O sedentarismo é a falta ou ausência de atividades físicas, resultando em um gasto calórico reduzido. Show
Uma pessoa é considerada sedentária quando não consegue gastar o mínimo de 2.200 calorias por semana com atividades físicas. O indivíduo ativo deve gastar no minimo 300 calorias por dia. O sedentarismo possui alta incidência na população, sendo considerado um problema de saúde pública. Acredita-se que 46% da população brasileira seja sedentária. Ainda, estima-se que o sedentarismo esteja relacionado com quase 14% das mortes no Brasil. Causas do sedentarismoSedentarismoExistem várias causas para o sedentarismo, sendo a principal delas a falta de atividades físicas e de uma alimentação saudável. Algumas atividades do atual modo de vida das pessoas favorecem o sedentarismo, por exemplo:
Consequências do sedentarismoAs consequências do sedentarismo são:
Sedentarismo infantil e na adolescênciaO sedentarismo não acomete apenas os adultos, ele também é bastante comum na infância e adolescência, trazendo consequências para a vida adulta. Uma criança sedentária pode tornar-se um adulto obeso. Porém, as crianças magras também podem sofrer as consequências do sedentarismo. Muitas crianças substituíram o ato de brincar por assistir TV, jogar vídeo-game, usar computadores e tablets. Os adolescentes também passam horas em frente aos computadores, TV e utilizando celulares. Além da falta de atividades físicas, crianças e adolescentes tendem a se alimentar de mais doces, chocolates, biscoitos e refrigerantes, o que contribui para a obesidade. Sedentarismo e obesidadeA obesidade pode surgir em decorrência do sedentarismo. Isso acontece quando o sedentarismo é associado a uma dieta rica em açúcares e gorduras. A obesidade é o acúmulo de gordura corporal em excesso, caracterizada pelo volume excessivo do ventre e de outras partes do corpo. Dicas para sair do sedentarismoPara sair do sedentarismo é necessário dar início a realização de atividades físicas. Elas podem iniciar de forma leve e aumentar de intensidade com o tempo. A atividade física é fundamental para uma vida saudável e longe do sedentarismoAs principais dicas para sair do sedentarismo são:
No vídeo abaixo você pode conhecer mais dicas para deixar o sedentarismo longe da sua vida e ter uma rotina mais saudável: CuriosidadeO Dia Nacional do Combate ao Sedentarismo é comemorado em 10 de março. Licenciada em Ciências Biológicas (2010) e Mestre em Biotecnologia e Recursos Naturais pela Universidade do Estado do Amazonas/UEA (2015). Doutoranda em Biodiversidade e Biotecnologia pela UEA. Quem nunca aproveitou um final de semana inteiro para se jogar no sofá e "maratonar" aquela série preferida que faz a gente perder a noção do tempo? De controle remoto na mão e alguma coisa para comer por perto, adotamos um comportamento que é considerado o de maior impacto negativo para nossa saúde: ver TV por longas horas. Definido como um estilo de vida que privilegia o estar sentado ou deitado a maior parte do tempo, esse comportamento sedentário, também conhecido como sedentarismo, rouba espaço das atividades físicas e dos exercícios físicos, alterando o funcionamento de todos os sistemas do organismo. O resultado é o aparecimento de doenças crônicas e morte prematura por todas as causas possíveis. Apesar desse cenário, 70% da população em todo mundo se encaixa no grupo dos que não dedicam de 150 a 300 minutos por semana a alguma atividade que as coloque em movimento; entre os jovens, esse percentual é de cerca de 80%. RelacionadasE o quadro só piorou durante a pandemia. Mudar hábitos é difícil, mas rever a nossa relação com as telas de todos os tipos compensa: além da prevenção e do controle de enfermidades, evoluímos em direção a um estado de bem-estar geral. O que é sedentarismo?Trata-se de um estilo de vida no qual uma pessoa passa a maior parte do seu tempo acordada nas posições sentada ou deitada, o que resulta em um baixo gasto de energia. Essa condição se caracteriza também pelo pouco espaço dado à prática de atividades físicas ou exercícios. A recomendação do Ministério da Saúde, que segue as diretrizes da OMS (Organização Mundial da Saúde), é que o tempo dedicado às atividades físicas moderadas deve corresponder a de 150 a 300 minutos por semana, a depender da sua idade e condição de saúde. Causas do comportamento sedentárioMuitas situações estão relacionadas a esse estilo de vida, e elas são também influenciadas por aspectos sociais e culturais de determinados grupos. Veja, a seguir, alguns exemplos:
Importante saber que, a depender do comportamento sedentário, os resultados na saúde podem ser melhores ou piores. No entanto, ver TV é considerado o quadro com maior impacto negativo —especialmente porque, em geral, é acompanhada pelo consumo de alimentos. Os dados foram publicados no Jornal Coreano de Medicina de Família. Quem precisa ficar atento?Todas as pessoas, inclusive as crianças. Estima-se que 70% de toda a população do globo não alcançam os níveis recomendados de atividade física. Um recente estudo publicado pela prestigiosa revista médica The Lancet mostrou que, na faixa de idade entre 10 e 24 anos, esse percentual está próximo dos 80%. A média de tempo que os indivíduos permanecem inativos é de 8 horas ao dia. Consequências do sedentarismoA falta de atividade física e de exercícios influencia todos os sistemas do seu corpo, que poderão sofrer mais ou menos prejuízo, a depender das características genéticas de cada pessoa. Apesar disso, os efeitos da inatividade são os seguintes:
Doenças e complicações relacionadas ao sedentarismoManter-se inativo é considerado um fator de risco, ou seja, uma condição que facilita o aparecimento de muitas doenças crônicas e problemas de saúde, como os que você vê a seguir:
O cardiologista José Kawazoe Lazzoli inclui nessa lista a perda da aptidão cardiorrespiratória, que é a capacidade máxima de absorver oxigênio e distribuí-lo aos orgãos (como os pulmões) e músculos durante a prática de exercícios. "Quanto mais alta for essa aptidão, menor é o risco de ter doenças coronarianas, AVC, insuficiência cardíaca, arritmia [fibrilação atrial], diabetes e vários tipos de câncer". "Tenha em mente que o sedentarismo é considerado pandêmico, figura em 4º lugar entre as causas mais comuns de óbito, que soma 5,3 milhões anuais em todo o mundo", completa o médico. Como saber se você é sedentário?A prática de atividade física moderada deve corresponder de 150 a 300 minutos por semana. Uma forma de observar seu comportamento é por meio da contagem de passos diários, facilmente verificável com o uso de um pedômetro. Todos que possuem um celular têm acesso a ele. A sugestão é do fisioterapeuta e educador físico, Hugo Celso Dutra de Souza, professor do Departamento de Ciências da Saúde da FMRP-USP. "Se você ficar abaixo de 5.000 passos, você não é ativo; se contar 3.000, menos ainda. Se pensarmos que, em 1 minuto, contamos 120 passos e, em 10 minutos, 1200 —quem anda 3 mil passos tem atividade física inferior a meia hora ao dia. O ideal seriam 10 mil", diz. Para quem não alcança esse parâmetro, a falta de exercícios no dia a dia pode levar à manifestação de sinais e sintomas, tais como:
Existem exames que detectam o sedentarismo?Alguns testes ajudam a avaliar as condições físicas decorrentes da falta de atividade física, como os exames ergométrico (avalia o funcionamento cardiovascular, quando submetido a esforço físico), o cardiopulmonar ou ergoespirométrico (considerados padrão ouro) e bioimpedância (analisa a composição corporal, indicando a quantidade aproximada de músculo, osso e gordura). Outros exemplos são exames de sangue para avaliação das funções metabólicas, como a glicemia e o colesterol, além de alterações no fígado, como o depósito de gordura no órgão (esteatose hepática), entre outros. Como não existe um exame específico para monitorar as complicações decorrentes do sedentarismo, os achados desses exames ajudam o médico a elaborar um plano de tratamento. "Ele começa com orientações de mudanças no estilo de vida. A atividade física está na base da estratégia terapêutica. É importante saber disso porque muitos pacientes não querem tomar remédios. Assim, a depender do quadro, exercícios e dieta podem resolver o problema", fala a endocrinologista Luísa Abero Valle, do HU-UFPI. Como mudar seus hábitos?Alterar a rotina é sempre desafiador, mas os especialistas concordam que a melhor forma de fazer isso é começar devagar. Afinal, é melhor fazer alguma atividade física do que nenhuma. As evidências científicas sugerem que os melhores resultados são obtidos por meio da adoção de práticas simples como:
O que é considerado razoável?Não existe uma receita única que serve para todos, porque devem ser considerados vários fatores, como a sua idade e condições gerais de saúde. "Independente disso, usar o pedômetro é uma boa medida para começar", diz o educador físico André Guimarães, do Huol-UFRN. Em geral, as atividades mais indicadas são as aeróbicas e os exercícios de força e resistência, além de alongamento, que serão integradas gradativamente. Com o tempo, elas vão se intensificando. Guimarães lembra ainda que é essencial respeitar as preferências de cada indivíduo e também estimular novas experiências. "O resultado disso é que, ao observarem a melhora gradual de seus quadros de saúde, a resistência à atividade física e aos exercícios vai reduzindo", acrescenta o especialista. Entenda a diferença entre atividade física e exercíciosAtividade física é toda prática que envolve movimentos voluntários corporais, com gasto de energia significativo e que promova interações sociais e com o ambiente. E ela não se limita aos esportes. Inclui também o que uma pessoa faz em seu tempo livre, nos deslocamentos, na escola e até executando tarefas em casa. Já o exercício físico é outro exemplo de atividade física. A diferença entre um e outro é que o primeiro é uma prática planejada, estruturada