Quais os fatores que afetam significativamente o comportamento dos estoques?

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Organização | ESTOQUE

Entenda a importância da gestão de estoque

A gestão desse ponto pode significar a diferença entre o lucro e o prejuízo de um negócio. Confira nossas dicas para uma gestão eficiente de estoque

· 21/11/2017 · Atualizado em 07/02/2022

Quais os fatores que afetam significativamente o comportamento dos estoques?

O estoque tem um papel importante para o sucesso do negócio e é essencial estar atento às suas mercadorias, para descobrir se haverá uma queda no giro do estoque e qual será o comportamento de compra de seus clientes, para adaptar sua empresa aos novos hábitos de compras das pessoas.

Uma boa gestão de estoque passa por equilibrar compras, armazenagem e entregas, controlando as entradas e o consumo de materiais, movimentando o ciclo da mercadoria. Além disso, deve ter como objetivo um prazo de pagamento dos fornecedores compatível com os recebimentos dos clientes.

Confira algumas dicas para não perder o controle sobre as suas mercadorias e vendas.

Giro de estoque

Esse é um dos indicadores de desempenho mais relevantes para a gestão do estoque.. Para que esse indicador possa evoluir, é preciso estar atento a todos os aspectos que podem ajudar ou prejudicar a velocidade do giro, como:

  • A compra
  • A organização do estoque
  • A exposição dos produtos
  • As promoções
  • O atendimento
  • A entrega

Inventário

Para manter a organização, a movimentação de estoque deve ser sistematizada por meio de normas de entrada e saída. É nesse contexto que entra em cena o controle físico e financeiro de estoque, com o objetivo principal de trazer informações sobre a quantidade disponível de cada item e seu correspondente valor financeiro.

Você pode criar uma tabela padronizada com todos os itens que compõem o seu estoque, personalizando-a de acordo com as suas necessidades. Mas é interessante incluir alguns pontos básicos, além do preço, como: o nome da mercadoria, a quantidade e, a sua categoria. O inventário permite:

  • Saber quais itens há no estoque e as quantidades de cada um.
  • Prever qual produto vai faltar e qual vai sobrar
  • Conhecer mais o seu cliente e saber quais são seus gostos e hábitos de consumo.
  • Planejar-se com antecedência
  • Evitar prejuízos.

Curva ABC

Um bom controle de estoque permite ao gestor calcular o giro das mercadorias e aperfeiçoar o processo de compras, diminuindo a pressão sobre o capital de giro da empresa. Implantar esse controle também viabiliza a classificação dos produtos utilizando-se de uma ferramenta conhecida como Curva ABC, que se baseia na premissa de que, em geral, 80% das consequências são diretamente influenciadas por apenas 20% das causas.

O objetivo desse método de classificação é, portanto, identificar os itens de maior impacto para os resultados da empresa a partir de indicadores como:

  • Giro de estoque
  • Lucratividade
  • Representatividade no faturamento

De acordo com a mesma lógica, a falta de controle impossibilita ao gestor conhecer o consumo médio dos materiais e pode fazer a empresa comprar mais do que o necessário, aumentando, de maneira desnecessária, o uso de capital de giro.

Gestão eficiente

Confira dicas para administrar bem seu estoque.

  • Conte com um processo de recebimento no qual se checa se o pedido foi entregue ou se falta algum item
  • Realize inventários periódicos para confirmar se a quantidade de produtos registrada no sistema coincide com o estoque
  • Diariamente, faça uma verificação do estoque por amostragem de alguns itens. Isso aumenta as chances de serem encontrados e solucionados problemas com maior velocidade.
  • A partir do conhecimento sobre a necessidade da empresa, busque fornecedores que permitam compatibilizar as quantidades de produtos e os prazos de pagamento com seu giro de estoque e com seu fluxo de caixa.
  • Manter parceria com um bom distribuidor permitirá fazer compras menores e manter o estoque enxuto. Tenha também outros fornecedores no radar para não criar uma relação de dependência e exigência de compra que não respeite a sua realidade.

Saiba Mais

Acesse e conheça ferramentas de gestão de estoque.

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Como as empresas podem se planejar para entregar tudo antes do Natal

Então...está chegando o Natal! E, com ele, cresce a demanda de pedidos pelas lojas on-line no país para um dos momentos mais aguardados do ano: a troca de presentes entre famílias e amigos.  É papel do consumidor fazer a compra antecipada, porém, independentemente do porte, as empresas precisam ter a capacidade de lidar com as entregas dentro do prazo, seja nesse período que é mais intenso nas vendas como em quaisquer épocas do ano.  Quando uma empresa não se preocupa com essa etapa da jornada de compra, pode sofrer inúmeras dores de cabeça. Pode ver o cliente, por exemplo, procurar a empresa para restituir os custos, direito garantido por lei, bem como ver comentários negativos nas mídias sociais, comprometendo a reputação do negócio. Para evitar essas experiências e garantir as entregas no prazo e a fidelização do consumidor, é fundamental que a logística das empresas esteja na linha de frente e comprometida com a eficiência Para isso, o primeiro passo é priorizar a organização e ter um controle de estoque e do fluxo de saídas e entregas dos produtos. Porém, sabemos que a organização é apenas uma etapa do processo.  O envio e recebimento do produto depende de um transporte de qualidade e ágil. Desta forma, seu negócio consegue otimizar tempo, economizar custos, além de ampliar a vantagem diante da concorrência e manter a boa imagem do negócio. Por isso, uma das soluções é fazer parcerias com empresas robustas e de excelência, que garantem uma entrega rápida e segura.  Um dos exemplos é a investir na venda de produtos via marketplace da Americanas, uma das maiores vitrines on-line do país. Afinal, são mais de 53 milhões de clientes comprando diretamente pela plataforma. Fazer parte deste ambiente é garantir maior visibilidade ao seu negócio e menor custo no envio dos produtos.  Como posso fazer parte? Após cadastrar e configurar sua loja gratuitamente, a mediação entre a compra e venda fica por conta do marketplace, e as entregas sob a responsabilidade da Americanas Entrega. A marca reúne serviço de ponta, tecnologia e inteligência de dados para que os seus produtos cheguem em qualquer lugar do país de forma segura e dentro do prazo.  Na prática, o atendimento ao marketplace é realizado por meio dos 25 centros de distribuição e mais de 200 hubs. Hoje, são mais de cinco mil cidades atendidas. Um verdadeiro portfólio completo de serviços de logística e distribuição.  Modalidades de envio Entre as oitos soluções de entrega disponíveis pela Americanas Entrega estão Americanas Full, Padrão e Direct. No Full, a Americanas cuida da logística de ponta a ponta, desde o armazenamento do estoque, envio e pós-venda.  Na Americanas Entrega Padrão Correios, a coleta do pedido é feita diretamente na sua loja, e a entrega nos Correios em uma agência Americanas. Já na modalidade direct, o serviço de frete é customizado, conforme o modelo de negócio.  Faltando pouco tempo para o Natal, as empresas não têm mais tempo a perder. É preciso acelerar as vendas e garantir que as entregas ocorram dentro do prazo e de qualidade.  Para te dar uma força nesse momento, o Sebrae e Americanas decidiram fazer uma parceria e oferecer os melhores e exclusivos conteúdos para que você consiga impulsionar suas vendas no marketplace e fazer a diferença na celebração natalina e demais datas festivas. Tudo gratuito! Clique aqui e receba na hora o material. 

