Quais são as teorias de liderança

Quando se fala em tipo de liderança pressupõem-se os tipos de liderança entre gestores e operacional nas relações sociais e profissionais, que podem desencadear comportamentos negativos ou positivos. Daí a importância de se investigar os tipos de liderança aplicáveis nas relações entre líder e equipe no decorrer do processo de comunicação interpessoal na organização formal e o papel da liderança diante de possíveis embates na ocorrência desse encontro.

Vários autores conceituam a liderança como a habilidade criativa existente nas pessoas, entretanto, isso demanda tempo e comprometimento entre liderado e líder, o que necessita de confiança de um para o outro, reciprocamente. Os líderes estão preocupados com o serviço: pode-se dizer que eles enfrentam a vida como uma missão e não como uma carreira. Segundo o curso de Gestão Estratégica com foco em Administração Pública, ministrado pelo (ILB, SENADO FEDERAL, 2017), o primeiro estilo era considerado como “mau” e o segundo, como “bom”, lembrando que o estilo autoritário não se relaciona com o estilo “mau” e sim com o de ser firme.

São capazes de reconhecer seu próprio valor, que se manifesta através de sua coragem e de sua integridade e através da falta de necessidade de gabar-se... São abertos na maneira simples, direta e não manipuladora com que se comunicam. (Covey, 1994, p.10).

Líder é o indivíduo que todos querem seguir, e os seus seguidores visualizam no líder a virtude de saber dar-lhes atenção e os ouvi-los, diversos líderes contemporâneos derivaram-se de uma sociedade cujas empresas seguiam o paradigma respeitável de liderança, nas quais eles simplesmente eram os mediadores – nomeados pelas organizações – que faziam as ordens serem obedecidas. (ILB, SENADO FEDERAL, 2017).

A postura atual do líder deve ser empreendedora, criadora, para a aquisição de resultados aceitáveis. Deseja-se que os líderes que demonstrem o paradigma patriarcal estejam prontos para atuar na conjuntura do novo milênio, de maneira distinta.

Entretanto, dentro de uma mesma organização, o que pode dar certo em uma equipe pode não dar certo em outra. Dessa maneira ocorre pelo fato de a equipe ser formada por humanos, seres que detêm personalidade, aparência e caráter ímpar. Contudo, mesmo com tantas particularidades, existem quesitos que se assemelham entre os indivíduos. A necessidade de comer quando acordamos é um exemplo de precisão necessária e ordinária a todos. Assim sendo, os três pilares básicos para atingir metas são: conhecimento geral, conhecimento técnico e liderança. (ILB, SENADO FEDERAL, 2017).

Algumas características de líderes, referenciadas em oito conceitos, de acordo com Covey (1994). Os líderes sempre estão adquirindo conhecimento: existe uma continua busca de aprendizado na vida de indivíduo desse tipo, buscam por treinamento, leitura conhecedora, ouvem os outros, eles assistem aulas, aprendem ao ver e ao escutar. São exageradamente entusiasmados e sempre estão a fazer perguntas, com frequência elaborando habilidades novas e gostos. Quanto mais sabem, percebem que sabem nada, ou seja, um aprendizado eterno.

Líderes estão inclinados para o trabalho: podemos dizer que os líderes defrontam o viver como uma tarefa e não como uma ocupação.

Os líderes emanam boas energias: “As pessoas baseadas em princípios têm uma aparência alegre, agradável e feliz. Sua atitude é otimista, positiva, para cima, e seu espírito é entusiasta, esperançoso e cheio de fé”. (COVEY, 1994, p.9).

Esses mesmos líderes acabam a anular essas energias e com conhecimento sabem resolvê-las. Nas outras pessoas os lideres confiam: esses seres não se sentem acima ou melhores pelo simples ato de encarar as dificuldades do próximo. Creem, verdadeiramente, na capacidade implícita dos indivíduos.

Fazendo uma analogia com Maquiavel (2001), pois no mesmo período em que Maquiavel dava orientações ao príncipe, também norteava o povo. Pensava que era cabível eles chegarem ao comando, se quisessem assim seria e se tivessem meios e capacidade para tal conquista.

Suas vidas são estáveis: os líderes se mantinham sempre a par dos assuntos e conhecimentos atuais. Dispunham de vários amigos, entretanto poucos de sua confiança. (ILB, SENADO FEDERAL, 2017).

Conforme uma revisão das teorias de liderança realizada por Robbins (1999), verificou-se que são quatro as abordagens mais recentes. São elas: teoria de atribuição de liderança, liderança carismática, liderança transacional versus transformacional e liderança visionária.

A teoria de atribuição de liderança é utilizada como forma de ajuda para explicar o conceito de liderança. Esta teoria se dá com pessoas tentando fazer uma menção entre causa e efeito. Quando algo acontece, deve ser atrelado a algum fator.

Desta maneira, não existe um “estilo” certo na liderança. Ao se observar um líder, pode-se verificar que tomará variadas decisões no decorrer de sua função.

O mesmo acontece com os líderes, pois “a teoria da atribuição diz que liderança é meramente uma atribuição que as pessoas fazem a outros indivíduos” (ROBBINS, 1999).

