Quais os recursos que podem ser empregados para pessoas cegas e com baixa visão?

São equipamentos ou instrumentos que ajudam a pessoa com baixa visão a melhorar sua visão residual, geralmente pelo aumento da imagem. Podem ser de diversos tipos.

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Óculos

Muitos deficientes visuais têm prescrição de óculos comuns, além de utilizar auxílios ópticos. É bom saber qual a finalidade dos óculos, isto é, se servem para longe, para perto ou para ambos, a fim de adequar seu uso.

Existem óculos especiais com lentes de grande aumento que servem para melhorar a visão de perto. Nesse caso, deve ser conhecida a distância focal, ou seja , a que distancia deve estar o texto que vai ser lido, de modo a facilitar sua utilização.

Há vários tipos de óculos:

    Óculos bifocais;
    Óculos binoculares com prismas;
    Óculos asféricos monoculares.

            

Quais os recursos que podem ser empregados para pessoas cegas e com baixa visão?
  
Quais os recursos que podem ser empregados para pessoas cegas e com baixa visão?

Óculos Especiais Asféricos

Quais os recursos que podem ser empregados para pessoas cegas e com baixa visão?

Lupas: Podem ser manuais ou de apoio. São muito úteis para aumentar o material de leitura, mapas, gráficos, etc. 
Estão demonstradas nas figura abaixo. Lembrar que quanto maior o aumento da lupa menor o campo de visão. 
Com isso há, também, diminuição da velocidade de leitura e maior fadiga visual.

Quais os recursos que podem ser empregados para pessoas cegas e com baixa visão?

Telelupa montada em óculos

Quais os recursos que podem ser empregados para pessoas cegas e com baixa visão?

Telescópio manual

Quais os recursos que podem ser empregados para pessoas cegas e com baixa visão?

São usados para leitura de longe, como por exemplo, na lousa.
Existem telelupas de foco fixo (deve ser conhecida a distância exata entre o estudante e a lousa)
e de foco regulável. A leitura na lousa deve ser realizada por partes. 
Lembrar que os sistemas telescópicos restringem muito o campo visual.

Jonir Bechara Cerqueira  &  Elise de Melo Borba Ferreira  

Quais os recursos que podem ser empregados para pessoas cegas e com baixa visão?



Resumo | Os materiais did�ticos s�o de fundamental import�ncia para a educa��o de deficientes visuais. Este texto pretende definir, classificar e ilustrar alguns destes materiais, al�m de apresentar recursos dispon�veis a partir da utiliza��o de equipamentos de inform�tica.

Introdu��o

Talvez em nenhuma outra forma de educa��o os recursos did�ticos assumam tanta import�ncia como na educa��o especial de pessoas deficientes visuais, levando-se em conta que:

  • um dos problemas b�sicos do deficiente visual, em especial o cego, � a dificuldade de contato com o ambiente f�sico;

  • a car�ncia de material adequado pode conduzir a aprendizagem da crian�a deficiente visual a um mero verbalismo, desvinculado da realidade;

  • a forma��o de conceitos depende do �ntimo contato da crian�a com as coisas do mundo;

  • tal como a crian�a de vis�o normal, a deficiente visual necessita de motiva��o para a aprendizagem;

  • alguns recursos podem suprir lacunas na aquisi��o de informa��es pela crian�a deficiente visual;

  • o manuseio de diferentes materiais possibilita o treinamento da percep��o t�til, facilitando a discrimina��o de detalhes e suscitando a realiza��o de movimentos delicados com os dedos.

Defini��o

Recursos did�ticos s�o todos os recursos f�sicos, utilizados com maior ou menor freq��ncia em todas as disciplinas, �reas de estudo ou atividades, sejam quais forem as t�cnicas ou m�todos empregados, visando auxiliar o educando a realizar sua aprendizagem mais eficientemente, constituindo-se num meio para facilitar, incentivar ou possibilitar o processo ensino-aprendizagem. De um modo gen�rico, os recursos did�ticos podem ser classificados como:

  • Naturais: elementos de exist�ncia real na natureza, como �gua, pedra, animais.

  • Pedag�gicos: quadro, flanel�grafo, cartaz, gravura, �lbum seriado, slide, maquete.

  • Tecnol�gicos: r�dio, toca-discos, gravador, televis�o, v�deo cassete, computador, ensino programado, laborat�rio de l�nguas.

