Quais os benefícios o voleibol pode trazer na vida social do ser humano?

Quais os benefícios o voleibol pode trazer na vida social do ser humano?
Quais os benefícios o voleibol pode trazer na vida social do ser humano?

Os benef�cios do voleibol no �mbito escolar

Los beneficios del voleibol en el �mbito escolar

Quais os benefícios o voleibol pode trazer na vida social do ser humano?

 

*Licenciatura em Educa��o F�sica. Faculdade Assis Gurgacz

**Especialista em Doc�ncia do Ensino Superior e docente

do Curso de Educa��o F�sica. Faculdade Assis Gurgacz, PR

(Brasil)

Everton Roberto Moscarde

Emerson Alves

Dhioni Cleiton Gregol

 

Resumo

          O presente trabalho visa apresentar os benef�cios e a import�ncia de se praticar o voleibol na escola para um melhor desenvolvimento nas dimens�es f�sicas e psicol�gicas. Para que o objetivo pudesse ser alcan�ado, realizamos uma pesquisa bibliogr�fica miniciosa de abordagem qualitativa e car�ter descritivo em livros e artigos da literatura nacional. Uma das formas de realizar atividades f�sicas � a pr�tica de esportes coletivos. Entre eles, o voleibol, que � hoje um esporte muito popular, impulsionado pelos recentes sucessos internacionais de nossas equipes, resultando em grande n�mero de praticantes. O voleibol tem sido exemplo de evolu��o esportiva em todos os aspectos, � a modalidade onde o trabalho de condicionamento f�sico espec�fico, t�cnico e t�cnico t�tico tem possibilitado uma grande evolu��o grupal, sempre trabalhando para ajustar e chegar perto do ideal. Neste momento o professor pode propiciar al�m do aprendizado, descontra��o e intera��o, por�m deve estar atento aos valores, para que todos aprendam a ter esp�rito de coopera��o, no qual um ajude o outro incentivando a cada vez mais melhorar o desempenho da equipe. Se trabalhado corretamente na escola, os benef�cios ser�o vistos tamb�m em outras disciplinas, pois o voleibol tamb�m contribui no desenvolvimento f�sico, afetivo, social e cognitivo, na aquisi��o de habilidades motoras, estimula satisfa��o, alegria e motiva��o dos alunos que praticam essa modalidade.

          Unitermos:

Voleibol. Benef�cios. Desenvolvimento.  
Quais os benefícios o voleibol pode trazer na vida social do ser humano?
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - A�o 18 - N� 181 - Junio de 2013. http://www.efdeportes.com/

Quais os benefícios o voleibol pode trazer na vida social do ser humano?

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1.     Introdu��o

    O assunto do presente trabalho refere-se sobre a quest�o da pr�tica do voleibol no �mbito escolar. O tema dessa pesquisa teve enfoque na identifica��o dos benef�cios f�sico, motor e mental que o voleibol tr�s em praticantes escolares da modalidade.

    Hoje atrav�s da comodidade que a tecnologia proporciona, aumenta cada vez mais os �ndices de pessoas sedent�rias, levando a uma grande preocupa��o com rela��o � sa�de e a pr�tica de atividade f�sica.

    Incentivar os alunos desde a pr�tica do esporte principalmente na inf�ncia e adolesc�ncia colabora para que o sedentarismo, a obesidade e outros problemas similares n�o aumentem e tamb�m, al�m de tudo, fortalecer a autoestima. Criar o h�bito do trabalho em equipe, estimulando a disciplina e a organiza��o, para a forma��o da cidadania tornando um dos mais prop�cios meios para a constru��o do conhecimento.

    A forma��o do cidad�o esta atrelado aos conhecimentos te�ricos adquiridos das diversas �reas de ensino, com a cultura social que o nosso pa�s vive. O Brasil conhecido mundialmente como o pa�s do futebol, e hoje tamb�m se destaca na modalidade de voleibol, fazendo com que as crian�as despertem o interesse por essa pr�tica do esporte.

    No ambiente escolar vemos que em algumas matrizes curriculares o voleibol � uma modalidade pouco trabalhada, sabendo que � um esporte importante para o desenvolvimento de crian�as e adolescentes, pois explora diversos movimentos corporais do aluno al�m de proporcionar a socializa��o e o trabalho em equipe entre eles.

