Quais são as técnicas usadas para melhorar o solo?

Quais são as técnicas usadas para melhorar o solo?

As tendências para os próximos meses indicam que as chuvas devem cessar e a seca deve causar muitos prejuízos à produção cafeeira. Diante destas circunstâncias, os cafeicultores devem estar atentos com relação às práticas mais adequadas que podem ser adotadas na plantação.

1 – Solo protegido

A proteção do solo continua sendo uma das práticas mais necessárias. O cafeicultor deve manter o solo coberto o máximo possível, fazendo a roçada para manter o mato baixo. O controle do mato é uma técnica extremamente sustentável, que ajuda a manter a umidade do solo e o fornecimento de matéria orgânica à planta.

2 – Irrigação

Produtores que possuem lavouras irrigadas devem aproveitar o momento para fazer o melhor manejo possível da irrigação. Além de definir adequadamente a quantidade de água que será disponibilizada às plantas, é necessário ajustar o intervalo entre uma irrigação e outra. Ao estabelecer quando e em quanto tempo será acionado o sistema de irrigação, o cafeicultor propicia o melhor crescimento de planta, frutos e grãos. Além disso, economiza-se água e energia elétrica. Isso porque os cálculos levam em consideração expectativa de chuva, temperatura, tipo de solo, estágio de desenvolvimento e potencial de produção da planta. Dessa forma o cafeicultor só aciona o sistema de irrigação quando necessário e durante o período exigido pela lavoura, sem desperdícios, contribuindo assim, para a sustentabilidade da atividade.

3 – Poda correta

Para as lavouras que receberam a poda, deve ser dada atenção especial ao momento e à forma de desbrota. Com a seca, o desenvolvimento dos brotos pode ser prejudicado. Mas é preciso vigilância constante, para não passar da hora: a desbrota deve ser feita quando o broto tiver entre 10 cm e 20 cm, cuidadosamente. Deve-se deixar de 3 a 4 brotos na planta, dependendo do espaçamento. Os brotos que permanecerem no pé de café devem estar bem distribuídos, localizados na parte inferior e externa do caule.

4 – Adubação do cafezal

O produtor pode aproveitar o momento para planejar a adubação do cafezal, após a análise de solo e folha. Para isso, é imprescindível que o solo esteja com boa umidade. O ideal é aplicar adubo, químico ou orgânico, após chuva de boa intensidade ou irrigação. O solo molhado permite o deslocamento dos nutrientes até as raízes e sua adequada absorção. Aplicar adubo com o solo seco é desperdício: os nutrientes não são aproveitados pela planta e o produtor acaba tendo prejuízo.

5 – Monitoramento de pragas

Recomenda-se também o monitoramento constante de pragas e doenças, onde são problemas potenciais que podem manifestar com maior ou menor intensidade nestas condições. Dependendo do resultado do monitoramento, o produtor avalia se há necessidade de controle. Isso porque, com a seca, a incidência de algumas pragas e doenças pode diminuir, e não há necessidade de aplicação de defensivos.

6 – Equilíbrio Nutricional

O equilíbrio ou balanço nutricional de todos nutrientes e fundamental, pois um elemento desbalanceado pode limitar os demais, esse equilíbrio  pode ser um grande aliado dá planta, principalmente no controle de algumas doenças no cafezal,  onde sua deficiência limita a resistência e o crescimento dá planta sendo assim mais propício e entrada dá doença e consequentemente queima de reserva de energia dá planta.

A adoção destas técnicas é fundamental para uma melhor convivência com a seca, garantindo bons resultados na lavoura. Para obter mais orientações procure um de nossos representantes.

Compactação, erosão, salinização e poluição química são apenas alguns problemas que tornam o solo inviável para a atividade agrícola. Esses fatores podem ser causados por chuvas, manejo de irrigação inadequado, pisoteio do gado e uso descontrolado de fertilizantes e defensivos. Diante desse cenário, exige-se que sejam aplicadas ações de recuperação do solo para garantir a produtividade agrícola no país.

Mas qual é o panorama do solo brasileiro? O que se tem feito para reverter a crescente degradação? E quais são as melhores práticas para garantir a recuperação do solo? Continue a leitura e descubra as respostas!

A recuperação de solo no Brasil

Iniciando-se de um ponto de vista global, dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) em parceria com a Embrapa revelam que 33% das terras já estão em estágio de degradação. Essa condição traz consigo outros prejuízos, como o agravamento de enchentes, redução/perda de nutrientes e menor capacidade do solo de captar o carbono da atmosfera, o que também tem papel nas mudanças climáticas.

O mesmo estudo aponta que até 40 bilhões de toneladas de solos cultiváveis são perdidos em decorrência da erosão, o que acarreta uma perda estimada de 7,6 milhões de toneladas/ano na produção de cereais no mundo.

A situação aqui no Brasil não é menos preocupante. No Atlas das Áreas Suscetíveis à Desertificação do Brasil, lançado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), 180.000 km² já estão em processo “grave e muito grave” de desertificação. Os estados mais afetados estão no Nordeste do país, impactando a vida de pelo menos 30 milhões de pessoas. O documento aponta, porém, para uma área muito maior de suscetibilidade ao problema: são cerca de 1.340.000 km² de solos ameaçados.

Mas que iniciativas existem para a recuperação do solo brasileiro? Essas ações visam devolver às áreas degradadas sua funcionalidade ambiental. A Política Nacional do Meio Ambiente fomenta a implementação de Centros de Referência em Recuperação de Áreas Degradadas (CRADs), define práticas de recuperação para esses solos e institui um plano nacional de recuperação.

