sabia que a aclamação que estava recebendo teria vida curta. Ele também sabia das terríveis conseqüências que viriam. Aqueles mesmos que o exaltavam como Messias, quatro dias depois estariam entre a multidão que exigia Sua crucificação - trazendo o juízo de Deus, como os profetas de Israel haviam predito. Assim, lemos: "Quando ia chegando, vendo a cidade, chorou e dizia: Ah! Se conheceras por ti mesma, ainda hoje, o que é devido à paz! Mas _ 355 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • isto está agora oculto aos teus olhos. Pois sobre ti virão dias em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras e, por todos os lados, te apertarão o cerco; e te arrasarão e aos teus filhos dentro de ti; não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não reconheceste a oportunidade da tua visitação". 15 E no ano 70 d.C., essa profecia se cumpriu, quando os exércitos romanos destruíram Jerusalém, matando 1,2 milhão de judeus e escravizando outros milhares. Ouça a acusação feita por Paulo, neste seu primeiro sermão registrado: "Pois os que habitavam em Jerusalém e as suas autoridades, não conhecendo Jesus nem os ensinos dos profetas que se lêem todos os sábados, quando o condenaram, cumpriram as profecias. Notai, pois, que não vos sobrevenha o que está dito nos profetas: Vede, ó desprezadores, maravilhai-vos e desvanecei, porque eu realizo, em vossos dias, obra tal que não crereis se alguém vo-la contar ” 16 A crucificação do Messias foi profetizada séculos antes que essa torturante forma de execução fosse sequer conhecida na terra. Além disso, a crucificação não é mais praticada - outra razão pela qual é tarde demais para uma primeira vinda. Os que seguirem o Anticristo como sendo o Messias terão que desprezar deliberadamente o fato óbvio de que ele nunca foi crucificado nem ressurgiu dos mortos. O rei Davi profetizou a crucificação do Messias: "Derramei-me como água, e todos os meus ossos se desconjuntaram [...] traspassaram-me as mãos e os pés. [...] Repartem entre si as minhas vestes e sobre a minha túnica deitam sortes. Lembrar-se-ão do SENHOR e a ele se converterão os confins da terra [...]". 17 Quantos candidatos se encaixam nos critérios proféticos e assim se qualificam como Messias? Jesus de Nazaré não tem literalmente nenhum competidor! Ele é o único que entrou em Jerusalém naquele dia exato, da maneira prevista, foi aclamado como Messias, e quatro dias depois foi rejeitado pelos mesmos que O haviam recebido com honras, crucificado como os profetas disseram que seria, e ressuscitou dentre os mortos ao terceiro dia. Mais Evidências Incontestáveis No capítulo onze, vimos também que, segundo os profetas hebreus, o Messias seria alguém que teria estado vivo e atuante "des- 356 _ • 0 Mundo Precisa de Um Messias • de a eternidade", o próprio Deus vindo à terra como homem através de um nascimento virginal; 18 que Ele seria rejeitado por Seu próprio povo e seria crucificado. 19 Sua morte seria o cumprimento da Páscoa e dos sacrifícios levíticos para expiação dos pecados - e então Ele ressurgiria dos mortos ao terceiro dia. Foi profetizado que os crucificadores do Messias fariam com Ele o que jamais havia sido feito, e não fariam o que sempre era feito na crucificação. 0 principal propósito da crucificação era torturar lentamente a vítima. Quando ela já havia sofrido o bastante, suas pernas eram quebradas para que não conseguisse mais sustentar o peso do corpo e, incapaz de respirar, morresse logo. 0 executado nunca era morto prematuramente com uma lança espetada no flanco, pois isso poria fim à agonia excruciante que ele deveria sofrer. Mas a Escritura disse a respeito do cordeiro pascal, um tipo do Messias, "nem lhe quebrareis osso nenhum". 20 Davi profetizou a respeito do Messias, "[Deus] Preserva-lhe todos os ossos, nem um deles sequer será quebrado". 21 Não houve necessidade de quebrar-lhe as pernas. Cristo já estava morto, um fato que Pilatos achou difícil de acreditar. 22 Jesus tinha dito: "Ninguém a tira de mim [a Sua vida]; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la". 23 A palavra hebraica na profecia de Davi citada acima, "traspassaram-me as mãos e os pés", é aryeh, que descreve o que ocorre na crucificação. Entretanto, ao se referir à sua Segunda Vinda para salvar Israel no Armagedom, Javé, o Deus de Israel, declara: "olharão para aquele a quem traspassaram". 24 A palavra hebraica aqui é dawkar, apropriada para o ato de furar com uma lança. João registra: "Mas um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. Aquele que isto viu [João] testifi¬ cou [...]para que também vós creiais". 25 Por que o soldado usou a lança? Talvez ele estivesse sentindo raiva e frustração por não ter conseguido assistir a agonia completa daquele homem. Os ladrões que tinham sido crucificados com Ele ainda estavam vivos, mas Ele já estava morto. Ele não tinha morrido de fraqueza, mas tinha gritado em triunfo: "Está consumado!" A palavra grega registrada no evangelho foi: tetelestai. Ela significava "totalmente pago”, e era escrita em faturas e notas promissórias quando estas eram liquidadas: "Então, Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou". 26 _ 357 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Essas profecias e o registro bíblico do seu cumprimento são inaceitáveis para a maioria dos judeus e não-judeus. Os muçulmanos as rejeitam porque o Corão as nega explicitamente: "não sendo, na realidade, certo que o mataram, nem o crucificaram, senão que isso lhes foi simulado [...]; porém, o fato é que não o mataram. Outrossim, Alá fê-lo ascender até Ele". 27 Os cristãos evangélicos rejeitam as contradições do Corão em relação à Bíblia, e aceitam o que a Bíblia diz porque ela é respaldada por numerosas profecias, por relatos de testemunhas oculares do seu cumprimento, e por tantas evidências incontestáveis que, segundo alguns dos maiores especialistas em Direito de toda a história, constituiriam prova em qualquer tribunal de justiça de hoje. 0 Ponto Crucial do Conflito No próprio cerne do Evangelho de Jesus Cristo (e provando sua veracidade) estão as numerosas profecias relativas a Israel, sua terra e seu Messias. A genealogia de Cristo, o primeiro advento, a Segunda Vinda e o seu futuro reino na terra estão entrelaçados com Israel. Os muçulmanos não podem aceitar o perdão oferecido pelo Deus verdadeiro porque o Corão nega que Jesus tenha morrido pelos pecados do mundo e tenha ressuscitado. Além disso, no coração do Islamismo está a determinação de destruir Israel, a qual, se pudesse ser levada a cabo, provaria que a Bíblia era falsa, inclusive sua promessa sobre a vinda do Messias. Não existe conciliação possível neste conflito entre o Cristianismo e o Islamismo, entre Javé e Alá. "Dialogar" sobre doutrinas mutuamente excludentes e completamente irreconciliáveis para chegar a um entendimento "ecumênico" seria um absurdo e negaria a ambos. Os imãs do mundo inteiro pregam que a vitória sobre Israel e a prometida conquista do mundo pelo Islã não ocorrerão enquanto os muçulmanos não retomarem à prática submissa dos fundamentos de sua fé, em total obediência a Maomé e ao Corão. Atendendo a esse chamado, tem havido um crescimento marcante do retomo ao Islamismo fundamentalista, nas últimas décadas. Para complicar ainda mais a controvérsia, o Domo da Rocha do Islã foi construído no mesmo local dos antigos templos judaicos. A maioria dos israe- 358 _ • 0 Mundo Precisa de Um Messias • litas, religiosos ou não, está tão determinada a ver o Templo reconstruído quanto os muçulmanos estão em impedir que isso aconteça - chegando até a negar que qualquer templo judaico tenha jamais existido ali! Mas a Bíblia afirma que, de fato, ele será reconstruído. 0 Domo da Rocha Irá Para Outro lugar? Embora essa idéia fosse desconhecida nos primeiros séculos do Islamismo, os muçulmanos hoje afirmam que o Domo da Rocha marca o local sagrado para onde foi Maomé, cavalgando Buraq, seu animal mágico (uma criatura que era o cruzamento entre um asno e uma mula*), durante sua Viagem Noturna (Isra') da mesquita de Al-Haram, em Meca, para Al-Aqsa [literalmente, a mesquita mais distante]. De lá, segundo a própria narrativa de Maomé, Gabriel o elevou até o céu, onde ele encontrou Adão, Abraão, José, Moisés, Jesus e outros grandes personagens bíblicos (todos eles muçulmanos, segundo Maomé), conversou com eles e foi por eles honrado como o último dos profetas. Entretanto, esse importante acontecimento não foi testemunhado por ninguém, de modo que temos apenas a palavra de Maomé - e ela não combina com o que a Bíblia ensina - e que nós sabemos que é verdadeiro, tanto pelas profecias cumpridas quanto pelas testemunhas oculares. Em contraste com a suposta mas não testemunhada ascensão de Maomé aos céus, todos os onze apóstolos (já que Judas, o décimo segundo e falso discípulo, já tinha "se enforcado”) 28 testemunharam o momento em que Cristo ascendeu do Monte das Oliveiras aos céus, após Sua ressurreição. 29 Quanto à ressurreição de Cristo, crença fundamental de todos os cristãos verdadeiros (da qual houve mais de quinhentas testemunhas além dos apóstolos, 30 ) ela é veementemente negada pelo Islamismo. 31 Paulo argumenta com lógica perfeita: "E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé; e somos * E interessante observar que a mula, por ser um híbrido de cavalo e jumento, não pode procriar (o número de cromossomos não é par); daí o Buraq ser realmente um animal "mitológico" (N. do T.). _ 359 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • tidos por falsas testemunhas de Deus, porque temos asseverado contra Deus que ele ressuscitou a Cristo [...] E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis [assim como os que morreram crendo] nos vossos pecados. E ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram. Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens". 32 Um outro contraste gritante é que os sucessores de Maomé lutaram entre si, mataram-se uns aos outros e espalharam o Islamismo pela força, enquanto todos os discípulos de Cristo morreram nas mãos de outros, como verdadeiros mártires que não tiraram a vida de nenhuma outra pessoa. E eles não morreram apenas como mártires, por devoção a Cristo, mas como testemunhas da vida de Cristo, de Seus milagres, do Seu caráter sem pecado, de Sua morte e de Sua ressurreição. Ninguém é tolo o bastante para morrer por uma mentira, quando sabe que é mentira. Uma prova irrefutável da validade do testemunho dos discípulos é o fato de nenhum deles ter salvo a própria vida prometendo a seus algozes que denunciaria que os milagres e a ressurreição eram uma fraude. Nem o Islamismo nem qualquer outra religião jamais teve sequer uma testemunha dessas para atestar sua validade. 0 Cristianismo diverge não só do Islamismo, mas de todas as religiões do mundo. Todo indivíduo precisa fazer uma opção. Oramos para que os muçulmanos tenham a coragem de enfrentar a verdade e fazer sua opção com base nas evidências, e não na emoção ou na persuasão humana. No caso dos muçulmanos, a escolha é entre um culto de morte e desespero e o Evangelho da vida e alegria eternas. A Verdade Sobre o Domo da Rocha Aqui está uma maneira simples de testar a veracidade de duas crenças opostas. A Surata 17.1 é o único verso do Corão que menciona Al-Aqsa, que significa "o mais distante local de adoração [i.e., mesquita]”. Entretanto, não existe nada nesse verso que sequer insinue Jerusalém como destino da Viagem Noturna de Maomé. Essa idéia só surgiu muito mais tarde. Pior ainda, a Surata 17.1 não es- 360 _ • 0 Mundo Precisa de Um Messias • tava entre os versos originalmente escritos em árabe dentro do Domo. Só recentemente ela foi acrescentada como uma explicação tardia. Esse fato é prova suficiente de que aquele edifício não foi construído tendo em mente a suposta Viagem Noturna de Maomé. Meca tinha sido capturada por Abd Allah Ibn az-Zubayr, que se autoproclamou Califa. Não conseguindo chegar a Meca, Abd al-Malik, que também afirmava ser Califa, construiu o Domo da Rocha para induzir os devotos muçulmanos a irem para lá fazer o Hajj, em vez de irem para a Caaba, em Meca. Ao reconquistar Meca em 692, Malik abandonou o Domo. Esse trecho da história mostra por que a atual localização do Domo da Rocha no Monte do Templo não é um obstáculo intransponível à reconstrução do templo, como alguns imaginam. 0 Ministério da Cultura egípcio publicou recentemente uma interpretação da Surata 17.1 que tira o foco de Jerusalém e o leva de volta a Medina: "Este texto nos diz que Alá tomou seu Profeta da mesquita Al-Haram [a sagrada, em Meca] e o levou à mesquita Al-Aqsa [...] Mas, naquela época, não existia na Palestina nenhuma mesquita que pudesse ter sido a 'mais distante' da mesquita Al-Haram [...] A Viagem Noturna (Isra) não foi para a Palestina, mas sim para Medina. Ela começou na mesquita Al-Ha- ram [...] e terminou na mesquita de As'ad ibn Zurara [...] em Medina [...]. Os detalhes da jornada da Hégira [a fuga noturna de Maomé, de Meca para Medina] são os mesmos da Viagem Noturna (Isra’), porque a Viagem Noturna da Surata 17.1] é de fato a Hégira secreta”. 