Dezembro, 2022

Artigo / Organização

Como realizar o controle de estoque das suas mercadorias

Primeiro passo O primeiro passo é fazer com que o gestor financeiro tenha o controle completo do estoque da sua empresa, separado por tipo de mercadoria/produto. Isso acontece da seguinte forma: Registre na ficha de estoque a quantidade, o custo unitário e o custo total das mercadorias/produtos vendidos. Confirme, periodicamente, se o saldo apurado na ficha de estoque "bate" com o estoque físico existente na empresa. Calcule na ficha de estoque o saldo em quantidade, custo unitário e custo total das mercadorias/produtos que ficaram em estoque. Controlando o estoque O controle de estoque tem como objetivo informar a quantidade disponível de cada item dentro da loja e também quanto os produtos valem. Embora seja uma tarefa básica e muito importante, muitas das pequenas empresas não realizam um controle eficaz e apresentam "furos de estoque". A falta de controle pode trazer diversas consequências para uma empresa, como a falha em mensurar se o consumo dos materiais está de acordo com as necessidades, a possibilidade de desvios, o impacto nas vendas e a produtividade dos funcionários. Recomendações O controle das entradas e saídas de materiais deve ser obrigatório e cobrado de forma rígida. Todas as entradas e saídas devem ser anotadas em fichas ou em sistema informatizado. Qualquer saída de estoque deve ser acompanhada de requisição de saída. Não permita a retirada de mercadorias ou materiais sem a devida identificação de quem retirou. Implante o inventário rotativo. Nesse sistema, diariamente são escolhidos alguns itens para serem contados, e as diferenças encontradas deverão ser comunicadas e investigadas. Todo processo de movimentação de estoque deve ser estabelecido por meio das Normas de Entrada e Saída de Estoque. Com as informações sobre tudo o que está saindo, o gestor pode calcular o giro das mercadorias de forma organizada, o que pode ser útil em futuras compras e ajudar a melhorar o aproveitamento do capital de giro da empresa. Além disso, obtém-se a segurança de que as mercadorias são realmente utilizadas e não desviadas. Ficha de estoque Para te ajudar nessa organização, o Sebrae preparou um modelo de ficha de estoque, que pode ser física ou digital e tem o objetivo, justamente, de catalogar a entrada e a saída das mercadorias do estoque. Os registros de entrada devem ser feitos no recebimento das mercadorias, a partir da própria nota fiscal ou em uma nota de recebimento. Já os registros de saída devem ser feitos a partir da requisição de mercadorias emitidas pelos usuários. Saiba mais

Dezembro, 2022

Artigo / Organização

Saiba mais sobre a produção de caprinos e ovinos

A criação de caprinos e ovinos tem sido uma atividade tradicional na agricultura brasileira, e a sua importância econômica tem crescido nos últimos anos. O rebanho brasileiro, em 2019, alcançou a marca de 11,3 milhões de cabeças. Desse montante, cerca de 94,5%, 10,7 milhões, estão concentrados na região Nordeste.  A criação de caprinos e ovinos pode ser uma excelente opção de negócio para pequenos e médios produtores.  Além disso, a pecuária caprina e ovina também gera empregos no campo e promove o desenvolvimento rural. A cabra é um animal que se adapta bem a diversos tipos de clima e de solo, além de ser mais resistente às doenças. A ovelha, por sua vez, é um animal de pastagem, o que significa que ela se alimenta principalmente de gramíneas. Ela é criada, principalmente, nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.  Os principais produtos vindos da criação de caprinos e ovinos são:  Carne e seus derivados;  Leite e seus derivados;  Pele e seus derivados. A carne de caprino é uma das mais magras e saudáveis, pois é rica em proteínas e baixa em gorduras saturadas. Além disso, é uma ótima fonte de cálcio, ferro e outros minerais importantes. Ela também é mais fácil de digerir do que a carne de outros animais, o que a torna uma ótima opção para pessoas com problemas de digestão. O leite de cabra é uma bebida saborosa e nutritiva que oferece uma série de vantagens para a saúde. Ele contém menos lactose do que o leite de vaca, o que o torna mais adequado para pessoas intolerantes à lactose, crianças e idosos. Além disso, o leite de cabra é uma excelente fonte de cálcio, proteínas e vitaminas, que pode ajudar a manter os ossos fortes e saudáveis. Também é rico em ácidos graxos ômega-3, que podem ajudar a reduzir o risco de doenças cardíacas. A pele de cabra é um material extremamente versátil que pode ser usado para uma variedade de fins. É durável, à prova d'água e respirável, o que a torna ideal para a confecção de roupas, calçados e acessórios. Além disso, ela é conhecida por ser uma ótima opção para aqueles que sofrem de alergias ou outras condições de pele. Essa pele também é uma ótima alternativa para fazer artesanato. Pode ser usada para fazer bolsas, carteiras, cintos, chapéus e outros produtos. Além disso, pode ser usada como matéria-prima para tapetes, forros de mesa e outros itens de decoração. Vantagens da criação de caprinos e de ovinos  Ovinos e caprinos têm várias vantagens em relação à criação, tais como: 1. São animais de porte pequeno, o que os torna mais fáceis de manejar e de criar em espaços reduzidos. Além disso, são animais bastante dóceis, o que torna ainda mais fácil o seu manejo. 2. Ambas as espécies são extremamente adaptáveis a diferentes climas e terras, o que as torna bastante versáteis na agricultura. 3. Ovinos e caprinos têm uma boa taxa de reprodução, o que facilita a criação de novas matrizes.   4. Geram produtos valiosos, como a lã e o leite, o que torna a criação ainda mais rentável.  5. Os preços pagos pelos produtos vindos da criação de caprinos e ovinos são maiores do que de outros tipos de criação, como os bovinos.  Gostou desse conteúdo? Confira alguns materiais para saber mais: Sebrae – Caprinos e Ovinos- E-book Sebrae-BA  – Caprinos e ovinos