Nesse contexto, surgem diversas iniciativas, como o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas na Amazônia (Pradam), o Programa Integrado de Conservação de Solo e Água do Paraná (Prosolo) e o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas, que funciona em consonância com o Projeto São Francisco.

As melhores práticas de recuperação do solo

Vamos listar aqui boas práticas de recuperação do solo degradado e os benefícios que elas podem trazer à lavoura.

Rotação de culturas

Rotacionar significa alternar a cultura plantada dentro do mesmo talhão. Diferentemente da sequência de culturas, em que se planta uma espécie após a outra, na rotação as culturas se desenvolvem simultaneamente. Essa prática contribui de diversas formas para a recuperação do solo degradado:

  • evita o esgotamento nutricional gerado pela monocultura;
  • promove a aeração do solo por meio de espécies vegetais com sistemas radiculares diferenciados;
  • contribui para a fertilidade do solo com a herança biológica remanescente de cada cultura;
  • controla pragas e doenças.

A escolha das culturas utilizadas deve levar em conta condições do solo, mão de obra, implementos agrícolas necessários e disponíveis, mercado consumidor e diversidade biológica.

Recuperação de pastagens

As pastagens, quando planejadas de forma adequada, são uma ótima opção para proteger os solos contra a erosão. Uma ideia é usar um tipo de pastoreio rotativo para evitar o excesso no pisoteio. Além disso, fazer a ressemeadura e as adubações regulares da pastagem pode garantir uma densidade apropriada da cobertura, alimento para o gado e, ao mesmo tempo, proteção contra erosão.

Cordões de vegetação permanente

Os cordões de vegetação permanente funcionam como barreiras vivas ou faixas de retenção formadas por plantas perenes organizadas em fileiras no contorno do terreno. Eles formam pequenas represas naturais que acumulam sedimentos com o tempo. Normalmente são usados em áreas íngremes para reduzir a erosão comum nesse relevo.

Levando em conta que se recomenda utilizar espécies de valor comercial ao agricultor, as mais plantadas são:

  • capim-vetiver;
  • erva-cidreira;
  • capim-gordura;
  • cana-de-açúcar;
  • capim-elefante.

Para adotar essa prática, é importante lembrar que, quanto maior a intensidade das chuvas e a declividade do terreno e menor a profundidade do solo, mais próximo deve ser o espaçamento entre os cordões.

Introdução de leguminosas

As leguminosas têm uma função importante nos métodos sustentáveis de manejo: são capazes de aumentar a disponibilidade de nitrogênio do solo e devolver a ele matéria orgânica. Assim, espécies arbustivas e arbóreas que suportam crescer em condições mais adversas têm sido usadas para aumentar a atividade biológica da terra por meio do aporte de material vegetal. Essa técnica é amplamente aplicada na já mencionada rotação de culturas.

Manejo Integrado de Pragas (MIP)

O MIP é uma técnica que visa reduzir os danos causados por pragas na lavoura aplicando métodos de controle mais naturais. Isso inclui a inserção de insetos predadores, adubação equilibrada, poda, raleio, retirada de parte da planta afetada, entre outros.

Com isso, diminui-se a aplicação de defensivos agrícolas, prática essa que, se mal planejada, pode contribuir para desenvolver pragas e doenças mais resistentes, contaminar recursos naturais e comprometer a segurança alimentar do consumidor.

Reflorestamento e florestamento

Como o nome já deixa claro, esses métodos objetivam ocupar com vegetação densa solos de baixa fertilidade ou com grandes riscos à erosão. A formação dessas florestas é capaz também de proteger as fontes e os cursos de água.

Solos que não poderiam ser usados para culturas anuais são assim beneficiados com atividades econômicas relacionadas à produção de madeira, lenha, carvão, celulose e resina, por exemplo.

Descarte correto de embalagens

O mau gerenciamento das embalagens usadas de defensivos é um grande risco para a produtividade do solo. Quando descartadas de forma inadequada, podem poluir também recursos hídricos. Por isso, o agricultor precisa lavar, inutilizar e entregar essas embalagens em uma unidade de recebimento indicada pelo revendedor na nota fiscal do produto.

Os principais desafios do setor

Certamente, quando falamos em recuperação do solo, ainda existem muitos desafios a serem vencidos. Imperam o pensamento imediatista e os valores econômicos em primeiro plano. Também faltam recursos humanos e financeiros em muitas regiões para implementar as melhores práticas.

Muitos produtores preferem investir na aquisição de uma nova área do que adotar ações que recuperem a terra degradada, especialmente devido aos custos e ao tempo envolvido no processo. Afinal, dependendo do grau de perdas, as soluções vão muito além do reflorestamento e das práticas paliativas. Exige-se, na verdade, um plano de recuperação que traz resultados mais de longo prazo.

Apesar de ser uma discussão até recente no país, já existe muito avanço na legislação ambiental para a recuperação do solo. E com a disseminação de conhecimentos e de boas práticas, diversos atores do agronegócio têm se tornado agentes de transformação em suas respectivas comunidades.

Quer saber mais sobre como a tecnologia pode contribuir para práticas agrícolas mais sustentáveis e produtivas? Leia o nosso post sobre Agricultura 4.0 e fique por dentro dessa revolução!

Quais são as técnicas de combate aos problemas do solo?

A principal técnica utilizada hoje no Brasil para diminuir os problemas causados pela erosão é o Sistema de Plantio Direto (SPD). O SPD é baseado em três pilares essenciais para aumentar a conservação do solo e da água.

Quais técnicas são utilizadas para o manejo do solo?

Leia abaixo!.
Preparo convencional do solo. ... .
Plantio direto do solo. ... .
Rotação de cultura com plantas leguminosas. ... .
Eliminação da queima da palhada..