Porque o nosso corpo às vezes chega a tremer em dias de baixas temperaturas?

     Dois efeitos podem ocorrer no corpo humano se sua temperatura n�o estiver na faixa normal de opera��o que � de 36,5 �C:

• Hipertemia

• Hipotermia

        Hipertermia, � a eleva��o da temperatura do corpo, relacionada � incapacidade do corpo de promover a perda de calor para o ambiente em que se encontra ou, ainda, reduzir a produ��o de calor. Este aumento pode ser causado tanto por elementos externos, como exposi��o ao Sol, exposi��o por longo tempo a fornos ou locais de grande temperatura, como tamb�m, podem ser causados rea��o do organismo, frente a alguma doen�a ou prote��o.

        Enquanto a febre � um deslocamento do ponto de regula��o para cima, a hipertermia resulta de sobrecarga dos mecanismos termorreguladores do corpo.temperatura humana normal est� pr�xima aos 36,5�C. A partir de 37,5�C at� 40�C n�o h� riscos graves. Mas, se a temperatura passar dos 41�C (o que � muito raro acontecer no ser humano) - sendo ativada como mecanismo de defesa contra processos infecciosos, inflamat�rios e de intoxica��o - pode provocar convuls�es. Se exceder 43�C, pode levar o indiv�duo ao hospital e, em casos extremos, � morte, devido � destrui��o parcial da estrutura das prote�nas.

        Hipotermia � definida quando a temperatura central do corpo humano cai abaixo de 35o C. Vale dizer que essa temperatura central, em condi��es normais, � similar ao valor medido na axila. A hipotermia pode ser atingida rapidamente, por exemplo na imers�o em �gua gelada ou no contato direto com neve e gelo, ou lentamente, quando da exposi��o do atleta a temperaturas ambientais frias, se agravando muito quando h� vento, umidade ou chuva.

        Quando as termina��es nervosas detectam uma queda na temperatura, al�m da sensa��o subjetiva de frio e arrepios, surge uma vasoconstri��o (diminui��o do calibre) dos vasos sang��neos principalmente da pele. Por isso a pele fica fria. Essa � a resposta inicial do corpo, no sentido de diminuir a perda de calor, mantendo a temperatura corporal interna. Quando essa vacoconstri��o n�o � eficiente para evitar a queda da temperatura, surgem os tremores. Os tremores s�o contra��es involunt�rias dos m�sculos esquel�ticos, contra��o essa que gera calor. Se a exposi��o ao frio ambiental � prolongada, os tremores diminuem ou cessam, surgem altera��es mentais e diminue a performance motora. Progressivamente h� um colapso do mecanismo termorregulador, inclusive com vasodilata��o na pele e conseq�ente perda de calor para o exterior. Assim, fecha-se um ciclo vicioso e o atleta come�a a diminuir seu n�vel de consci�ncia (fica prostrado, sonolento, torporoso), as fun��es vitais se alteram (principalmente freq��ncia card�aca, respirat�ria e press�o arterial), at� a morte. No decorrer desses eventos, podem surgir les�es pelo frio, principalmente nas extremidades (m�os, p�s, nariz, orelha e l�bios), das quais a mais grave � o congelamento.
 

        Vejamos abaixo quais s�o os principais sinais e sintomas de cada tipo de hipotermia:

• Leve (35 a 33�C):

  Sensa��o de frio, tremor, diminui��o da atividade motora (letargia ou prostra��o), espasmos musculares. A pele fica fria, as extremidades (ponta dos dedos, l�bios, nariz, orelhas) mostram tonalidade cinzenta ou cian�tica (levemente arroxeada). A v�tima mostra sinais de confus�o mental. Nessa fase, o diagn�stico de hipotermia muitas vezes nem � lembrado, pois o quadro pode sugerir uma exaust�o f�sica ou um dist�rbio hidro-eletrol�tico (desequil�brio envolvendo hidrata��o e "sais minerais").

• Moderada (33 a 30�C):

  Os tremores tendem a ir desaparecendo. O atleta come�a a ficar muito prostrado, sonolento, quase inconsciente. H� mudan�a do humor (irritabilidade, agressividade, depress�o). Algumas vezes pode ocorrer inclusive euforia e perda da auto-cr�tica. Tudo isso confunde quem examina pois pode parecer que o atleta "deu uma melhorada", mas na realidade est� piorando gravemente Fica desorientado, com rigidez muscular, altera��es da fala e da mem�ria. A freq��ncia card�aca fica mais lenta ou irregular.

• Grave (menos de 30�C):

  A pessoa fica inconsciente e im�vel. As pupilas tendem a dilatar e a freq��ncia card�aca e respirat�ria s�o quase impercept�veis. A manipula��o do atleta deve ser muito delicada, pois do contr�rio, podem ser desencadeadas arritmias card�acas graves. Se n�o for controlada a situa��o, a morte � inevit�vel. Detalhe: a v�tima em hipotermia grave tem uma depress�o t�o importante da consci�ncia, da respira��o e dos batimentos card�acos que pode parecer estar morta. Tanto assim que � importante reaquecer o paciente.

Porque trememos quando a temperatura está baixa?

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