ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Para MATARAZZO (1998.pág.17) “A Análise de Balanços objetiva extrair informações das Demonstrações Financeiras para a tomada de decisões” Preparação Para se efetuar o trabalho com estes métodos é usual e muito útil tomar algumas medidas antes de se iniciar as tarefas de fato. Medidas estas que serão abordadas de forma sintética e superficial neste trabalho pelo motivo de não ser este o foco ou objetivo que pretende-se alcançar. Demonstrações Contábeis Diz MARION (1984 pág. 35) que “os dados coletados pela contabilidade são apresentados periodicamente aos interessados de maneira resumida e ordenada, formando, assim, os relatórios contábeis”. Balanço Patrimonial Segundo ASSAF NETO (1998 pág. 58): Figura 03 – Modelo de Balanço Patrimonial Adaptação do Autor Demonstração de Resultado do Exercício Esta demonstração visa fornecer de forma clara e organizada, informações sobre receitas, custos e despesas chegando assim ao resultado em um dado período. Figura 04 – Demonstração de Resultado do Exercício Adaptação do Autor DOAR – Demonstração das Origens e Aplicação de Recursos Visando demonstrar o Capital Circulante Líquido, ou seja, o quanto de recursos de curto prazo a empresa tem confrontando-o com as obrigações de curto prazo, mostrando também se houve acréscimo ou decréscimo de tais e
como se deu esta variação. Figura 05 – Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos. Adaptação do Autor. Demonstração de Fluxo de Caixa A demonstração de Fluxo de Caixa guarda uma certa semelhança com a DOAR, principalmente no que tange ao objetivo. Tem-se o objetivo da DOAR como sendo o de demonstrar as origens e aplicações do Capital Circulante Líquido, ou seja, a movimentação das contas do ativo e passivo circulante. Já a demonstração do Fluxo de Caixa tem o objetivo de demonstrar
as origens e aplicações dos recursos estritamente financeiros da empresa, ou seja, as contas de caixa e bancos. Podendo ainda ser elaborada de duas maneiras a Direta e a Indireta. Figura 06 – Demonstração de Fluxo de Caixa Pelo Método Indireto Fonte IUDÍCIBUS, MARTINS, GELBECK (1995 pág. 604) - Adaptação do Autor Figura 07 – Demonstração de Fluxo de Caixa Pelo Método Indireto Fonte IUDÍCIBUS, MARTINS, GELBECK (1995 pág. 607) - Adaptação do Autor DMPL – Demonstração de Mutação do Patrimônio Líquido Demonstra quanto e como o patrimônio líquido variou, se foram constituídas ou revertidas as reservas, se houve lucro ou prejuízo, se houve aumento
ou diminuição do capital social, se houve e de quanto foi a distribuição de lucros para os acionistas, etc. Ou seja esta demonstração é de grande valor para o investidor, pois, mostra como o lucro que foi gerado nas operações foi empregado ou distribuído. Figura 08 – Demonstração da Mutação do Patrimônio Líquido Fonte IUDÍCIBUS, MARTINS, GELBECK (1995 pág. 573) - Adaptação do Autor Notas Explicativas Apesar de não serem demonstrações,
as notas explicativas são informações que auxiliarão no entendimento de algumas situações encontradas no balanço, onde somente os números não são suficientes para o perfeito entendimento da conta contábil ou quando existirem várias formas de se fazer algo, a escolha também virá demonstrada nesta parte dos relatórios. Serão abordados neste trabalho, os métodos mais usuais de análise de balanço, que são o vertical e horizontal e o por índices, apesar de existirem outros, estes dois são os que representam alternativas para o usuário mediano da contabilidade. Análise Vertical e Horizontal Este método consiste em comparar percentualmente um número ou dado com outro que, indicará um valor do todo (no caso da análise vertical) ou um crescimento de um período para outro (no caso da análise horizontal). a) Análise Vertical Conforme MATARAZZO (1998 pág. 249) diz que na análise vertical “o percentual de cada conta mostra sua real importância no conjunto” por isso tal ferramenta se torna um importante aliado na administração da empresa, no que tange aos controles da relevância de cada conta em um período. Por exemplo podemos citar uma empresa que está com endividamento grande,
podemos identificar qual é o credor com maior relevância dentro do contexto. b) Análise Horizontal A análise horizontal nos traz a evolução de uma conta em comparação a um ou mais períodos, podendo assim nos trazer como seria o comportamento da conta lucros, por exemplo, de um período para outro, quanto cresceu ou decresceu. Índices Conforme MATARAZZO (1998. pág.153) “Índice é a relação entre contas ou grupos de contas das Demonstrações Financeiras, que visa evidenciar determinado aspecto da situação econômica ou financeira de uma empresa.” Utilização MATARAZZO (1998 pág. 29)
discorre sobre a utilização destas análises dizendo: “Saber analisar balanços está-se tornando uma necessidade para grande número de pessoas”. Vantagens Como os métodos tradicionais já estão muito difundidos nos meios acadêmicos e no mercado em geral, tem-se tal característica como uma grande vantagem deste tipo de análise e que se mostra mais ou menos como uma linguagem universal ou