33 Declarações como essa, feitas por autoridades muçulmanas, fariam com que fosse fácil para o Anticristo ordenar que o Domo da Rocha fosse transferido para Medina. Com o Monte do Templo livre desse edifício rival, o Anticristo ordenaria, então, a reconstrução do templo judaico - e imporia a paz entre muçulmanos e judeus no mundo inteiro. Israel imaginaria, então, que o Anticristo era o Messias esperado pelos judeus, principalmente porque os dois critérios que a maioria dos judeus tem para reconhecer o Messias (nenhum deles bíblico) são: 1) Ele re¬ construirá o templo; 2) Ele trará "paz à terra". Israel como um todo não suspeitará (até ser tarde demais) que esse impostor pretende colocar sua própria imagem no templo - mas os que leram a Bíblia e creram nela saberão. _ 361 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • A Integridade de Deus Está em logo A aliança eterna pela qual Deus deu a Terra Prometida a Israel exige que o herdeiro de Davi, o Messias prometido, exerça Seu reino eterno, sobre as doze tribos de Israel e o mundo inteiro, a partir de Seu trono restabelecido em Jerusalém. 34 Também está bem claro que o Messias tem que ser "Deus Forte, Pai da Eternidade" para que seja "Príncipe da Paz" e reine sobre o mundo para sempre, assentado no trono de Davi. 35 No entanto, esse fato é intragável para judeus e gentios, que querem que o Messias seja um homem bom que nos dê um exemplo a ser seguido, mas não querem um Deus que veio como homem, e muito menos que as profundezas do pecado humano sejam reveladas por seu ato de crucificar o Criador. 0 Corão, embora admita que Jesus não teve pecado, nega explicitamente que Ele seja Deus ou o Filho de Deus. Apesar de Israel ter rejeitado seu Messias, e de todos os seus anos de incredulidade e rebeldia, Deus não voltará atrás na promessa que fez a Abraão, Isaque e Jacó. Os cristão que negam que os judeus ainda são o povo de Deus, ou que eles tenham qualquer significado especial, estão negando a Palavra de Deus. Os que negam as promessas de Deus em relação à restauração total e final de Israel em sua terra estão negando a Deus a glória que pertence a Ele por manter a Palavra dada a Abraão, Isaque e Jacó. Por acaso Ele não disse: "O SENHOR, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó [...]; este é o meu nome eternamente, e assim serei lembrado de geração em geração"? 36 Esse memorial seria pior do que uma coisa sem sentido - seria uma afronta ao Deus de Israel - se Israel não continuasse a existir e fosse afinal totalmente restaurado. As nações do mundo estão contestando abertamente o que Deus afirmou de forma bem clara em Sua Palavra, com relação à terra que deu a Israel por aliança perpétua. Ao rejeitar Israel, elas estão rejeitando o Messias e a salvação que só Ele pode dar, e que Deus oferece a todos os que nEle crêem. Elas sofrerão as conseqüências dessa rebeldia. No capítulo final, falaremos do juízo que as espera. í Preciso Escolher "Deus é amor" (1 João 4.8), mas Ele também é justiça. 0 amor não pode desculpar a rebeldia contra o Criador. Deus só pode per- 362 _ • 0 Mundo Precisa de Um Messias • doar alguém de forma justa porque o Messias pagou a penalidade integralmente. Quando muçulmanos e judeus (e a maioria da humanidade) negam que Jesus seja Deus e que tenha morrido pelos nossos pecados, eles estão rejeitando a única esperança da humanidade. Os muçulmanos, como todo mundo, têm que ter a liberdade de conhecer os fatos sobre a vida, a morte e a salvação, e de avaliá-los com cuidado, sem medo de serem mortos se vierem a decidir, por vontade própria, abandonar o Islamismo. Contudo, esse direito não é permitido no Islamismo. Os guerrilheiros talibãs cortaram publicamente a garganta do religioso muçulmano Malauwi Assadullah, em 30 de junho de 2004, por supostamente "propagar o Cristianismo no remoto distrito de Awdand, na província de Ghazni". 37 . E "em Cartum, no Sudão, uma jovem cristã [Cecelia Holland] foi multada [em dez mil dinares] e açoitada [quarenta açoites nas costas] por não usar o hijab [lenço de cabeça)”. 0 governo impôs a sharia (lei islâmica) sobre todos os residentes em Cartum. 38 Esses são dois dos muitos exemplos que poderíamos dar. As Nações Unidas fazem vista grossa ao desrespeito por parte do Islã de todos os direitos humanos que a ONU diz defender - e honra as nações-membros muçulmanas que negam esses direitos, apesar de terem concordado em defendê- los. Essa atitude também é uma afronta contra a consciência que Deus deu a cada ser humano. A verdadeira questão é esta: a Bíblia é ou não a Palavra infalível de Deus. Se não é, então nada tem sentido algum, o Universo aconteceu por acaso, e toda a humanidade caminha para o nada, junto com ele. Um dia, tudo será como se nunca tivesse existido, e nada do que fizemos ou dissemos terá qualquer importância. Mas se a Bíblia é a Palavra do Criador deste Universo (e nós já provamos isso através de uma quantidade enorme de profecias cumpridas, relativas a Israel e ao Messias), então as Nações Unidas, os Estados Unidos, a União Européia, a Rússia e o mundo inteiro, inclusive o Islã e Israel, encaminham-se para o juízo do Criador. Se negarmos a existência do Deus da Bíblia - que provou Sua própria existência com o cumprimento de centenas de profecias - então, de fato, não há esperança. Se o Deus de Abraão, Isaque e Jacó não é o verdadeiro Deus, ficamos sem propósito ou significado na vida. Negar que Deus tenha escolhido um homem chamado Abraão, através de quem Ele faria a reconciliação da humanidade consigo mesmo; negar a história verdadeira do povo escolhido e a _ 363 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • terra dada a ele, onde o Messias nasceu como tinha sido profetizado e para onde Ele voltará para governar o mundo; negar as centenas de profecias cumpridas somente por Jesus Cristo - tudo isso equivale a negar a única esperança da humanidade. A escolha está aberta a todos - mas tem que ser uma escolha voluntária. 0 verdadeiro Deus não coage ninguém. 0 propósito deste livro é simplesmente apresentar os fatos de modo que o leitor tenha uma base inteligente para fazer uma escolha vital para a eternidade. Em última análise, a batalha por Israel é uma batalha pelas almas e pelo destino da humanidade. Se o Islã e as nações que se alinham com ele alcançassem sua meta de destruir Israel, então a humanidade estaria eternamente perdida. Eis aí a gravidade dessa batalha! Se o Deus da Bíblia, cuja integridade está ligada à restauração e à bênção final de Israel, não disse a verdade sobre Seu povo escolhido e seu destino, então como poderíamos crer na Sua promessa de que Cristo pagou o preço pela nossa salvação? Não se pode confiar em profecias que são parcialmente verdadeiras. E nenhum outro "Deus" oferece uma solução justa. Não importa o que acontece dia após dia no Oriente Médio, todos nós teremos partido daqui a alguns anos, assim como Arafat, um dos maiores protagonistas desse drama, já partiu desta terra. 0 que menos importa a ele agora é a OLP e o conflito israelense. Isso chama a nossa atenção para a necessidade de nos prepararmos para a morte que paira constantemente sobre a nossa cabeça, e da qual não há como escapar. É claro que nosso foco principal tem que ser o lugar onde passaremos a eternidade quando deixarmos para trás esta terra e todos os nossos bens, posições, ambições e honrarias. E é precisamente nesse ponto, o mais importante de todos, que se encontra a maior diferença entre a esperança incerta do muçulmano - que não pode ter certeza de seu destino - e a do cristão - que tem absoluta confiança de que estará eternamente com Cristo no céu. Esta é a beleza e a promessa do Evangelho de Jesus Cristo - e está baseada em muitas provas infalíveis dadas nas profecias e confirmadas pela história. Deus oferece salvação a todos os que crerem em Cristo, por sua livre escolha, com base em todas as evidências. Ninguém é forçado a nada. 0 verdadeiro Deus quer o nosso coração. E preciso escolher. "Escolhei, hoje, a quem sirvais". 39 E não se esqueça da ordem de Deus: "Orai pela paz de Jerusalém!" 40 364 _ • 0 Mundo Precisa de Um Messias • Notas: 1. Miquéias 5.2; Lucas 2.4-7. 2. Isaías 61.1, 2; Lucas 4.18-19. 3. Zacarias 11.12; Mateus 26.15. 4. Zacarias 11.13; Mateus 27.5; Atos 1.18. 5. Isaías 53.3; João 1.11; João 19.15. 6. Salmos 22; Zacarias 12.10; João 19. 7. Salmos 16.10; 49.15; Marcos 16.2-14; 1 Coríntios 15.4. 8. Daniel 9.24. 9. Ibid., 9.25. 10. Zacarias 9.9. 11. Neemias 2.1-8. 12. Lucas 19.37-40. 13. Daniel 9.26. 14. Ibid. 15. Lucas 19.41-44. 16. Atos 13.27, 40-41. 17. Salmos 22.14-18, 27. 18. Miquéias 5.2; Isaías 9.6-7. 19. Isaías 53.1-12. 20. Êxodo 12.46. 21. Salmos 34.20. 22. Marcos 15.44. 23. João 10.18. 24. Zacarias 12.10. 25. João 19.34-35. 26. Lucas 23.46. 27. Surata 4.157-58. 28. Mateus 27.5. 29. Atos 1.9-13. 30. 1 Coríntios 15.6. 31. Veja Surata 4.157-58. 32. 1 Coríntios 15.14-19. 33. Ahmad Muhammad 'Arafa, Al-Qahira (Egito), 3 de agosto de 2003. 34. 2 Samuel 7.4-17. 35. Isaías 9.6-7. 36. Êxodo 3.15. 37. Notícia fornecida pelo grupo inglês de direitos humanos Barnabas Fund, 2 de julho de 2004. 38. Ibid., 16 de junho de 2004. 39. Josué 24.15. 40. Salmos 122.6. 365 15 . Destruição e livramento Pelas Mãos do Todo-Poderoso Quando todos os exércitos do mundo, sob o comando do Anticristo, desfecharem seu inevitável ataque sobre Israel, conforme a profecia, Israel não se entregará à destruição sem usar suas armas supremas. As Forças de Defesa de Israel (IDF) têm submarinos que podem lançar mísseis atômicos com ogivas múltiplas. Israel aprendeu da pior maneira possível que não pode depender sempre dos Estados Unidos - e, certamente, não pode confiar de jeito nenhum na ONU. Sendo constantemente traído por seus supostos amigos, Israel foi literalmente forçado a desenvolver seu próprio arsenal nuclear, por questão de sobrevivência. Na época em que essas armas foram desenvolvidas, Nixon estava recebendo nazistas 367 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • como convidados de honra na Casa Branca, e fascistas asiáticos haviam-se aliado aos árabes para trabalhar pela destruição de Israel. Alguma coisa tinha que ser feita para assegurar a sobrevivência do país, e Israel teve que fazê-lo sozinho, com a ajuda de Deus. Entretanto, a maioria dos israelitas não reconhece a mão de Deus agindo em seu favor, nem acredita que isso possa ocorrer. Embora as armas atômicas não sejam necessárias na atual contenda com os árabes palestinos, é quase certo que elas serão usadas quando os exércitos de todas as nações atacarem Israel no Armagedom. Essa guerra está claramente prevista nas Escrituras, e a profecia bíblica parece indicar que ela envolverá o primeiro combate nuclear da história, a menos que o Senhor intervenha para evitá-lo. í só Uma Questão de Tempo Desde que foram derrotadas pela última vez, há mais de trinta anos, na Guerra do Yom Kippur de 1973, as nações muçulmanas já gastaram bilhões de dólares em equipamento militar de última geração, com prioridade para mísseis carregados com vários tipos de ogivas mortais. Para se defenderem, os israelenses (em cooperação com tecnologia americana, e financiados, em grande parte, pelos Estados Unidos) desenvolveram o mais sofisticado sistema operacional de defesa antimísseis do mundo, o Arrow 2. Ele tem seu próprio satélite de reconhecimento e um sistema de alerta por radar, e é superior ao sistema de defesa americano Patriot, embora esteja integrado a algumas baterias Patriot aperfeiçoadas, estacionadas em Israel. Um lançador móvel Arrow pode realizar quatorze interceptações simultâneas, disparar trinta e seis tiros sem recarregar, e alcançar uma altitude máxima de cem quilômetros, três vezes mais alto que o Patriot. Já existe uma nova geração do sistema Patriot completamente reformada, a PAC-3, mas que ainda não havia entrado em operação quando este livro foi editado. Os Estados Unidos estão correndo para recuperar o atraso militar acumulado durante a administração Clinton. Desde a retirada de Israel do Sul do Líbano, o grupo terrorista Hezbolah (Hezb'Allah, Partido de Alá), com as bênçãos da Síria, plantou milhares de mísseis ao longo da fronteira israelense. O Arrow é praticamente inútil contra esses foguetes de curto alcance, 368 _ • Destruição e Livramento Pelas Mãos do Todo-Poderoso • Katyushas em sua maioria. A OLP também contrabandeou mísseis para a Margem Ocidental e os colocou ao longo da nova barreira de defesa cuja construção foi determinada pela Suprema Corte de Israel. Com a retirada de Israel, eles foram instalados também na Faixa de Gaza. Esses novos mísseis poderiam atingir facilmente o Aeroporto Internacional Ben Gurion e até os subúrbios da zona norte de Tel Aviv. A melhor defesa contra essas armas de baixo nível é o Laser de Alta Energia Theater (THEL), desenvolvido em cooperação com os Estados Unidos. Esse sistema é capaz de interceptar e destruir projéteis da artilharia inimiga. Porém, não se sabe ao certo em que grau de operacionalidade ele se encontra atualmente. 0 Fantasma do Irã Como o presidente Bush vem dizendo há algum tempo, o Irã é atualmente o mais perigoso vizinho de Israel. Nas paradas militares, o país tem mostrado mísseis que podem transportar ogivas nucleares capazes de atingir Israel e a Europa. Em 28 de dezembro de 2004, durante um discurso na Universidade de Qom, o general Qassem Shabani afirmou com orgulho: "Atualmente, temos [...] capacidade nuclear para usar na eventualidade de uma guerra com os Estados Unidos [...]". Porém, ao mesmo tempo, o Irã nega veementemente que tenha sequer um programa nuclear, e diz que Bush está mentindo. É claro que Israel é o alvo principal das armas do Irã. Quando o soldado egípcio Suleiman Khater matou cinco turistas israelenses no Sinai, o Irã "declarou-o um herói, dando seu nome a uma rua e consagrando um dia em sua honra”. 