Dezembro, 2022

Artigo / Organização

Cogeração de energia como uma alternativa lucrativa e sustentável

Como todos sabemos, sem energia nada acontece, mas o dia do mês em que a conta de luz cai é (quase) sempre um dia… difícil. Pra resolver o problema ou, ao menos, reduzi-lo, a atenção de todo mundo sempre esteve focada no conceito do uso inteligente. No setor energético, a busca é por eficiência. O que se quer: estabelecer as diretrizes de uso final das fontes de energia, de forma econômica e ambientalmente sustentável. É aqui que aparece o conceito de cogeração. A cogeração é um processo que permite, a partir de um único combustível, uma única fonte, a produção simultânea de calor (ou de frio…) e de energia elétrica. Essa tendência ocorre não apenas pelo avanço da tecnologia, mas também, pela valorização das questões climáticas, que têm sido cada vez mais adversas e imprevisíveis. Nesse cenário, é estratégico promover ações preventivas para evitar a utilização de fontes de energia e de processos com baixa eficiência e impacto considerável ao meio ambiente. Como funciona? Assim como acontece nos veículos, os motores à combustão produzem altas quantidades de calor. Nos automóveis, esse calor é dissipado pelo escapamento. A cogeração consiste em aproveitar grande parte deste calor, gerado pelos moto-geradores a gás, nos demais processos térmicos da sua empresa (o gás natural, aliás, é uma excelente alternativa para a geração de energia elétrica). Resumindo: a cogeração permite que, a partir de um único combustível, haja a produção simultânea de calor e de energia elétrica. Ela pode ser utilizada em diversos setores, na geração de vapor, calor e no aquecimento de fornos de alta temperatura utilizados no setor da indústria; no aquecimento de água na área de comércio e serviços; e na geração de bioeletricidade no setor sucroenergético, com a produção de energia com o uso do bagaço da cana-de-açúcar. O ganho de eficiência nesse sistema proporciona a produção de energia confiável e com baixo custo, podendo tornar a unidade industrial ou comercial autossuficiente na geração de energia elétrica. Esse fato é importante para quem necessita de energia com fornecimento confiável e ininterrupto, como hospitais, hotéis, edifícios corporativos, shopping centers e indústrias. Existem várias soluções para a cogeração de energia, por exemplo: Soluções que juntam energia elétrica e calor Solução ideal para indústrias ou empresas comerciais que têm demanda por produção de calor, seja para processos produtivos ou mesmo para geração de água quente para banho ou piscinas. Os equipamentos de cogeração podem ser modulares e atender desde pequenas demandas térmicas, como academias e escolas, até grandes indústrias que demandam altas temperaturas para processos de transformação, aquecimento ou higienização. Soluções que juntam energia elétrica e frio Nesta solução de cogeração, o calor residual dos moto-geradores a gás é aproveitado nos “chillers” por absorção, que produzem água gelada para sistemas de ar-condicionado. É a solução ideal para estabelecimentos comerciais e industriais climatizados, pois além de produzir energia elétrica com custo competitivo, torna possível reduzir em até 90% a demanda por energia elétrica do sistema convencional de ar-condicionado. Essas soluções carregam consigo algumas vantagens adicionais: Alta confiabilidade e disponibilidade da rede de gás graças a uma infraestrutura com mais de 90% da tubulação enterrada; Redução significativa de custos operacionais e produtivos, mesmo para empresas no mercado livre de energia elétrica; Alta eficiência energética do sistema de cogeração (pode superar 75%); Confiabilidade: a possibilidade de produção de energia em paralelo à concessionária elétrica aumenta consideravelmente a confiabilidade energética do empreendimento; Permite produção simultânea de energia elétrica, calor e frio; Elegibilidade à regulação de microgeração distribuída, para uso da energia excedente em outras unidades da empresa; Autossuficiência energética: a distribuidora de energia pode ser uma fonte redundante de eletricidade; Disponível para pequenas e grandes demandas elétricas. Existem soluções que vão de 15 kW para pequenos comércios a mais de 20.000 kW em indústrias. Não bastassem todas essas vantagens, a cogeração contribui para a melhoria da qualidade da energia produzida e diminuição de emissão de poluentes, e a criação de novas oportunidades de trabalho e de negócios.