    Para isso, os professores devem entender que o esporte na escola necessita de um tratamento diferenciado, sendo entendido e trabalhado como conte�do da educa��o f�sica, atrav�s do jogo far� nos alunos o prazer de movimentar-se.

    Para que o aluno comece a ter gosto por esse esporte, depender� do comprometimento e da qualidade da sua pr�tica pedag�gica, que deve reconhecer a import�ncia deste, para o desenvolvimento em ambas as partes do aluno. O professor tem que deixar bem expl�cito para o aluno que o voleibol n�o � um simples jogo para distrair, mas sim um meio para a constru��o do conhecimento. O objetivo da presente pesquisa � mostraros principais benef�cios psicol�gicos, f�sicos e sociais que a pr�tica do voleibol traz aos alunos do ensino fundamental.

2.     Desenvolvimento

2.1.     Materiais e m�todos

    O presente trabalho foi resultado de uma pesquisa bibliogr�fica, realizada a partir de estudos, trabalhos e discuss�es abordados durante o per�odo da gradua��o. Foram realizadas as pesquisas em livros e artigos da literatura nacional.

    Segundo Cervo e Bervian (1996), a pesquisa bibliogr�fica procura explicar um problema a partir de refer�ncias te�ricas publicadas em documentos. Pode ser realizada independente ou como parte de pesquisa descritiva, quando � feita com intuito de recolher informa��es e conhecimentos pr�vios acerca de um problema para o qual se procura resposta ou acerca de uma hip�tese que se quer experimentar e busca conhecer e analisar as contribui��es culturais ou cientificas do passado existente sobre um determinado assunto, tema ou problema.

    Na constru��o deste trabalho, foram utilizados como base os procedimentos descritos acima com o intuito de levantar, analisar e discutir pontos de vistas de v�rios autores que publicaram na �rea, visando mostrar e tornar mais n�tida a import�ncia da utiliza��o do voleibol enquanto ferramenta pedag�gica para o ensino fundamental.

2.2.     A pr�tica do Esporte

    O esporte influencia no desenvolvimento saud�vel dos alunos e os distanciam da mentalidade distorcida, aqueles que os pratica tem uma vida mais ativa e com menos riscos de adquirir alguma doen�a e � isso que os alunos devem ter em mente sobra � import�ncia e os benef�cios da atividade f�sica para a sa�de.

    No cotidiano, geralmente n�o podemos evitar a competi��o, mas no ambiente escolar, � poss�vel trabalhar de maneira conjunta atrav�s do voleibol, para se trabalhar a coopera��o e a contribui��o na forma��o do ser cr�tico.

    O objetivo do voleibol escolar n�o � formar atletas de alto rendimento, mas pode sim ser um grande incentivo para que esses alunos futuramente sejam jogadores de voleibol profissional.

    De acordo com Bojikian (2003) a educa��o f�sica tem um vasto campo de desenvolvimento pela frente. N�o nos ensinaram na escola a sermos sens�veis, nem a lidar com emo��es. N�o nos ensinaram a viver em sociedade, nem ater uma moral aut�noma, muito menos nos ajudaram a desenvolver sentido est�tico. A �nica coisa que, de modo geral, interessa ao sistema escolar � o desenvolvimento das fun��es intelectuais, o que � muito pouco para uma sociedade que, al�m de racioc�nios l�gicos, deveria se alimentar de solidariedade, de coopera��o e de amor. Se souber suas possibilidades educacionais, a educa��o f�sica, recorrendo ao exerc�cio e ao jogo, certamente poder� realizar uma pedagogia integrada, que encerre em cada ato e em cada atitude a mobiliza��o de recursos motores e intelectuais.

    O fato de o esporte voleibol ser pouco desenvolvido nas aulas de educa��o f�sica se justifica, talvez, pelo alto grau t�cnico das habilidades motoras especificas exigida para o seu jogo. Freire (1992) enfatiza que a aprendizagem dos gestos t�cnicos do voleibol deve ser alcan�ada com a utiliza��o de educativos adequados e exerc�cios de fixa��o. Por�m este m�todo de ensino � julgado por muitos professores com cansativo e de pouco interesse por parte dos alunos.