Para o curso de em Gestão Estratégica com foco em Administração Pública ministrado pelo (ILB, SENADO FEDERAL, 2017), os líderes dessa teoria detêm alguns traços visíveis de personalidade. São considerados detentores de grandes habilidades verbais, agressivos, compreensivos e dispostos a trabalhar.

A teoria da liderança carismática é considerada como a continuidade da atribuição de liderança. Entretanto, os líderes carismáticos possuem três características visíveis que os diferem de um líder não carismático. São elas: confiança extremamente elevada, controle e grandes convicções naquilo que acreditam. (ILB, SENADO FEDERAL, 2017).

O carismático, normalmente, influencia sua equipe por meio de processos chamativos, articulados por eles mesmos. Com isso, uma expectativa é criada nos liderados, fazendo com que surja um elo entre o presente e um futuro melhor para a equipe. O líder externa expectativas de alto desempenho e demonstra, aos membros de sua equipe, confiança de que eles conseguem atingi-las. Além de estar sempre demonstrando a eles que, se for preciso, dá exemplos para atingir o desejado.

“Nada torna um príncipe tão estimado quanto realizar grandes empreendimentos e dar de si raros exemplos” (MAQUIAVEL, 2001). Entretanto, ainda que alguns autores indiquem que carisma não pode ser aprendida, a grande parte dos especialistas afirmam que os indivíduos podem adquirir treinamento com a intenção de demonstrar comportamentos carismáticos.

A liderança carismática é mais indicada quando se tem um propósito ideológico, dessa forma se torna mais comum a aparição de um líder carismático na política ou na guerra, ou então quando uma organização está criando algo grandemente novo ou passando por uma situação crítica.

Pode se verificar um propósito ideológico na frase de Sun Tzu na sua obra a arte da guerra: “O general que avança sem desejar fama e recua sem temer o descrédito, cujo único pensamento é proteger seu país e prestar um bom serviço ao soberano, é a jóia do reino” (SUN TZU, 2002).

Conforme o curso em Gestão Estratégica com foco em Administração Pública ministrado pelo (ILB, SENADO FEDERAL, 2017), o líder tem uma visão voltada para o bem da organização e a satisfação pessoal de atingir as metas estabelecidas.

A liderança transacional e a transformacional: na liderança transacional, os líderes orientam ou motivam sua equipe na direção de metas pré-estabelecidas, explicando a eles quais são as prioridades do papel e da tarefa em troca de recompensas pelos esforços produzidos.

Hollander, em seu guia Leadership dynamics, consegue abranger a grande maioria desses aspectos propondo:

O processo da liderança normalmente envolve um relacionamento de influência em duplo sentido, orientado principalmente para o atendimento de objetivos mútuos, tais como aqueles de um grupo, organização ou sociedade. Portanto, a liderança não é apenas o cargo do líder mas também requer esforços de cooperação por parte de outras pessoas. (HOLLANDER, 1978, The New York: Free Press).

E os líderes transformacionais são inspiradores de seus colaboradores e os motivam a ultrapassarem seus próprios interesses para o bem da equipe e também prestam atenção nas necessidades individuais de sua equipe, além de fazerem com que eles vejam problemas velhos de novas maneiras e os estimulam e inspiram a darem mais de si para atingirem as metas estabelecidas. A liderança transformacional detém uma ligação tênue com a carismática.

“A liderança transformacional está mais fortemente correlacionada do que a liderança transacional a taxas de rotatividade mais baixas, produtividade mais alta e satisfação de empregado mais alta” (ROBBINS, 1999).

Por fim, a liderança visionária é aquela que detém a capacidade de elaborar e articular uma realista visão do futuro para o ambiente organizacional de uma equipe, a contar de acontecimentos presentes e passados.

Maquiavel, no seu livro O Príncipe, é um exemplo de líder visionário. Pode-se verificar no seguinte trecho:

Quanto aos exercícios da mente, deve o príncipe ler as histórias e refletir sobre as ações dos homens excelentes, ver como se comportaram nas guerras, e examinar as causas das vitórias e derrotas a fim de poder escapar destas e imitar aquelas. Mas, sobretudo, deve agir como antes agiram alguns homens excelentes que se espelharam no exemplo de outros que, antes deles, haviam sido louvados e glorificados, e cujos gestos e ações procuraram ter sempre em mente. (Maquiavel, 2001, p. 71).

De acordo com curso de em Gestão Estratégica com foco em Administração Pública ministrado pelo (ILB, SENADO FEDERAL, 2017), não basta o líder ter apenas a visão, ele deve demonstrar a visão aos outros, e para isso é preciso que tenha comunicação oral e escrita compreensível. Além disso, ele deve exemplificar tal visão através de comportamentos e estendê-la para a equipe como um todo, onde todas as áreas possuam conhecimento do que ocorre.

O Estilo de Liderança pode ser classificado em cinco versões. Os perfis são os seguintes: destruidor, procrastinador, paralisador, planejador e realizador. (ILB, SENADO FEDERAL, 2017).