1 Assumindo a liderança do mundo muçulmano na marcha pela destruição de Israel, os iranianos es¬ peram criar muitos outros heróis como esse. Onde estão os protestos dos "pacifistas" contra essa barbaridade? Em vez de se manifestarem contra isso, eles protestam contra as ações defensivas de Israel. Em 20 de janeiro de 2005, o vice-presidente Dick Cheney declarou: "Se você procurar os pontos do globo que representam um perigo em potencial, o Irã está no topo da lista". 0 presidente Bush não descarta uma guerra contra essa nação de ampla maioria xiita, pois não acredita que o Irã esteja barganhando de boa fé com relação a seu programa nuclear. _ 369 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Embora o Irã não fale honestamente, sabemos que ele ainda não tem armas nucleares. Se tivesse, os israelenses teriam destruído suas instalações (mesmo que estivessem profundamente enterradas e espalhadas), como fizeram com as do Iraque, em 1981. Eles precisam fazer isso por sua própria sobrevivência. Os Estados Unidos estão fornecendo a Israel super-bombas com alto poder de penetração para "estourar bunkers”, embora neguem que seu principal alvo sejam as instalações nucleares subterrâneas do Irã. Assim como fez com o complexo nuclear de Saddam Hussein em 1981, Israel não pode ficar esperando que as Nações Unidas ou os Estados Unidos façam alguma coisa - eles têm que destruir qualquer artefato nuclear que o Irã venha a desenvolver, antes que possa ser usado contra seu país. 0 mundo todo sabe que não só as armas do Irã como as de todos os vizinhos muçulmanos de Israel estão voltadas para sua destruição. Esse objetivo perverso e bárbaro foi mais uma vez declarado abertamente e sem nenhum pudor diante do mundo inteiro na conferência "Mundo sem Sionismo", realizada em Teerã, em 26 de outubro de 2005. Num discurso aos participantes, em sua maioria estudantes, Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã, declarou: "Israel é uma nódoa que deveria ser apagada do mapa". A resposta de Washington foi: "Essas palavras acentuam nossa preocupação com as intenções do Irã na área nuclear". Entretanto, dois dias depois, o presidente Bush voltou a afirmar que o Islamismo é uma religião de paz! Essas intenções malignas de todos os inimigos de Israel apontam para o Armagedom. O Armagedom será o evento que precipitará a Segunda Vinda de Cristo, em que Ele se revelará a Israel, quando vier resgatar Seu povo e destruir o Anticristo e seu exército. 0 Anticristo - Governante Secular e Religioso do Mundo A Bíblia profetiza a vinda de um futuro governante mundial, a quem chama de Anticristo: "Mas, no fim do seu reinado, [...] levantar-se-á um rei de feroz catadura e especialista em intrigas. Grande é o seu poder , mas não por sua própria força; [...] destruirá os poderosos e o povo santo 2 [...] ouvistes que vem o anticristo". 3 Ele trará paz ao Oriente Médio e ao mundo inteiro, e será essa a principal razão pela qual Israel o aceitará - mas no fim se verá que essa paz é uma farsa. 370 _ • Destruição e Livramento Pelas Mãos do Todo-Poderoso • Quando Cristo veio pela primeira vez, Ele alertou Israel de que, ao rejeitá-10, os judeus estavam abrindo o caminho para aceitarem o Anticristo como seu Messias no futuro: "Eu vim em nome de meu Pai, e não me recebeis; se outro vier em seu próprio nome, certamente, o recebereis ”; 4 A palavra "Anticristo" causa certa confusão. Ela parece indicar que esse "homem da iniquidade” s irá declarar sua oposição a Cristo abertamente. Ao contrário. "Anti" é um prefixo grego com dois significados: "oposto a” ou "contra"; e "no lugar de" ou "um substituto para”. De fato, ele fingirá ser o Cristo. Todo o poder de Satanás - que não estará mais restrito depois que a Igreja for arrebatada para o céu - se manifestará através dele: "Então, será, de fato, revelado o iníquo [...] Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira [...] E por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à menti¬ ra, afim de serem julgados todos quantos não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça”. 6 Israel e o resto do mundo não terão justificativa quando receberem o Anticristo como líder mundial. Existem centenas de profecias relativas ao Messias, de modo que Ele poderia ter sido claramente identificado em Sua primeira vinda, evitando assim que qualquer um fosse enganado por um impostor. Mas, ao contrário de Cristo, que a humanidade continua a rejeitar, o Anticristo será o homem que o mundo vai respeitar e desejar seguir. De fato, as pessoas não o seguirão por não terem como resistir ao seu poder; ele será literalmente adorado: "E adoraram [...] a besta [Anticristo], dizendo: [...] Quem pode pelejar contra ela? [...] Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação; e adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo”. 7 0 Anticristo e o Templo Reconstruído Sem dúvida, o Templo judaico será reconstruído em seu local original. É isso que a Escritura mostra claramente. Daniel afirma que o Anticristo estabelecerá uma "aliança” mundial de sete anos _ 371 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • que incluirá a reconstrução do Templo e o restabelecimento dos sacrifícios de animais: "[...] na metade da semana [i.e., no último período de sete anos que marca a septuagésima semana de Daniel],/ard cessar o sacrifício e a oferta de manjares". 8 Ele não poderia fazer cessar os sacrifícios se estes não tivessem sido restabelecidos, e sacrifícios só podem ser oferecidos no Templo. Desse modo, o Templo tem que estar construído nessa época, obedecendo aos termos da "aliança" do Anticristo. 0 Anticristo controlará o mundo, forçará todos a aceitarem a reconstrução do Templo judaico e fingirá ser amigo e protetor de Israel. Porém, na verdade, seu plano será pôr sua imagem no Templo, e ele exigirá que toda a humanidade o adore como Deus. 9 E ele será mesmo adorado por todos, conforme a citação acima. Muitos cristãos gostam de especular sobre a identidade do Anticristo e sobre a época em que ele irá aparecer. E perda de tempo. Ele só será revelado "em ocasião própria". 10 Essa expressão indica claramente que ninguém pode descobrir a identidade do Anticristo: ela precisa ser revelada - e isso só acontecerá num momento especial. Paulo diz que o Anticristo, fingindo ser Deus, se assentará "no santuário de Deus , ostentando-se como se fosse o próprio Deus" 11 - mais uma prova de que o Templo será mesmo reconstruído. Apesar das diversas profecias que dizem que o Anticristo estabelecerá um reino que será destruído por Cristo em sua Segunda Vinda, muitos cristãos não aceitam o Arrebatamento e estão convictos de que a Igreja deve tomar posse das escolas, da mídia, do governo e de todo o mundo. Eles ensinam que a Igreja precisa estabelecer o reino de Deus na terra, e só então Cristo voltará - não para levá-los para o céu, como Ele mesmo prometeu, mas para governar o reino que a Igreja terá fundado em nome dEle. Eles dizem que as pessoas que acreditam que serão levadas para o céu no Arrebatamento, antes do advento do Anticristo, não estarão preparadas para enfrentá- lo e poderão ser enganadas, pensando ser ele o Cristo. E fácil derrubar esse argumento: os que estão esperando que Cristo os arrebate para encontrá-10 nos ares e levá-los para o céu jamais poderiam ser convencidos a aceitar um "Cristo” que os encontrasse com os pés plantados na terra. Infelizmente, os que não aceitam o Arrebatamento e estão trabalhando para estabelecer um reino terreno para apresentá-lo a Cristo descobrirão que estiveram preparando uma falsa igreja e o mundo para a chegada do Anticris- 372 _ • Destruição e Livramento Pelas Mãos do Todo-Poderoso • to. Seu reino deve ser estabelecido primeiro, porque Cristo só se assentará no trono de Davi para governar o mundo depois que o tiver destruído: "Então, será, de fato, revelado o iníquo [i.e., o Anticristo], a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e o destruirá pela manifestação de sua vinda. Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos". 12 Vislumbrando o Futuro Deus deu a Nabucodonosor - imperador de Babilônia e primeiro homem na história que se poderia chamar de "governante mundial" - uma visão dos quatro impérios mundiais que viriam a existir na história da humanidade. A visão mostrava uma estátua de um homem em que "a cabeça era de fino ouro, o peito e os braços, de prata, o ventre e os quadris, de bronze; as pernas, de ferro, os pés, em parte, de ferro, em parte, de barro". Primeiramente, Daniel revelou-lhe o sonho, e depois o interpretou, inspirado por Deus: "Tu, ó rei, rei de reis, [...] tu és a cabeça de ouro. Depois de ti, se levantará outro reino [Medo-Persa], inferior ao teu; e um terceiro reino, de bronze [Grego], o qual terá domínio sobre toda a terra. 0 quarto reino será forte como ferro [Romano]; pois o ferro a tudo quebra e esmiúça; como o ferro quebra todas as coisas, assim ele fará em pedaços e esmiuçará. Quanto ao que viste dos pés e dos artelhos, em parte, de barro de oleiro e, em parte, de ferro, será esse um reino dividido; contudo, haverá nele alguma coisa da firmeza do ferro J...]". 13 Conforme antecipado pela visão [pelas duas pernas da estátua), o Império Romano foi dividido em duas partes. Isso ocorreu política e militarmente quando o imperador Constantino fundou Constantinopla [hoje Istambul) e estabeleceu ali sua capital, deixando o Ocidente a cargo do bispo de Roma. 0 império se deteriorou política e militarmente, mas se manteve religiosamente coeso pela igreja mundial de sua época, a Igreja Católica Romana. Em 1054, houve um cisma religioso quando, numa disputa sobre quem seria o chefe da igreja, o Papa Leão IX de Roma excomungou Miguel Cerulário, Patriarca de _ 373 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Constantinopla, separando o Catolicismo Romano do Ocidente da Igreja Ortodoxa do Oriente, uma divisão que existe até hoje. E quanto aos outros grandes impérios: a dinastia Ming e outras dinastias da China, o vasto império de Gengis Khan, os impérios Maia, Asteca e Inca, nas Américas Central e do Sul, e o domínio muçulmano da França à China? Eles não sucederam um ao outro, foram todos destruídos, e nenhum deles se levantará novamente. Os dez dedos da estátua indicam um ressurgimento do Império Romano - que se dividiu, mas não foi destruído, e permanece em estado latente há séculos. Daniel explica que os dez dedos são "dez reis Esses reis só podem se levantar nos últimos dias, pois serão destruídos pelo Messias durante a instalação de Seu reino eterno: "Mas, nos dias destes reis, o Deus do céu suscitará um reino que não será jamais destruído ["Do incremento deste principado e da paz, não haverá fim " - Isaias 9.7, RCJ; este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos estes reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre. Quando estavas olhando, uma pedra foi cortada sem auxílio de mãos, feriu a estátua nos pés de ferro e de barro e os esmiuçou. Então, foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro, os quais se fizeram como a palha das eiras no estio, e o vento os levou [...]. Mas a pedra que feriu a estátua se tornou em grande montanha, que encheu toda a terra". 14 Está claro que os dez dedos/reis representam o ressurgimento do Império Romano reformulado nos "últimos dias”. O Anticristo será tão poderoso que unificará e enganará o mundo inteiro com uma falsa paz que acabará explodindo no Armagedom. Israel e o mundo não seriam enganados se prestassem atenção às profecias bíblicas. Mas eles deram as costas para Deus e para a Sua Palavra. O problema é muito simples: está faltando uma Pessoa nos gabinetes de governo de hoje. Ele foi posto para fora do sistema educacional americano. Ele está trancado do lado de fora das Nações Unidas. Ele é deliberadamente excluído das negociações de paz do Oriente Médio. Em todos os acordos assinados no mundo, deveria estar escrito em letras vermelhas maiúsculas: ELES SE ESQUECERAM DE DEUS! A Bíblia faz uma advertência assustadora: "Os perversos serão lançados no inferno, e todas as nações que se esquecem de Deus". 15 Fala-se muito de "deus”. Qualquer deus serve, exceto o Deus da Bíblia. Mas só Ele provou Sua identidade com centenas de profe- 374 _ • Destruição e Livramento Pelas Mãos do Todo-Poderoso • cias cumpridas. Ninguém fica ofendido com referências a um "Poder Superior” ou à "Mãe Natureza”, ou até a "Alá", mas o Deus de Israel ainda é rejeitado - até mesmo pela maioria dos membros de Seu "povo escolhido”. Os líderes do mundo moderno não permitem que o Deus verdadeiro interfira em seus negócios. Isso nos faz lembrar do massacre de estudantes da Escola Secundária de Columbine, perto de Denver (Colorado), em 20 de abril de 1999. Foi o pior tiroteio ocorrido numa escola em toda a história americana. Alguns jornais mostraram uma interessante troca de "cartas": Caro Deus, Por que o Senhor não salvou os estudantes de Littleton? Atenciosamente, Aluno Preocupado. Caro Aluno Preocupado, Não me permitem entrar nas escolas. Atenciosamente, Deus 0 Governo e a Religião Mundial Que Estão Por Vir É só uma questão de tempo até que o mundo inteiro, persistindo em sua rejeição a Deus, a Cristo e à Sua Palavra, esteja unido política e religiosamente sob o governo do Anticristo. As corporações multinacionais já prepararam toda a estrutura para o Anticristo. A espantosa profecia de Apocalipse 13, sobre o iníquo controlando a humanidade através de um número, não poderia se tomar realidade sem a tecnologia atual. Ela não fazia sentido para as gerações passadas. Não há sombra de dúvida de que estamos caminhando na direção de uma sociedade que não usará mais o dinheiro, e existem muitos motivos fortes para realizar transações pessoais através de um chip eletrônico implantado sob a pele da testa ou da mão, como indica a Escritura. 