Qual a importância das adaptações para a efetivação da inclusão social?

A importância da Educação inclusiva está não só na inclusão de crianças com necessidades especiais, como também no aprendizado de TODOS em relação à adversidade.

A deficiência física, sob o prisma empírico, remete a compreensão tão somente de meios de adaptações a serem implantados no ambiente físico das escolas. Extremo engano a ser coibido, uma vez que a ausência de educação inclusiva              repercute, necessariamente, na incidência do fracasso escolar.

A Educação inclusiva deve ser, efusivamente, implantada em todos os níveis de ensino. E tem que começar logo do ensino infantil, pois se trata da base de todo o aprendizado humano, passível de fracasso. E se o alunado não detiver de uma boa base educativa, sem dúvida alguma, haverá problemas no futuro quanto ao aprendizado.

A questão não gira em torno de uma escola específica, de um lugar singular, mas de um todo, ou seja, todas as regiões estão sendo alvos dessa problemática.   Talvez, isso ocorra porque a responsabilidade pelo sucesso de uma criança na escola esteja voltada para os governantes e famílias.

O que não acontece na verdade, é a disponibilidade de mecanismos aos educadores que são responsabilizados pela inclusão. O que se quer enfatizar é que a lei põe a salvo                o direito do deficiente físico a frequentar os mesmos locais     educacionais de uma pessoa sem deficiência, com a mesma metodologia e didática, albergando os mesmos resultados. Só que isso não ocorre.

Há a ausência de meios que auxilie o professor a desenvolver suas práticas pedagógicas concernentes à inclusão social. Não se encontram, em quantidade expressiva educadores especialistas na docência inclusiva. Essas variáveis estão intimamente interligadas ao progresso educacional, no caso em si, ao fracasso escolar.

FASES DA INCLUSÃO ESCOLAR

É sabido de que o processo de inclusão escolar não foi uniforme. O mesmo passou por três fases até chegar à atual, em que o direito a Educação é tido como uma garantia constitucional após a promulgação da vigente constituição de 1988.

A primeira fase desse processo é nomeada como “Exclusão”. A mesma ocorreu antes do século XX, em que os deficientes eram     considerados indignos de educação escolar, permanecendo confinados ao lar ou em instituições como asilos, sanatórios etc. (MIRALHA, 2008).

A segunda fase é a “Segregação”. Ocorreu no século XX, mais específico, na década de 50, aqui, percebe-se o início de se considerar a necessidade de educação para os deficientes, porém, como atendimento especial, material  especial, professor especial Imagem: Cantinho dos Cadeirantes (Schlüzen, 2008).

A terceira fase desse processo é a de “integração”. Segundo Schlüzen; Rinaldi & Santos (2011) inicia uma mudança filosófica em que as escolar regulares –    comuns    –     passam a ‘aceitar’ crianças ou adolescentes deficientes na classe comum, desde que conseguissem se adaptar à escola comum, ou seja, consistia no fato de que o aluno é quem deve se adaptar a escola.

A partir da década de 80, o sistema educacional sofreu grandes alterações mediante a presença de legislações que passaram a estabelecer a educação inclusiva como aparato fundamental aos PCD’s. Iniciou-se o processo de discussão que entende que a escola que deve adaptar-se para incluir o aluno. Segundo Schlüzen; Rinaldi & Santos (2011, p.151) tais discussões pressupõem:

  • valorização das diferenças individuais, como possibilidade de crescimento para     todas as pessoas,

(b) direito de pertencer e de não ficar de fora; (c) igual valor para as minorias.

Entende-se que o objetivo fulcral da inclusão escolar é estabelecer parâmetros buscando uma lidima escola para todos, ou seja, que a escola passe a configurar uma realidade social a todos os sujeitos que a circula, e não apenas, a uma parcela da sociedade que se adapta as peculiaridades de ensino que a mesma fornece.

A construção de uma escola que esteja acessível a todos, traz em seu bojo uma questão vulnerável, levando-se em conta as condições estruturais atuais do ensino brasileiro, que é o de se propor uma educação sem barreira ou restrições, que atenda as crianças sem pré-seleções. Assim sendo,        compreende- se da necessidade da construção/consolidação de uma pedagogia capaz de atender a totalidade de crianças no contexto escolar (SCHLUZEN; RINALDI & SANTOS, 2011).

Efetivar uma educação inclusiva é sinônimo de proporcionar uma educação voltada a todos, sem distinção de sexo, cor, etnia, posição social e condição física, com uma certeza de qualidade, executada sob a égide de profissionais competentes, de país responsáveis, de gestores eficientes a acima de tudo, de sociedade receptiva.

 ASPECTOS PEDAGÓGICOS

Ao    longo    dos anos a pedagogia vem ganhando bastante força no ambiente escolar. Existem cargos que são restritivos de pedagogos. E essa ideia se origina de uma concepção bastante humanística. Hoje, não tem como se falar em ensino/ aprendizagem sem que exista no polo do educador, uma pessoa com nível superior ou qualquer outro estudo em nível de magistério.  O entendimento de aperfeiçoamento é inerente ao próprio desenvolvimento do aprendizado no ambiente escolar.