    O fato � que, normalmente, as aulas estipuladas para o esporte voleibol s�o muitas vezes reduzidas ou at� mesmo retiradas do programa escolar, durante o desenvolvimento do planejamento, subtraindo do aluno �s experi�ncias de movimento que, especificamente, s� esse esporte lhe oferece. Os motivos que justificam a falta desse esporte durante as aulas devem ser detectados, com o intuito de buscar solu��es que facilitem os professores na sua tarefa de ensinar a pr�tica esportiva.

2.3.     Sobre o voleibol

    Uma das formas existentes de realizar atividades f�sicas � a pr�tica de esportes coletivos. Entre eles, o voleibol, criado pelo americano William G. Morgan, ent�o diretor de educa��o f�sica da Associa��o Crist� de Mo�os na cidade de Holyoke, em Massachusetts, nos Estados Unidos no ano de 1895. Segundo Suvorov e Grishin (2002) naquela �poca, o esporte da moda era o basquetebol, criado apenas quatro anos antes, mas que tivera uma r�pida difus�o. Era, no entanto, um jogo muito cansativo para pessoas de idade e por sugest�o do pastor Lawrence Rinder, Morgan idealizou um jogo que fosse menos fatigante para os associados mais velhos da associa��o e que n�o tivesse contato f�sico com o advers�rio, reduzindo as chances de causar les�es. Dessa forma Willian colocou uma rede semelhante � de t�nis, a uma altura de 1,98 metros, sobre a qual uma c�mara de bola de basquete era batida, surgindo assim o jogo de v�lei. A primeira quadra de Voleibol tinha as seguintes medidas: 15,24 metros de comprimento por 7,62 metros de largura. A rede tinha a largura de 0,61 metros. O comprimento era de 8,235 metros, sendo a altura de 1,98 metros (do ch�o ao bordo superior). A bola era feita de uma c�mara de borracha coberta de couro ou lona de cor clara e tinha por circunfer�ncia de 63,7 a 68,6 cm e seu peso era de 252 a 336 gr (WEINICK, 2004).

    Foi rapidamente ganhando novos adeptos, crescendo vertiginosamente no cen�rio mundial ao decorrer dos anos. Em 1900, o esporte chegou ao Canad� (primeiro pa�s fora dos Estados Unidos), sendo posteriormente desenvolvido em outros pa�ses, como na China, Jap�o (1908), Filipinas (1910), M�xico entre outros pa�ses europeus, asi�ticos, africanos e sul americanos. Na Am�rica do Sul, o primeiro pa�s a conhecer foi o Peru, em 1910, atrav�s de uma miss�o governamental que tinha a finalidade de organizar a educa��o prim�ria do pa�s. Chegando ao Brasil por volta de 1915, organizada pela Associa��o Crist� de Mo�os (ACM) local, e com regras e regulamentos definidos.. Dois anos depois, em 1917, o esporte chegou � associa��o de S�o Paulo. A primeira competi��o internacional da qual o Brasil participou foi o 1� Campeonato Sul-Americano, em 1951, mesmo antes da funda��o da Confedera��o Brasileira de voleibol (CBV), em 1954. O Sul-Americano foi patrocinado pela ent�o Confedera��o Brasileira de Desportos (CBD), com o apoio da Federa��o Carioca, e aconteceu no gin�sio do Fluminense, no Rio de Janeiro, entre 12 e 22 de setembro daquele ano, sendo campe�o o Brasil, no masculino e no feminino. Em 1954, a Confedera��o Brasileira de Voleibol foi criada com o objetivo de difundir e desenvolver o v�lei no pa�s. Dez anos mais tarde, o v�lei brasileiro marcou presen�a nos Jogos Ol�mpicos de T�quio, quando o esporte fez sua estreia na competi��o. A estreia do pa�s em competi��es em solo europeu foi para a disputa do Campeonato Mundial de Paris (FRA), em 1956, quando a Sele��o masculina foi comandada pelo t�cnico Sami Mehlinsky. O Brasil terminou na 11� coloca��o. Considerado um esporte coletivo que duas equipes de seis jogadores se confronta em uma quadra, dividida em duas partes iguais, por uma linha central, a qual se encontra a rede, a uma altura determinada, sendo jogados 5 sets no m�ximo, dos quais para se ganhar a partida � necess�rio vencer 3 sets de 25 pontos. Quando se empata a partida com 2 sets para cada equipe tem o 5� set, este � jogado em 15 pontos com uma diferen�a m�nima de 2 pontos (BOJIKIAN, 2003).