16 Cristo também previu as armas de destruição em massa de hoje quando declarou: "Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo Não havia risco de eliminar toda a humanidade com arcos, flechas, espadas e lanças durante a destruição _ 375 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • de Jerusalém, em 70 d.C. - e nem mesmo com as mais poderosas armas convencionais existentes antes de 1940. Essa profecia só poderia se referir às atuais armas de destruição em massa (um termo recente), o que prova que é falsa a afirmação de que Nero foi o Anticristo e que tudo o que Cristo disse em Mateus 24 se cumpriu naquela época. Os que ensinam essa visão Preterista/Reconstrucionista chegam ao cúmulo de dizer que Cristo voltou em 70 d.C., personificado nos exércitos romanos, para destruir Israel. Portanto, a promessa que Ele fez à Igreja, "Voltarei", já teria se cumprido. Essa teoria contraria a lógica e a Escritura. Cristo afirmou muito claramente: "Voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também". 18 A vinda dos exércitos romanos foi um castigo para Israel, mas certamente não cumpriu a promessa que Cristo fez de vir para os que crêem nEle e de levá-los para a casa de Seu Pai no céu, onde "há muitas moradas". 19 Cristo não levou ninguém para morar no céu em 70 d.C. O cumprimento dessa promessa ainda está para acontecer - é a promessa do Arrebatamento. A Chave do Enigma Mas será preciso algo mais que simples tecnologia para unir muçulmanos e comunistas ateus e o mundo inteiro (Arábia Saudita, Coréia do Norte, todas as repúblicas da antiga União Soviética e a China, por exemplo) em tomo de uma única religião chefiada por um homem que todos adorarão. A Bíblia revela o segredo da unificação num evento chamado Arrebatamento. Cristo disse aos Seus discípulos que Ele iria para a casa de Seu Pai para preparar-lhes uma habitação eterna, e voltaria para levá-los para lá. 20 Essa é uma promessa clara e objetiva de transportar para o céu todos os que crêem nEle, de forma miraculosa e instantânea. O apóstolo Paulo descreve algo que só pode ser esse mesmo Arrebatamento dos crentes da terra para o céu. O próprio Cristo vem trazendo do céu as almas e espíritos dos que morreram crendo que Ele era o seu Salvador para serem reunidos a seus corpos ressurretos. Os crentes que estiverem vivos são transformados, e todos os 376 _ • Destruição e Livramento Pelas Mãos do Todo-Poderoso • verdadeiros seguidores de Cristo são reunidos com Cristo no céu antes do derramamento do juízo divino sobre a terra: "Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor". 21 "Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade". 22 Não sabemos quantos cristãos verdadeiros existem na terra. É possível que haja mais de 100 milhões. Se apenas metade desse número de pessoas desaparecesse de repente, os restantes ficariam tomados de um pavor inimaginável. Todos estariam se perguntando: para onde eles foram? Quem os levou? Por que eu não fui? Será que eles vão voltar para me levar também? A ONU e os governos de todos os países farão uma sessão de emergência. Ninguém acreditará que se trata do Arrebatamento. Os que "não acolheram o amor da verdade" receberão de Deus "a operação do erro, para darem crédito à mentira, afim de serem julgados todos quantos não deram crédito à verdade [...]". 23 Em meio a esse caos, um homem se levantará dizendo saber para onde foram os desaparecidos e prometendo trazê-los de volta. Talvez ele diga que foram seqüestrados por alguma civilização extraterrestre e levados como escravos para uma colônia em outro planeta, e que ele está negociando com um conselho intergalático para conseguir sua libertação. Considerando-se a popularidade dos filmes, livros e programas de televisão sobre OVNIs e civilizações extraterrestres, não será difícil acreditar nessa mentira. Mas qualquer que seja a explicação que o Anticristo apresente, o mundo inteiro chegará à conclusão de que está enfrentando um inimigo comum, capaz de seqüestrar pessoas à vontade e levá-las embora da terra. Movido pelo desespero, o mundo se unirá sob a liderança do homem que lhes apresenta a única esperança de sobre- _ 377 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • vivência. Além disso, ele virá com "a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem [...[”. 2A 0 mundo acreditará na mentira de Satanás, tendo rejeitado a verdade de Deus. A Bíblia diz que "o dragão [deu-lhe] o seu poder, o seu trono [como governante do mundo] e grande autoridade''. 0 mundo não saberá disso, mas não faria a menor diferença se soubesse. Aquela altura, a humanidade estará pronta para seguir até mesmo o próprio Satanás. De fato, o mundo inteiro irá adorar "o dragão porque deu a sua autoridade à besta [Anticristo]''. 25 Satanás na Controle Sem cristãos na terra para influenciar moralmente a sociedade, o mal (posando de bonzinho) exercerá um domínio além da imaginação. Mas os que nunca ouviram o Evangelho de Cristo terão a oportunidade de crer. Muitos receberão a Cristo, rejeitarão o Anticristo e serão mortos por causa de sua nova fé. Estes serão ressurretos na Segunda Vinda de Cristo, ao final da Grande Tribulação. João viu tudo isso na visão que lhe foi dada: "Quando ele abriu o quinto selo, vi, debaixo do altar [no céu], as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam. Clamaram em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? [...] e lhes disseram que repousassem ainda por pouco tempo, até que também se completasse o número dos seus conservos e seus irmãos que iam ser mortos como igualmente eles foram". 26 "São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro". 27 "Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida". 28 "Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade de julgar. Vi ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por causa da palavra de Deus, tantos quantos não adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem, e não receberam a marca na fronte e na mão; e viveram 378 _ • Destruição e Livramento Pelas Mãos do Todo-Poderoso • [i.e., foram ressurretos] e reinaram com Cristo durante mil anos. Os restantes dos mortos [que não creram em Cristo, seguindo o Anticristo] não reviveram até que se completassem os mil anos. Esta é a primeira ressurreição ”. 29 Seguindo e adorando o Anticristo, o mundo estará em total rebelião, e Deus começará a executar juízo sobre a maldade desenfreada. Cristo descreveu esse período futuro com estas palavras: "Porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais”. 30 0 Apocalipse dá detalhes do derramamento da ira de Deus sobre a terra. Será um tempo de terror para os habitantes da terra, e mesmo assim eles continuarão a desafiar o Criador: " Blas¬ femaram o Deus do céu por causa das angústias e das úlceras que sofriam; e não se arrependeram de suas obras". 31 Dois Terços de Todos os Judeus do Mundo Serão Mortos Quando Deus castigou os deuses do Egito com as pragas narradas no Livro de Êxodo, a terra de Gósen, onde Israel vivia, foi poupada dos piores castigos, embora a maioria dos israelitas não estivesse servindo a Deus. 32 Parece lógico e bíblico supor que a pequena fração da "Palestina” ocupada por Israel seja poupada das piores, senão de todas as pragas que este mundo sofrerá nas mãos de Deus durante a Grande Tribulação. A terra de Israel (embora seguindo o Anticristo como o resto do mundo) será o único lugar seguro para um judeu morar. Esse privilégio irritará as outras nações e levantará especulações de que Israel está usando alguma "arma secreta” contra seus inimigos. Na Idade Média, comunidades judaicas escaparam da peste porque seguiam as leis sanitárias de Moisés, e foram acusadas de colocar uma maldição sobre os gentios, sofrendo grandes perseguições por isso. Desse modo, a proteção de Israel em relação à ira de Deus que se derramará sobre a terra só irá aumentar o ódio do mundo contra os judeus. A maioria dos judeus de hoje vive fora de Israel. Se, de fato, Israel for poupado do juízo que será derramado sobre o resto do mundo, muitos judeus vão querer ir para a Terra Prometida. Contudo, embora não revele exatamente o que vai acontecer, a Escritura _ 379 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • afirma claramente que dois terços de todos os judeus do mundo serão mortos. 33 A Bíblia descreve esse período como o "tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será livre dela ”. 34 Como vimos, a história de Israel é uma sucessão de episódios de incredulidade e rebelião. Não importa quantas provas Deus tenha dado aos judeus (a libertação do Egito, a abertura do Mar Vermelho e o afogamento dos perseguidores egípcios, Deus falando com voz audível, do alto do Monte Sinai, água fluindo da rocha, maná caindo do céu, a milagrosa proteção divina ao longo dos anos, etc.], eles têm se rebelado insistentemente contra Ele e permanecido na incredulidade há séculos. Toda essa história foi predita em profecias escritas pelos próprios profetas de Israel, que têm sido rejeitados e ignorados, e não por seus inimigos. No evento que Cristo descreveu como "a grande tribulação", 35 o juízo de Deus cairá do céu, numa última tentativa de Deus para levar o mundo ao arrependimento. 0 Anticristo enganará Israel, e essa pequena nação começará a sentir o ódio de toda a humanidade voltar-se contra ela, a quem culparão por todos os males. Será o inferno na terra para todos os judeus. Deus vai finalmente mostrar-se a Israel sem qualquer sombra de dúvida, quebrantando seu coração duro e obstinado. Aquela terça parte dos judeus que sobreviver se arrependerá e crerá quando vir o Cristo crucificado e ressurreto intervindo para livrá-los do ataque dos exércitos do mundo. A humanidade é orgulhosa e rebelde, e por isso Deus vai revelar-se ao mundo inteiro numa terrível demonstração do Seu poder. 0 clímax da Grande Tribulação será um evento chamado Armagedom. Embora Hollywood e a literatura sensacionalista tenham explorado esse acontecimento, a própria Bíblia prevê o Armagedom, e ela já provou sua veracidade. É claro que a maioria da humanidade não crerá até o momento em que a tragédia se abater sobre ela. E, mesmo assim, os homens continuarão desafiando a Deus. A descrição do derramamento da ira de Deus sobre a Terra é assustadora. Primeiro Uma Falsa Paz; Depois a Destruição Muitas profecias do Antigo Testamento têm dupla aplicação: um cumprimento imediato, e outro reservado para os últimos dias. 380 _ • Destruição e Livramento Pelas Mãos do Todo-Poderoso • Aqui estão as palavras de dois profetas hebreus que não se conheciam. Cada um deles fez referência a uma destruição que ocorreu em sua época, mas suas profecias também dizem que haverá uma destruição de abrangência mundial, vinda do Senhor, e que não só poderia ocorrer nos últimos dias: 'Vivai, pois está perto o Dia do SENHOR; vem do Todo-Poderoso como assolação. Pelo que todos os braços se tornarão frouxos, e o coração de todos os homens se derreterá. Assombrar-se-ão, e apoderar-se-ão deles dores e ais, e terão contorções como a mulher parturiente; olharão atônitos uns para outros; o seu rosto se tornará rosto flamejante. Eis que vem o Dia do SENHOR, dia cruel, com ira e ardente furor, para converter a terra em assolação e dela destruir os pecadores. Porque as estrelas e constelações dos céus não darão a sua luz; o sol, logo ao nascer, se escurecerá, e a lua não fará resplandecer a sua luz. Castigarei o mundo por causa da sua maldade e os perversos, por causa da sua iniqüidade; farei cessar a arrogância dos atrevidos e abaterei a soberba dos violentos. Farei que os homens sejam mais escassos do que o ouro puro, mais raros do que o ouro de Ofir. Portanto, farei estremecer os céus; e a terra será sacudida do seu lugar, por causa da ira do SENHOR dos Exércitos e por causa do dia do seu ardente furor". 36 "Ah! Que dia! Porque o Dia do SENHOR está perto e vem como assolação do Todo- Poderoso". 37 Duas das mais eletrizantes profecias da Bíblia encontram-se em Ezequiel 38 e 39. Elas falam de um povo que é atacado pelos exércitos do mundo e salvo pela intervenção de Deus. Sua identidade e o engano que se apoderou dele são bem claros. Eles "vivem seguros, [...] habitam, todos, sem muros e não têm ferrolhos nem portas; [...] povo que se congregou dentre as nações, o qual tem gado e bens e habita no meio da terra". 38 Este só pode ser Israel, um povo que foi espalhado entre as nações e voltou para sua própria terra. Acreditando nas promessas e garantias do Anticristo, eles se sentirão a salvo dos ataques de qualquer inimigo. Podemos dizer, portanto, na autoridade da Palavra de Deus, que Israel removerá com grande entusiasmo a cerca que levantou para se proteger dos terroristas. 0 Anticristo enganará a nação de Israel com uma falsa paz, com o objetivo de destrui-la, mas ele é que será destruído por Cristo. A Bíblia fala a respeito desse homem que fingirá ser o verdadeiro Messias: "No seu coração se engrandecerá e _ 381 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • destruirá a muitos que vivem despreocupadamente [Outra versão (RC), diz: "No seu coração, se engrandecerá, e, por causa da tranquilidade, destruirá muitos; levantar-se-á contra o Príncipe dos príncipes, mas será quebrado sem esforço de mãos humanas". 39 Israel tem demonstrado uma ingênua disposição de acreditar em qualquer promessa de "paz”, e tem sido enganado com freqüência. Arafat fez isso vezes sem conta, e agora Israel está querendo ser enganado por Mahmoud Abbas, sucessor de Arafat na direção da Autoridade Palestina, após a eleição de 9 de janeiro de 2005. Shimon Peres [atual presidente], falou de Abbas com entusiasmo, definindo-o como "um homem moderado [...]