Na sociedade democrática, o sistema educacional deve ser voltado para a prática de uma docência bastante livre, libertadora. Nessa modalidade de técnica, o que se deve verificar é se o ambiente escolar está apresentando todos os meios necessários para que o ensino e aprendizagem   sejam realmente executados com o objetivo que a própria legislação brasileira aplicada à educação defende.

Os professores que atendem à demanda de alunos portadores de necessidades especiais voltadas ao corpo físico, como ausência de um braço, de uma perna ou mesmo de uma orelha. Enfim, de qualquer órgão integrante ao corpo humano e que seja visível aos outros alunos, deve trabalhar a inclusão exaustivamente com os demais alunos.

É de suma importância que os demais alunos, isto é, colegas/amigos do portador de necessidade especial, detenham o conhecimento necessário que reduza o número de discriminações sociais. Para isso, o professor deve estar preparado para lidar com esse tipo de situação. E já existem vários livros que abordam a temática, bem como, ensino em nível de especialização. O que falta na verdade, é interesse.

Não se defende a utilização de técnicas diferenciadas    aos alunos portadores de necessidades especiais, pois se assim ocorresse, o que se presenciaria era mais uma forma de segmentar a sociedade.  E essa não é a tarefa da educação inclusiva. O propósito é não espalhar os alunos e sim aglutinar todos em uma mesma metodologia de ensino, a ponto de que todos possam entender o caráter social dessa técnica.

A EXECUÇÃO DE UMA INCLUSÃO DEMOCRÁTICA

A inclusão escolar de crianças com necessidades especiais é mais do que um direito das minorias, trata- se de uma necessidade social. A própria legislação brasileira já vem se posicionando acerca do assunto. Cada vez mais apresentando atribuições e garantias aos deficientes.

Em concursos públicos, por exemplo, já existe uma destinação exclusiva de percentual aos portadores de necessidades especiais, para que assim haja realmente, uma inclusão e o Estado Democrático de Direito venha realmente a existir.

O fato é que as pessoas que apresentam deficiências ou dificuldades na aprendizagem sofrem do ponto de vista ético,           discriminações e humilhações que interferem na sua formação como pessoa humana. Segundo Alves (2003) pior do que as dores no corpo, limitações ou algo do gênero é a verificação da dor terrível constante nos olhares das outras pessoas. Se não houvesse olhos, se todos fossem cegos, então a diferença não doeria tanto.  Ela dói   porque, no espanto do olhar dos outros, está marcado o estigma-maldição:

Você é diferente. Esse sofrimento, chamado de ético- político, atinge indivíduos por sua situação social, que são tratados como sendo sem valor, como inferiores e inúteis, bem   como   impedidos de desenvolver o seu potencial humano. A época em que o homem detinha um valor econômico já foi transbordada, não se fala mais hoje – defendemos a ideia – em valoração patrimonial humana, como assim fazia na antiguidade com os escravos – embora ainda existindo escravidão contemporânea -. O cerne é que o homem evoluiu e, por isso, deve aceitar e responder a inclusão escolar. Ninguém escolhe nascer com alguma deficiência. São coisas da vida.

Martins (1997) entende que as discriminações vivenciadas no cotidiano educacional se materializam em práticas de exclusão no âmbito escolar, isto é, afetam pessoas que ou não tem acesso à escola ou o acesso é efetivado de forma marginal.

As estruturas prediais do ambiente escolar em concreto estão satisfazendo as necessidades das crianças portadoras de deficiência física.

É indispensável, que ao analisar as estruturas prediais do ambiente escolar, quando se refere às crianças deficientes físicas, se tenha, no mínimo, uma estrutura predial que se   adeque a cada necessidade de cada aluno. Pois um dos maiores problemas que os alunos deficientes físicos enfrentam é, na verdade, o medo de se sentirem constrangidos em um ambiente que a maioria de seus amigos, não possuem nenhuma deficiência no corpo.

O grande diferencial das escolas que abrigam crianças que são acometidas por alguma deficiência física é se as mesmas possuem a edificação necessária para que a criança possa realizar todos os seus movimentos e, com isso, executar suas atividades. Ocorre que essa situação não se esgota apenas nisso, apresenta também como intento, se as escolas têm à disposição do alunado, uma equipe de psicólogos, assistentes sociais e psicopedagogos capazes de estudar cada caso em específico e todos os problemas decorridos do preconceito que acarretam aos deficientes físicos.

Verificar a importância do aperfeiçoamento dos profissionais no tocante à inclusão escolar dessa parte segmentada do alunado. A lógica que interessa é se os professores que estão na educação básica, desenvolvendo suas atividades, são aptos e   capacitados para trabalharem com crianças portadoras de necessidades especiais no ensino básico ou no ensino de jovens adultos, com os adultos portadores de necessidades especiais.