Dezembro, 2022

Artigo / Organização

Conheça as perspectivas para o cenário energético do Brasil

Com sol e vento o ano inteiro e uma faixa litorânea de 7.367 km, o Brasil pode tornar-se um dos líderes mundiais na produção de hidrogênio verde graças ao seu potencial de energia eólica e solar abundante, um sistema elétrico integrado e de baixo carbono e uma posição geográfica vantajosa para alcançar a Europa e a costa leste norte-americana, além de uma relevante indústria doméstica. Essa é a conclusão de um relatório da consultoria McKinsey que aponta, também, alguns dos principais desafios a vencer para tornar-se líder no cenário energético mundial. Para que essa promessa se concretize, é essencial a construção de uma matriz de energia elétrica com caráter sustentável. Além de uma visão de longo prazo sobre a expansão da oferta de energia, são necessárias avaliações socioeconômicas, políticas e ambientais. Esse planejamento demanda suporte político que, no momento, não é concretizado. Existem, no entanto, dois planos elaborados para nortear a expansão da oferta energética: o Plano Decenal de Expansão (PDE), destinado ao levantamento da estimativa de crescimento do setor de energia para um cenário de médio prazo, e o Plano Nacional de Energia (PNE) que realiza essa estimativa em um horizonte de longo prazo.  O PNE 2050 prevê estratégias para fornecimento de potências complementares para instantes em que o sistema elétrico necessite de complementação, de preferência que possuam características sustentáveis, ou seja, com baixa emissão de gases que provocam o efeito estufa. Nesse cenário, as usinas termelétricas de partida flexíveis são as mais competitivas, porém, operam com gás natural e necessitam da construção de gasodutos.  Perspectivas para o futuro - Coexistência das várias fontes de energia:  O PNE estima uma matriz híbrida, em que convivem fontes renováveis e não renováveis. Atualmente, o Brasil utiliza cerca de 44,7% de energia proveniente de fontes renováveis. Para comparação, no cenário mundial, utilizam-se apenas 13,3% de energia proveniente de fontes renováveis. Já para o panorama da energia elétrica, o Brasil utiliza fontes renováveis em um total de 84,8% da oferta interna de energia elétrica, em que 65,2% são hidroelétricas.  - Transição das matrizes energética e elétrica para um percentual cada vez mais renovável:  O desafio contempla a troca das fontes não renováveis de energia para fontes renováveis e sustentáveis, somada à meta de redução de emissão de gases de efeito estufa na transformação dos energéticos. - Surgimento do hidrogênio verde:  O hidrogênio é o elemento químico mais abundante na natureza, mas é também um dos mais reativos. Isso significa que é difícil encontrá-lo sozinho, e o mais comum é que ele componha outras substâncias, como acontece em diversos gases e na água, que é a forma mais encontrada e na qual a separação de moléculas por eletrólise é capaz de gerar hidrogênio verde. Estão sendo estudadas aplicações de células a combustível para a eletrificação de veículos elétricos, e aplicação em unidades fixas de geração de energia para prédios. No entanto, há algumas dificuldades na implantação dessa tecnologia, relacionadas ao custo de produção e de transporte.  - Investimentos em armazenamento de energia renovável: Tecnologias capazes de armazenar energia elétrica na forma química em baterias e supercapacitores, ou armazenamento de energia para posterior transformação. Por exemplo, a energia química do hidrogênio gasoso pode ser transformada em energia elétrica através de pilhas a combustível; ou a energia cinética de volantes inerciais pode ser transformada em energia elétrica por meio de geradores conectados a cargas inerciais. - Popularização da energia oceânica: Considerada uma fonte de energia sustentável, a energia dos oceanos pode ser aproveitada de diversas formas, seja pela energia contida nos fluxos das marés, correntes marítimas e ondas, assim como no gradiente térmico (termoclinas), salinidade e biomassa marítima. O Brasil tem elevado potencial nas regiões norte e nordeste. Porém, o elevado custo para a construção de uma usina e a falta de investimentos contribuem para que, no Brasil, tenhamos apenas um protótipo de usina de ondas, que também foi a primeira na América Latina, instalada no quebra-mar do Porto de Pecém, no Ceará. - Alternativa de geração de biogás: Resíduos sólidos urbanos depositados em aterros sanitários podem ser instalados pelos produtores rurais em suas propriedades. Ainda, há a possibilidade de gerar biofertilizante como subproduto da pecuária, o qual pode ser aproveitado nas lavouras. - Medidas de mitigação de emissão de gases de efeito estufa com ações de energia: Iniciativas necessárias como a criação de insumos para incentivar a redução de consumo, propostas de alternativas de substituição de energia, e a destinação de resíduos para geração de energia passaram do plano das ideias para perspectivas concretas após a COP 26, Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, realizada em 2021. Lá, foi definido o objetivo de limitar o aumento da temperatura média global a um patamar abaixo de 2º C, o qual reduz riscos e impactos nas alterações climáticas no planeta.  - Possibilidade de ampliação do mercado livre de energia: O surgimento de um ambiente em que a energia elétrica é negociada livremente entre fornecedores, comercializadoras e consumidores torna possível negociar valores mais atrativos e competitivos. Atualmente, apenas consumidores industriais, com demanda contratada superior a 1.000 kW, podem participar dessa modalidade. A previsão é de que em alguns anos ocorra uma abertura de mercado para o consumidor de pequeno porte e residencial. - Surgimento dos novos modelos de negócios: Com as mudanças da legislação da geração distribuída, estão surgindo novas modalidades de fornecimento de energia, como a energia solar por assinatura. Nesse sistema, determinada empresa possui uma usina solar que injeta a energia gerada na rede elétrica, e os créditos são transferidos ao consumidor contratante. Assim, o consumidor fica livre da bandeira tarifária e negocia um valor com um custo mais vantajoso – cobrado para a manutenção da usina solar da empresa contratada - Crescimento do mercado de prosumidores de energia: Quando um consumidor produz sua própria energia elétrica, tornando-se independente da rede pública de eletricidade. Graças à geração residencial de energia solar, em 2022, o Brasil atingiu um milhão de prossumidores. O Sebrae sabe da importância da regulação de políticas públicas para o planejamento e operação dos sistemas elétricos, e o impacto que essas ações geram no pequeno negócio e para o consumidor. E aí, vamos falar sobre o mercado de energia? - Sebrae  Saiba Mais:  A agropecuária brasileira e o potencial da produção de biogá

Dezembro, 2022

Artigo / Organização

Como aumentar a produtividade e lucrar mais?

Para ter sucesso em sua empresa, é fundamental que o empreendedor saiba como administrar melhor o tempo e a produção da equipe. Para falar mais sobre esse assunto, trouxemos uma especialista para nos ensinar como ser mais produtivo e desempenhar melhor o próprio negócio.  Tathiane Deândhela é fundadora do Instituto Deandhela. Mentora de palestrantes e referência no mundo corporativo em produtividade. Já palestrou em grandes eventos, como TEDx, estádios de futebol e em conferências na universidade de Harvard. Possui mais de 15 anos de experiência em treinamentos nas áreas de Vendas, Liderança e Produtividade. É reconhecida nacionalmente com diversos prêmios e homenagens, como Mulher de negócios do Sebrae e Digital Awards. É autora do best-seller: “Faça o Tempo Trabalhar para Você”, que aponta técnicas, ferramentas, métodos e insights que permitem que você ganhe 4 horas a mais no seu dia. Sua metodologia já foi testada e adotada por pequenas, médias e grandes empresas e seu legado tem repercutido na sociedade, no ambiente digital, na mídia e nos palcos corporativos. Confira todas as dicas da Tathiane Deândhela:

Dezembro, 2022

Artigo / Organização

Saiba como é produzida a energia a partir da biomassa

Biomassa é toda matéria orgânica, de origem vegetal ou animal, utilizada na produção de energia, tais como plantas, lenha, bagaço de cana-de-açúcar, resíduos agrícolas, restos de alimentos, excrementos e até do lixo. Na biomassa para a geração de energia, não entram os combustíveis fósseis, apesar de estes também terem origem vegetal, como o carvão mineral; ou mineral, como petróleo e o gás natural. Ao contrário dos combustíveis fósseis, a biomassa conta com recursos naturais renováveis. Uma das primeiras utilizações da biomassa teve início com a utilização do fogo como fonte de calor e luz. Isso ocorreu na Era do Paleolítico (entre um e dois milhões de anos atrás). O domínio desse recurso natural garantiu a sobrevivência dos primeiros hominídeos (Homo Erectus).   O grande salto da biomassa ocorreu com o advento da lenha na siderurgia, na primeira Revolução Industrial (séc. XVIII). Pouco mais de um século atrás, a biomassa perdeu sua liderança energética para o carvão e, posteriormente, para o petróleo e o gás natural, ficando sua utilização praticamente restrita ao uso em residências localizadas em regiões agrícolas. No entanto, depois das graves crises do petróleo na década de 1970, que puseram em questão o modelo de desenvolvimento baseado em combustíveis fósseis adotado nas sociedades industriais, o uso da biomassa voltou a ser uma alternativa energética.   Fontes de Biomassa As fontes de biomassa são vegetais lenhosos (madeiras), vegetais não lenhosos (sacarídeos, celulósicos, amiláceos e aquáticos), resíduos orgânicos (agrícolas, industriais, urbanos) e biofluídos (óleos vegetais). Entre os principais produtos agrícolas usados como fonte energética alternativa geradora da biomassa, temos a cana-de-açúcar, que pode ser aproveitada para a produção de álcool (etanol). O bagaço da cana-de-açúcar, a casca do arroz, da castanha e do coco também são utilizados para gerar energia para as caldeiras: Biomassa (bagaço) da cana-de-açúcar. No Brasil, o bagaço da cana-de-açúcar é um dos potenciais recursos para geração de energia elétrica. Nesse processo, utiliza-se a biomassa na combustão. Também a mandioca, os amidos, os óleos vegetais (dendê, babaçu, mamona etc.) e a celulose, entre vários outros materiais, podem ser utilizados para a produção de combustíveis para alimentar motores. Os dejetos urbanos, industriais e agropecuários também são matérias orgânicas que podem ser transformadas em biogás. Com alto poder calórico, semelhante ao gás natural, o biogás é usado para produzir energia para residências, na indústria e nos geradores. A queima da madeira ainda é bastante usada na indústria para geração de energia.  Transformação da biomassa em energia A biomassa é utilizada diretamente como combustível ou por meio da produção de energia a partir de processos de pirólise, gaseificação, combustão ou cocombustão de material orgânico presente em um ecossistema. Graças a essas tecnologias, é possível obter diversas variedades de biocombustíveis (etanol, metanol, biodiesel e biogás).  Principais processos de conversão da biomassa: Pirólise – Nesta técnica, a biomassa é exposta a altas temperaturas sem a presença de oxigênio, acelerando a sua decomposição. O que sobra da decomposição é uma mistura de gases, líquidos (óleos vegetais) e sólidos (carvão vegetal). Gaseificação – Como na pirólise, neste processo a biomassa é acalorada na ausência do oxigênio, originando como produto final um gás inflamável. Este gás ainda pode ser filtrado, visando a remover componentes químicos residuais. A diferença em relação à pirólise é o fato de a gaseificação exigir menor temperatura e resultar apenas em gás. Combustão – A queima da biomassa é realizada em alta temperatura na presença abundante de oxigênio, produzindo vapor a alta pressão. Esse vapor geralmente é usado em caldeiras ou para mover turbinas. É uma das formas mais comuns hoje em dia, e sua eficiência energética situa-se na faixa de 20 a 25%. Cocombustão – Esse processo permite a substituição de parte do carvão mineral, utilizado em usinas termelétricas, por biomassa. Assim, é reduzida significativamente a emissão de poluentes. A faixa de desempenho da biomassa encontra-se entre 30% e 37% e, por isso, é uma escolha bem atrativa economicamente. A biomassa possibilita a produção de uma infinidade de produtos, com destaque para os biocombustíveis, óleos vegetais e outros recursos energéticos, dentre os quais podemos citar etanol, biodiesel, biogás, metanol e o biometano. Além disso, a biomassa pode ser aplicada em outras situações, como em biodigestor na agropecuária; lenha em caldeiras de processos industriais; ou em aquecedores de piscinas e reservatórios a partir de pinos de lenha (Consumo de Biomassa).

Dezembro, 2022

Artigo / Organização

Combatendo os gases de efeito estufa

O Greenhouse Gas Protocol (GHG) Iniciative é uma parceria entre diversos stakeholders – governos, empresas, ongs e outras entidades – reunidas pela World Resources Institute (WRI), uma ong ambiental sediada nos EUA, e pelo World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), uma coligação de 170 empresas sediada em Genebra (Suíça).  O objetivo da iniciativa, criada em 1998, é desenvolver normas internacionalmente aceitas de monitoramento e comunicação das emissões de GHG (em português, GEE, gases de efeito estufa). O GHG Protocol tornou-se o método mais utilizado globalmente para este fim. O Programa Brasileiro GHG Protocol foi criado dez anos depois, em 2008, e é responsável pela adaptação do método original ao contexto do país. Foi desenvolvido pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGVces) e pela WRI, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), o WBSCD e 27 empresas.  O programa busca promover uma cultura corporativa de mensuração, publicação e gestão voluntária das emissões de GEE no Brasil, proporcionando aos participantes acesso a instrumentos e padrões de qualidade internacional para contabilização e elaboração de inventários de GEE. O programa também se propõe a constituir plataforma nacional para a publicação dos inventários de GEE corporativos e organizacionais.  Objetivos do programa - Promover as bases para a identificação, o cálculo e a elaboração do inventário de emissões de GEE em nível organizacional, por meio do desenvolvimento e disseminação das especificações do Programa Brasileiro GHG Protocol, baseadas nas melhores técnicas internacionais, tais como GHG Protocol e normas ISO; - Identificar e, quando necessário, adaptar ou desenvolver metodologias e fatores de emissão para o cálculo de emissões antrópicas por fontes de GEE e remoções antrópicas por sumidouros de GEE no Brasil; - Basear-se nas melhores técnicas internacionais, tais como GHG Protocol e metodologias do IPCC para inventários nacionais; - Promover a capacitação de empresas, entidades públicas, universidades e organizações não governamentais que operam no Brasil para a formulação de inventários de emissões de GEE, em caráter voluntário, baseados nas especificações do programa; - Criar um registro público de fácil acesso para empresas e organizações públicas e privadas informarem suas emissões de GEE, de acordo com as especificações do programa; - Criar oportunidades para o intercâmbio de instituições participantes, visando a facilitar a transição da economia brasileira para uma economia de baixo carbono. De maneira a delinear as fontes de emissão de GEE direta e indireta, melhorar a transparência e ser útil a diferentes tipos de organizações, diferentes tipos de políticas relacionadas à mudança do clima e a objetivos de negócio, foram definidos três escopos para a contabilização e elaboração do inventário de GEE. Escopo 1 – Emissões diretas de GEE são as que provêm de fontes pertencentes ou controladas pela organização: por exemplo, emissões de combustão de caldeiras; fornos, veículos; emissões da produção de químicos em equipamentos de processos que pertencem ou são controlados pela organização; e emissões de sistemas de ar condicionado e refrigeração, entre outros. As emissões diretas de CO2 resultantes da combustão de biomassa não deverão ser incluídas no escopo 1, mas comunicadas separadamente. As emissões do escopo 1 são divididas, ainda, em combustão estacionária para geração de eletricidade (vapor ou energia com o uso de equipamento caldeiras, fornos, queimadores, turbinas, aquecedores etc.) em um local fixo; combustão móvel para transportes em geral (frota operacional da empresa); emissões de processos físicos e químicos; e emissões agrícolas. Escopo 2 – Emissões indiretas de GEE de energia contabilizam as emissões desses gases provenientes da aquisição de energia elétrica e térmica que é consumida pela empresa. A energia adquirida é definida como aquela que é comprada ou trazida para dentro dos limites organizacionais da empresa. Por exemplo, as companhias de energia elétrica frequentemente adquirem energia de geradores independentes da rede e a revendem para os consumidores finais por meio de um sistema de transmissão e distribuição (T&D). Parte da energia adquirida pelas empresas de energia elétrica é perdida (perda de T&D) durante a transmissão e distribuição aos consumidores finais. Essa energia deve ser relatada no escopo 2. Escopo 3 –Outras emissões indiretas relacionadas à energia. As emissões indiretas provenientes de atividades que, na cadeia de energia, são anteriores ao fornecedor de energia elétrica da empresa (por exemplo, prospecção, perfuração de poços, queima de gases descartados ou flaring, transporte) são relatadas no escopo 3.  Planeta B De acordo com o ex-secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, nos últimos anos, temos visto padrões climáticos extremos, não importando se vivemos em regiões ricas e prósperas ou em lugares mais pobres. A mudança climática está acontecendo em todo o mundo muito mais rapidamente do que se esperava e daí a urgência de enfrentarmos esse desafio. Afinal, “não existe plano B porque não existe planeta B”.  O Sebrae se preocupa com a descarbonização e disponibiliza textos como Crédito de Carbono e sobre políticas de redução de GEE e insumos, como Emissão de créditos de carbono através de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo.