. Vamos dar uma chance a ele”. 40 Talvez seja por causa dessa "moderação” que Abbas negue o Holocausto e chame Israel de "inimigo sionista” em seus discursos de campanha. Depois da retirada israelense dos assentamentos, uma camiseta virou moda em Gaza. Ela mostra a bandeira "Palestina" decorada com o slogan "pacífico”: "Hoje, Gaza; amanhã, Margem Ocidental e Jerusalém”. Mahmoud Abbas, supostamente o novo parceiro de Israel na paz, repetiu o slogan em público. Ao contrário de sua atitude com relação a Arafat, com quem não negociava nem o recebia na Casa Branca, o presidente Bush recebeu Abbas de braços abertos em Washington. Entretanto, tudo que Bush censurava em Arafat está reproduzido em Abbas. Ele era companheiro de Arafat no terrorismo antes de 1965, quando os dois fundaram a Fatah, principal braço terrorista da OLP, manchando as mãos com o sangue de milhares de vítimas. Um dos ramos da Fatah é a Brigada dos Mártires de Al- Aqsa, uma das mais violentas organizações terroristas. Talvez para comemorar a ascensão de seu co-fundador à presidência da OLP e da Autoridade Palestina, e para mostrar que nada mudou com a morte de Arafat, um grupo de terroristas da Brigada dos Mártires de Al-Aqsa atacou uma base israelense no terminal de carga de Kami, na Faixa de Gaza, matando cinco israelenses, quatro dias após a "eleição” de Abbas.41 Em seus discursos de campanha, Abbas usava a bandeira da Brigada dos Mártires de Al- Aqsa enrolada no pescoço, demonstrando sua simpatia e identificação com aquele grupo. Abbas também fez campanha em Jenin com membros da Brigada dos Mártires de Al-Aqsa. Antes das eleições, ele teve um em- 382 _ • Destruição e Livramento Pelas Mãos do Todo-Poderoso • contro em Damasco "com alguns dos mais implacáveis grupos terroristas da região, incluindo o Hamas e a Jihad Islâmica [...]. 0 'ministro das Relações Exteriores' de Abbas, Nabil Sha’ath, declarou que, entre a Autoridade Palestina e os outros grupos, 'não há divergência quanto aos objetivos [i.e., a destruição de Israel]”'. 42 0 povo de Israel está desesperado para conseguir paz. Depois de sessenta anos de guerra, eles estão dispostos a concordar com praticamente qualquer coisa. 0 Anticristo não vai "garantir” a paz, mas vai ordenar a reconstrução do Templo. Será uma oferta a que Israel, em sua incredulidade e rebeldia constantes contra o "Deus de Abraão, Isaque e Jacó”, não conseguirá resistir. Ezequiel 38 e 39 A maioria dos cristãos não crê que Ezequiel 38 e 39 descrevam o Armagedom. Eles acham que esses capítulos falam de alguma guerra menor. Muitos comentaristas da Bíblia interpretam essa passagem como um ataque preliminar contra Israel, realiza¬ do pela Rússia e por nações muçulmanas pouco antes ou no meio da Grande Tribulação, durante o qual essas nações serão milagrosamente destruídas por Deus. Entretanto, a destruição descrita é tão completa que seria inimaginável que qualquer um atacasse Israel novamente. Quem se atreveria? Esse é um dos maiores problemas com a interpretação que afirma que essa guerra não é o Armagedom. Referindo-se ao Anticristo e aos exércitos do mundo que atacarão Israel sob o seu comando, Deus diz: “Hei de trazer-te contra a minha terra, para que as nações me conheçam a mim, quando eu tiver vindicado a minha santidade em ti /..J". 43 Está claro que esse é um evento especial no qual Deus tem o propósito de atingir um clímax. A descrição do que acontecerá no Armagedom é aterrorizante, e não poderia estar se referindo a uma guerra preliminar, mas somente ao grand finale! Deus declara: "Naquele dia, será fortemente sacudida a terra de Israel, de tal sorte que os peixes do mar, e as aves do céu, e os animais do campo, e todos os répteis que se arrastam sobre a terra, e todos os homens que estão sobre a face da terra tremerão diante da minha presença; os montes serão deitados abaixo [...]. E _ 383 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • me darei a conhecer aos olhos de muitas nações; e saberão que eu sou o SENHOR", 44 Minha presença? Sim! 0 próprio Deus virá à terra, e todas as coisas - animadas e inanimadas, e todas as pessoas - tremerão como as folhas das árvores numa ventania! 0 "juízo do Todo-Poderoso", como diz a Bíblia, recairá sobre todos os que atacaram Is¬ rael. Os exércitos invasores serão milagrosa e totalmente destruídos por Jesus Cristo, a quem Israel finalmente reconhecerá como o Messias que foi "traspassado" pelos seus pecados: "Olharão para aquele a quem traspassaram''. 45 Nas aflições desse cataclisma, Deus mostrará sua soberania sobre toda a criação. É claro que o que está descrito nessa passagem não pode ser uma guerra preliminar. Só pode ser o próprio Armagedom. Armagedom! A linguagem de Ezequiel 38 é apocalíptica. Esta guerra será a última e mais violenta tentativa de Satanás para destruir Israel e a humanidade feita à imagem de Deus. 0 Anticristo conduzirá os exércitos do mundo inteiro contra Jerusalém. 0 Messias intervirá para salvar Israel e a humanidade, e para impedir que as armas de destruição em massa exterminem a espécie humana - armas não só atômicas, mas também químicas e biológicas que serão usadas pelas nações para atacar Israel, e também por Israel, para se defender. 0 Anticristo e seus exércitos serão destruídos. Se isso não ocorresse, como alertou Cristo, " ninguém seria salvo ”. 46 Deus tem dois propósitos no Armagedom: demonstrar Seu poder castigando o mundo de forma justa; e provar ao Seu povo, os judeus do mundo inteiro, que Ele é Deus, quebrantando de uma vez por toda os corações endurecidos. A partir de então, eles nunca mais se rebelarão contra Ele. Este é o Dia do Senhor que mencionamos no capítulo onze - o dia da redenção de Israel: "Se eu afiar a minha espada reluzente, e a minha mão exercitar o juízo, tomarei vingança contra os meus adversários e retribuirei aos que me odeiam. Embriagarei as minhas setas de sangue (a minha espada comerá carne] [...]". 46 "Porque eis que o SENHOR virá em fogo, e os seus carros, como um torvelinho, para tornar a sua ira em furor e a sua repreensão, em chamas de fogo, porque 384 _ • Destruição e Livramento Pelas Mãos do Todo-Poderoso • com fogo e com a sua espada entrará o SENHOR em juízo com toda a carne; e serão muitos os mortos da parte do SENHOR. [...] Porque conheço as suas obras e os seus pensamentos e venho para ajuntar todas as nações e línguas; elas virão e contemplarão a minha glória". 47 "Tu, pois, lhes profetizarás todas estas palavras e lhes dirás: 0 SENHOR lá do alto rugirá e da sua santa morada fará ouvir a sua voz; rugirá fortemente contra a sua malhada, com brados contra todos os moradores da terra, como o eia! dos que pisam as uvas. Chegará o estrondo até à extremidade da terra, porque o SENHOR tem contenda com as nações, entrará em juízo contra toda carne; os perversos entregará à espada, diz o SENHOR. Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Eis que o mal passa de nação para nação, e grande tormenta se levanta dos confins da terra. Os que o SENHOR entregar à morte naquele dia se estenderão de uma a outra extremidade da terra; não serão pranteados, nem recolhidos, nem sepultados; serão como esterco sobre a face da terra". 48 Existem muitas profecias semelhantes a essas. A linguagem com que descrevem a rebelião da humanidade é muitas vezes irônica: "Os reis da terra se levantam, e os príncipes conspiram contra o SENHOR e contra o seu Ungido, dizendo: Rompamos os seus laços e sacudamos de nós as suas algemas". 49 Então a cena muda, e mostra o céu: "Ri-se aquele que habita nos céus; o Senhor zomba deles". 50 Esse riso zombeteiro de Deus é um sinal terrível de que Sua paciência acabou. 0 juízo virá! Esse salmo profético fala de Jerusalém, do Messias que reinará ali, da oposição do homem à vontade de Deus e do castigo divino por causa dessa rebeldia. Deus advertiu o mundo: "Beijai o Filho para que se não irrite, e não pereçais no caminho; porque dentro em pouco se lhe inflamará a ira. Bem- aventurados todos os que nele se refugiam". 51 Mas a humanidade se recusa a dobrar os joelhos diante do Criador e de Seu Filho, e se apressa para o juízo. Os arquitetos do mapa do caminho para a paz (e o mundo que dá apoio a esse plano, inclusive os países muçulmanos e Israel] têm duas opções: ou eles se arrependem de sua oposição às promessas que Deus fez a Israel e aceitam o perdão divino, segundo as condições de Deus, ou continuam rebeldes e seguem em direção ao juízo. Deus está ultimando o cumprimento da profecia. Ele fez de Jerusalém um cálice de tontear para seus vizinhos e uma pedra pe- _ 385 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • sada para o mundo inteiro. E, exatamente como afirmou, Ele também levará todas as nações contra Israel para castigá-las por terem espalhado o Seu povo e dividido a terra (Joel 3.2). Não há dúvida de que o mundo caminha nessa direção. A Salvação de Israel Os manuscritos originais da Bíblia não eram divididos em capítulos. Ezequiel 39 é uma continuação do capítulo 38. Mais uma vez, a linguagem é clara: "Farei conhecido o meu santo nome no meio do meu povo de Israel e nunca mais deixarei profanar o meu santo nome [...] Desse dia em diante, os da casa de Israel saberão que eu sou o SENHOR, seu Deus". 52 Assim como na passagem anterior, a redação aqui não poderia se aplicar a algum evento preliminar, mas somente ao clímax do relacionamento de Deus com o mundo e com Israel. Israel foi finalmente levado ao arrependimento pelo terrível juízo de Deus, clama pelo socorro do Messias, e é transformado quando o Messias atende seu apelo desesperado, passando a contar com o favor de Deus para sempre: "Já não esconderei deles o rosto, pois derramarei o meu Espírito sobre a casa de Israel, diz o SENHOR Deus". 53 Só o Armagedom poderia deixar Israel de joelhos e fazer com que todos os judeus clamassem em humilde submissão e com o desejo de aceitar o verdadeiro Messias. Deus declara: "Saberão que eu sou o SENHOR, seu Deus, quando virem que eu os fiz ir para o cativeiro entre as nações, e os tornei a ajuntar para voltarem à sua terra, e que lá não deixarei a nenhum deles". 54 Nenhum judeu será deixado fora de Israel; todos serão milagrosamente levados de volta à Terra Prometida. Isso só pode ser o que Cristo descreveu em Mateus 24 - a reunião final de todos os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó em Israel para o reino milenar do Messias em Sua Segunda Vinda para salvar Israel, durante o Armagedom: "Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória. E ele enviará os seus anjos, com grande clangor de trombeta, os quais reunirão [novamente em Israel] os seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus". 55 386 _ • Destruição e Livramento Pelas Mãos do Todo-Poderoso • Quanto Tempo Falta Até o Juízo? Como já mencionamos, o presidente Bush tem amigos e conselheiros cristãos (como Condoleezza Rice) que lhe dizem que Israel foi substituído pela Igreja e que, portanto, Joel 3.2, que pronuncia o juízo sobre os que dividirem a terra, não se aplica mais. Para sustentar essa idéia, centenas de profecias bíblicas que predizem a volta de Israel à sua terra teriam que ser rejeitadas ou espiritualizadas. Vejamos apenas uma dessas profecias: "Vos tratarei melhor do que outrora; e sabereis que eu sou o SENHOR [...]. Tomar-vos-ei de entre as nações, e vos congregarei de todos os países, e vos trarei para a vossa terra [...]. Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo [...] assim as cidades desertas se encherão de rebanhos de homens; e saberão que eu sou o SENHOR ".se Quanto tempo falta para que esses eventos ocorram? As profecias de Isaías terminam com Israel de volta em sua terra e o Messias reinando sobre o mundo inteiro. Ao que parece, estamos testemunhando hoje os eventos que, segundo Isaías, precedem a restauração final. O texto é eletrizante: "Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisa semelhante? Pode, acaso, nascer uma terra num só dia? Ou nasce uma nação de uma só vez? Pois Sião, antes que lhe viessem as dores, deu à luz seus filhos. Acaso, farei eu abrir a madre e não farei nascer? - diz o SENHOR; acaso, eu que faço nascer fecharei a madre? - diz o teu Deus. Regozijai-vos juntamente com Jerusalém e alegrai-vos por ela, vós todos os que a amais; exultai com ela, todos os que por ela pranteastes 57 Com certeza, a expressão "nascer uma terra num só dia" só pode se referir ao renascimento de Israel em 1948. Foi um acontecimento sem precedentes na história da humanidade. Além disso, como Isaías descreve, foi um nascimento que não se completou instantaneamente. Ele está em processo há mais de um século e está chegando ao clímax nos últimos sessenta anos. Deus está fazendo nascer, a madre está aberta, mas Israel não terá nascido completamente enquanto não possuir todo o território que Deus lhe deu, e que está descrito em Gênesis 15.18- 21. Esse nascimento milagroso está se processando agora; Deus não fechará a madre. 0 processo não pode se estender por muito tempo sem a libertação completa de Israel. _ 387 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Antes que lhe viessem as dores, Sião deu à luz seus filhos. Sem dúvida, a maior dor da história de Sião foi o Holocausto. Não fosse por aquele horror, e pela momentânea dor de consciência das nações do mundo, as Nações Unidas jamais teriam votado pela partilha da Palestina. Esse voto dá legitimidade a Israel - uma legitimidade contra a qual a ONU vota hoje, que os árabes ainda negam, e que, pouco a pouco, o "processo de paz" tem levado embora. Testemunhas oculares contam que muitos judeus marcharam para a morte nas câmaras de gás nazistas cantando salmos de fé em Deus. Com certeza, em sua angústia, muitos devem ter crido na promessa do Messias e compreendido o que ela significava para cada um deles pessoalmente, em termos da eternidade. Muitos devem ter clamado ao Deus de Abraão, Isaque e Jacó, e encontraram misericórdia segundo a promessa divina: "Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo". 