Quais os principais desafios no uso das redes sociais na educação?

As redes sociais chegaram para ficar. O Facebook conta com mais de 800 milhões de usuários ao redor do mundo, enquanto o Twitter atrai mais de 200 milhões de pessoas. Não podemos esquecer também das outras redes, como Youtube até mesmo os blogs.

Não há dúvidas de que os jovens-  e até mesmo as crianças – são usuários assíduos destas ferramentas online, porém, como educadores e educadoras, precisamos nos perguntar: quais os efeitos que essas ferramentas provocam no desenvolvimentos deles?

Abaixo organizamos um breve comparativo entre os pontos positivos e os negativos que permeiam a relação dos jovens com as mídias sociais.  O conteúdo tem o objetivo de auxiliar educadores a trabalharem de forma consciente os possíveis efeitos negativos, além de contribuir para que reflitam sobre maneiras de explorar e potencializar os aspectos positivos.

Confira!

Possíveis Pontos Negativos

1. Lidar com a grande oferta de informações disponível na internet é um imenso desafio. Se não forem devidamente orientados, jovens e crianças tendem a crer na veracidade dos conteúdos que consomem na web, assumindo as famosas fake news como fontes confiáveis de informação. Tal contexto pode prejudicar os processos de aprendizagem e empobrecer o desenvolvimento de olhar crítico.

2. O jovem de hoje é multifuncional: exerce diversas atividades simultaneamente. Tal comportamento, contudo, pode trazer consequências negativas se não for bem administrado. O acesso às redes sociais durante os momentos de estudo, por exemplo, pode causar distração e interferir no desempenho acadêmico.

3. O excesso pode ser arriscado. Ao gastarem horas a fio nas redes sociais, os jovens deixam de interagir cara-a-cara , prejudicando o desenvolvimento da inteligência emocional. Com menos interações “reais”, eles correm o risco de ter a capacidade de comunicação comprometida, já que a internet não exige entonações, linguagem corporal, etc – e, por isso, podem apresentar dificuldades no convívio em sociedade.  O mundo “offline” jamais deve ser substituído pelo online.

4. A popularidade das redes sociais e a velocidade das interações online criaram novas maneiras de escrever e falar, transformando a língua portuguesa e dando a ela novos recursos, significados e sentidos. Isso pode interferir na qualidade de redação desses jovens, já que a linguagem da internet ainda não foi naturalizada como padrão em nossa sociedade e ainda se limita ao meio online. Trabalhos escolares e documentos profissionais, por exemplo, ainda exigem a linguagem formal. Contudo, palavras como “vc”, “eh”, “baum” acabam aparecendo em trabalhos acadêmicos e os jovens, muitas vezes por não se atentarem à escrita formal, acabam dependendo de corretores automáticos.

5. Ao compartilhar conteúdos na internet, os jovens nem sempre assumem postura reflexiva e responsável. É preciso lembrar que tudo o que escrevemos na web fica registrado, será visto por muitos e torna-se um conteúdo passível de julgamentos, alterações, falsificações . Posts com conteúdos comprometedores podem trazer complicações aos jovens ao longo de sua caminhada acadêmica e profissional, por exemplo. A internet é um livro aberto, por isso, orientar o jovem nesse aspecto é essencial.

6. Desenhar um perfil online hoje em dia é fácil. Construir e desconstruir tornou-se parte da vida desses jovens. Eles fazem perfis virtuais, definem quem são, apagam perfis, somem e aparecem quando bem entendem. Nessa dinâmica, eles controlam o que querem ser e quando querem ser, o que pode ser bastante perigoso em um mundo que clama por diálogo, empatia e por respeito às diferenças. Saber conviver é premissa para uma sociedade saudável e as mídias sociais podem despertar, em alguns, comportamentos autoritários, egoístas e até mesmo agressivos. Por isso, é preciso educar para a paz. Só assim, independente do espaço que ocuparem, os jovens saberão da responsabilidade que possuem com o mundo.

Possíveis Pontos Positivos

1. As mídias sociais aumentaram a interatividade e a possibilidade dos alunos se expressarem e colaborarem com a produção de informação. A dinâmica rápida (quase instantânea) do mundo online deu ao jovem a capacidade de desenvolver pensamento rápido, qualidade que é extremamente apreciada no contexto em que vivemos.

2. As redes sociais ensinam os jovens importantes situações do mundo real. A noção de “rede de contatos”, por exemplo, exercitada em canais como Facebook, pode ajudar o jovem a criar redes de contato sólidas, que irão contribuir tanto para o seu desenvolvimento pessoal, como profissional e acadêmico.

3. Pelo enorme contato que possui com as novas tecnologias, o jovem de hoje as domina completamente. Esse domínio é muito útil, já que hoje o andamento do mundo depende dessas novas tecnologias. Ter essa habilidade é estar pronto para as exigências que virão pela frente.

4. A internet abre um mundo favorável à criatividade. Ter seu próprio blog ou seu site de fotos, por exemplo, dá abertura para que o jovem se expresse e mostre seu talento. Ao compartilhar com os outros, ele tem um feedback instantâneo sobre a sua produção, o que pode motivá-lo e até mesmo ajudá-lo a construir e seguir sonhos e objetivos.

O que você acrescentaria ou tiraria da lista? Deixe um comentário com a sua opinião!

(O texto que você leu é uma adaptação da matéria “The 10 Best and Worst Ways Social Media Impacts Education“)

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