Quais são as vantagens e desvantagens da produção de soja no Brasil?

A mercadoria é a mesma. Uma soja foi plantada numa fazenda em Nova Ubiratã, norte do Mato Grosso, e outra na fazenda de Karl, no estado americano de Illinois.

As duas valem a mesma coisa. Hoje, US$ 480 a tonelada. Mas a que saiu dos Estados Unidos tem um lucro maior para Karl do que a brasileira deixa no bolso do fazendeiro do Mato Grosso.

E o surpreendente: é mais barato plantar soja no Brasil do que nos Estados Unidos. O que faz a conta se inverter e o negócio se tornar mais lucrativo para os americanos é o que chamamos de custo Brasil.

O Jornal da Globo visitou fazendas no Brasil e nos Estados Unidos para acompanhar as diferenças no transporte nos dois países.

Em Nova Ubiratã, Mato Grosso, a fazenda Joanildes trabalha num ritmo espantoso. Nove máquinas e 15 funcionários plantam soja e milho o ano inteiro nos 7.200 hectares de terras. De janeiro a março, época da colheita da soja, é ainda mais intenso, e Moacir chega a colher 16.500 toneladas de soja. Graças à produção em fazendas como essa, uma área plantada no Brasil produz 11% mais do que uma do mesmo tamanho nos Estados Unidos, uma produção que às vezes ultrapassa a própria capacidade de armazenamento.

O que acontece no local é um exemplo das dificuldades enfrentadas pelo setor. Os dois silos de armazenagem de grãos estão lotados. Sem espaço para guardar a safra, o produtor foi obrigado a deixar os grãos do lado de fora. A céu aberto.

Na fazenda de Karl, em Greenville, Illinois, a operação é bem parecida com a brasileira. Os custos são controlados com mão de ferro. Só quem trabalha é Karl e o filho dele, Jerry. E o caminhão não faz longas viagens. Essa soja vai daqui para um silo que fica bem pertinho. Depois, não tem mais caminhão no transporte.

O comum mesmo é gastar só 40 minutos até o que eles chamam de "elevador": terminais montados na beira dos rios que recebem grãos de caminhões e de trens. Todos os dias, dezenas de balsas são cheias com toneladas de soja. Chegou a hora do capitão avisar: está tudo pronto para a partida.

A soja colhida em Nova Ubiratã vai até Sorriso em caminhões de transporte local. De Sorriso, ela seguirá também de caminhão até Alto Araguaia, na divisa de Mato Grosso com Goiás. Daqui até o terminal de descarga, são quase mil quilômetros. E dependendo das condições da rodovia, a viagem pode demorar quase 20 horas.

Durante a viagem no Brasil, nossa equipe se deparou com muitos obstáculos. BR -163, Mato Grosso, o corredor do transporte de grãos. Nosso caminhão está carregado com milho e faz o mesmo percurso que a soja. Além do trânsito intenso, obras na rodovia. Em alguns trechos, os caminhões andam bem devagar. Os motoristas perdem um tempo precioso no caminho.

A rodovia estreita tem vários pontos perigosos. Os acidentes são frequentes. Em Mato Grosso, o trânsito de caminhões é intenso durante todo o dia, principalmente nas regiões das áreas produtoras de grãos. Por isso, alguns motoristas preferem andar a noite para fugir dos congestionamentos.

Dezoito horas depois, o caminhão chega a Alto Araguaia: 60% da soja brasileira exportada faz este percurso. Mas o trajeto está só na metade. A carga segue de trem até o porto de Santos, em mais três dias e meio de viagem. Da saída da fazenda até a chegada ao porto no Brasil, a soja demorou quase uma semana.

A tonelada da soja vale o mesmo no porto brasileiro ou no americano, mas o custo portuário no Brasil é o dobro. O de transporte de grãos é sete vezes maior no Brasil. No final, sobram no bolso do produtor brasileiro US$ 328. E no do americano, US$ 458.

“Demonstra que quanto mais deficiência logística o produtor tem, mais ele tem que pagar pra escoar o seu produto, mais eficiente ele tem que ser dentro da fazenda para ser competitivo”, diz Maria Amélia Tiroloni, Analista de grãos do Imea, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária.

Jerry, que trabalha na fazenda do pai no centro-oeste dos Estados Unidos, diz que a produtividade brasileira chama a atenção dos americanos. Ele fala que, todas as manhãs, tenta reunir o máximo de informações sobre as condições climáticas e o crescimento da lavoura no Mato Grosso. E também que, nos últimos 15 anos, fazendeiros daqui têm viajado até o Brasil para tentar entender porque a produção brasileira é tão boa. Ele diz que alguns até investem em nossas terras.

Há 80 anos, os Estados Unidos usam os rios para transportar os grãos que produzem. Isso faz toda a diferença no preço final do produto. Nesse lugar, existem 30 balsas repletas de soja, que vão levar cinco dias pra chegar no Golfo do México. Pela estrada, é bem mais rápido: só dois dias. Mas seriam necessários 2.000 caminhões pra fazer o mesmo serviço.

A soja de Karl percorre apenas uma hora e meia de caminhão de Greenville, no estado de Illinois, até Saint Louis, em Missouri. De lá, segue de barca e atravessa meio país. São mais de mil quilômetros até o porto de New Orleans, no Golfo do México.

Qual a desvantagem da produção de soja no Brasil?

Cerca de 30% do custo da soja está no frete. 30% de uma saca de 60 quilos são 20 quilos. 20 quilos de uma única saca somente para pagar o transporte dos grãos. E o peso dos impostos também incide sobre as máquinas e os equipamentos agrícolas que apresentam uma carga tributária que varia de 26 a 30%.

Quais são as vantagens e desvantagens da soja?

“A soja de fato possui muitos benefícios, mas as crianças devem consumi-la com muita moderação, já que o excesso deste alimento pode prejudicar o crescimento e proporcionar alterações hormonais. A soja possui fitoestrógeno, que é uma substância vegetal parecida com o estrógeno, o hormônio feminino.

Qual a vantagem da produção de soja no Brasil?

A liderança da soja na agricultura brasileira se deve principalmente pelo retorno econômico e versatilidade do grão, que pode ser utilizado pela indústria, como fonte de proteína para a criação animal, produção de óleo vegetal ou até mesmo na produção de biocombustíveis.

Quais são as vantagens e desvantagens da rotação de culturas?

Confira as principais vantagens e desvantagens da rotação de culturas.