    O ensino do voleibol tem seus desafios por suas caracter�sticas de precis�o e movimenta��o, pois ao receber a bola tem que haver uma resposta eficiente e t�tica. O objetivo do jogo � fazer com que a bola caia na quadra advers�ria, atrav�s de toque com as m�os por cima da rede. Com o saque a bola � colocada em jogo, cada equipe pode dar tr�s toques, para n�o deixar a bola tocar seu pr�prio ch�o. O jogador n�o pode dar dois toques consecutivos, com exce��o se estiver no bloqueio (BIZZOCHI, 2000). O esporte faz parte da hist�ria da humanidade desde os jogos ol�mpicos da antiguidade que tiveram in�cio na Gr�cia. No entanto, muitos avan�os s�o verificados ao analisar as competi��es atuais em que as mais diversas modalidades s�o prestigiadas pelo n�vel de performance dos atletas que influenciam as pessoas, independente da fase da vida, a buscar a pr�tica esportiva. As aulas de educa��o f�sica escolar possibilitam a inicia��o ao esporte durante a inf�ncia e adolesc�ncia, inclusive a participa��o nos jogos escolares nos quais se observa a presen�a de competitividade.

    Freire (1992) ao defender uma Educa��o F�sica direcionada � cidadania destaca que n�o � o fato de a Educa��o F�sica constar na legisla��o como componente escolar que garantir� a todos terem acesso ao seu conte�do. Ou seja, para o autor depender� do professor se realmente os alunos entrar�o em contato com o conhecimento da �rea, pois ela pode estar na grade curricular e ser destinada a apenas determinados alunos e/ou apresentar conte�dos reduzidos, impossibilitando que na pr�tica escolar a Educa��o F�sica aconte�a de uma forma que permita ao aluno conquistar a sua cidadania.

2.4.     O voleibol como conte�do escolar

    A m�dia vem fazendo com que o brasileiro tenha cada vez mais interesse pela pr�tica do voleibol, deixando-o em segundo lugar para manter a sa�de, lazer ou mesmo competir. � sem d�vida um dos esportes que mais sofreu altera��es em suas regras e sua estrutura, o que lhe torna um esporte altamente interessante (Bojikian, 2003). O voleibol � uma modalidade esportiva coletiva apresentando na sua ess�ncia o jogo, fator que socioculturalmente motiva e estimula as pessoas, mostrando-se muito favorecido e prop�cio o desenvolvimento da sua pr�tica. Por�m, apresenta-se preocupante o ensino da modalidade esportiva na escola sem um procedimento metodol�gico apropriado, tendo o objetivo voltado apenas para a assimila��o de gestos t�cnicos. Dessa forma, n�o ocorre o direcionamento para a reflex�o em um contexto mais abrangente, por exemplo, o entendimento da origem e evolu��o da modalidade esportiva e que atitudes podem ser promovidas durante o seu ensino (FRANCO, 2002).

    Segundo Ribeiro (2004) com o passar dos anos e com a experi�ncia adquirida nessa modalidade, percebeu que os degraus devem ser solidificados a cada fase dentro de um placo eficiente, sequenciado e com muito trabalho. O voleibol tem sido exemplo de evolu��o esportiva em todos os aspectos, � a modalidade onde o trabalho de condicionamento f�sico espec�fico, t�cnico e t�cnico t�tico tem possibilitado uma grande evolu��o grupal, sempre trabalhando para ajustar e chegar perto do ideal.

    A educa��o f�sica na escola � a disciplina que os alunos normalmente mais gostam, pois eles se sentem livre fora do ambiente de sala. Neste momento o professor pode propiciar al�m do aprendizado, descontra��o, intera��o, entre outros. Por�m deve estar atento aos valores, para que todos aprendam a ter o esp�rito da coopera��o, no qual um ajude o outro incentivando a cada vez mais melhorar o desempenho da equipe, pois o voleibol � um esporte com grande potencial para desenvolver a socializa��o e esp�rito coletivo em seus praticantes. O contato direto com o advers�rio n�o existe, o que permite a intera��o entre as pessoas de diferentes faixas et�rias na mesma equipe.