Os de perfil destruidor são completamente egocêntricos e enxergam o mundo a partir de suas próprias convicções. Não detêm consideração para com os outros e extraem vantagem daqueles que agem de acordo com o solicitado.

Os procrastinadores são pessoas absolutamente nervosas e relutantes. Tendem a procrastinar as obrigações que necessitam de execução ou se distanciam delas. Os paralisadores são tipos de líderes que ficam parados no tempo. Praticamente vivem de algum passado feliz, que lhe trazem orgulho e tentam de toda maneira revivê-lo.

Os líderes planejadores detêm o perfil de liderança que envolve lidar com o mundo real, em tempo real, eles se importam com o ambiente externo e também com o que podem aprender com você. O alvo dos líderes planejadores é disseminar os conhecimentos. Além de inquiridores e atenciosos, são fáceis de conviver, porém têm princípios firmes e imutáveis.

Realizadores são líderes que se propõem a realizar algo, são considerados indivíduos de brio e coerentes. Suas barganhas são bem sucedidas, seus negócios sempre são concluídos, suas estratégias são bem planejadas e transmitidas e seus liderados transparecem possuir orgulho de ter um líder realizador. (ILB, SENADO FEDERAL, 2017).

Entende-se que não há um estilo de liderança pré-estabelecido, o estilo dependerá das características que o profissional apresentará. As denominações de estilos são várias, diversas as nomenclaturas, mas a essência é praticamente a mesma.

A liderança utilizada dependerá do ambiente no qual o profissional estará inserido. A liderança carismática é mais indicada quando existir um propósito ideológico, no entanto, se a situação for de combate, a liderança autoritária tem um perfil mais adequado.

Maquiavel (2001), ressalta que: “seria muito vanglorioso um príncipe possuir apenas qualidades boas. Porém, devido às próprias condições humanas e ambientais, isso se torna algo difícil de executar”.

Observando as variadas mudanças no dia-a-dia, é visível o valor de um líder servindo de orientação, indicando a direção que deve ser seguida, garantindo êxito e eficiência organizacional. A liderança propõe que a pessoa aceita pelo grupo possua o poder de conduzi-lo. Significa que existe o poder de mando, porém é legitimado não necessariamente pela hierarquia, e sim pelo grupo.

Os líderes necessitam ter legitimidade. É a legitimidade que determina uma comunicação eficaz entre o líder e seus liderados. Essa comunicação não depende somente da maestria de se comunicar do líder, porém, muito mais, de possuir confiabilidade. A liderança legítima não necessita, de poder por parte do líder (todo líder é possuidor de efetivo ou aptidão de poder: porém nem todos os que possui são líderes), entretanto, de crédito de que detenha boa reputação que motive seus liderados. Crédito e boa reputação nessa condição, não são fruto natural ou automático de requisitos pessoais, e sim resultado de uma metodologia de compreensão da veracidade entre ações, discursos e produto. Nem sempre, contudo, confia-se no líder pelas razões certas. O ajuste de expectativas entre o líder e seu público é tão necessário quanto a explicação capaz de compensar as inconsistências percebidas. (BURNS, 1979).

Para o curso em Gestão estratégica com foco em administração Pública ministrado pelo (ILB, SENADO FEDERAL, 2017), liderança é uma técnica que pode ser assimilada, aperfeiçoada e adaptada por todos que assim desejarem, sendo assim uma forma simples e concisa pode-se dizer que liderança consiste na ação mútua entre duas ou mais pessoas, na condição de estímulos trocados entre si, com a influência da técnica utilizada por quem lidera.

Diante do exposto, conclui-se que a liderança existente entre o gestor e operacional é um dos componentes mais importantes para o sucesso da liderança desenvolvida no ambiente de trabalho. Sem que haja uma legitimidade na liderança entre estes dois sujeitos não há relação líder e liderado, incindindo na inviabilidade de construção de uma equipe.

Qual tipo de teoria de liderança?

Já a Teoria dos Estilos de Liderança parte do comportamento do líder junto às pessoas: autocrático, liberal ou democrático. Nela, buscamos a melhor entre as possíveis abordagens, considerando os efeitos na produtividade, satisfação dos colaboradores, construção de relações amizade no time etc.

Quais são os tipos de liderança?

7 tipos de liderança e suas características.
Liderança autocrática (chefe) ... .
Liderança democrática (foco no desenvolvimento do grupo) ... .
Liderança liberal. ... .
Liderança com base no coaching. ... .
Liderança situacional. ... .
Liderança técnica. ... .
Liderança carismática..

Quais são os 5 tipos de liderança?

Agora vamos conferir quais os principais tipos de liderança nas organizações e as características de cada uma..
1- Liderança autocrática. ... .
2- Liderança democrática. ... .
3- Liderança transformacional. ... .
4- Liderança carismática. ... .
5- Liderança transacional..

Quais são os 3 tipos de liderança?

Dos estudos sobre a teoria dos estilos desde o início do século 20, destacam-se três. São eles: LIDERANÇA AUTOCRÁTICA, DEMOCRÁTICA e LIBERAL. Também sabemos que não existe um estilo correto, os três estão certos, porém, o grande desafio do líder é saber quando aplicar cada estilo.