  • Culturais: biblioteca p�blica, museu, exposi��es.

O bom aproveitamento dos recursos did�ticos est� condicionado aos seguintes fatores:

  • capacidade do aluno;

  • experi�ncia do educando;

  • t�cnicas de emprego;

  • oportunidade de ser apresentado;

  • uso limitado, para n�o resultar em desinteresse.

Sele��o, adapta��o e confec��o

Na educa��o especial de deficientes visuais, os recursos did�ticos podem ser obtidos por uma das tr�s seguintes formas:

Sele��o Dentre os recursos utilizados pelos alunos de vis�o normal, muitos podem ser aproveitados para os alunos cegos tais como se apresentam. � o caso dos s�lidos geom�tricos, de alguns jogos e outros.

Adapta��o H� materiais que, mediante certas altera��es, prestam-se para o ensino de alunos cegos e de vis�o subnormal. Neste caso est�o os instrumentos de medir, como o metro, a balan�a, os mapas de encaixe, os jogos e outros.

Confec��o A elabora��o de materiais simples, tanto quanto poss�vel, deve ser feita com a participa��o do pr�prio aluno. � importante ressaltar que materiais de baixo custo ou de f�cil obten��o podem ser freq�entemente empregados, como: palitos de f�sforos, contas, chapinhas, barbantes, cartolinas, bot�es e outros.

Com rela��o ao uso, os recursos devem ser:

  • Fartos: para atender a v�rios alunos simultaneamente;

  • Variados: para despertar sempre o interesse da crian�a, possibilitando diversidade de experi�ncias;

  • Significativos: para atender aspectos da percep��o t�til (significativo para o tato) e ou da percep��o visual, no caso de alunos de vis�o subnormal.

Materiais b�sicos

Para alcan�ar desempenho eficiente, o aluno deficiente visual, especialmente o aluno cego, precisa dominar alguns materiais b�sicos, indispens�veis no processo ensino-aprendizagem. Entre esses materiais, destacam-se: reglete e pun��o, sorob� (�baco), textos transcritos em Braille e gravador cassete.

Na medida do poss�vel, o educando dever� usar m�quina de datilografia Braille, cujo rendimento, em termos de rapidez, pode mesmo ultrapassar o da escrita cursiva dos videntes.

A m�quina de datilografia comum pode ser utilizada pelo aluno deficiente visual, a partir da quarta s�rie, na apresenta��o de pequenos trabalhos escolares. Constitui-se num valioso recurso de comunica��o nas fases posteriores da aprendizagem e tem in�meras aplica��es na vida pr�tica e no desempenho de muitas profiss�es.

Para alunos de vis�o subnormal, na maioria dos casos, os recursos did�ticos mais usados s�o:

  • cadernos com margens e linhas fortemente marcadas e espa�adas;

  • l�pis com grafite de tonalidade forte;

  • caneta hidrocor preta;

  • impress�es ampliadas;

  • materiais com cores fortes e contrastantes.

Crit�rios

Na sele��o, adapta��o ou elabora��o de recursos did�ticos para alunos deficientes visuais, o professor dever� levar em conta alguns crit�rios para alcan�ar a desejada efici�ncia na utiliza��o dos mesmos, tanto para crian�as cegas como para as crian�as de vis�o subnormal.

Tamanho: os materiais devem ser confeccionados ou selecionados em tamanho adequado �s condi��es dos alunos. Materiais excessivamente pequenos n�o ressaltam detalhes de suas partes componentes ou perdem-se com facilidade. O exagero no tamanho pode prejudicar a apreens�o da totalidade (vis�o global).

Significa��o T�til: o material precisa possuir um relevo percept�vel e, tanto quanto poss�vel, constituir-se de diferentes texturas para melhor destacar as partes componentes. Contrastes do tipo: liso/�spero, fino/espesso, permitem distin��es adequadas.

Aceita��o: o material n�o deve provocar rejei��o ao manuseio, fato que ocorre com os que ferem ou irritam a pele, provocando rea��es de desagrado.

Estimula��o Visual: o material deve ter cores fortes e contrastantes para melhor estimular a vis�o funcional do aluno deficiente visual.

Fidelidade: o material deve ter sua representa��o t�o exata quanto poss�vel do modelo original.