    De acordo com Freire (1992) na escola � fundamental trabalhar com os jogos cooperativos, pois eles criam oportunidades para o aprendizado, eliminadas o sentimento de fracasso e medo, fazendo que todos sejam vencedores.

    Os conhecimentos biomec�nicos e psicol�gicos do professor tornam o ensino mais eficaz para o aluno, o professor deve ensinar antes, durante e ap�s a aula, corrigindo os erros e estimulando os acertos do aluno ou da classe, fazendo com que o aprendizado seja facilitado (RIBEIRO, 2004).

2.5.     Os benef�cios do voleibol

    Para a educa��o f�sica e para seus profissionais, o desenvolvimento e o sucesso com o voleibol, dependem do comprometimento e da qualidade da sua pr�tica pedag�gica, que devem reconhecer a import�ncia do jogo como um ve�culo para o desenvolvimento social, emocional e intelectual dos alunos.

    O professor tem a responsabilidade no aprendizado do aluno, devendo atuar como mediador, mostrando a real diferen�a entre os jogos competitivos e cooperativos, para saber qual o momento certo de aplic�-los. Os professores t�m experi�ncias variadas com os jogos competitivos, aliados no desenvolvimento dos indiv�duos, favorecendo e melhorando suas potencialidades, por�m poucos procuram uma alternativa com os jogos cooperativos que proporciona o bem estar, prazer e qualidade de vida. � preciso divulgar e estabelecer as regras visando o aprendizado (BORSARI, 1989).

    O voleibol tem in�meros benef�cios e caracter�sticas, contribui no desenvolvimento f�sico, afetivo, social e cognitivo, na aquisi��o de habilidades motoras, estimula satisfa��o, alegria e motiva��o. E se trabalhado corretamente na escola, os benef�cios ser�o vistos tamb�m em outras disciplinas, pois a intera��o principalmente na concentra��o.

    � pelo movimento que a crian�a vivencia novas experi�ncias, desenvolve suas habilidades motoras que podem ajudar na aprendizagem, na criatividade e na socializa��o (FRANCO, 2002).

    Al�m das habilidades motoras, desenvolve no��o espa�o-temporal, determinando a coordena��o precisa de uma a��o externa para uma resposta motora satisfat�ria, fazendo com que o corpo responda e atenda � uma exig�ncia externa. Essa complexidade de dominar o espa�o-temporal s� � poss�vel com a constru��o de um espa�o sens�rio-motor em conjunto aos progressos da percep��o e da motricidade, ambas as caracter�sticas da aprendizagem (WEINECK, 2000).

    Atrav�s da competi��o ocorre o despertar do aluno para seu melhor desenvolvimento f�sico, emocional e intelectual das crian�as, ou seja, passam buscar o seu melhor desempenho com treinos, condicionamentos, habilidades, integra��o e sua aten��o. Com o trabalho dos fundamentos do voleibol o aluno se prepara para viverem diferentes experi�ncias que de certa forma ajuda no seu dia-a-dia. Sabendo atacar, defender, trabalhar em equipe no conceito de suas palavras. Demonstra serem atividades simples, mas quando vivenciadas no jogo demonstram a capacidade que cada pessoa tem de viver e de conviver com outras, revelando suas dificuldades e facilidades.

    Segundo Suvorov e Grishin (2002) o voleibol se destaca pelo desenvolvimento das qualidades motrizes como velocidade, flexibilidade e resist�ncia aer�bica, al�m da for�a para que possam dominar os h�bitos motores do voleibol. Na fase do ensino fundamental as crian�as s�o velozes, tem boa capacidade de concentra��o e de diferencia��o de movimentos.

    As habilidades motoras, pessoais e as necessidades sociais da crian�a devem ser estimuladas atrav�s do esporte. Somente quando a crian�a puder adquirir a consci�ncia desta soma de atributos, ter� a motiva��o necess�ria para atingir um bom desempenho esportivo. Nesta fase aprendem bem mais r�pido as habilidades motoras do que os adultos, e ap�s essa consolida��o das a��es, a crian�a aumenta sua autoconfian�a e sua motiva��o.

    O treinamento na educa��o F�sica faz parte da continua��o da aprendizagem e nele formam se condi��es morfol�gicas, funcionais, psicol�gicas e pedag�gicas b�sicas. O sucesso desse aperfei�oamento � condicionado pela uni�o do processo de assimila��o das t�cnicas dos movimentos. E esse treinamento pode auxiliar na melhora do desempenho de habilidades motoras (FRANCO, 2002).