e repetitiva e tem um fim determinado: melhorar ou manter as capacidades físicas e a saúde, o peso equilibrado, além de ser orientado por profissionais de educação física. O que conta como atividade física?Nadar, caminhar, passear com o cachorro, andar de bicicleta e até ajudar na limpeza da casa conta como atividade física e garante mais movimento na vida das crianças. Para saber a intensidade da atividade que está praticando, observe essas características: Leve: exige pouco esforço e exige pequena mudança na respiração e nos batimentos do coração. Dá para conversar normalmente e até cantar. Moderada: exige mais esforço, a respiração fica mais rápida e as batimentos do coração também. Dá para conversar com dificuldade e não dá para cantar. Vigorosa: Exige muito esforço físico, a respiração e o batimento do coração são mais rápidos ainda. Não dá para falar, nem cantar. O que você ganha com isso?Além da prevenção e do controle de doenças crônicas, com possível redução de intervenções médicas (doses de medicamentos, por exemplo) e a melhora da sensação de bem-estar geral, manter-se ativo ainda pode beneficiá-lo nos seguintes aspectos:
Dicas para movimentar-se desde jáPara incluir mais atividade física em casa ou no trabalho, adote as seguintes estratégias:
Para saber mais, consulte o Guia de atividade física para a população brasileira. Fontes: André Guimarães, educador físico do Huol-UFRN (Hospital Universitário Onofre Lopes, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte), que integra a rede Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares); Hugo Celso Dutra de Souza, fisioterapeuta e profissional de educação física, mestre e doutor em fisiologia humana; professor associado do Departamento de Ciências da Saúde da FMRP-USP (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo); José Kawazoe Lazzoli, cardiologista, especialista em medicina do exercício e do esporte, presidente da Copamede (Confederação Pan-americana de Medicina do Esporte), tesoureiro da FIMS (Federação Internacional da Medicina do Esporte), docente da UFF (Universidade Federal Fluminense), e ex-presidente da SBMEE (Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte); Luísa Abero Valle, médica endocrinologista do HU-UFPI/Ebserh (Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí), vinculado à Rede Ebserh, preceptora da residência em endocrinologia da mesma instituição e professora da Faculdade de Medicina da Unifacid, em Teresina. Revisão médica: José Kawazoe Lazzoli. Referências: Ministério da Saúde Lee DH, Rezende LFM, Joh HK, Keum N, Ferrari G, Rey-Lopez JP, Rimm EB, Tabung FK, Giovannucci EL. Long-Term Leisure-Time Physical Activity Intensity and All-Cause and Cause-Specific Mortality: A Prospective Cohort of US Adults. Circulation. 2022 Jul 25. doi: 10.1161/CIRCULATIONAHA.121.058162. Epub ahead of print. PMID: 35876019. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35876019/ Van Sluijs EMF, Ekelund U, Crochemore-Silva I, Guthold R, Ha A, Lubans D, Oyeyemi AL, Ding D, Katzmarzyk PT. Physical activity behaviours in adolescence: current evidence and opportunities for intervention. Lancet. 2021 Jul 31;398(10298):429-442. doi: 10.1016/S0140-6736(21)01259-9. Epub 2021 Jul 21. PMID: 34302767; PMCID: PMC7612669. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34302767/ Park JH, Moon JH, Kim HJ, Kong MH, Oh YH. Sedentary Lifestyle: Overview of Updated Evidence of Potential Health Risks. Korean J Fam Med. 2020 Nov;41(6):365-373. doi: 10.4082/kjfm.20.0165. Epub 2020 Nov 19. PMID: 33242381; PMCID: PMC7700832. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7700832/. Quais as consequências do sedentarismo na vida da pessoa?Além disso, uma pessoa sedentária tem um risco maior de desenvolver doenças cardiovasculares, tais como infarto e AVC, pressão alta e de diabetes do tipo 2, pelo fato de que pode acontecer resistência à insulina, especialmente quando o sedentarismo é acompanhado por uma alimentação rica em açúcar e alimentos ...
Quais são as consequências do sedentarismo resposta?Consequências do sedentarismo
Atrofia muscular; Surgimento de doenças: diabetes tipo 2, hipertensão arterial e infarto do miocárdio; Acúmulo de gordura; Em alguns casos mais graves pode até levar à morte súbita.
Quais são as causas e as consequências do sedentarismo?O sedentarismo não é bom para a saúde e causa perda de força física e atrofia os músculos. Uma das saídas é começar a praticar atividade física. Além de melhorar a parte muscular e diminuir o acúmulo de gordura, evita o surgimento de diabetes tipo 2, hipertensão arterial e infarto do miocárdio.
Quais as consequências do sedentarismo para a saúde física e mental das pessoas?O indivíduo sedentário costuma apresentar problemas de autoestima, de autoimagem, depressão, aumento de ansiedade, de estresse, além de um maior risco para desenvolver os males de Alzheimer e de Parkinson.
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