58 Não houve uma intervenção milagrosa em favor das vítimas do Holocausto - mas ela acontecerá no Armagedom. "Acaso, farei eu abrir a madre e não farei nascer? [...]; acaso, eu que faço nascer fecharei a madre?" Essa é uma declaração que transmite segurança. Já percorremos um longo caminho na história. A nação de Israel nasceu novamente em sua própria terra; ela está cercada de inimigos que querem sua destruição; hoje temos a tecnologia e as armas necessárias para cumprir profecias que as gerações passadas não podiam entender. Muitas profecias estão se cumprindo diante dos nossos olhos. Deus não vai parar tudo e esperar mais alguns séculos. Está bem perto o dia em que Israel nascerá completamente! E hora de toda a humanidade fazer uma opção eterna. Notas: 1. David Lamb, The Arabs: Journeys Beyond the Mirage (Nova York: Vintage Books, 1988), p. 87. 2. Daniel 8.23-24. 3. 1 João 2.18. 4. João 5.43. 5. 2 Tessalonicenses 2.3. 6. Ibid., 8-12. 7. Apocalipse 13.4-8. 8. Daniel 9.27. 9. Apocalipse 13.8-9. 10. 2 Tessalonicenses 2.6. 11. Ibid., 4. 12. Ibid., 8-10. 388 • Destruição e Livramento Pelas Mãos do Todo-Poderoso 13. Daniel 2.31-43. 14. Ibid., 34-35, 44. 15. Salmos 9.17. 16. Apocalipse 13.15-18. 17. Mateus 24.22. 18. João 14.3. 19. Ibid., 2. 20. Ibid., 14.3. 21. 1 Tessalonicenses 4.13-18. 22. 1 Coríntios 15.51-53. 23. 2 Tessalonicenses 2.10-12. 24. Ibid. 9-10. 25. Apocalipse 13.4. 26. Ibid., 6.9-11. 27. Ibid., 7.14. 28. Ibid., 12.11. 29. Ibid., 20.4-5. 30. Mateus 24.21. 31. Apocalipse 16.11. 32. Êxodo 8.22; 9.26. 33. Zacarias 13.8-9. 34. Jeremias 30.7. 35. Mateus 24.21. 36. Isaías 13.6-13. 37. Joel 1.15. 38. Ezequiel 38.11-12. 39. Daniel 8.25. 40. Edição de 11 de janeiro em: http://www.csmonitor.com. 41. USA TODAY, 14 de Janeiro de 2005, 7A. 42. http://www.jewishworldreview.com/jeff/jacoby-abbas.php3. 43. Ezequiel 38.16-18. 44.Ibid. 19-23. 45. Zacarias 12.10. 46. Mateus 24.22. 47. Deuteronômio 32.41-42. 48. Isaías 66.15-18. 49. Jeremias 25.30-33. 50. Salmos 2.2-3. 51. Ibid., 4. 52. Ezequiel 39.7, 22. 53. Ibid., 29. 54. Ibid., 28. 55. Mateus 24.30-31. 56. Ezequiel 36.11,24, 26, 38. 57. Isaías 66.8-10. 58. Romanos 10.13. Apêndice “Paz no Oriente Médio” Pronunciamento do Sen. James M. Inhofe (Republicano, Oklahoma) Proferido no Plenário do Senado Americano, 4 de março de 2002 Outro dia, fiquei intrigado ao saber que um pronunciamento feito pelo governante de fato da Arábia Saudita, o príncipe herdeiro Abdullah, foi recebido por muitas pessoas nos EUA como se fosse uma novidade, um plano de paz para o Oriente Médio de que ninguém tinha ouvido falar antes. Fiquei meio chocado de ver esse conceito ser tão bem recebido por pessoas que já trilharam esse caminho antes. Digo a vocês que o que o príncipe herdeiro Abdullah apresentou alguns dias atrás não é nada de novo. Segundo o plano de Abdullah, conforme ele afirmou, os árabes normalizariam relações com Israel se o Estado judaico entregasse o território recebido após a Guerra dos Seis Dias, em 1967 - como se isso fosse alguma novidade. Em seguida, ele falou sobre outras terras que foram tomadas por Israel. Lembro-me muito bem quando, em 4 de dezembro, tratamos sobre esse assunto e sobre o fato de que não há nada de novo na perspectiva de entregar terras que pertencem legalmente a Israel a fim de obter a paz. Quando paramos para pensar, vemos que a terra não faz muita diferença, porque Arafat e outros não reconhecem o direito de Israel a nenhuma porção daquele território. Eles não reconhecem que Israel tenha o direito de existir. Vou apresentar sete argumentos, já mencionados certa vez, que mostram que Israel tem o direito legal àquela terra e também que ela não deveria fazer parte da negociação do processo de paz. Se Israel quiser fazê-lo, isso é assunto deles. Mas os que têm tentado _ 391 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • pressionar Israel a tomar essa atitude estão agindo errado. Seremos criticados por céticos que dirão que vamos sofrer ataques por causa do nosso apoio a Israel e que, se sairmos do Oriente Médio, todos os problemas terminarão. Isso simplesmente não é verdade. Se nos retirarmos, todos esses problemas voltarão a bater na nossa porta. Temos algumas observações a fazer a esse respeito, mas gostaria de tomar a enfatizar as sete razões pelas quais Israel tem direito à sua terra. I. Os Judeus Têm Direito a Israel: Argumento Arqueológico 0 primeiro argumento é que Israel tem direito à terra por causa de todas as evidências arqueológicas. Essa é a razão n° 1. Toda a evidência arqueológica a apóia. Toda escavação que se faz em Israel só corrobora o fato de que os israelitas estão presentes ali há 3.000 anos. Isso é um bocado de tempo. As moedas, as cidades, a cerâmica, a cultura - existem outros povos, grupos que estão lá, mas não há como negar o fato de que os israelitas têm estado naquela terra por 3.000 anos. Isso é anterior a qualquer reivindicação que outros povos da região possam fazer. Os antigos filisteus estão extintos. Muitos outros povos da Antigüidade estão extintos. Eles não têm uma linha contínua até os dias de hoje, como os israelitas têm. Até mesmo os egípcios de hoje não são da mesma etnia dos egípcios de 2.000, 3.000 anos atrás. Eles são primordialmente um povo árabe. O país se chama Egito, mas o povo não é da mesma etnia dos egípcios da Antigüidade. Os primeiros israelenses são de fato descendentes dos israelitas originais. A primeira prova, então, é a arqueologia. II. Os Judeus Têm Direito a Israel: Argumento Histórico A segunda prova do direito de Israel à terra é o direito histórico. A história o apóia total e completamente. Sabemos que houve um Israel até a época do Império Romano. Os romanos conquistaram aquele país. O povo de Israel deixou de ter uma pátria, embora fosse permitido que alguns judeus vivessem ali. Eles foram expulsos em duas diásporas: uma em 70 d.C., e a outra em 135 d.C. Mas sempre houve uma presença judaica naquela terra. Os turcos subiram ao poder cerca de 700 anos atrás e governaram a região até por 392 _ • Apêndice A - Paz no Oriente Médio • volta da I Guerra Mundial. Então o território foi conquistado pelos britânicos. Os turcos lutaram ao lado da Alemanha na I Guerra Mundial. Os britânicos sabiam que tinham que fazer algo para punir a Turquia e também enfraquecer aquele império que iria reforçar as fileiras da Alemanha na I Guerra. Então, enviaram tropas contra os turcos na Terra Santa. Um dos generais que comandava o exército britânico era um homem chamado Allenby - um cristão que cria na Bíblia. Allenby carregava sua Bíblia para toda parte e sabia da importância de Jerusalém. Na noite anterior ao ataque contra Jerusalém para expulsar os turcos, Allenby orou pedindo a Deus que lhe permitisse conquistar a cidade sem danificar os lugares santos. Naquele dia, Allenby enviou biplanos da I Guerra Mundial em missão de reconhecimento sobre a cidade de Jerusalém. E preciso entender que os turcos nunca tinham visto um avião até aquele dia. E, então, lá estavam eles voando de um lado para outro. Eles olharam para o céu e viram aquelas fascinantes invenções, e não sabiam o que era aquilo, e ficaram apavorados. Então eles ficaram sabendo que no dia seguinte seriam atacados por um homem chamado Allenby, que, na língua deles, significa "homem enviado por Deus” ou "profeta de Deus". Eles não se atreveram a lutar contra um profeta de Deus. Assim, na manhã seguinte, quando partiu para tomar Jerusalém, Allenby entrou e capturou a cidade sem disparar um só tiro. 0 governo britânico estava grato aos judeus de todo o mundo, em particular a um químico judeu que os ajudou a fabricar salitre. 0 salitre é um ingrediente usado na nitroglicerina que era importado do Novo Mundo. Mas eles não tinham como levá-lo até a Inglaterra. Os submarinos alemães estavam atirando nos navios, de modo que a maior parte do salitre que os ingleses estavam tentando importar para fazer nitroglicerina estava no fundo do oceano. Mas um homem chamado Weizman, um químico judeu, descobriu um modo de fabricá-lo usando materiais existentes na Inglaterra. Por causa disso, eles conseguiram manter seu suprimento. Na época, os britânicos disseram que iriam dar uma pátria ao povo judeu. Tudo isso faz parte da história. Eles estavam gratos porque os judeus, os banqueiros, ajudaram a financiar a guerra. A terra que os britânicos prometeram separar para ser a pátria dos judeus consistia de todo o território que hoje compõe Israel, mais toda a área que hoje é a Jordânia - tudo aquilo. Foi isso que a Grã-Bretanha prome- _ 393 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • teu dar em 1917. No início, os árabes deram certo apoio a essa iniciativa. Não havia uma grande população árabe na região naquela época, e há uma boa razão para isso. A terra não tinha condições de sustentar uma grande quantidade de pessoas. Ela simplesmente não tinha o desenvolvimento necessário para abrigar aquelas pessoas e, na verdade, ninguém a queria. Ela era considerada terra sem valor. Quero que o Presidente da Sessão ouça o que disse Mark Twain. E claro que todos vocês já devem ter lido "Huckleberry Finn" e "Tom Sawyer”. Mark Twain - Samuel Clemens - fez uma viagem à Palestina em 1867. Foi assim que ele descreveu aquela região. Estamos falando de Israel. Ele disse: "Um país desolado, cujo solo é fértil, mas está quase totalmente entregue a ervas daninhas. Uma vastidão silenciosa e lamentável. Não vimos um ser humano sequer em todo o caminho. Quase não existem árvores ou arbustos. Até mesmo a oliveira e o cacto, companheiros constantes dos solos imprestáveis, estavam praticamente ausentes da região". Onde estava essa grande nação palestina? Ela não existia. Os palestinos não estavam lá. Foram os romanos que chamaram aquele lugar de Palestina. Na época de Mark Twain a região estava sob o domínio da Turquia, e não havia nenhuma grande massa populacional ali porque a terra não teria como sustentá-la. A Comissão Real Palestina, criada pelos britânicos, fez um relatório sobre as condições da planície costeira do Mediterrâneo, em 1913. Eles disseram: "A estrada que sai de Gaza em direção ao norte era só uma trilha de verão, adequada para o transporte por camelos ou carroças. Não vimos laranjais, pomares ou vinhas até chegar à aldeia de Yavnev. As casas eram de barro. Não existiam escolas. A parte ocidental, voltada para o mar, era quase um deserto. As aldeias nessa área eram poucas e escassamente povoadas. Muitas aldeias foram abandonadas por seus habitantes”. Isso foi em 1913. Voltaire descreveu a Palestina como "um lugar horrível, lúgubre". Em resumo, na época do domínio turco, a terra sofreu com o abandono e a falta de população. Esse é um fato histórico. Aquela área começou a ficar povoada com judeus e árabes porque a terra prosperou quando os judeus voltaram e começaram a cultivar a terra. Historicamente, eles começaram a cultivá-la. Ainda que não houvesse qualquer evidência arqueológica que desse suporte ao direito de posse dos israelitas, é importante reconhecer que as outras nações daquela região também não têm pretensões antigas em relação àquela 394 _ • Apêndice A - Paz no Oriente Médio • terra. Vocês sabiam que a Arábia Saudita não tinha sido criada antes de 1913, e o Líbano antes de 1920? O Iraque não existia como nação até 1932, e a Síria até 1941; as fronteiras da Jordânia foram estabelecidas em 1946 e as do Kuwait em 1961. Qualquer um desses países que diga que Israel só chegou recentemente teria que negar seus próprios direitos, pois eles também chegaram recentemente. Eles não existiam como países. Estavam todos sob o controle dos turcos. II. Os Judeus Têm Direito a Israel: Argumento Prático Historicamente, Israel obteve sua independência em 1948. A terceira razão pela qual a terra pertence a Israel é a vantagem prática dos israelenses estarem lá. Hoje em dia, Israel é uma maravilha da agricultura. Israel consegue tirar mais alimento de um ambiente desértico que qualquer outro país do mundo. Os países árabes deveriam fazer amizade com Israel e importar tecnologia que permitisse a todo o Oriente Médio, e não apenas Israel, tomar-se um exportador de alimentos. O sucesso de Israel na agricultura é inegável. III. Os Judeus Têm Direito a Israel: Argumento Humanitário A quarta razão pela qual acredito que Israel tenha direito à terra baseia-se em preocupações humanitárias. Vejam, 6 milhões de judeus foram massacrados na Europa durante a II Guerra Mundial. A perseguição aos judeus era muito forte na Rússia desde o advento do Comunismo, e já existia antes disso, na época dos czáres. Essas pessoas têm direito à sua própria nação. Se não vamos permitir que eles tenham sua pátria no Oriente Médio, então onde mais? Que nação do mundo cederia parte de seu território, abriria mão dele? Eles não estão pedindo muita coisa. A nação de Israel inteira caberia sete vezes dentro do meu estado natal, Oklahoma. Ela caberia sete vezes dentro da Geórgia, estado do Presidente desta Sessão. Eles não estão pedindo muita coisa. A nação de Israel é muito pequena. É um país que, até as reivindicações começarem, ninguém