    O objetivo � proporcionar as crian�as a vivencia de todos os conte�dos abrangidos pela educa��o f�sica proporcionando a integra��o das suas habilidades motoras de forma l�dica e simb�lica, de modo a instigar a consci�ncia cr�tica da realidade e da sociedade que as cercam. � de suma import�ncia o aluno aprender a jogar dentro das regras, uma vez que discutimos e vivemos constantemente a import�ncia dessas regras dentro da nossa sociedade.

    Segundo Bojikian (2003) o jogo tem que ter um sentido, pois de nada adianta uma atividade esportiva que n�o proporcione ao seu jogador um ganho ou mesmo uma aprendizagem, quanto mais interligado e integrado ao jogo, maiores ser�o os benef�cios. No jogo h� sempre um car�ter de novidade, que � fundamental para despertar o interesse do aluno, tornando-se um dos mais prop�cios meios para a constru��o do conhecimento. Trabalhar o esporte na escola sem ter como prop�sito a reflex�o do indiv�duo, proporciona o surgimento de situa��es que poder�o ocasionar problemas, como a busca incessante de talentos, treinamento esportivo na aula de Educa��o F�sica, especializa��o precoce, exclus�o dos menos habilidosos, desinteresse pela pr�tica esportiva, entre outros, sendo a Educa��o F�sica idealizada como modelo de esporte de rendimento (SAMULSKI, 2002).

    Conhecer os motivos que impulsionam as crian�as e adolescentes � pr�tica de uma modalidade de desporto pode vir a aperfei�oar as atividades a serem desenvolvidas durante o treinamento, levando-as a melhorarem o seu desempenho e, com isso, sentirem-se mais motivadas. A motiva��o por sua vez pode gerar melhora de desempenho, num c�rculo virtuoso absolutamente desej�vel.

    De acordo com Samulski (2002) descreve que a motiva��o � respons�vel pela dire��o, intensidade e persist�ncia dos indiv�duos numa determinada modalidade esportiva e manifesta-se como principal fonte de �xito esportivo, devendo ser mantida permanentemente. O estudo sobre como os fatores motivacionais impulsionam crian�as e adolescentes a se envolverem na pr�tica de esportes pode ser ferramenta de grande utilidade para a elabora��o de treinos estrat�gicos, auxiliando o processo de ensino-aprendizagem. O conhecimento sobre elementos motivadores ajuda em planejamentos mais direcionados ao interesse do praticante, aumentando a probabilidade de perman�ncia na pr�tica da atividade desportiva.

3.     Considera��es finais

    Atrav�s desta revis�o bibliogr�fica confirmamos a ideia que o voleibol deve ser parte integrante de todos os programas de Educa��o F�sica, tanto como competi��o quanto jogo, desenvolvendo um processo de ensino e aprendizagem, com o prop�sito de forma��o e de incentivo a pr�tica de atividade f�sica mesmo fora das aulas de Educa��o F�sica.

    A escola � um ambiente onde ocorre a pluralidade de rela��es sociais e, portanto, � o espa�o ideal para que o jogo seja realizado, pois uma das fun��es da escola � organizar a sociedade, participando da forma��o integral do aluno, inserindo-o no universo da cultura corporal.

    Um dos caminhos para o desenvolvimento de inova��es na escola e no curr�culo � reconhecer os professores como sujeitos da inova��o, ouvir o que eles t�m a dizer, suas experi�ncias, seus problemas, as pr�ticas que consideram significativas e que gostariam que continuassem. Existem muitas riquezas e variedades de teorias pedag�gicas dos professores que n�o s�o registradas, explicitadas ou sistematizadas. Favorecendo o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem, com o prop�sito de uma forma��o de maior qualidade dos alunos.