inteligível para uma imensa maioria de usuários. Desvantagens Nas demonstrações contábeis, mais especificamente no balanço patrimonial, existem alguns aspectos que tem que ser observado com mais critério do
que nos sugere a análise tradicional. Como citado no início deste trabalho, a contabilidade é uma ciência que tem tecnologias que são desenvolvidas para atender as necessidades de seus usuários. Nestas tecnologia aspectos como a temporalidade são mutáveis de tempos em tempos, não seus conceitos mas o grau de exigência que tem-se deste aspecto. Público Alvo IUDÍCIBUS (1998 pág. 19) diz:”Mas se uma boa análise de balanços é importante para os credores, investidores em geral, agências governamentais e
até acionistas, ela não é menos necessária para a gerência”. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e Análise de Balanços. 4. ed. 1998. 292p. CHACON, Márcia. A Corrente Doutrinária do Neopatrimonialismo Contábil. Disponível em: <http://www.lopesdesá.com.br>. Acesso em: 16 de setembro de 2005. COSENZA, José Paulo. Repensar a Contabilidade, Eis a Questão! Disponível em: <http://www.lopesdesá.com.br>. Acesso em: 16 de setembro de 2005. FÁVERO, ET AL Contabilidade Teoria e Prática. –São Paulo: Atlas, 1997. 271p. FERNANDES, Pedro Onofre. Contabilidade, Teoria e Prática Sob a Ótica Neopatrimonialista, em Boletim do IPAT n. 17, edição UNA – Centro Universitário, Belo Horizonte, novembro de 2000. GOLDRATT, Eliyahu M., A Síndorome do Palheiro: garimpando informações num oceano de dados, - Camara Brasileira do Livro – SP – Brasil – 1996. 256p. HERRMANN JR., Frederico, Contabilidade Superior, - Atlas – SP – Brasil – 1978 – 10. ed. 264p. HERCKERT[1], Werno. Influências ambientais exógenas. Disponível em: <http://www.lopesdesá.com.br>. Acesso em: 05 de setembro de 2005. HERCKERT[2], Werno. A Contabilidade em face do futuro e o HERCKERT[3], Werno. Moderna Ciência da Riqueza e o Neopatrimonialismo Contábil. Disponível em: <http://www.monografias.com/trabajos14/patrimoniocontab/>. Acesso em: 05 de setembro de 2005. HERCKERT[4], Werno. Sistema da Liquidez sob a ótica do Neopatrimonialismo. Impressão MEGAS, Três de Maio, fevereiro de 2001. IUDICIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 1998 – 7.ed. 225p. IUDICIBUS, Sérgio de. Análise de Balanços. São Paulo: Atlas, 1987. 271p. IUDÍCIBUS, Sérgio de, MARTINS, Eliseu, GELBECK, Ernesto Rubens. Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações. – 4.ed. – São Paulo: Fipecafi, 1995. 778p. MARION, José Carlos, Contabilidade Básica – Sao Paulo: Atlas, 1984. 212p. MATARAZZO, Dante Carmine, Análise Financeira de Balanços: abordagem básica e gerencial – 5. ed. – Sao Paulo: Atlas, 1998. 471p. NEPOMUCENO[1], Valério. A Autoconsciência Contábil. Disponível em: <http://www.lopesdesá.com.br>. Acesso em: 16 de setembro de 2005. NEPOMUCENO[2], Valério. Os Construtos e a Crise Conceitual Contábil. Disponível em: <http://www.lopesdesá.com.br>. Acesso em: 16 de setembro de 2005. NEPOMUCENO, Valério. Planos de aplicação do termo função no contexto da teoria das funções e do homo aziendalis. IPAT-Boletim, Belo Horizonte n. 14, abril de 1998. OLINQUEVITCH, José Leônidas, SANTI Filho, Armando. Análise de Balanços para Controle Gerencial – São Paulo: Saraiva, 1987. 282p. REIS, Arnaldo Carlos de Rezende. Análise de balanços – 1.ed. – São Paulo: Saraiva, 1993. 235p. ROCHA, Luiz Fernando Coelho da. Elementos Sobre A Doutrina Científica Do Neopatrimonialismo Contábil. Disponível em: <http://www.lopesdesá.com.br>. Acesso em: 16 de setembro de 2005. ROZENFELD, H.; (1996). Reflexões sobre a Manufatura Integrada por Computador (CIM). MANUFATURA CLASSE MUNDIAL: MITOS E REALIDADE .São Paulo ,1996. 326p. SÁ, Antônio Lopes de. Teoria Geral do Conhecimento Contábil. Belo Horizonte: IPAT/UNA, 1992. 264p. SÁ, Antônio Lopes de. Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2. Ed. 1999. 285p. SÁ, Antônio Lopes de. História Geral e das Doutrinas da Contabilidade. São Paulo: Atlas. 1997. 190p. SÁ, Antônio Lopes de. Teoria da Contabilidade Superior. Belo Horizonte: Una – União de Negócios e Administração. 1994. 246p. SÁ, Antônio Lopes de. Moderna Análise de Balanços ao Alcance Todos. 22 ed.Curitiba:Juruá, 2005. 286p. SÁ [1], Antônio Lopes de. Tendencias Evolutivas Nas Doutrinas Contábeis SÁ [3], Antônio Lopes de. O Axioma da Transformação da Riqueza Patrimonial. Disponível em: <http://www.lopesdesá.com.br>. Acesso em: 16 de setembro de 2005. SÁ [4], Antônio Lopes de. Neopatrimonialismo Moderna Corrente Científica da Contabilidade. Disponível em: <http://www.lopesdesá.com.br>. Acesso em: 16 de setembro de 2005. SÁ [5], Antônio Lopes de. Neopatrimonialismo Como Pensamento SÁ [6], Antônio Lopes de. Tendencias Modernas No Estudo Dos Capitais Das Empresas. Disponível em: <http://www.lopesdesá.com.br>. Acesso em: 16 de setembro de 2005. SÁ [7], Antônio Lopes de. Análise de Balanços e Modelos Científicos em Contabilidade. Disponível em: <http://www.lopesdesá.com.br>. Acesso em: 16 de setembro de 2005. |