Dezembro, 2022

Artigo / Organização

Tecnologias sociais garantem o desenvolvimento da agricultura familiar

A agricultura familiar responde por 70% dos alimentos que vão à mesa dos brasileiros, de acordo com informações divulgadas pelo governo federal. A importância deste setor produtivo para a segurança alimentar dopPaís é inegável, e seu contínuo desenvolvimento depende do acesso às chamadas tecnologias sociais, incluindo aquelas que fazem uso de energias renováveis.  As tecnologias sociais, no contexto da agricultura familiar, têm o objetivo de promover inovação e condições adequadas para o desenvolvimento sustentável dos processos produtivos locais, beneficiando aqueles produtores que desenvolvem atividades econômicas no meio rural utilizando, principalmente, a mão de obra da própria família e atuando em sua propriedade. Por meio dessas ferramentas, os agricultores conseguem otimizar o uso de recursos disponíveis, facilitando as rotinas da produção agrícola e rural e melhorando a qualidade dos produtos obtidos pela agricultura familiar, aumentando seu potencial competitivo. Por tudo isso, as tecnologias sociais são ferramentas de empoderamento e inclusão social. Benefícios do uso de tecnologias sociais na agricultura familiar As tecnologias sociais caracterizam-se por baixo custo, simplicidade, fácil aplicabilidade e resultados que geram pouco impacto ambiental e alto impacto social. Para que uma tecnologia seja classificada como social, também é importante que os materiais necessários estejam disponíveis localmente, e a construção da ferramenta não dependa de licenças ou autorizações. Entre os benefícios do uso das tecnologias sociais na agricultura familiar, podemos listar: Redução dos custos de produção; Possibilidade de produção em larga escala; Aumento da eficiência e da segurança nos processos produtivos; Redução das perdas graças ao combate de pragas e doenças; Tratamento do solo; Sistemas de irrigação com uso racional de água. Tecnologias sociais para maior eficiência energética A escassez e a deficiência de recursos hídricos e energéticos sempre foi um dos obstáculos para o crescimento da agricultura familiar no Brasil. Justamente por isso, a busca por soluções práticas, seguras e acessíveis tem levado cada vez mais produtores rurais a apostarem nas tecnologias capazes de garantir esses recursos. Umas das opções que mais se adequa ao contexto da agricultura familiar é o aproveitamento da energia solar, tanto no aquecimento quanto para produção de energia, seja ela térmica ou fotovoltaica. O sistema fotovoltaico utiliza um conjunto de placas solares, inversor solar, cabos, conectores e uma estrutura que acomoda as placas para gerar energia elétrica. Já a energia térmica é aquela que aquece diretamente a água por meio de boilers, sem produção direta de energia elétrica.  Para sistemas de aquecimento, também pode-se optar pela energia da biomassa, extraída de fontes renováveis a partir de matéria orgânica de origem animal ou vegetal. A biomassa pode ser aproveitada em combustão direta, processos termoquímicos ou processos biológicos. A energia gerada por essa matéria pode ser aplicada a sistemas térmicos de geração de energia elétrica que utilizam turbinas a vapor ou em sistemas de aquecimento. O uso de geradores de energia elétrica movidos a diesel e gasolina também tem sido amplamente adotado nos núcleos de produção rural familiar, especialmente em propriedades que sofrem com as quedas constantes na rede de distribuição. Recursos como este garantem a continuidade produtiva e reduzem perdas de maneira significativa. Soluções para uso racional da água Também são tecnologias sociais na agricultura familiar os poços artesianos e sistemas de captação de água da chuva, que têm sido amplamente adotados nos núcleos familiares agrícolas de todo o país. Com o apoio de sistemas estruturados a partir de bombas d’água, por exemplo, esses produtores têm garantido recursos hídricos tanto para o plantio (irrigação) e manejo de animais quanto para o suprimento da demanda familiar na propriedade rural. Os sistemas de irrigação por aspersão e o combate às pragas com a aplicação de inseticidas por meio de pulverizadores contribuíram diretamente para o crescimento e consolidação da agricultura familiar no Brasil. Além da redução de perdas nos períodos de estiagem, os sistemas de irrigação – aliados às técnicas de bombeamento hídrico – permitiram uma produção mais uniforme e em grande escala, garantindo competitividade para os pequenos.  A busca pela autossuficiência e pela otimização dos processos produtivos tem levado muitos produtores rurais a aproveitarem seus próprios recursos para a produção de adubos, silos e rações para o trato animal. Além do beneficiamento do solo decorrente do revezamento das culturas de plantio no próprio terreno, o acesso às ensiladeiras tem permitido que esses produtores rurais fabriquem o alimento ou complemento alimentar necessário para seus rebanhos, especialmente os que investem no confinamento de gado. A eficiência da agricultura familiar depende do acesso às tecnologias, e é importante que o produtor conheça as opções que não exigem grande estrutura ou muito investimento. As tecnologias sociais são ideais para esse modelo produtivo por adequarem-se às necessidades de cada propriedade rural, gerando economia, eficiência no uso de recursos naturais e mais competitividade e renda.