Facilidade de Manuseio: os materiais devem ser simples e de manuseio f�cil, proporcionando ao aluno uma pr�tica utiliza��o.

Resist�ncia: os recursos did�ticos devem ser confeccionados com materiais que n�o se estraguem com facilidade, considerando o freq�ente manuseio pelos alunos.

Seguran�a: os materiais n�o devem oferecer perigo para os educandos.

Recursos did�ticos espec�ficos

Modelos

A dificuldade de contato com o ambiente, por parte da crian�a deficiente visual, imp�e a utiliza��o freq�ente de modelos com os quais podem ser razoavelmente superados problemas de: tamanho dos objetos originais, dist�ncia em que se encontram e impossibilidade de contato.

A melhor maneira de se dar ao aluno deficiente visual a no��o do que seja uma montanha, por exemplo, � mostrar-lhe um modelo deste acidente geogr�fico. Ainda que se considere a possibilidade de a crian�a subir a eleva��o, ter� ela apenas a id�ia do caminho percorrido.

Os modelos devem ser criteriosamente escolhidos e, sempre que poss�vel, sua apresenta��o ao aluno ser acompanhada de explica��es verbais objetivas. Objetos muito pequenos podem ser ampliados, para que se tornem percept�veis detalhes importantes. Objetos situados a grandes dist�ncias, inacess�veis portanto, precisam ser apresentados sob forma de modelos. O formato de uma nuvem, a forma do sol, da lua, s� podem ser apreendidos pelos alunos atrav�s de modelos miniaturizados.


Mapas

Os mapas pol�ticos, hidrogr�ficos e outros, podem ser representados em relevo ou, no caso do primeiro, por justaposi��o das partes (encaixe). Mapas em relevo podem ser confeccionados com linha, barbante, cola, cartolina e outros materiais de diferentes texturas. A riqueza de detalhes num mapa pode dificultar a percep��o de detalhes significativos.

Livro did�tico

O emprego de desenhos, gr�ficos, cores nos livros modernos vem dificultando de forma crescente sua transcri��o para o Sistema Braille. Este fato imp�e a ado��o de uma das seguintes solu��es:

  • adapta��o do livro para transcri��o em Braille;

  • elabora��o de livros especiais para cegos.

A primeira solu��o pode acarretar perda de fidelidade quanto ao original, da� a necessidade de tais adapta��es serem feitas por pessoa realmente especializada na educa��o de deficientes visuais. A segunda, embora atenda �s peculiaridades do aluno cego, � onerosa e lenta na elabora��o, decorrendo, assim, dificuldades em sua aplica��o quando inexistirem recursos materiais indispens�veis.

Livro falado

� o livro gravado em fitas cassete. De ampla utiliza��o no Brasil, constitui eficiente recurso como livro did�tico no segundo grau e no ensino superior. A utiliza��o do livro falado, no primeiro grau, deve limitar-se tanto quanto poss�vel, � literatura ou aos did�ticos de leitura complementar.

Avan�os tecnol�gicos

O grande avan�o tecnol�gico verificado nos �ltimos anos vem proporcionando, tamb�m � educa��o especial, recursos valiosos para o processo ensino-aprendizagem, inclusive com a utiliza��o de equipamentos de inform�tica. Entre esses recursos podem ser destacados:

Sistema de leitura ampliada: Circuito Fechado de Televis�o (CCTV)Apresenta-se monocrom�tico ou colorido, podendo ampliar at� 60 vezes o tamanho de um car�cter e funciona como perif�rico, acoplado a um microcomputador.

Programas (Softwares): Providos de recursos para amplia��o de caracteres, permitindo sua leitura em monitores, bem como sua impress�o.

ThermoformDuplicador de materiais, empregando calor e v�cuo, para produzir relevo em pel�cula de PVC.

Braille faladoMinicomputador, pesando 450g e dispondo de sete teclas atrav�s das quais o aparelho pode ser operado, para edi��o de textos a serem impressos no sistema comum ou em Braille. O Braille Falado, conectado a um microcomputador, pode ser utilizado como sintetizador de voz, transferir ou receber arquivos. Funciona ainda como agenda eletr�nica, calculadora cient�fica e cron�metro.