    O voleibol para crian�as tem como objetivo principal desenvolver as t�cnicas e t�ticas motoras b�sicas da modalidade. � importante respeitar os limites da crian�a, e o treinamento deve estar de acordo com o seu desenvolvimento motor e psicol�gico. O voleibol quando � trabalhado de forma a ensinar, deve trazer em seu conte�do elementos que permitam entender sua ess�ncia dentro das suas regras, cabendo ao professor estar informado disso. � preciso compreender que a educa��o f�sica � uma disciplina obrigat�ria do curr�culo escolar e que apresenta caracter�sticas pr�prias. Ela tem que ser entendida como parte de um processo educativo, e n�o a parte dele. Nesse entendimento juntamente com os demais componentes curriculares, deve propiciar a constru��o de uma forma��o que possibilite o exerc�cio da cidadania. Relacionando a cidadania aos direitos, deveres e atitudes referentes aos cidad�os, almejando uma melhora de vida coletiva na sociedade � qual pertencem.

Refer�ncias

  • BARDIN, L. An�lise de Conte�do. Lisboa: Edi��es 70, 2005.

  • BIZZOCCHI, C. O voleibol de alto n�vel: da inicia��o a competi��o. S�o Paulo: Fazendo Arte, 2000.

  • BOJIKIAN, J. C. M. Ensinando voleibol. 2.ed. S�o Paulo: Phorte, 2003.

  • BORSARI, J. R. Voleibol: aprendizagem e treinamento. Um desafio constante. S�o Paulo: Epu, 1989.

  • CERVO, A. L; BERVIAN, P. A. Metodologia Cient�fica. 3� ed., S�o Paulo: Markon Books, 1996.

  • FRANCO, V. O. A influ�ncia da educa��o f�sica escolar no desenvolvimento psicomotor de crian�as de 6 a 8 anos. Monografia, Efisc, 2002.

  • FREIRE, J. B. Educa��o de corpo inteiro: teorias e pr�tica da Educa��o F�sica. S�o Paulo: Scipione, 1992.

  • GARRETT, Jr; WILLIAM, E. A ci�ncia do exerc�cio e dos esportes. Porto Alegre: Artmed, 2003.

  • NIEMAN, D. C. Exerc�cio e sa�de: como se prevenir de doen�as usando o exerc�cio como seu medicamento. S�o Paulo: Manole, 1999.

  • PALAGI, M. A; ET AL. Manual para elabora��o de trabalhos cient�ficos, reda��o oficial e comercial. Cascavel: Coluna do Saber, 2005.

  • RIBEIRO, J. L. S. Conhecendo o Voleibol. Rio de Janeiro: Sprint, 2004.

  • SAMULSKI, D. M. Psicologia do Esporte: manual para a Educa��o F�sica, Psicologia e Fisioterapia. S�o Paulo: Manole, 2002.

  • SUVOROV, Y. P; GRISHIN, O. N. Voleibol Inicia��o. 3. Ed., Rio De Janeiro: Sprint, 2002.

  • WEINICK, J. Biologia do Esporte. S�o Paulo: Manole, 2000

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Quais os benefícios o voleibol pode trazer na vida social do ser humano?

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EFDeportes.com, Revista Digital � A�o 18 � N� 181 | Buenos Aires,Junio de 2013  
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Quais os benefícios que o voleibol pode trazer a nossas vidas?

Melhora a cognição, porque necessita ter a percepção rápida da jogada. Fortalece o corpo, estimula os membros superiores e inferiores, aumentando a flexibilidade e a coordenação motora. Melhora as capacidades cardiorrespiratórias. Auxilia na perda de peso, como todas as atividades físicas.

Qual a importância do vôlei para a sociedade?

O voleibol é uma modalidade desportiva que explora diversos movimentos corporais, podendo não só auxiliar no desenvolvimento motor de seus praticantes quanto no fortalecimento da auto-estima, cooperativismo, disciplina, organização e sendo também um meio de socialização entre os alunos de diferentes gêneros.

Quais os benefícios de se jogar voleibol cite cinco benefícios?

A Harvard Medical School relata que uma pessoa pode queimar entre 90 a 133 calorias durante um jogo de meia-hora de vôlei não competitivo..
Tonifica e modela o corpo: ... .
Aumenta a taxa metabólica: ... .
Melhoria na coordenação: ... .
Desenvolve agilidade, coordenação, velocidade e equilíbrio: ... .
Coração saudável: ... .
Aumenta a força muscular:.

Qual o papel do voleibol para a vida social motora e cognitiva do praticante?

O voleibol tem inúmeros benefícios e características, contribui no desenvolvimento físico, afetivo, social e cognitivo, na aquisição de habilidades motoras, estimula satisfação, alegria e motivação.