queria. IV. Os Judeus Têm Direito a Israel: Argumento Estratégico A quinta razão pela qual Israel deve ter sua terra é que ele é um aliado estratégico dos Estados Unidos. Estejamos cientes disso ou _ 395 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • não, Israel é um obstáculo, um impedimento para certos grupos hostis às democracias em geral e a tudo em que acreditamos, hostis ao que fez de nós a maior nação da história. Israel os tem impedido de assumir o controle total do Oriente Médio. Se não fosse por Israel, eles assolariam aquela região. Israel é nosso aliado estratégico. E bom saber que temos um amigo no Oriente Médio com quem podemos contar. Eles votam conosco nas Nações Unidas mais que a Inglaterra, mais que o Canadá, mais que a França, mais que a Alemanha - mais que qualquer outro país do mundo. II. Os Judeus Têm Direito a Israel: Argumento de Defesa A sexta razão é que Israel é um obstáculo ao terrorismo. A guerra que estamos enfrentando agora não é contra uma nação soberana; é contra um grupo de terroristas extremamente fluido, que se move de um país para outro. Eles são quase invisíveis. É contra isso que estamos lutando hoje em dia. Precisamos de todos os aliados que pudermos conseguir. Se não pararmos o terrorismo no Oriente Médio, ele chegará às nossas praias. Já dissemos isso várias e várias vezes, e é verdade. Uma das razões que me levam a crer que a porta espiritual para um ataque contra os Estados Unidos da América foi aberta, é que a política do nosso governo tem pedido ou até mesmo pressionado os israelitas para que não revidem com muita veemência os ataques terroristas que têm sido desferidos contra eles. Desde sua independência em 1948, Israel já enfrentou quatro guerras: a guerra de 1948 e 1949, que foi a Guerra da Independência; a guerra de 1956, a Campanha do Sinai; a Guerra dos Seis Dias, em 1967; e, em 1973, a Guerra do Yom Kippur, o dia mais sagrado do ano, e essa foi com o Egito e a Síria. Vocês têm que entender que, nos quatro casos, Israel foi atacado. Eles não foram os agressores. Algumas pessoas podem argumentar que isso não é verdade porque eles começaram em 1956, mas naquela época eles sabiam que o Egito estava se armando para atacá-los. Israel, de fato, não foi o agressor em nenhuma das quatro guerras. Além disso, eles venceram as quatro guerras contra todos os prognósticos. Eles são grandes guerreiros. Eles consideram que estão lutando em pé de igualdade quando os inimigos os superam numa razão de 2 para 1. Durante a Guerra do Golfo, 39 mísseis Scud caíram em Israel. 396 _ • Apêndice A - Paz no Oriente Médio • Nosso presidente pediu a Israel que não revidasse. Para não perdermos a colaboração dos árabes, pedimos a Israel que não tomasse parte na guerra. Eles demonstraram um tremendo autocontrole e ficaram de fora. Agora estamos pedindo a eles que se contenham e não façam nada em relação aos diversos ataques recentes. Nós os temos criticado. Temos criticado na mídia. Pessoas na televisão e no rádio freqüentemente fazem críticas a Israel, desconhecendo a verdade dos fatos. Precisamos ser informados. Fiquei vibrando outro dia com a pergunta que um repórter fez ao nosso secretário de Estado, Collin Powell. Ele disse: Sr. Powell, os Estados Unidos têm defendido uma política de cerceamento no Oriente Médio. Temos desencorajado sistematicamente qualquer ato de retaliação por parte de Israel, argumentando que isso faria aumentar a violência. E nós? Vamos seguir o conselho que damos aos outros? 0 Sr. Powell indicou que iríamos contra-atacar. Em outras palavras, é faça o que eu digo e não o que eu faço. Mas tudo isso mudou em dezembro, quando os israelenses entraram na Faixa de Gaza com helicópteros militares e na Margem Ocidental com F-16s. Com exceção de maio passado, os israelenses não usavam F-16s desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967. E sinto orgulho deles, porque temos que dar um fim ao terrorismo. Ele não vai desaparecer sozinho. Se amanhã Israel fosse empurrado para dentro do mar, se todos os judeus do Oriente Médio fossem mortos, o terrorismo não acabaria. Bem lá no fundo do coração, vocês sabem disso. 0 terrorismo continuaria. Não se trata apenas do fato de Israel estar no Oriente Médio. Trata-se do próprio coração das pessoas que estão perpetrando esses atos. Se eles conseguissem varrer Israel do mapa - o que não vão conseguir fazer - mas, se conseguissem, isso não seria suficiente. Eles nunca ficarão satisfeitos. II. Os Judeus Têm Direito a Israel: Argumento Teológico Em sétimo lugar, acredito firmemente que temos o dever de dar apoio a Israel; que eles têm direito àquela terra. Essa é a razão mais importante: porque Deus assim o disse. Como acabei de mencionar, dêem uma olhada no livro de Gênesis. Está bem ali em cima da escrivaninha. Em Gênesis 13.14-17, a Bíblia diz: 0 Senhor disse a Abraão: "Ergue os olhos e olha desde onde estás para o norte, _ 397 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • para o sul, para o oriente e para o ocidente; porque toda essa terra que vês, eu ta darei, a ti e à tua descendência, para sempre [...]. Levanta-te, percorre essa terra no seu comprimento e na sua largura; porque eu ta darei". Esse é Deus falando. A Bíblia diz que Abraão levantou acampamento e foi habitar na planície de Manre, que é Hebrom, e ali construiu um altar diante do Senhor. Hebrom fica na Margem Ocidental. Foi nesse lugar que Deus apareceu a Abraão e disse: "Estou dando a ti esta terra", a Margem Ocidental. Esta não é, absolutamente, uma batalha política. É uma disputa para saber se a Palavra de Deus é mesmo a verdade ou não. Estou convencido de que essas sete razões mostram claramente que Israel tem direito à posse da terra. Oito anos atrás, no gramado da Casa Branca, Yitzhak Rabin apertou a mão do Presidente da OLP, Yasser Arafat. Foi uma ocasião histórica. Foi uma ocasião trágica. A partir daquele momento, a política do governo de Israel passou a ser: "Vamos apaziguar os terroristas. Vamos começar a trocar terra por paz". Esse processo continuou no mesmo ritmo até o ano passado. Aqui no nosso país, em Camp David, no verão de 2000, o então primeiro-ministro de Israel, Ehud Barak, ofereceu a Yasser Arafat as mais generosas concessões já apresentadas na mesa de negociações. Ele ofereceu mais de 90 por cento de todo o território da Margem Ocidental, o controle soberano sobre ele. Havia algumas partes que ele não queria ceder, mas, em troca disso, ele entregaria terras dentro do território de Israel propriamente dito, que a OLP nem havia cogitado. E ele também fez o impensável. Ele chegou a falar em dividir Jerusalém e permitir que os palestinos fizessem ali a sua capital, na parte oriental. Yasser Arafat saiu bufando da reunião. Mas por quê? Tudo o que ele disse que queria foi oferecido ali. Foi tudo posto na mão dele. Por que ele saiu bufando da reunião? Uns dois meses depois, começaram as revoltas, o terrorismo. As revoltas começaram quando Ariel Sharon foi ao Monte do Templo. Isso foi usado como estopim para os distúrbios. Vocês sabiam que Sharon não foi sem avisar, e que ele entrou em contato previamente com as autoridades islâmicas para obter permissão de ir, e obteve permissão de estar lá? Isso não é de surpreender. A reação foi muito bem calculada. Eles sabiam que o mundo não prestaria atenção aos detalhes. No mundo árabe, o caso seria apresentado como um ataque à mesquita e usado como justificativa para a revolta. 398 _ • Apêndice A - Paz no Oriente Médio • Nos últimos oito anos, durante esse período do processo de paz, nos lugares em que a opinião pública israelense tem pressionado o governo para ceder terras em troca de paz porque estão cansados de lutar, o terrorismo tem aumentado. De fato, ele tem sido maior nos últimos oito anos do que em qualquer outra época da história de Israel. Conter as retaliações e ceder não tem produzido qualquer tipo de paz. Tanto é que hoje o movimento esquerdista de paz não existe em Israel, porque o povo sente que foi enganado. Eles estenderam a mão em sinal de paz, mas seu gesto não foi aceito. É por isso que a política de Israel mudou drasticamente nos último doze meses. Os israelenses concluíram: "Não importa o que façamos, essas pessoas não querem trato conosco... Elas querem nos destruir". É por isso que até hoje os papéis timbrados da OLP têm estampado o mapa inteiro de Israel, e não apenas a pequena porção que eles chamam de Margem Ocidental, que é o que eles dizem que querem. Mas eles querem tudo. Temos que acabar com essa idéia de que é possível comprar a paz no Oriente Médio cedendo pequenas porções de terras. Não funcionou no passado, quando a oferta foi feita. Essas sete razões mostram por que Israel tem direito àquela terra. A lealdade inabalável que temos recebido de nosso único amigo constante no Oriente Médio tem que ser respeitada e apreciada por nós. A política externa para o Oriente Médio não pode mais ser uma política de conciliação. Como disse Hiram Mann: "Nenhum homem sobrevive quando a liberdade falha. Os melhores homens apodrecem em cadeias imundas e os que clamam "conciliação, conciliação" são enforcados por aqueles que eles tentaram agradar". Agora o terrorismo fundamentalista islâmico chegou à América. Temos que lançar mão de todos os nossos amigos, todas as nossas riquezas, todos os nossos recursos para derrotar o mal satânico. Quando Patrick Henry disse: "Não lutaremos sozinhos. Há um Deus justo que governa o destino das nações, e que levantará amigos para lutarem ao nosso lado", ele estava se referindo a todos os nossos amigos, inclusive Israel. E é isso que está acontecendo... Desde dezembro [de 2001], Israel está ao nosso lado na batalha, e eu agradeço a Deus por isso. É hora de dar um basta na nossa política de conciliação no Oriente Médio e de conciliação com os terroristas. Com nossos aliados, nossa vitória precisa ser e será uma vitória absoluta. _ 399 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • http://inhofe.senate.gov http://dunamai.com/articles/israel/absolute-victory.html 400 Glossário Alá - Contração de Al-llah (al é "o"; ilah é "deus"), que significa o principal dentre os cerca de 360 ídolos da Caaba, localizada em Meca. Deus da lua, adorado por tribos árabes pagãs muito antes do nascimento de Maomé. Al Qaeda - Grupo terrorista chefiado por Osama bin Laden e pelo médico Ayman al- Zawahiri. Foi responsável pela queda do World Trade Center de Nova York, em 11 de setembro de 2001. Anti-Semitismo - Ódio irracional e satânico a todos os judeus e a Israel, cumprindo a profecia bíblica. Árabes - Grupo humano semita que alega descender diretamente de Ismael, primogênito de Abraão. Em razão disso, afirmam ter direito exclusivo à Terra Prometida, dada por Deus a Abraão. Caaba - Templo localizado em Meca, contendo cerca de 360 ídolos. Durante séculos, antes do nascimento de Maomé, foi o centro dos cultos pagãos dos árabes. Maomé destruiu todos os ídolos, mas man- 401 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • teve a Caaba, suas pedras sagradas e seus rituais como cerne do Islamismo. Atualmente, a Caaba é envolvida por uma mesquita construída em torno dela. Calvinista - Cristão que crê na "fé reformada" de João Calvino como sendo o verdadeiro Cristianismo. Ensina que Deus predestinou algumas pessoas para o céu (Cristo morreu só por estes) e o restante para o castigo eterno - e que a Igreja substituiu Israel. Este grupo inclui a maioria dos presbiterianos e muitos batistas e independentes. Corão - Compilação de revelações que Maomé supostamente teria recebido de Alá através do anjo Gabriel. Foi organizado por Uthman ibn Affan, terceiro Califa a suceder Maomé. Algumas partes foram perdidas e outras foram postas em dúvida por muçulmanos que se lembravam do original. Cristão - Aquele que crê em Jesus Cristo como Salvador do mundo através de Sua morte na Cruz pelos pecados da humanidade, e em seu sepultamento e ressurreição, conforme revela a Bíblia. Dhimmi - Cidadão de quinta classe (cristão ou judeu), fortemente oprimido e humilhado sob a lei de "proteção" muçulmana. Todos os outros considerados pagãos têm que escolher a conversão ou a morte. Deus da Bíblia - Criador do Universo, conforme revelado na Bíblia, que existe fora do tempo, sem fazer parte do Universo, na forma de três pessoas (Pai, Filho e Espírito Santo) separadas e distintas, contudo perfazendo um único Deus. Deus de Israel - O Deus da Bíblia, chamado "Deus de Israel" 203 vezes na Escritura. Evangélico - Cristão nascido de novo, que crê na Bíblia e segue a Palavra de Deus sem concessões, obedecendo a ordem de pregar o evangelho a todas as pessoas, em todos os lugares. Hadith - Ditos e feitos de Maomé, conforme registrados por seus companheiros mais próximos. E considerada uma obra que tem a mesma autoridade do Corão, o qual não pode ser entendido sem ela. 402 _ • Glossário • Hajj - Peregrinação à Caaba, em Meca, e participação nos rituais pagãos envolvidos. Constitui um dos Cinco Pilares do Islamismo, que exige que todo muçulmano realize essa peregrinação pelo menos uma vez na vida. Hamas - Organização terrorista islâmica anti-lsrael, com quartel-general em Damasco e responsável por inúmeros ataques suicidas e outros atentados terroristas contra Israel. Hégira - Fuga noturna de Maomé, de Meca para Yatrib, ocorrida por volta de 622 d.C. No calendário muçulmano, com meses de 30 dias, o marco zero é esse episódio. A era islâmica é marcada como A.H., que significa Anno Hegirae, ano após a Hégira, assim como, no nosso calendário, A.D. significa Anno Domini, ano após o nascimento do Senhor. Hezbolá (Hezb'allah) - Organização terrorista cujo nome significa "Partido de Alá". Baseada em Damasco. Responsável por muitos ataques a civis israelenses que deixaram milhares de mortos e feridos. Holocausto - O assassinato de cerca de 6 milhões de judeus, planejado e eficientemente executado pelos nazistas. A maioria das vítimas morreu em campos de concentração especificamente mantidos com esse propósito. Homem-Bomba (ou Mulher-Bomba) - Muçulmano que esconde uma bomba no corpo ou dirige um veículo cheio de explosivos, detonando-os quando está entre não- muçulmanos (especialmente israelenses) ou entre membros de uma seita muçulmana rival, acreditando que matar ou ferir outros à custa da própria vida qualifica- o como mártir da jihad e, assim, garante-lhe a entrada no paraíso. Disseminou-se apenas nos últimos cinquenta anos. Geralmente, é aprovado pelas autoridades muçulmanas de hoje, embora alguns o reprovem. Hudaybiya, Tratado de - Cessar-fogo de dez anos entre Maomé e Meca, firmado em 628 d.C. (A.H. 6). Estabeleceu a lei da guerra e paz do Islã, que nenhum muçulmano pode violar hoje: nenhuma paz com não-muçulmanos; apenas um cessar- fogo, que não pode durar _ 403 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • mais de dez anos. Seu propósito é enganar o inimigo enquanto os muçulmanos reúnem forças para conquistá-lo. Hudna - Nome árabe para o cessar-fogo de dez anos que os muçulmanos podem negociar com o inimigo. Intifada - Levante de palestinos contra Israel instituído por Arafat em dezembro de 1987. Periódicas acusações falsas de supostas atrocidades praticadas por israelenses e que dão ocasião a novas explosões de violência. A palavra "intifada" passou a ser usada para designar qualquer violenta rebelião palestina. A Intifada de Al-Aqsa, em 2000, protestava [supostamente] contra a simples visita de Ariel Sharon ao Monte do Templo. Islamismo - Religião árabe fundada no século sétimo por Maomé, hoje com cerca de 1,3 bilhão de seguidores. E praticamente uma transposição de práticas pagãs envolvendo o Hajj e o festival do Ramadã, praticados pelas tribos árabes durante séculos antes do nascimento de Maomé. Inclui a crença de que Alá (anteriormente ídolo principal da Caaba) é o único deus e deve ser adorado por todas as pessoas, sob pena de morte. Determina que qualquer um que se torne muçulmano e depois se converta a outra religião deve ser decapitado. Israel - Terra que o Deus da Bíblia, o Deus de Israel, deu a Abraão, Isaque, Jacó e seus herdeiros como herança eterna. Conhecida anteriormente como terra de Canaã, era ocupada pelos cananeus, que foram mortos ou expulsos pelos israelitas, por ordem de Deus, por causa de sua maldade. A partir de então, passou a chamar-se Israel, até que os romanos trocaram seu nome para Província Síria-Palestina, em 135 d.C. Javé (Yahweh) - Nome (Eu Sou) de Deus, conforme Ele se revelou a Moisés na sarça ardente (Êxodo 3.13-16). O Criador auto-existente, sem princípio nem fim, e sem necessidade ou dependência de nenhum outro. Jihad - Guerra Santa ordenada no Corão. Deve ser travada contra todos os povos até que todo o mundo se submeta a Alá e obedeça a ele como único Deus e a Maomé como seu mensageiro. 404 _ • Glossário • Messias - O Redentor prometido de Israel, previsto em numerosas profecias para que pudesse ser identificado sem qualquer sombra de dúvida. Todas se cumpriram na vida, morte e ressurreição de Jesus de Nazaré. As profecias cumpridas eram a base do Evangelho pregado pela igreja primitiva, o que continuam sendo até hoje. Muçulmano - Seguidor de Maomé, de Alá e da religião islâmica. Palestina - Nome dado à terra de Israel pelos romanos, em 135 d.C., e usado até hoje pela maior parte do mundo. Na realidade, é a terra de Israel, que será devolvida aos judeus pelo Messias, "desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates" (Gênesis 15.18-21). Palestino - Pessoa que vive na "Palestina". Designação aplicada originalmente apenas a judeus, mas hoje reivindicada por árabes que assim se autodenominam. Páscoa - Refeição solene em que se come cordeiro assado. Foi instituída por Deus na noite em que o povo de Israel foi milagrosamente liberto do Egito. Desde então, por ordem de Deus, é celebrada anualmente pelos judeus do mundo inteiro como um memorial desse grande acontecimento da história de Israel. Prova que os que a cele-bram são os verdadeiros herdeiros de Abraão. Qiblah - Direção em que os muçulmanos devem se ajoelhar para suas preces diárias. Durante um breve período apontava para Jerusalém, mas Maomé mudou-a para apontar para a Caaba, em Meca. Ramada - Jejum anual do Islamismo, que se estende do amanhecer ao pôr do sol, durante 30 dias. Começa no primeiro dia em que a lua aparece, no nono mês do calendário lunar muçulmano, e termina com o banquete de Eid Fitr. Shária - Obediência estrita à prática do Islamismo, imposta igualmente a muçulmanos e não-muçulmanos, com a pena de morte para os que se recusam a obedecê-la. Deve ser imposta ao mundo inteiro, não admitindo separação entre a ordem política e a religiosa. _ 405 • 0 Dia do Juízo - 0 Islã, Israel e as Nações • Sião - Cidade de Davi (Jerusalém). Às vezes designa a colina sobre a qual Jerusalém foi construída. Sionismo - Crença de que a Terra Prometida, dada a Abraão, Isaque, Jacó e seus descendentes, pertence aos judeus, que têm o direito de retornar e reclamar sua posse. Não é uma tentativa dos judeus de dominar o mundo, como falsamente afirmam alguns. Sunita - Maior seita islâmica, perfazendo a ampla maioria dos muçulmanos de hoje. Considera a hadith como obra dotada de autoridade, e aceita os "Califas Bem Guiados" como sucessores de Maomé (exceto Ali, a quem culpam pelo assassinato de Uthman). Trindade - Doutrina bíblica que afirma que o único Deus verdadeiro e Criador do Universo existe em três pessoas, Pai, Filho e Espírito Santo, distintas uma da outra, porém perfazendo um único Deus. Xiita - Segunda maior seita entre os muçulmanos (cerca de 150 milhões no mundo inteiro); congrega a maioria da população no Iraque e Irã. Os xiitas acreditam que Ali ibn Abi Talib (assassinado em 661, na mesquita de Kufa, e sepultado em Najaf, no Iraque), primo e genro de Maomé, deveria ter sido o primeiro Califa a suceder Maomé, e não o quarto dos "Califas Bem Guiados". Acreditam também que seus descendentes são a única linha de sucessão de Maomé, e que estes deveriam liderar o Islã atualmente. 406 Bibliografia Selecionada Abraham, A. J.; Haddad, George. The Warriors ofGod. Bristol, IN: Wyndham Hall Press, 1989. Accad, Louad Elias. Building Bridges: Christianity and Islam. Colorado Springs: NavPress, 1997. Arlen, Michael J. Passage toArarat. s.l.: Ballantine Books, 1975. Bard, Mitchell G. Myths and Facts: A Guide to the Arab-lsraeli Conflict. Chevy Chase, MD: American-lsraeli Cooperative Enterprise, 2001. Bar-lllan, David, ed. 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McMahon, ele apresenta o programa "Search the Scriptures Daily", transmitido por 350 emissoras de rádio dos EUA, e acessível em ondas curtas no mundo inteiro. 411 Do mesmo autor O pensamento positivo geralmente é melhor que o negativismo, e às vezes pode ajudar muito, mas tem suas limitações. Acreditar que a mente pode criar o seu próprio universo é penetrar no terreno do ocultismo, onde os demônios que promovem essa idéia acabarão destruindo a alma. Formato: 13,5x19,5cm 64 págs. O Evangelho é simples e preciso, não dando margem para interpretações equivocadas ou concessões. Ele não pode ser negociado, nem mudado ao sabor dos tempos e das culturas. Formato: 13,5x19,5cm 80 págs. DAVE HUNT A Igreja Católica Romana c os Últimos Dias A Mulher Montada Besta O anjo disse: “...Dli -te el o rnKterlo da mulher e da besta...” Apocalipse l7.7) Volume / Analisa as verdades bíblicas e os principais eventos da nossa história recente para apresentar uma descrição perfeita da mulher e do lugar de destaque que ela ocupa no reino futuro do Anticristo. As informações apresentadas pela Bíblia revelam a verdadeira identidade da mulher descrita por João. Formato: I5x22cm 344 págs. DAVE HUNT A Igreja Católica Romana e os Últimos Dias A Mulher Montada O anjo.rt!«4*: ‘V. CHr-te cfV&lstcvto da mulher e da besta... (Apocalipse I 7.7) Volume 2 Neste livro, Dave Hunt apresenta a mulher montada na besta, sua influência sobre eventos históricos e acontecimentos atuais, além da sua poderosa participação no surgimento do futuro império anticristão. Formato: I5x22cm 280 págs. Pedidos: 0300 789.5152 __ / www.Chamada.com.br Òave Hunt Com argumentos convincentes, o autor demonstra que saber onde passaremos a eternidade não é uma questão de gosto. De fato, há evidências esmagadoras de que somos seres eternos e passaremos a eternidade em algum lugar. Mas, onde será? E como poderemos saber? Formato: 13,5x19,5cm 96 págs. Dava Hunt Um Apelo à Razão O universo martela a nossa consciência diariamente, de todos os lados, com um sem- número das mais óbvias e inquestionáveis provas de que foi criado por um Projetista e Criador Supremo. Negar as evidências e continuar afrontando a Deus com a teoria da evolução é irracional ao extremo! Formato: 13,5x19,5cm 64 págs. Esclarecimento Quais os perigos da crescente aceitação e prática de: • pensamento positivo e da possibilidade • cura de memórias • filosofias de auto-ajuda • medicina holística/alternativa • meditação/visualização • revelações divinas • curas e ensinos psicológicos PSICOLOGIA 110 IGREJA A pseudociência do aconselhamento psicoló¬ gico tem levado inúmeros cristãos a abandonarem sua fé na suficiência da Palavra de Deus. Este li¬ vro o ajudará a entender a sutileza do engano e como enfrentá-lo. DVDS 48 págs. • 13,5 x 19,5 cm l St J? de lIlSr lt rJ ii Ly Uma Noiva, a Que Preç^ Ármagedom AjhW hafiwIg j L>Jerusalem «s > Tradução consecutiva > Duração: 60 minutos > NTSC - DVD -R > Tradução consecutiva > Duração: 60 minutos > NTSC - DVD -R > Dublado > Duração: 60 minutos > NTSC - DVD -R > Tradução consecutiva > Duração: 60 minutos > NTSC - DVD -R o f\ c ' 'srr ~v- ' '■ [ ylV Cr V# ♦ í' »**» cpvyuovM e «úiti^£ te Montada ^fe-nglg ConiiiíTMilíl > Legendado > Duração: 60 minutos > NTSC - DVD -R > Legendado > Duração: 53 minutos > NTSC - DVD -R > Duração: 50 minutos > NTSC - DVD -R >2007 > Legendado > Duração: 70 minutos > NTSC - DVD -R M»P* Chamada com br BETH-SHALOM Conheçi .. .v .v corri hr Jesus i? nowo Ptr? .efcóotiU! ORVI. TORRINCÓ *S£0*NIQUiTO|j OPM1CAADS.com.br Visite e divulgue nossos sites GRÁTIS em nossos sites: Mensagens Protetores de tela Papéis de parede Cursos bíblicos Revistas online -*■ eLivro Cartões virtuais Bíblia online Meditações diárias Quebra-cabeças I ■ ■—» 1 *▼- , , na rJSS****' -p. ^■ 1 1 ■ h, . lif^R s~* y - *• j vZ _ ■ Jc. ' 0ISLA, ISRAEL E AS NAÇÕES “Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja... Naquele dia, farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos os que a erguerem se ferirão gravemente; e, contra ela, se ajuntarão todas as nações da terra” (Zacarias 14.2; 12.3). Essa e uma profecia terrível, de linguagem precisa. Mas por que Deus enviaria todas as na¬ ções contra Jerusalém e Israel para castigá-las? Deus apresenta duas razões muito claras: “Por causa do meu povo e da minha herança, Israel, a quem elas espalharam por entre os povos, repartindo a minha terra entre si” (Joel 3.2). Israel foi conquistado por muitas na¬ ções no passado - mas os conquistadores nunca dividiram a terra. Isso ocorreu só recen¬ temente, pela primeira vez na história. Todas as nações se uniram para fazer a partilha, e serão punidas por Deus. 0 palco já está montado. A encenação desse drama envolverá o mundo inteiro - e você está com o roteiro nas máos. é autor e conferencista mundialmente conhecido. Ele escreveu mais de 25 livros com tiragem total acima de 4.000.000 de exemplares. Dave Hunt faz muitas pa¬ lestras nos EUA e em outros países, sendo também freqüentemente entrevistado no rᬠdio e na televisão por causa das suas profundas pesquisas em áreas como profecias bíblicas, misticismo oriental, fenômenos psíquicos, seitas e ocultismo. Caixa Postal 1688 90001-970 • Porto Alegre/RS • BRASIL Fone: (51) 3241.5050 * Fax: (51) 3249.7385 www.chamada.com.br •

Por que a maioria dos cientistas considera os vírus seres vivos apesar deles nãos erem formados por células?

Os vírus não possuem células (acelulares): a unidade estrutural e funcional dos seres vivos. Essa característica contraria a teoria celular, que diz que todos os seres vivos são formados por células. Assim sendo, por não possuírem células, muitos afirmam que os vírus não são seres vivos.

Porque a maioria dos cientistas consideram os vírus como seres vivos?

Como não possuem metabolismo fora de uma célula, muitos autores não admitem que eles sejam considerados seres vivos. Outros pesquisadores, por outro lado, consideram-nos vivos porque eles podem duplicar-se e apresentam variabilidade genética.

Por que alguns pesquisadores defendem que o vírus é um ser vivo?

Quem defende que os vírus são seres vivos, argumenta que eles desenvolvem atividades consideradas complexas, já que conseguem burlar o sistema imunológico de outros seres, a ponto de provocarem doenças. Outro argumento que reforça a tese é o fato de que neles há a presença de material genético como DNA e/ou RNA.

Por que os vírus são seres vivos?

Jean-Michel Claverie, virologista de um laboratório público francês, não tem mais dúvidas: os vírus são realmente seres vivos. O fato de que eles podem adquirir doenças causadas por outros vírus é um de seus argumentos para contestar a antiga afirmação de que os vírus eram inanimados.