Por que a mão de obra indígena não era utilizada nos engenhos de açúcar?

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Por que a mão de obra indígena não era utilizada nos engenhos de açúcar?

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A MÃO DE OBRA INDÍGENA E AFRICANA
Devido a origem e a grande demanda, a cana-de-açúcar por ser tropical, ou seja, adaptável à algumas regiões do Brasil era uma boa investida dos portugueses para o mercado externo, e foi baseado no interesse mercantilista que a escravidão surgiu como a melhor opção para a produção do açúcar, para render muito lucro aos portugueses a alternativa foi: escravizar índios nativos do Brasil e negros trazidos da África, eles eram considerados seres, imaturos e inferiores.
De um lado estavam os índios escravizados, utilizados em massa em pequenas e médias produções, sendo quase todas voltadas para o consumo próprio da colônia. Do outro estavam os negros escravos e seus descendentes utilizados nas atividades, como a produção de açúcar e a mineração. Além disso, no século XVI, o valor do escravo africano era baixo, e ter escravos representava investimentos, pois após alguns anos o proprietário supria seus gastos e desfrutava dos anos de serviços de seus escravos. 
Foi assim que no século XVI, a escravização indígena foi substituída pelos negros africanos, simplesmente por duas razões: 
A primeira era a fragilidade que os indígenas possuíam em relação às epidemias que se faziam presentes nos engenhos de açúcar.
A segunda se deu pela grande concentração de dinheiro resultante do tráfico transatlântico de africanos.
O transporte era feito da África para o Brasil nos porões dos navios negreiros, muitos morriam durante essa viagem ou adoeciam. Quando chegavam, os africanos mais fragilizados, que haviam contraído doenças, ficavam em galpões durante uma quarentena, os mesmos recebiam uma alimentação especial para se recuperar. 
Assim que estivessem mais fortes, eram levados para os mercados onde seriam comprados. Nas fazendas de açúcar, os escravos eram tratados de forma inadequada. Trabalhavam muito, cerca de 12 à 18 horas por dia, sendo vigiados por capatazes, eles recebiam apenas trapos de roupa e possuíam uma alimentação de péssima qualidade. Passavam as noites nas senzalas e eram constantemente castigados fisicamente, se não suprissem a demanda decretada de produção.

Nos engenhos de açúcar do Brasil Colonial eram empregados o trabalho assalariado livre e o trabalho escravo africano. Neste texto daremos ênfase às formas e características do trabalho escravo colonial.

A maioria da população colonial brasileira era composta por africanos e seus descendentes escravizados. O desenvolvimento da economia colonial era garantido pela mão de obra escrava, que era empregada em diversas áreas: pecuária, lavoura, coleta, pesca e transporte de produtos. Os escravizados também realizavam uma diversidade de atividades desde o plantio (diversas culturas) até a preparação e o processamento do açúcar.

As jornadas de trabalho dos trabalhadores escravizados nos engenhos variavam: o plantio (preparação do solo) demandava diariamente aproximadamente 13 horas de labor; já o corte e a moagem da cana-de-açúcar demandavam 18 horas diárias.

Os escravos de campos integravam 80% dos trabalhadores escravizados dos engenhos de açúcar e trabalhavam plantando, colhendo, guiando boiadas e outros animais, pescando, caçando, entre outras coisas. Existiam os escravos que labutavam na produção do açúcar: esses constituíam aproximadamente 10% dos escravizados. As escravas domésticas, que geralmente trabalhavam na casa-grande (habitação do senhor de engenho e de sua família), exerciam os cargos de faxineiras, cozinheiras, arrumadeiras, amas de leite. Os artesãos (oleiro, carpinteiro, ferreiro) constituíam, juntamente com os escravos domésticos, os outros 10% dos trabalhadores escravizados.

O sistema de trabalho nos engenhos era geralmente por tarefas, ou seja, cada escravo exercia uma tarefa diária. Além disso, todos realizavam serviços extras (construção de casas, cercas, consertos, entre outros).

Os trabalhadores escravizados que não desempenhavam sua tarefa diária sofriam punições e castigos, e os que tentavam fugir da condição desumana em que se encontravam, geralmente sofriam sérios castigos físicos.

Nesse período da história do Brasil (dos engenhos de açúcar) surgiram vários aspectos e características da sociedade brasileira. Os escravos africanos deixaram várias heranças culturais. Foi na senzala (habitação dos escravos no engenho) que surgiu a feijoada, prato presente na culinária brasileira; e a capoeira, que se confundia com uma dança, mas que era uma forma de luta desenvolvida entre os escravos na resistência contra o trabalho escravo – muito praticada hoje em dia no Brasil e no mundo.

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Por que a mão de obra indígena foi considerada problemática para os portugueses?

Resposta verificada por especialistas Os portugueses consideram que a mão de obra indígena era "problemática" pois era muito mais fácil para os povos nativos escapar da escravidão e se restabelecer nas áreas de mata, já que conheciam o terreno e tinham contato com diversas tribos, que para os povos africanos.

Quais eram os problemas enfrentados pelos colonizadores ao aderirem ao uso da mão de obra indígena?

Os apresadores de índios, contrariados, reclamavam da aplicação das leis que proibiam a escravidão dos nativos. A população, em geral, protestava contra a irregularidade do abastecimento e dos altos preços de produtos como tecidos, bebidas e alimentos muitas vezes estragados.

Porque a mão de obra indígena foi substituída pela negra Brainly?

Os nativos não possuíam a representatividade econômica dos africanos, isto é, ao contrário destes, os índios era cativos e não comercializados, o tráfico negreiro era uma alternativa mais rentável a coroa.

Quais eram as vantagens da mão de obra indígena para os portugueses?

No início da colonização, a mão de obra indígena era utilizada na extração do pau-brasil. Era recompensada pelo escambo de alguns objetos, tais como facões e espelhos ou até aguardente.