MicrocomputadorEquipamento que amplia recursos na �rea da educa��o especial, na vida pr�tica e em atividades profissionais dos deficientes da vis�o. Os computadores existentes no mercado, providos de programas espec�ficos e de diferentes perif�ricos, podem ser operados normalmente pelas pessoas cegas. Entre os perif�ricos, podem ser destacados:

Sintetizadores de vozConectados a um computador, permitem a leitura de informa��es exibidas em um monitor. Dentre as diferentes modalidades produzidas em outros pa�ses, inclusive com voz sintetizada na l�ngua portuguesa, destaca-se o DOSVOX, desenvolvido pelo N�cleo de Computa��o Eletr�nica da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Terminal Braille (Display Braille)Representa, em uma ou duas linhas, caracteres Braille correspondentes �s informa��es exibidas em um monitor. Os caracteres Braille s�o produzidos por pinos que se movimentam verticalmente em celas, dispostas numa placa, geralmente met�lica.

Impressora BrailleExistem hoje, no mercado mundial, diferentes tipos de impressoras Braille, seja para uso individual (pequeno porte) ou para produ��o em larga escala (m�dio e grande porte). As velocidades de produ��o s�o muito variadas. Essas impressoras, geralmente, podem imprimir Braille interpontado ou n�o em seis ou oito pontos, bem como produzir desenhos. Algumas impressoras Braille podem utilizar folha solta, mas a maioria funciona com formul�rio cont�nuo.

Scanner de MesaA transfer�ncia de textos impressos para microcomputadores (via scanner) vem alcan�ando ampla utiliza��o entre estudantes e profissionais deficientes da vis�o. O texto digita��li���zado pode ser lido atrav�s de um sintetizador de voz de um terminal Braille, impresso em Braille ou no sistema comum ampliado. O scanner pode ser operado com facilidade por um deficiente visual.

Sistema Operacional DOSVOXO N�cleo de Computa��o Eletr�nica da UFRJ (NCE) vem se dedicando � implementa��o de um sistema destinado a atender aos deficientes visuais que desejem utilizar computadores para desempenharem diferentes tarefas. Neste sentido, foram desenvolvidas as seguintes ferramentas computacionais:

  • sintetizador de voz port�til que possibilita a produ��o de fala, ainda que o computador n�o possua placa de som;

  • sistema operacional complementar ao DOS, destinado a produzir sa�da sonora com fala em l�ngua portuguesa;

  • editor de textos;

  • caderno de telefones, agenda de compromissos, calculadora, rel�gio, jogos etc.;

  • utilit�rios para acesso � INTERNET, para preenchimento de cheques e outros.

O Sistema DOSVOX alcan�ou ampla aceita��o em todo o Brasil, registrando-se v�rias centenas de usu�rios, muitos deles, estudantes de diferentes n�veis de escolaridade.

O Instituto Benjamin Constant mant�m cursos do Sistema Operacional DOSVOX, e possui um Laborat�rio de Pesquisa em Computa��o para Deficientes Visuais em coopera��o com a Universidade Federal do Rio de Janeiro.

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Jonir Bechara Cerqueira e Elise de Melo Borba Ferreira s�o professores do Instituto Benjamin Constant.
Fonte: Revista do Instituto Benjamin Constant, Abril 2000

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15.Mar.2012 publicadopor MJA

Quais recursos podem ser empregados para pessoas cegas e com baixa visão?

Também individualmente o cego ou pessoa com baixa visão utiliza lupa, bengala, cão-guia, óculos escuros, viseira etc, todos com o intuito de auxiliá-lo nas tarefas do dia a dia.

Quais são os recursos ópticos para os alunos com baixa visão?

Óculos binoculares com prismas; Óculos asféricos monoculares. Lupas: Podem ser manuais ou de apoio. São muito úteis para aumentar o material de leitura, mapas, gráficos, etc.

Quais são os materiais de tecnologia assistiva para alunos com baixa visão e cegueira?

Entre eles estão: óculos comuns, as lentes de contato, sistemas telescópios manuais de foco ajustável e sistemas telescópios de foco fixo, lupas manuais, óculos especiais com lentes de grande aumento.

Quais recursos poderão ser indicados para a inclusão digital das pessoas com deficiência visual e ou auditiva?

Acessibilidade ao computador mouses adaptados com acionadores diversos; recurso de reconhecimento de voz; impressoras em braile; softwares que captam o movimento da cabeça, dos olhos e entendem como comandos.