Dezembro, 2022

Artigo / Organização

Biofertilizantes: oportunidade de acelerar o agronegócio sustentável

A guerra da Ucrânia trouxe um problema para as lavouras brasileiras, já que a Rússia, o país que provocou o conflito, é um dos principais fornecedores de fertilizantes do Brasil. Entretanto, o imbróglio internacional também cria o cenário adequado para o fortalecimento de alternativas sustentáveis para o agronegócio, ao fomentar, indiretamente, uma onda de inovação na agricultura, de forma a contornar a falta de insumos internacionais. Do mesmo modo que a dependência do gás russo criou para a Europa a necessidade de buscar alternativas de energia limpa, o risco de interrupção no fornecimento de fertilizantes gera uma vulnerabilidade para um dos maiores motores da economia brasileira. O Brasil é o quarto maior consumidor de adubo do mundo e o maior importador - somente a cultura da soja consome 40% dos insumos no país. Os fertilizantes proporcionam para as plantas o equilíbrio de nutrientes, estimulando a produção das plantas. Também ajudam a armazenar o carbono no solo e, fortalecendo as culturas, ajudam a combater a erosão. Porém, a demanda por combustíveis fósseis para o processamento e transporte dos adubadores, além de reações no solo após a aplicação, são responsáveis por cerca de 2,5% das emissões de gases do efeito estufa. O uso de fertilizantes tem garantido o suprimento de demandas de alimentos, de fibras, bionergias e outras matérias-primas da agropecuária, mas as mudanças no perfil de consumo, as demandas ambientais e a necessidade de mais eficiência produtiva geram um movimento em busca da sustentabilidade do setor, levando, assim, à valorização de biomassa criada como resíduo de processos agroindustriais, industriais e urbanos, e o reúso de efluentes na irrigação para fertilização. Necessidade de mudanças Dentro do Plano Nacional de Crescimento Verde, o uso da biomassa residual se fortalece como uma alternativa para o setor de fertilizantes. Além de reciclar nutrientes, elas permitem que o fornecimento passe a ser feito de diferentes regiões, em vez de ser concentrado em poucos locais. Entretanto, este processo ainda será lento. A previsão é que a utilização de fertilizantes importados reduza de 85% para 60% na agroindústria brasileira, num período de 30 anos. Agricultura ecológica A ciência e a tecnologia estão a serviço da busca por esta produção ambientalmente sustentável. Um dos exemplos é a substituição da ureia por nitratos nas lavouras de milho e cana-de-açúcar. A Yara Brasil, líder mundial em nutrição de plantas, vem analisando os efeitos desta substituição, levando em conta os resultados na produtividade e a eficiência da adoção na emissão de gases do efeito estufa, desde a fabricação até a sua utilização, reduzindo em até 90% a volatilização da amônia. Outra alternativa é a utilização do hidrogênio verde, obtido por meio da eletrólise da água, que reduz consideravelmente - até eliminando - sua emissão. O Sebrae já salientou o hidrogênio como uma aposta na produção de energia e se preocupa com a sustentabilidade. É a preocupação com o crescimento de forma ambientalmente correta, aumentando produtividade e valorizando a produção brasileira.

Dezembro, 2022

Artigo / Organização

Aprenda a elevar a eficiência energética na refrigeração comercial

Quando se pensa em aumento da produtividade de um negócio, a primeira coisa que vem à cabeça do empreendedor é aumentar as vendas. Contudo, principalmente em momentos de baixa na economia, muitos lembram-se que reduzir os gastos também é uma forma de gerar faturamento. Como a geladeira e o aparelho de ar-condicionado estão entre os principais vilões da conta de energia, usar equipamentos de melhor eficiência energética é um bom investimento.  A Federação da Indústria do Rio de Janeiro (Firjan) apresentou no fim de 2018 uma pesquisa que aponta que a energia elétrica no Brasil é a sexta mais cara do mundo. O impacto chega a ser 46% maior na economia do que na média global para a indústria, mas também atinge pequenos negócios de comércio e serviços. Isso porque somente o ar-condicionado representa até 60% do valor da conta de energia em empreendimentos, conforme a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) do Ministério de Minas e Energia (MME). Na refrigeração comercial não é diferente. As geladeiras reduzem a temperatura de produtos entre 10°C e 1°C, enquanto os freezers, ou conservadores, trabalham entre -10°C e -22°C. Esses equipamentos podem ter sistemas de refrigeração por compressão, que ocorre pela circulação de fluído nos demais componentes, que absorve calor e dissipa a outro local com o uso de eletricidade. Há, ainda, os que usam ciclos de refrigeração por absorção e por termoelétrica. Tipos de motor Outro exemplo de modelos diferentes ao buscar equipamentos está na presença de motor interno ou externo. Quando o sistema fica fora do equipamento, há necessidade de espaço ventilado para a unidade condensadora, como ocorre com o ar-condicionado. Quando fica dentro do refrigerador, basta ligar na tomada e, em alguns casos, ter um ponto de drenagem de eventuais líquidos.  Também impactam no consumo de energia o tipo de isolamento e a espessura da câmara fria, o tamanho dela, a exposição a raios solares e se a superfície é de cor clara, escura ou média.  Para melhorar a eficiência energética desses sistemas, algumas medidas podem ser tomadas. 1- Iluminação  As lâmpadas incandescentes geram calor, o que gera maior gasto de energia para a refrigeração. O ideal é substituí-la por modelos fluorescentes, que têm melhor resultado. Dispositivos que desligam a iluminação interna quando a porta é fechada ou interruptores em câmaras frias também contribuem para a eficiência energética. 2- Uso de termostato  Os equipamentos de refrigeração são dimensionados para operar de 16 a 18 horas para cada ciclo de 24 horas, com o controle feito por termostato ou pressostato. Sem os dispositivos, o funcionamento será contínuo e haverá desperdício de energia. 3- Evitar incidência de calor A incidência de raios solares ou de outras fontes de calor em câmaras frigoríficas obriga o equipamento a consumir mais energia para atingir a temperatura mais baixa, quando comparado a um refrigerador na sombra e longe de um fogão, por exemplo. Há variação também de acordo com o material e a espessura do isolamento. O condensador também deve estar o mais protegido possível de luz e calor.  4- Vedação de portas e cortinas Usar cortinas em portas de câmaras frigoríficas e fazer a manutenção periódica de portas e borrachas de vedação garantem mais eficiência energética, com menor perda de ar frio para o ambiente externo. 5- Armazenagem de produtos  Quando há bloqueio da circulação de ar frio dentro das câmaras, como no caso de embalagens próximas à saída de ar, há aumento no consumo de energia.  6- Prevenir acúmulo de gelo Existem alguns motivos para o acúmulo ou formação de gelo no evaporador e nas tubulações de refrigerante e, geralmente, é a falta de manutenção do equipamento. O isolamento das tubulações, a regulagem da válvula termostática e forçador de ar no evaporador geram redução de eficiência energética. Outro ponto importante é a sujeira em condensadores, que também elevam a conta de luz. 7- Cuidados com ilhas e balcões Muitos estabelecimentos usam ilhas e balcões com aberturas, que podem ser desligadas ou simplesmente mantidas fechadas ao fim do expediente, também, para reduzir a perda de frio do equipamento para o ambiente.  Empreendedor que se preocupa com a refrigeração esquenta menos a cabeça com a conta de energia. Saiba mais com cursos e conteúdos do Sebrae Manutenção de sistemas de refrigeração Eficiência Energética