Os alunos, de forma crítica, não estabelecem estratégias para minimizar a exclusão escolar, a não ser um meio de estarem psicologicamente bem preparados, para   que os mesmos não venham sofrer qualquer tipo de discriminação social. A solução para o problema da exclusão escolar pode ser resolvida   com a parceria dos pais dos alunos discriminados e não discriminados e os professores da escola. O educador e os pais devem unificar os seus objetivos para solucionar tal situação; não esquecendo jamais, que uma criança sendo excluída do ambiente escolar por possuir alguma deficiência física terá consequências pelo resto de sua vida, uma vez que a infância é uma fase construtiva na vida de qualquer ser humano.

A especialização dos professores na área de inclusão escolar é um bom caminho àqueles que se relacionem com essa situação nas instituições escolares. E não deixando de fixar a importância de todos os agentes envolvidos nessa situação em ficar atentos nos seus direitos garantidos pela Constituição Federativa Brasileira.

Nesse momento, a livre denúncia às pessoas que discriminam ou excluem socialmente um deficiente físico, é um grande caminho a percorrer. A exclusão escolar é um problema social, não resta dúvida. Ao ser analisado o processo histórico dessa situação foi identificado às fases esdrúxulas e impiedosas que herdamos de nossos antepassados. Contudo, tem solução, basta que todos da sociedade se insiram na luta contra a exclusão escolar e, e, por conseguinte, contra o preconceito de todas as espécies, em especial, o gerado como consequência da deficiência física.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A realidade histórica de qualquer temática proporciona estímulo ao estudo. Esse é o papel do produtor de conhecimento, analisar essa    realidade e contextualizá-la à problemática. A inclusão escolar é alvo de discussões por um vasto processo histórico. Percebe-se a evolução dos estudos, no que tange aos métodos de pesquisas, no momento em que novos estudos estão surgindo.

A inclusão escolar passou a ser um tema discutido em todo o ambiente educacional, após a promulgação de algumas leis infraconstitucionais que tiveram fundamentos na própria carta constitucional brasileira de 1988, fazendo neste ano, vinte e oito anos de promulgação. É incontestável que todos os profissionais da área já saibam da existência desse termo na educação mundial, bem como, na brasileira.

Inclusão, sendo assim, nada   mais    é do que a aceitação de pessoas com necessidades especiais no mesmo ambiente escolar que pessoas não portadoras de determinadas necessidades especiais. Trata-se, mais do que uma reforma política, um sentido social empregado às crianças (e pessoas de um modo geral) que tem o interesse de frequentar as salas de aula.

Fala-se em interesse em frequentar as salas de aula, mas na verdade, as crianças apenas estão executando um direito que lhe é atribuído na maior lei federal encontrada no  ordenamento jurídico brasileiro, isto é, Constituição da República Federativa Brasileira de 1988 (CRFB/88).

Os professores que lidam com crianças portadoras de necessidades especiais devem possuir especialização mínima, que se tornou necessário ao processo de   ensino e aprendizado de crianças portadoras de necessidades físicas. Não que a deficiência afete na capacidade de pensar, refletir, escrever, calcular, enfim, nas atividades didáticas, de forma direta, mas os problemas psicológicos das crianças que portam alguma deficiência física certamente são espantosos.

O grande problema na atualidade é que as escolas, além de não possuírem professores com especialização na área da educação inclusiva, não estão também preparadas para receber os alunos com necessidades físicas especiais. Isso porque a estrutura predial de onde sedia o ensino brasileiro, por ser público, não apresenta serviço de qualidade.  O fato é que além de haver uma inclusão escolar de alunos portadores de necessidades especiais, a escola deve também, apresentar uma educação mais dinâmica. O aluno não se sente satisfeito com os métodos utilizados pelos professores, muitas vezes, ultrapassados.

Por: ANTONIO CARLOS SPROVIERI

Qual a importância da inclusão social para a sociedade?

A inclusão social atua na contramão do preconceito e da discriminação, que precisam acabar em nossa sociedade. Por isso, a inclusão social pode ser uma excelente alternativa para instigar o abandono de comportamentos preconceituosos em relação ao outro ser humano, independentemente dos motivos apresentados.

Qual a importância da adaptação curricular para a inclusão?

A adaptação curricular é necessária para permitir aos alunos com deficiência um caminho para alcançar os conteúdos curriculares e para que se torne possível é necessário o trabalho em conjunto dos profissionais envolvidos na educação (MARQUES; DUARTE, 2013).

Qual a importância da inclusão social na educação?

Uma escola diversa e inclusiva permite que os alunos conheçam e acompanhem de perto o desenvolvimento de outros jovens com habilidades e necessidades diferentes das suas e que, a partir dessa convivência, desenvolvam melhor competências socioemocionais como empatia, paciência e colaboração — tão urgentes em uma ...

Qual e a importância da inclusão social para as pessoas com deficiência?

A inclusão social traz no seu bojo a equiparação de oportunidades, a mútua interação de pessoas com e sem deficiência e o pleno acesso aos recursos da sociedade. Cabe lembrar que uma sociedade inclusiva tem o compromisso com as minorias e não apenas com as pessoas portadoras de deficiência.