Dezembro, 2022

Artigo / Organização

Energia, um vasto campo de oportunidades para empreender

A energia é essencial para a sobrevivência. O funcionamento do corpo humano precisa dela, que é produzida a partir do metabolismo dos alimentos. À nossa volta, tudo necessita de algum tipo de energia, seja ela elétrica ou gerada por combustíveis como gasolina ou gás, por exemplo. Obviamente, ela também é empregada no funcionamento de fábricas ou outros estabelecimentos comerciais e tem demonstrado ser um ótimo ramo para se empreender, seja como distribuidor, seja como fornecedor. Dentro das empresas, é a energia que permite, por exemplo, acender as luzes, o funcionamento de computadores e outros eletroeletrônicos, como os condicionadores de ar, assim como a operação dos equipamentos da linha de produção. Com o avanço da tecnologia, tanto a geração quanto o armazenamento e a distribuição passam por revoluções, popularizando novas formas de produção energética, mais baratas e sustentáveis, como a eólica e a fotovoltaica. Porém, engana-se quem pensa que os impactos dessa transição serão apenas para as empresas de geração, transmissão e distribuição de energia. Há um reflexo direto em toda a população, que pode se beneficiar e utilizar a energia como uma oportunidade de negócio.  Negócios viáveis A energia é um insumo e precisa ser gerenciado em três eixos: custo, consumo e geração. Vamos analisá-los mais detalhadamente: Custo: Dentro de um negócio, os custos são classificados em diretos e indiretos. Os custos diretos são aqueles relacionados aos gastos da produção, enquanto os indiretos são os necessários para o trabalho, a energia elétrica, materiais de limpeza, água etc. Ambos vão influenciar no preço dos produtos. O Sebrae oferece capacitação para aprender a identificar estas despesas e como geri-las de modo a não comprometer o caixa.  Por isso, estratégias de eficiência energética vão reduzir seus custos e, consequentemente, aumentar a competitividade. Algumas das maneiras são a substituição de equipamentos de baixo rendimento e a adoção de práticas de gestão de consumo. Assim, existe espaço para fornecedores de produtos e equipamentos de alto rendimento, por exemplo, que também podem oferecer melhorias de eficiência energética. Além dos profissionais do ramo elétrico, essas melhorias, geralmente, demandam adaptações mecânicas e estruturais, abrindo, assim, espaço para outros profissionais.  Consumo: O consumo refere-se à quantidade de energia necessária para a operação de um equipamento - por exemplo, a autonomia de um automóvel por litro de combustível. Dentro das empresas, os equipamentos também têm suas demandas energéticas e, no cenário de transformações em que estamos vivendo, chegam cada vez mais tecnologias com propostas de redução e substituição de fontes não renováveis ainda utilizadas em processos industriais. Um exemplo é a troca de geradores ou aquecedores a querosene ou gás natural por outros movidos à biomassa ou energia solar, que são matrizes renováveis e mais baratas, abrindo campo para fornecedores dos equipamentos, para o instalador, etc.  Geração: A geração energética é relativamente nova no mundo dos negócios. Não faz muito tempo que a utilização da energia solar passou a ser mais largamente adotada devido à redução de custos que ela proporciona. A energia fotovoltaica mostra-se um setor de empreendedorismo promissor, envolvendo o fornecedor dos painéis solares, o instalador e o prestador de serviços que faz a limpeza dos dispositivos, entre outros.  Além disso, é possível comercializar a energia gerada e não consumida, o que aumenta a competitividade do fornecimento de energia elétrica. Aprenda com o Sebrae a importância da sustentabilidade para os negócios atualmente. Um campo próspero A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) desenha um panorama positivo para o crescimento de empresas que investem na pesquisa de desenvolvimento de novas tecnologias renováveis. Somente em 2022, houve investimento de R$ 1,26 bilhão de recursos públicos disponibilizados.  Em suas proporções continentais, o Brasil é um país promissor no campo de produção de energia renovável. Porém, quando pensamos regionalmente, o Nordeste desponta como uma das lideranças na produção mundial, atraindo investimentos internacionais do setor privado. De olho neste cenário, a sociedade civil organizada lançou o “Plano Nordeste Potência – Mais Emprego, Mais Água, Mais Energia para o Brasil”.   O biogás é outra fonte renovável que tem alto potencial para  auxiliar na retomada da economia pós-pandemia. Relatório da Agência Internacional de Energia (IEA), em parceria com a Agência Brasileira de Biogás (Abiogás) indica alta disponibilidade de matérias-primas sustentáveis ainda inexploradas para a produção da matriz energética.  O Sebrae está pronto para unir energias com você e te ajudar a empreender nesta área bastante alvissareira. Conte com a gente!

Dezembro, 2022

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O que afeta o equilíbrio dos estoques?

O que afeta o equilíbrio dos estoques que mantemos? administração de materiais: – O que deve ser comprado; – Como deve ser comprado; – Quando deve ser comprado; – Onde deve ser comprado; – Por que preço deve ser comprado; – Em que quantidade deve ser comprado.

Quais as consequências de uma má gestão de estoque?

Consequências negativas da má gestão de indicadores de estoque.
Gastos desnecessários. ... .
Falta de informações alinhadas. ... .
Falta do controle sobre produtos. ... .
Queda na qualidade do serviço. ... .
Giro de estoque. ... .
Ruptura de estoque. ... .
Taxa de retorno. ... .
Perdas..

Quais os aspectos que se relacionam a gestão de estoque?

Uma boa gestão de estoque passa por equilibrar compras, armazenagem e entregas, controlando as entradas e o consumo de materiais, movimentando o ciclo da mercadoria. Além disso, deve ter como objetivo um prazo de pagamento dos fornecedores compatível com os recebimentos dos clientes.

Quais são as duas principais preocupações do gestor de estoques e qual a resposta a cada uma delas?

1° Maximizar o nível de serviço ou o nível de atendimento da demanda através de mercadorias em estoque. 2° Reduzir os custos totais do estoque por meio do giro ou da redução de investimentos e custos. 3° Otimizar a eficiência operacional dos processos de suprimento mediante a redução de custos.